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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO

OMBAKA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

TRABALHO ACADÉMICO DE
ANTROPOLOGIA
TEMA:
ANTROPOLOGIA ANGOLANA
RAÇA NA PERSPECTIVA
BIOLOGICA
ELABORADO PELO GRUPO Nº

3º ANO
TURMA: A
PERÍODO: NOITE
CURSO: ENSINO DE BIOLOGIA

DOCENTE

_____________________

Msc. JOÃO BONGUE

1
BENGUELA/2023

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO


OMBAKA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

TRABALHO ACADÉMICO DE
ANTROPOLOGIA
TEMA:
ANTROPOLOGIA ANGOLANA
RAÇA NA PERSPECTIVA
BIOLOGICA

INTEGRANTES DO GRUPO

 ELSA ADRIANO
 EZEQUIAS AGOSTINHO

DOCENTE

_____________________

Msc. JOÃO BONGUE

2
BENGUELA/2023

PENSAMENTO

Quando um ser humano olha para outro e a primeira coisa que vê é a cor da
pele, então, seja em que condição este observador esteja, está sendo preconceituoso.

(Hideraldo Montenegro)

3
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a nossos familiares!

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AGRADECIMENTO

Agradecer primeiramente à Deus por nos conceder vida e saúde e força para
continuarmos com nossa vida académica.
Aos nossos pais, pelo apoio moral, financeiro, espiritual, exemplos de vidas,
dedicação, confiança e sobretudo pelos ensinamentos construtivo e educativo que têm
sido importante no desenvolvimento da nossa personalidade espiritual e humano;
O docente da disciplina “João Bongue” que me tem proporcionado o trabalho
árduo na clarificação dos seus conteúdos de forma a me ajudar a crescer no mundo
científico.

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ÍNDICE

PENSAMENTO................................................................................................................3

DEDICATÓRIA................................................................................................................4

AGRADECIMENTO........................................................................................................5

INTRODUÇÃO.................................................................................................................7

RITUAIS MATRIMONIAIS DE DIFERENTES GRUPOS ÉTNICO (NAMORO,


SENTIMENTO, ALAMBAMENTO, CASAMENTO)....................................................8

EDUCAÇÃO DOS FILHOS (RESPONSABILIDADE)..................................................9

A PUBERDADE (PRINCIPAIS RITUAIS)...................................................................11

ACTIVIDADES DOS FILHOS NA FAMILIA..............................................................13

TRATAMENTO DURANTE O PARTO DOS FILHOS (GÉMEO E FILHOS EM


DEFICIÊNCIA FÍSICA).................................................................................................14

RITUAIS FÚNEBRES DE PESSOAS ENFORCADAS (SUICÍDIOS)........................15

HERANÇA CASO DE MORTE DOS PROGENITORES.............................................17

KIMBANDA E FEITICEIRO FEITICISMO.................................................................17

RAÇA NA PERSPECTIVA BIOLOGICA.....................................................................19

CONCLUSÃO.................................................................................................................21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................22

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INTRODUÇÃO

O tema central na antropologia angolana, raça na perspectiva biológica, onde


buscaremos compreender os aspectos antropológicos na cultura angolana, bem como a
raça na perspectiva biológica. Assim sendo, para compreendemos o tema em abordagem
é necessário temos em conta a essência da cultura angolana ao longo da história.

Nesta senda, a cultura angolana é por um lado tributária das etnias que se
constituíram no país há séculos - principalmente os ovimbundos, ambundos, congos,
chócues e ovambos. Por outro lado, Portugal esteve presente na região de Luanda e mais
tarde também em Benguela a partir do séculos XVI, ocupando o território
correspondente à Angola de hoje durante o século XIX e mantendo o controle da região
até 1975. Esta presença redundou em fortes influências culturais, a começar pela
introdução da língua portuguesa e do cristianismo. Esta influência nota-se
particularmente nas cidades onde hoje vive mais de metade da população. No lento
processo de formação uma sociedade abrangente e coesa em Angola, que continua até
hoje, registam-se por tudo isto elementos culturais muito diversos, em constelações que
variam de região para região.

