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Cinética enzimática

Cinética enzimática
Estudo das velocidades de uma reação e suas mudanças em
resposta a alterações em valores experimentais

• Para a manutenção da homeostase todas as enzimas devam funcionar


de maneira correta.

•Além disso é crucial que cada uma dessas enzimas funcione com uma
taxa de atividade de acordo para aquele momento biológico.

•Qualquer alteração nas taxas de atividade enzimática, será refletida em


alterações fisiológicas, possivelmente levando a estados patológicos. Estas
alterações podem ser induzidas por diversos fatores, tais como pH,
temperatura, concentração de enzima, substratos e inibidores.
Um pouco de termodinâmica
• Para as reações químicas reversíveis, se é possível para uma molécula
A e outra B reagirem para formar uma molécula C e outra D, a reação
recíproca também é possível.

A+ B C+D
Energia livre (G) é a energia termodinâmica que determina a direção que
uma dada reação química tende a ocorrer e a concentração de reagentes e
produtos que estarão presentes ao final, ou seja, quando for atingido o
estado de equilíbrio.

• A diferença de energia livre de uma reação química representa a


diferença entre a energia livre dos produtos e a energia livre dos
reagentes (ou substratos).
• Se os produtos tiverem energia livre menor que a energia livre dos
reagentes, o G terá um valor negativo, e a reação tenderá a seguir
favorecendo a formação dos produtos.

GP < GR então G < 0


• O quanto esta reação irá prosseguir nesta direção antes que o estado
de equilíbrio seja atingido, é determinado tanto pelo sinal quanto
pela magnitude da diferença de energia livre, que por sua vez está
relacionada à constante de equilíbrio da reação.

R = constante do gás
T = temperatura absoluta

G = -RT ln Keq Keq = [C] [D] = [P]


[A] [B] [S]

• Através desta relação é possível calcular G medindo-se as


concentrações relativas de reagentes e produtos depois que o
equilíbrio tenha sido atingido.
• Se G for negativo, Keq vai ser maior que 1, Indicando que a
concentração de produtos é superior a de reagentes. Se G for
positivo, Keq vai ser menor que 1, significando uma maior
concentração de regentes.

Importante: G e Keq indicam o sentido da


reação mas não a velocidade da reação. Isto
porque G é calculada apenas em função das
condições iniciais e finais de uma reação.
As enzimas reduzem a barreira energética mas
NÃO alteram o Keq

•As enzimas não são alteradas


durante uma reação
enzimática, logo o G geral de
uma dada reação não é
alterado.
•Uma vez que a constante de
equilíbrio é uma função da
energia livre, as enzimas não
podem alterar a direção de
uma reação química.
substrato
Concentração de substrato
Concentração de substrato
Quando a quantidade de substrato é
aumentada e todos os outros parâmetros são Saturação dos
mantidos constantes, a velocidade da reação sítios-ativos
aumenta até atingir um ponto de velocidade
máxima (Vmax).
Este é o ponto onde o acréscimo de
substrato não provoca um aumento da
velocidade da reação em decorrência da
saturação dos sítios ativos.
A quantidade de substrato presente numa
dada reação, quando esta atinge metade
da Vmax é chamada de Km, ou constante
de Michaelis.

Equação de Michaelis-Menten

V0 = Vmax [S]
Km + [S]
A equação de Michaelis-Menten
O valor de Km pode ser determinado como uma função de
concentração de substrato e velocidade da reação.
A equação de Michaelis-Menten:

V0 = Vmax [S]
Km + [S]

A equação de Michaelis-Menten descreve o comportamento de


muitas enzimas com relação à variação da concentração de
substrato; e pode ser resumida em três situações:
1) Quando [S] é muito menor que o Km;
2) Quando [S] é muito maior que o Km;
3) Quando [S] = Km.
Kcat
– Kcat : constante de velocidade da etapa
limitante
– número de moléculas de substrato que são
convertidas a produto, por segundo, por uma
única molécula de enzima
– ex: 1 moléc. de catalase converte 40.000.000
moléculas de H2O2 em 1 segundo
– só é válido p/ enzima saturada de substrato
Inibição competitiva
• Os inibidores enzimáticos podem ser divididos entre
competitivos e não competitivos
• Os inibidores competitivos parecem competir pelo mesmo
sítio ativo da enzima ao qual se ligam os substratos.
• Normalmente os inibidores competitivos possuem
estrutura semelhante aos substratos.
Inibição não competitiva
• Os inibidores não competitivos não possuem
estrutura semelhante aos substratos e normalmente
se ligam a outros sítios da enzima.
Regulação da atividade
enzimática
REGULAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA

INTRODUÇÃO E IMPORTÂNCIA
• Durante a manutenção de um estado de
homeostase a regulação da atividade enzimática
desempenha um papel crucial.
• A regulação ocorre sempre em resposta a fatores
externos ou internos de um determinado
organismo.
• Muitas vezes a eficiência ou o tipo de regulação,
como resposta a um estímulo, pode significar a
diferença entre um organismo saudável ou doente,
ou entre a vida e a morte.
Estratégias de regulação enzimática
Controle alostérico
Inibição por “feedback”

O produto final atua como


regulador.
Ativação
enzimática
Tipos de catálise
Grupos catalíticos que contribuem para a catálise

Uma vez que o substrato esteja ligado na enzima, grupos


funcionais catalíticos posicionados de modo apropriado
ajudam no rompimento e na formação de ligações por vários
mecanismos:
• Catálise geral ácido-básica
• Catálise covalente
• Catálise por íons metálicos
Catálise geral ácido-básica
Catálise covalente
Catálise por íons metálicos

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