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MATERIAL

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DE APOIO
ROTA IMERS°O 4
11. Qual o primeiro passo na avaliação
desse paciente?

22. Como avaliar se as comorbidades estão


estáveis?

33. Qual o diagnóstico clínico do paciente?

44. Descreva como os 4 itens da IMERSÃO4


podem retardar o processo de cicatrização?

55. Descreva os principais itens da IM-


ERSÃO4 na sequência.
RESPOSTAS
1 Qual o primeiro passo na avaliação
desse paciente?
A primeira coisa que deverá ser realizada
em qualquer atendimento é a ANAMNESE.
Entenda Monstro que nada é mais impor-
tante do que a anamnese, é exatamente
nela que conseguiremos conhecer toda a
história do paciente e a partir disso que
conseguiremos tomar as condutas acerti-
vas relacionadas a prescrição de coberturas
e intervenções clínicas.

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2. Como avaliar se as comorbidades estão
estáveis?
Existem inúmeras comorbidades que
podem retardar o processo de cicatrização,
como a diabetes, a hipertensão arterial sis-
têmica, insuficiência cardíaca, infarto
agudo do miocárdio e muitas outras que
poderão sim retardar o processo de cica-
trização, mas apenas se estiverem total-
mente descompensadas. Imagine só um
paciente com uma diabetes descompensa-
da, poderemos ter uma hiperglicemia acon-
tecendo e isso elevará o nível de glicose na
corrente sanguinea que impossibilitará a
movimentação leucocitária e consequente-
mente a mudança da fase inflamatória para
a fase proliferativa. Por isso, durante o
exame físico é necessário examinar os
níveis glicêmicos e os aspectos presentes
no leito da lesão, para que assim você possa
interver durante a anamnese coletando
dados sobre a prescrição e uso de medica-
mentos que possam solucionar esse proble-
ma.

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3. Qual o diagnóstico clínico do paciente?
Monstros, sempre é necessário saber qual
o diagnóstico clínico do paciente. Será im-
possível você tomar as condutas certas em
relação a cicatrização das feridas 3x mais
rápido se você não sabe se realmente
poderá ou não mudar de decúbito de 2 em
2h sem descompensar o paciente, se é pos-
sível orientar uma dieta rica em proteínas
sem causar falência renal ou hepática ou se
é possível fazer uma terapia compressiva
em um membro que possa está comprome-
tido de forma arterial.
• Classifique a ferida!
Trata-se de uma lesão venosa, evidencia-
da pela localização no terço distal do
membro inferior com presença de bordas
irregulares, membro inferior quente, refer-
indo um simples desconforto ao deambular
e conforto ao elevar o membro inferior. In-
fectada, com presença de necrose e esface-
lo em quase toda sua extensão. Bordas com
eritema e edema, porém sem maceração.
• Origem da lesão.
Grande parte das lesões nos membros in-
feriores, 75% delas, são classificadas como
úlceras venosas. Por isso, ao avaliar uma
lesão nos MMII rapidamente me vem a
mente que poderá se tratar de uma úlcera
venosa. E como negar ou ratificar minha
opinião? Basta realizar a anamnese e o
exame físico, por meio dos sinais e sinto-
mas analisado é possível afirmar que tra-
ta-se de uma úlcera venosa, arterial ou até
um pé diabético. E a grande maioria dessas
lesões fisiologicamente causadas por prob-
lemas relacionados a bomba da panturrilha
são causadas por traumas.

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4. Descreva como os 4 itens da IMERSÃO4
podem retardar o processo de cica-
trização?
Em pacientes com úlceras venosas temos
dois grande problemas: IDADE e ODOR.
Quase sempre esse pacientes possuem uma
lesão que está infectadas e com odor evi-
denciado, situação essa que gera um inco-
modo pessoal e acaba os afastando espon-
taneamente das demais pessoas da sua
convivência, pois ele acredita que sua
presença irá incomodar, gerando um con-
strangimento e até uma ausência de vonta-
de de continuar a viver. Ao avaliar essa
lesão é notável a presença de edema, o que
demonstra totalmente a baixa perfusão
presente. Analise a presença da descom-
pensação de qualquer doença que possa
influenciar no processo de cicatrização.
Diante da resposta anterior, analise se a
possibilidade de intervir com uma dieta hi-
perproteica, hipercalorica, rica em vitam-
inas, zinco e manésio

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5. Descreva os principais itens da
IMERSÃO4 na sequência.
I = A lesão encontra-se infectada, sendo
justificada pela presença de sinais flogísti-
cos (eritema e edema), necrose com bio-
filme e exsudação moderada. Necessitando
de coberturas com prata e solucao de PHMB
para tratar a infecção e potencializar a cica-
trização.
M = A ferida não apresenta maceração, mas
demonstra um risco, e saiba que se isso ac-
ontecer estaremos estacionando a cica-
trização da borda para o centro. Por isso é
necessário a utilização de creme barreira
para prevenção. Caso necessite de tratamen-
to, o creme barreira também irá resolver.
E = A exsudação deverá ser avaliada ao
olhar para a cobertura primária e se-
cundária. No caso em questão é impossível
detectar o nível correto de exsudato, porém
nesse caso é possível conseguirmos imagi-
nar a quantidade de exsudato olhando
apenas para as características do leito. Isso
está certo? Claro que não! A avaliação é
apenas olhando para as coberturas, mas no
caso em questão com certeza o exsudato in-
vadiu a cobertura primária e secundária,
por isso indubitavelmente será moderada. E
para isso o mais indicado será coberturas
com espumas.
R = A remoção de tecido desvitalizado é
necessária para potencializar a cica-
trização. Sem a remoção da necrose e do es-
facelo será impossível cicatrizar. O desbrid-
amento cirúrgico é o mais indicado, caso
não seja possível um enzimático com a pa-
paina ou um autolítico com o Hidrogel
seriam boas opções.
S = Não existe sangramento, porém temos
a possibilidade disso acontecer na re-
moção do curativo, na limpeza ou no uso de
papaina como cobertura primária. Como a
lesão encontra-se infectada pode está com
o tecido friável existe a probalidade de san-
gramento durante a limpeza. Caso isso ac-
onteça não esqueça de usar Alginato como
cobertura primária, mas com Ag associado,
já que a lesão está infectada.
A = Analgesia é super importante para
uma boa limpeza e deverá sempre ser real-
iza antes da limpeza com 30min de ante-
cedência se a administração acontecer por
via oral ou 5 minutos se via endovenosa. O
importante é fazer.
O = O odor é um dos principais fatores que
retardar o processo de cicatrização. A
primeira coisa que sempre deverá ser real-
izada para a limpeza da lesão é identificar
se odor percebido é da lesão ou da reação
da cobertura com o exsudato. Caso, seja da
lesão bastará aplicar carvão ativado com
Ag, caso seja da cobertura, apenas uma
limpeza irá resolver.
Pronto!
Agora basta você escolher a cobertura de
acordo com todos esses fatores. Mas fica
tranquilo que na Comunidade IMERSÃO4
aplicaremos o método IMERSÃO4 com
muito mais detalhes e na prática inúmeras
e inúmeras vezes. Impossível você não
aprender.
Te espero lá!

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