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RITUAIS MATRIMONIAIS DE DIFERENTES GRUPOS ÉTNICO (NAMORO,
SENTIMENTO, ALAMBAMENTO, CASAMENTO)

Os rituais das cerimónias são de grande importância na cultural angolana, pela


própria manutenção dos hábitos e costumes que identificam determinado povo, bem
como pela valorização da mulher e da família que a criou, uma vez que o alambamento
se traduz num estímulo às virtudes no seio das famílias angolanas, estando em jogo não
apenas a formação de uma nova família, mas acima de tudo o estabelecimento de uma
aliança pública entre as duas famílias.

O casamento em África e em Angola especialmente, não é excepção na sua


pureza tradicional, mas é diferente dos casamentos ocidentais. Embora a sexualidade
desempenhe um papel importante, o casamento tradicional africano é, antes de mais, um
meio de prolongar a linhagem de um clã. Segundo Monteiro (1994, p. 170) trata-se de
um casamento que não envolve apenas dois indivíduos, mas sim duas famílias ou tribos
que se tornarão uma só.

Os principais sujeitos que intervêm no acto do casamento, não são só os


nubentes, mas as suas respectivas famílias e a própria estabilidade da união parece
depender mais das relações recíprocas destas do que dos comportamentos dos cônjuges.

Ovimbundu:

O matrimónio dos ovimbundu é uma aliança legítima entre as duas famílias, que


une linhagens sem a intervenção das autoridades. Ambas baseiam-se na união, firmam
um contrato. O acto não diz só respeito a uma pessoa, ao rapaz ou à rapariga,
compromete as duas famílias a que pertencem.

Bakongo:

Na tradição bakongo, existem três modelos principais para celebrar o casamento


ou levar dois pessoas para uma convívio marital e celebrar casamento mais tarde. Este
ultimo e quando por razoes diversas(1), não foram cumprida todas etapas(2) que levam
a casamento propriamente dita, o “longo”.

Com todas etapas até casar:

 Nzitikilo
 Nkanda longo

8
 Longo

Tchokwes:

A honra, a dignidade e o relacionamento entre as famílias facilitava a


aproximação de pais ou tutores do pretendente à família da jovem amada, longe das
brincadeiras de infância, terminadas de forma precoce, por altura da passagem pela
circuncisão e transcorrido o primeiro ciclo menstrual.

O sucesso do diálogo visava a efectivação do noivado, uma espécie de


namoro com compromisso de casamento, que obrigava à parte solicitante a entrega de
um tributo, o alambamento, traduzido num prato e uma enxada. Marcada a data para o
casamento, as duas famílias barravam as caras dos noivos com terra vermelha, húmida,
em rituais separados, para proteger o casal de forças maléficas, selando a cerimónia do
noivado. Levada às costas por uma tia, para a casa do noivo, com a parte superior do
corpo coberta por missangas e um pano na parte inferior, a noiva, com um rabo de boi
numa das mãos, caminha protegida por um guarda-sol, rodeada por membros da sua
família, levando uma enxada e um prato. Um palhaço encabeçava a marcha, alternando
a corrida com danças e gestos que atraíam a atenção dos transeuntes, além de anunciar a
chegada da nubente e familiares à casa do noivo.

A recepção da delegação decorria num ambiente de festa, cuja duração


dependia das possibilidades económicas dos organizadores. O cenário é dominado por
música e dança, com garantia de alimentos e bebidas. A festa culmina na casa dos
recém casados. Os familiares da jovem casada prepararam um enxoval representado por
louça, recipientes para água e alimentos para suportar os primeiros sete dias do casal.

EDUCAÇÃO DOS FILHOS (RESPONSABILIDADE)

Se pensarmos no conceito de educar, não podemos deixar de mencionar o


Período Primitivo 4000 a.C., onde educar tinha como finalidade ajustar a criança ao seu
ambiente físico e social, através da aquisição das experiências

Compete ao pai ensinar os limites da vida e transmitir valores éticos e morais,


que serão o alicerce da personalidade, pois todo filho é produto de suas relações
familiares. Assim, será na soma de ambos os papéis que se formará uma pessoa
equilibrada e preparada para a vida.

