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A gestão de pessoas adquire relevância à medida que são as pessoas as responsáveis por conduzir todas as
atividades e processos que podem garantir que uma organização se diferencie em relação às suas
concorrentes e, assim, possa obter vantagem competitiva no mercado. Seres únicos e inimitáveis, dotados
de suas capacidades de pensar, sentir e agir, as pessoas constituem elemento de valor significativo para que
as organizações possam interagir com os seus clientes e o ambiente de negócios em que estão inseridas
(DAVEL; VERGARA, 2014).
Diante do valor que possuem para as organizações, é importante que você compreenda um pouco mais
sobre as pessoas. Você já parou para pensar que as pessoas, assim como você, são muito mais do que tudo
Todos nós somos dotados de uma subjetividade, ou seja, de um mundo interno formado pelos nossos modos
de pensar, sentir e agir que, no seu conjunto, nos tornam seres únicos. Uma subjetividade que se constitui
nos filtros que cada um de nós utiliza para analisar, interpretar e tomar decisões diante das diferentes
situações do dia-dia. Filtros que se desenvolvem e se transformam a partir das experiências que cada um vai
vivenciando ao longo de toda a vida, tanto no que diz respeito à sua vida pessoal quanto à profissional
conforme vamos identificando as características valorizadas pelas pessoas nos lugares por onde passamos
(local de nascimento, local onde mora, empresas, universidades etc.). Por tratar-se de uma interação, é
importante enfatizar que, potencialmente, ambos, indivíduo e ambiente, se transformam mutuamente
consigo a sua subjetividade. Ele carrega uma bagagem, assim como você carrega a sua, que o permite
pensar, sentir e agir diferentemente de você e de outras pessoas.
Quando você, por exemplo, tem a possibilidade de vivenciar uma situação dentro da empresa com algum
colega de trabalho, sempre ocorrerá uma interação entre a sua subjetividade (o seu modo de pensar, sentir e
agir) e a subjetividade desse indivíduo (o modo de pensar, sentir e agir dele), podendo, assim, resultar na
transformação da subjetividade de ambos. É preciso enfatizar que nossas subjetividades não são estanques,
ou seja, elas se constroem e se reconstroem por meio das diferentes interações que estabelecemos com o
mundo externo desde o momento que viemos ao mundo e ao longo de toda a nossa existência (MACHADO;
COLVERO, 2017).
Legenda: UM ENCONTRO ENTRE SUBJETIVIDADES.
Ao nos referirmos à subjetividade como sendo o mundo interno de cada um de nós, é importante você
perceber também que estamos considerando aqui o Homem como um ser pensante, afetivo e
comportamental, ou seja, um ser que é dotado de capacidades que o permitem analisar, refletir, sentir e
agir. Capacidades cujo conjunto determina o jeito único de ser desse Homem, ou seja, a sua personalidade.
Somado a uma necessária predisposição que todos nós devemos ter para compreender a subjetividade
daqueles que nos cercam, até para que possamos identificar formas mais assertivas de interagirmos com
Além dos ganhos pessoais que se pode obter por meio do autoconhecimento, já que ele possibilita ao
indivíduo reconhecer e encontrar meios para superar suas dificuldades pessoais, (BERGAMINI, 2015), a
capacidade de olhar para si mesmo é importante também para o gerenciamento das chamadas
competências comportamentais.
Competências comportamentais que, no contexto das organizações, podem ser compreendidas como
aquelas capacidades internas (ex.: analisar, organizar, criar, comunicar, relacionar-se, lidar com pressão
etc.) que todos nós necessitamos ter ao assumirmos um novo cargo e ao nos tornarmos responsáveis por
atividades profissionais específicas. Portanto, identificar essas capacidades internas por meio do
autoconhecimento, tanto aquelas que você tem bem desenvolvidas quanto aquelas que necessita
ATIVIDADE FINAL
Considerando que a nossa Subjetividade constitui nosso Mundo
REFERÊNCIA
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia aplicada à administração de empresas: psicologia do
introdução ao estudo da psicologia. 15. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. E-book. Disponível
CÁLCENA, Esteban José Ferrari; CASADO, Tania. Desafios e riscos na gestão da própria carreira. In: DUTRA,
Joel Souza; VELOSO, Elza Fátima Rosa (org.). Desafios na gestão de carreira. São Paulo: Atlas, 2013. pt. 2,
organizações. In DAVEL, Eduardo; VERGARA, Sylvia Constant (orgs.). Gestão com pessoas e subjetividade.
MACHADO, Ana Lúcia; COLVERO, Luciana de Almeida; RODOLPHO, Juliane Reale Caçapava (orgs.). Saúde
mental: cuidado e subjetividade. São Caetano do Sul: Difusão, 2017. E-book. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/179816/epub. Acesso em: 12 mar. 2021.
REGATO, Vilma Cardoso. A subjetividade nos objetos de estudo da psicologia. In: REGATO, Vilma Cardoso.
Psicologia nas organizações. 4.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. cap. 1, p. 14-16. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2600-8/recent. Acesso em: 12 mar. 2021.