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A educação é o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade
são transferidos de uma geração para a geração seguinte. Esta, altera consoante as
experiências vividas por cada indivíduo ao longo do seu processo biopsicossocial em
que toda história de vida deve ser analisada sob influências biológicas, psicológicas e
sociais.

A educação tradicional, isto é, ao longo da história na cultura angolana sempre


foi de importância vital para qualquer cultura, chamadas indígenas. Sobre a incidência e
meios de transmissão de conhecimentos, Neto (2014, p. 90) sustenta que “a educação
oral da sociedade, as canções populares descrevia virtudes, (…) sentimentos (…)
orientação da educação”. Aqui, se pode constatar a semelhança deste pensamento com a
reflexão apresentada por Silva no concernente a espontaneidade do processo educativo
no seio da família. Na antiguidade a transmissão de conhecimentos e experiências era
feita de forma oral e durante as noites de luar, com a chamada “noite de estórias” para
aprendizagem cultural.

Hoje em dia, século XXI, corroborando a afirmação de Beltrão e Nascimento


(2000) consideramos que, educar, é promover a educação, transmitir o conhecimento
dos processos sociais e culturais, e proporcionar ferramentas, que permitam ao
indivíduo, viver numa determinada sociedade, instrumentos estes que, começam na
primeira infância.

A família e o processo de formação dos jovens Já se verificou que a família é a


primeira instituição formadora da sociedade. Ela, a família, desempenha muitas funções
dentro da sua funcionalidade existencial. A família serve de espaço de aprendizagem,
embora de modo informal, assim como de ponto de partida para todo um processo de
desenvolvimento social.

O dito, traz ao de cima a complexidade do processo educativo, mesmo no seio


familiar. Sem grandes possibilidades de mensuração formal, se identifica a educação
como um processo amplo e transversal cuja influência é contínua sobre os indivíduos
que configuram uma determinada família, comunidade ou sociedade.

Muitos são os exemplos de como tradicionalmente se educam os jovens na


aspiração de preparar-lhes para a vida em sociedade. Existem ritos próprios de iniciação

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tanto masculino como feminino diferenciando-se de região para região, podendo
destacar.

Assim sendo, a participação dos pais na educação dos filhos é essencial para o
bom rendimento da criança ou do adolescente. Casa e escola são espaços que se
complementam e transformam toda a vida do indivíduo em um período completo de
aprendizagem. Portanto, a forma como é feita a presença da família no ambiente escolar
é muito importante para o desenvolvimento infantil.

A PUBERDADE (PRINCIPAIS RITUAIS)

A puberdade é um período que marca a transição da infância para a fase adulta,


sendo essa passagem caracterizada por alterações marcantes no corpo de meninas e
meninos. É na puberdade que surgem os chamados caracteres sexuais secundários e que
se estabelece a capacidade reprodutiva, sendo, portanto, um período de maturação
biológica. Vale salientar, no entanto, que nesse período observa-se desenvolvimento não
só físico, como também social e mental.

Certas etapas do ciclo de vida do ser humano são solenizadas em todas as


sociedades por meio de rituais. Chamam-se ritos de passagem as cerimônias que
marcam a passagem de um indivíduo ou grupo de uma fase do ciclo para outra.

Os ritos da puberdade marcam o momento em que a criança abandona o mundo


indiferenciado da infância e passa a ser adolescente, homem ou mulher, pronto para
assumir seus papéis no mundo dos adultos. Nas sociedades tribais, os homens passam
por rituais que envolvem riscos e, muitas vezes, sofrimentos físicos.

A vida corresponde a um processo continuo e sucessivo de rituais de passagem,


que podem ser verificados: no desmame, no inicio da socialização, ao termino da
infância para a adolescência, no inicio do climatério das mulheres e demais passagens
vitais que se apresentam intrínsecas na própria natureza humana, que se iniciam desde o
nascimento e terminam com a morte. Tais feitos são, na sua maioria, acompanhados de
atos especiais que marcam o indivíduo, dando condições de transpor e iniciar uma nova
etapa(1).

Os rituais e cerimónias distinguem-se das demais actividades societárias por


serem realizados de maneira formal, seguindo padrões estabelecidos pela tradição.

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Distinguem-se, também, por sua natureza simbólica e por se realizarem em ocasiões
específicas e períodos determinados.

A partir do contexto apresentado, podemos entender o ritual como um tipo de


linguagem, um modo de dizer coisas, na medida em que não só incorpora, mas expressa
concepções e valores sociais, religiosos, políticos, económicos importantes para a
sociedade que o pratica.

Utilizando-nos desta perspectiva, destacamos o processo do adolescer como um


período de intensas passagens que são vivenciadas pelos jovens durante esse período do
seu desenvolvimento.

A adolescência corresponde a um momento de transição entre a infância e a


idade adulta, sendo notáveis as mudanças na vida física, social e psicológica. É natural,
ao longo desse processo do desenvolvimento biopsicossocial do individuo, ocorrerem
situações marcantes que traduzem essa ruptura em novas realidades e percepções sobre
a sua existência, consideradas como rituais de passagem da adolescência

O adolescente vive um período novo em sua vida, buscando, encontrar como


definir o seu papel dentro do circulo social no qual está inserido. Nessa nova fase de
transição da infância para idade adulta, novas relações interpessoais são vivenciadas e
estabelecidas, por meio da interacção dentro de um grupo de iguais.

Nesta fase temos a morte da criança para o nascimento do ser adulto(3), abrindo-
se uma janela cronológica oportuna para a ocorrência de rituais, que serão elaborados e
vivenciados pelos adolescentes, importantes para a construção e consolidação da sua
identidade e papel social.

Como ocorrem nos grupos humanos em todas as "passagens", os rituais de


iniciação são um elemento interessante na questão da relação entre os jovens e a
sociedade, presentes em diferentes formas, em todas as culturas, desde aquelas que
chamamos de primitivas até as consideradas modernas.

Fase de transição da vida adolescente para a adulta

O pesquisador Julio Tyamukwavo , considerou o Efiko uma fase de transição da


vida adolescente para uma outra etapa adulta, pois a festa da puberdade marca o fim do
processo de educação e preparação das jovens a ganhar maturidade como esposa ou
mulher.

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Hoje, o Efiko, Efuko ou Ehiko nas línguas locais dos povos do subgrupo
Nyaneka-Humbi (Mungambwe, Muhumbi e Mumuila propriamente dito), registou
mudanças principalmente no seio daqueles que residem nas grandes cidades, devido ao
efeito da aculturação”, disse, referindo que com isso este cerimonial está, nalguns casos,
a perder a originalidade.

ACTIVIDADES DOS FILHOS NA FAMILIA

Entrando no assunto do papel dos filhos na família devemos entender o que


basicamente ela é. Educação de filhos é educação de almas. O coração da criança é o
alvo de educação. Se o coração de uma criança é treinado, as acções da vida de um
adulto serão influenciadas Pelas acções de uma pessoa se conhece seu coração (Prov.
20:11). Por essa importância dada ao coração de uma pessoa a educação de filhos deve
indicar o treinamento do coração (Prov. 4:23).

A alma do filho deve ser treinada. Ela não é neutra. Ou ela tem Deus como o
alvo de agradar ou ela tem o que não é de Deus como o alvo de agradar e imitar. Não
existe outras opções. “Do coração procedem os maus pensamento, mortes, adultérios,
prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.

Há opiniões diferentes sobre a educação dos filhos. Cada pai e cada mãe têm
uma opinião como a educação deve ser feita, pelo menos por uma fase ou outra na vida
do filho. Geralmente essa opinião é uma reação contra a maneira que eles foram criados
ou é uma opinião baseada num método que eles mesmo têm desenvolvidos. Os
‘profissionais’ têm opiniões também. Estas opiniões são diversos e até entre elas, há
conflitos. A sociedade dita inferências que podem ou não responder às realidades. Os
sentimentos no seio dos pais podem também indicar um caminho que deve ser escolhido
neste desafio de educação dos filhos. O desafio de educar os filhos e a diversidade de
opiniões que mudem com o passar do tempo são tantas que podemos entender que só
tendo a capacidade de trazer filhos ao mundo não em si capacita para educar os filhos
no maneiro coerente.

Na face de tantas dúvidas e perguntas deve ser bem expressado que há uma
maneira certa e há maneiras erradas na educação de filhos. Há mesmo um padrão para
todos. Há absolutos. A verdade é que se a educação de filhos é educação de almas então
a única fonte viável de instrução é a Bíblia (Prov. 9:10,11).

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TRATAMENTO DURANTE O PARTO DOS FILHOS (GÉMEO E FILHOS EM
DEFICIÊNCIA FÍSICA)

A gravidez constitui um momento importante para a promoção de uma boa


saúde e preparar a mulher e suas famílias psicológica e emocionalmente para a
paternidade. Os cuidados pré-natais podem ser definidos como os cuidados prestados
por profissionais de saúde qualificados à mulheres grávidas a fim de garantir as
melhores condições de saúde para o binómio mãe –filho durante a gravidez. Para
promover e estabelecer uma boa saúde durante a gravidez e no período pós- parto
inicial.

O parto é um evento fisiológico, que acontece naturalmente, pelo qual mãe e


bebé passam no final do período da gravidez. Ele é desencadeado pelo bebé, quando
este se encontra maduro.

Para que o parto aconteça, uma cascata de alterações endócrinas iniciadas pelo
cérebro do bebé resulta na activação de uma variedade de substâncias hormonais e
inflamatórias que têm o efeito de coordenar três eventos principais:

 Amadurecimento de sistemas e órgãos fetais essenciais, especialmente os


pulmões, para os desafios na vida fora do útero;
 Transformar o colo do útero duro da mulher numa estrutura mole e prontamente
dilatável;
 Iniciar as contracções do útero que direccionará o bebé através do canal de parto
para que aconteça o nascimento.

A gravidez de gémeos pode ocorrer de duas maneiras. A possibilidade mais


comum é mais de um óvulo ser liberado durante o ciclo, cada um ser fecundado por um
espermatozóide, e todos implantarem e se desenvolverem no útero. Nesse caso, os
gêmeos serão bivitelinos, trivitelinos, ou mais. Eles não serão idênticos e podem ser de
sexos diferentes. As placentas são diferentes e a gestação gemelar é também chamada
de dicoriônica (duas placentas).

Embora as chances de uma cesárea necessária sejam maiores em uma gestação


múltipla, é perfeitamente possível um parto normal em uma gravidez de gémeos. Para

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que isso aconteça, é um pré requisito que o primeiro bebé esteja cefálico e que não
exista uma contra indicação para o parto normal.

Se o primeiro bebé está cefálico (de cabeça pra baixo) e existe uma indicação de
resolução da gravidez (por pré eclampsia, por exemplo), uma indução pode ser realizada
com um controle adequado da vitalidade dos bebés.

O albinismo é uma condição causada pela deficiência na produção de


melanina. Pessoas com esse problema apresentam a ausência de pigmentação e,
dependendo do grau, alterações até mesmo na cor dos olhos e dos cabelos.

O albinismo é causado por uma mutação genética. Diversos genes podem estar
envolvidos nas causas da doença, sendo que cada um destes fornece instruções
específicas para a produção de várias proteínas envolvidas na produção de melanina.

A melanina é produzida por células chamadas melanócitos, que são encontradas


na pele, no cabelo e nos olhos. A mutação genética pode resultar na ausência total de
melanina ou em uma diminuição significativa na quantidade de melanina produzida
pelo corpo, levando aos sinais e sintomas clássicos do albinismo.

RITUAIS FÚNEBRES DE PESSOAS ENFORCADAS (SUICÍDIOS)

Para definir ritual fúnebre, partiremos de uma definição encontrada na obra


de Bayard (1996), intitulada: Sentido oculto dos ritos mortuários: Morrer é morrer?, que
diz: “Todas as vezes que a significação de um ato reside mais em seu valor simbólico do
que em sua finalidade mecânica, já estamos no caminho do procedimento ritual” (p. 7).

Rivière (1997, p. 30) traz uma definição para rito que nos será muito útil ao
tratar de um tema tão complexo como o dos rituais fúnebres (discutiremos a relação
entre as palavras rito e ritual mais adiante).

Segundo ele:

(...) os rituais devem ser sempre considerados como conjunto de condutas


individuais ou colectivas, relativamente codificadas, com um suporte
corporal (verbal, gestual, ou de postura), com carácter mais ou menos
repetitivo e forte carga simbólica para seus atores e, habitualmente, para
suas testemunhas, baseadas em uma adesão mental, eventualmente não
conscientizada, a valores relativos a escolhas sociais julgadas importantes
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e cuja eficácia esperada não depende de uma lógica puramente empírica
que se esgotaria na instrumentalidade técnica do elo causa-efeito.

Desse modo, a palavra ritual diz respeito ao sentido daquilo que é ritualístico ou
que tem propriedades rituais. Esta palavra alude ao sentido daquilo que é ritual, como
uma qualidade de um ato que se prolonga para além do ato em si e adquire
características simbólicas. Assim, como encontramos em Bayard (1996), o rito fúnebre
é, a princípio, o gesto técnico de lavar, enterrar e cremar o cadáver, mas é o seu
prolongamento para ato simbólico que o torna abrangente em todo o seu sentido.

Para Bayard (1996), os rituais fúnebres têm início com a agonia e coincidem


com a fase inicial do luto. O segmento se dá com o velório, as exéquias,
as condolências e o luto público (para pessoas de destaque), social (como no caso do
uso de cor específica de roupa) e psicológico (o sentimento da perda), prolongando-se
com o culto dos mortos ou a visita ao cemitério, como ocorre no dia dos finados. Ele
distingue os ritos de oblação, em que há solicitude e delicadeza com o defunto, como,
por exemplo, a toalete mortuária, e os ritos de passagem, nos quais há a consagração da
separação entre o morto e os vivos, assegurando a inclusão do morto em um
estatuto post mortem [grifos nossos].

No que diz respeito ao(s) significado(s) presente(s) em rituais fúnebres, podemos


considerar que incluem a demarcação de um estado de enlutamento, de reconhecimento
da importância da perda e da importância daquele ente que foi perdido. Ritualizar é
marcar, pontuar um aspecto da realidade ou um acontecimento. Neste contexto, os
enlutados tendem a se encontrar em um estado de margem ou limiar, no qual entram
mediante ritos de separação do morto e saem através de ritos de suspensão do luto e
reintegração social. Algumas vezes coincide o período de margem dos vivos com o
período de margem do morto (Gennep, 1978), ou seja, o término do período de luto
coincide com a agregação do morto em um estatuto post mortem, de acordo com a
crença de cada cultura.

Como já foi visto, o suicida comete um crime contra a sociedade e sua morte é
considerada uma afronta à comunidade (Bloch e Parry 1982). Os dois casos de suicídio
cujos funerais observei — ambos femininos — mostram que esses actos encontram uma
forte rejeição social. A solidariedade expressa nos funerais limitou-se ao mínimo,
estendendo-se somente aos parentes e amigos mais próximos. Em um dos casos,

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inclusive, os parentes masculinos tiveram, conscientemente, um comportamento pouco
respeitoso durante a cerimónia fúnebre.

Assim sendo, os suicídios são enterrados. No entanto, o processo de


sepultamento em si é um pouco diferente de como as pessoas são enterradas que, sem
culpa própria, cometeram suicídio.

HERANÇA CASO DE MORTE DOS PROGENITORES

A Herança é o conjunto de direitos e deveres ou conjuntos de bens ou


património deixados pelo de cujus. Pode ser ainda entendida como o conjunto de
direitos e obrigações que se transmitem em virtude da morte, a uma ou mais pessoas que
sobreviveram ao falecido.

De acordo com o disposto no artigo 2024° do CC, Sucessão é o chamamento de


uma ou mais pessoas à titularidade das relações jurídicas patrimoniais de uma pessoa
falecida e a consequente devolução dos bens que a esta pertenciam.

Após a abertura da sucessão – isto é, após a morte do testador – a herança é


passada para os herdeiros, que podem ser herdeiros por pacto sucessório, por testamento
ou ab intestato.

Assim sendo, para se salvar os progenitores de uma guerra ou morte por causa
do património, há quem abdique de tudo em vida. É a melhor forma de prevenir
problemas, dizem os advogados. Outros fazem doações ou deixam testamentos. Mas as
escolhas de quem morre abrem muitas vezes batalhas jurídicas sem fim para quem fica

KIMBANDA E FEITICEIRO FEITICISMO

Kimbanda  é um conceito religioso africana com raízes na mitologia Bantu,


ainda controverso quanto a sua real definição na actualidade. Por vezes, é classificada
como uma religião autónoma, e por vezes como uma Linha de Trabalho (Linha de
Esquerda) da Umbanda e do Candomblé, ou seja, uma modalidade de actuação e
conhecimento do mundo astral e espiritual onde Umbandistas têm a possibilidade de
fazer o uso da magia e feitiços para atingir os objectivos, seja práticos, seja objectivos
de evolução espiritual pregados pelo culto aos Orixás.

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O termo "Kimbanda" (da mesma forma que o termo "Umbanda") tem origem na
língua Mbundu, e dentro do Candomblé de Angola designa, desde o período pré-
colonial, um rito próprio, cujo sacerdote que o pratica é chamado de "Tata Kimbanda".

Suas entidades, conhecidas como "Povo da Rua", dividem-se


entre Exus (masculinos) e Pombagiras (femininas), os ambos mensageiros e guardiões,
que vibram nas matas, cemitérios, encruzilhadas, etc.

A  Kimbanda não é simplesmente mais uma das linhas existentes dentro dos


cultos afro-brasileiros, suas influências não são somente Bantu, Nagô e Yorubá, também
abrangem em larga escala vários aspectos da Religião Indígena, Católica,  o Espiritismo
moderno, a alquimia, o estudo da natureza fundamental da realidade e Correntes
Orientais.

É importante lembrar que o sincretismo entre Exu e o Diabo existe,


salvaguardando várias confusões ao verificar que atualmente muitas pessoas pensam
que a kimbanda é um culto satanista, tendo aquele sentimento de dualidade aonde as
pessoas vêem o bem e o mal em uma luta eterna confundindo a figura do Diabo com
tudo de ruim sem lembrar que Ele já teve seu martírio e foi vencido por Deus que é
Quem determina o espectro e a liberdade de suas ações desde o princípio dos tempos.

Hoje em dia podemos dizer que a Kimbanda se liberou da Umbanda, existindo


um culto separado só pra Exu da Kimbanda e fora do contexto umbandista. A Lei da
Kimbanda vêm dos bantos, dos povos Angola-Congo. A miscigenação ou ainda
podemos dizer sincretismo entre o Exu-iorubá e os Ngangas e Tatás (almas de chefes
kimbandeiros das nações bantas) foi o que deixou esse ar de cofunção no povo, que
muitos até mesmo sendo "feitos na kimbanda", não entendem, ou ó que é pior tratam-no
de diabo.

Na verdade, o Exu da kimbanda não é o Exu-iorubá (orixá ou imalé dessa


cultura). Os Espíritos que chegam na linha da kimbanda são espíritos de ngangas ou
tatás, aqueles que encarnados na terra eram sacerdotes bantos adoradores de algum nkisi
ou mpungu.

Feiticeiro é uma classe de personagens típica de cenários de fantasia medieval,


dentre os quais se destacam os jogos Dungeons & Dragons, mais conhecido
como D&D e Pathfinder Roleplaying Game. Uma classe dá habilidades  (ou
perícias) exclusivas para o personagem de cada classe.

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Um feiticeiro tem poderes idênticos aos de um mago, com a diferença de que
feiticeiros podem lançar magias sem a preparação prévia. Muitas vezes, em
alguns jogos e filmes, magos e feiticeiros são considerados como uma só classe. Porém,
em jogos, como D&D e NWN, essas são duas classes distintas. Da mesma forma
que magos, feiticeiros usam magia arcana. Sendo que no bantu o fetichismo é sinônimo
de: veneração, feiticismo, adoração, parcialidade

RAÇA NA PERSPECTIVA BIOLOGICA

Raça, para os biólogos, é um subnível de classificação, também chamado de


subespécie. Por exemplo, cães são uma subespécie de lobos. Para falar em raças
biológicas é preciso haver uma diferença genética significativa entre grupos dentro de
uma mesma espécie.

"O conceito de raça é altamente complexo e objeto de grandes estudos


sociológicos. O uso por parte do senso comum dessa forma de categorização perpetuou
a ideia de que os grupos humanos são divididos de acordo com características
biológicas.

As teorias sobre as diferentes raças humanas surgiram inicialmente no final do


século XVIII e início do século XIX, tendo como autor principal Joseph Arthur de
Gobineau (1816-1882) – o “pai do racismo moderno” –, filósofo francês e principal
defensor da ideia de superioridade da raça branca. Desde então, vários trabalhos
derivados da ideia de raças diferentes entre a espécie humana foram concebidos, de
modo que, enquanto alguns autores distinguiram quatro ou cinco raças, outros chegaram
a especificar mais de 20."

As teorias raciais surgiram como forma de tentar justificar a ordem social que
surgia à medida que países europeus tornavam-se nações imperialistas, submetendo
outros territórios e suas populações ao seu domínio. O conceito foi amplamente
adoptado em todo o mundo até o período da Segunda Guerra Mundial, quando o
surgimento da ameaça nazista elevou a proporções astronômicas o preconceito e o ódio
em relação a grupos humanos específicos.

Os trabalhos científicos que abordaram as diferenciações entre grupos humanos


mostraram que, apesar das diferenças fenotípicas (cor dos olhos, da pele, cabelos etc.),
as diferenças genéticas que existiam entre grupos de características físicas semelhantes

19
eram praticamente as mesmas quando comparadas com as diferenças genéticas entre
grupos de características físicas diferentes. Portanto, em termos biológicos, não existem
“raças” com contorno definido, apenas um grande número de variações físicas entre os
seres humanos."

"m dos exemplos de trabalhos sobre a contestação acerca do uso do termo “raça”
para diferenciar grupos de indivíduos com base em características biológicas é o dos
autores Sergio Danilo Junho Penha, professor do departamento de Bioquímica e
Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais, e Telma de Souza Birchal,
professora do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais. O
trabalho que eles desenvolveram foi intitulado: A inexistência biológica versus a
existência social de raças humanas: pode a ciência instruir os actos social? (Revista USP
-2006).

Diante dos fatos, a comunidade científica praticamente abandonou o uso do


termo “raça”. Da mesma maneira, muitos autores da Sociologia concordam que o
conceito de raça é apenas uma noção socialmente construída e perpetuada pelo
preconceito ou pelo valor conceitual que alguns teóricos acreditam existir nos trabalhos
que tratam de problemas sociológicos ligados à diferença. Nesse sentido, o conceito de
raça é utilizado para tratar de problemas ligados ao valor socialmente atribuído a certas
características físicas, como casos de discriminação ou segregação racial que ainda hoje
observamos."

"Dentre desse contexto, Anthony Giddens descreve o conceito de raça como


sendo um “conjunto de relações sociais que permite situar os indivíduos e os grupos e
determinar vários atributos ou competências com base em aspectos biologicamente
fundamentados”. Isso quer dizer que a ideia de distinção racial vai além de tentar
categorizar indivíduos por suas características biológicas, pois está também relacionada
com certas formas de desigualdade social e outros fenômenos sociais."

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CONCLUSÃO

Depois de uma abordagem temática, concluímos que os aspectos antropológicos


na cultura angolana no decorrer da história,  teve diversas nuances que compõem um
humano, onde a mesma buscou compreender a questão biológica, social e cultural que
trabalharam na construção das individualidades e identidades.

A cultura angolana é por um lado tributária das etnias que se constituíram no


país há séculos - principalmente os ovimbundos, ambundos, congos, chócues e
ovambos.

Assim sendo, na perspectiva biológica, a raça é um subnível de classificação,


também chamado de subespécie. Para falar em raças biológicas é preciso haver uma
diferença genética significativa entre grupos dentro de uma mesma espécie.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IMBER-BLACK, E. & ROBERTS, J. (1989).Rituals in families and family


therapy. New York: W W Norton & Company.        

JUNG, C. G. (1964). Man and his symbols. New York: Dell.        

JUNG, C. G. (1986). O desenvolvimento da personalidade. Petrópolis: Vozes, 1972

JUNG, C. G. (1979). O eu e o inconsciente. Petrópolis: Vozes, 1971.        

VON FRANZ, M. L. (1990). A interpretação dos contos de fadas. São Paulo: Paulus,


1981.       

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