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Universidade Rovuma
Extensão do Niassa
2021
Genialda da Genoveva Maria Monteiro Arlindo
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO....................................................................................................................3
1.1. Problematização....................................................................................................................................4
1.2. Justificativa...........................................................................................................................................5
1.3. Objectivos:............................................................................................................................................5
Geral.............................................................................................................................................................5
Específicos...................................................................................................................................................6
1.4. Hipóteses...............................................................................................................................................6
CAPITULO II : PROCEDIMENTOS METOLÓGICOS.............................................................................7
2.1. Tipo de pesquisa....................................................................................................................................7
2.2. Métodos de pesquisa.............................................................................................................................7
. Área de estudo............................................................................................................................................7
2.4. Técnicas de colecta de dados.................................................................................................................8
CAPÍTULO III: FUNDAMENDAÇÃO TEÓRICO.....................................................................................9
3.1. Historial de agro-tóxicos.......................................................................................................................9
3.2. Tipos de agro-tóxicos..........................................................................................................................10
3.2.1. Abamectina.......................................................................................................................................11
3.2.2. Acefato.............................................................................................................................................11
3.2.3. Glifosato...........................................................................................................................................12
3.2.4. Efeitos do glifosato sobre a saúde humana.......................................................................................12
3.3. Riscos do agro-tóxicos para a saúde humana.......................................................................................13
3.4. Degradação ambiental.........................................................................................................................15
3.5. Legislação vigente quanto ao uso do agro-tóxico................................................................................15
Cronograma................................................................................................................................................16
Orçamentação.............................................................................................................................................16
Bibliografia................................................................................................................................................17
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
Agro-tóxicos são substâncias ou mistura de substâncias de natureza química ou biológica, usada
para evitar ou combater pragas ou doenças, que reduzem a produtividade ou que afectam
negativamente a qualidade dos produtos em áreas de culturas agrícolas e de produção animal e,
no controlo de vectores causadores de doenças ao Homem de forma directa ou indirecta (PCIGA-
ETP, 2008). É um composto tóxico utilizado para eliminar ou controlar pragas que atacam as
culturas agrícolas, (DELGADO e PAUMGARTTEN). Contudo, o termo “agro-tóxico” ao invés
de “defensivo agrícola” passou a ser utilizado, no Brasil, para denominar os venenos agrícolas,
após grande mobilização da sociedade civil organizada. Mais do que uma simples mudança da
terminologia, esse termo coloca em evidência a toxicidade desses produtos para o meio ambiente
e a saúde humana. São ainda genericamente denominados praguicidas ou pesticidas, (FREIRE,
2002).
No entanto, a indústria de agro-tóxicos surgiu após a Primeira Guerra Mundial, quando as
grandes corporações químicas internacionais criaram subsidiárias produtoras de agro-tóxicos,
visando aproveitar as moléculas químicas desenvolvidas para fins bélicos, (STOLL, 1987). Pois,
na agricultura passaram a cada vez mais serem utilizados à medida que se desenvolveram
equipamentos e agro-químicos direccionados ao processo de produção, período este chamado de
revolução verde, (PERES& MOREIRA, 2007).
Portanto, se por um lado à utilização de agro-tóxicos favoreceu a intensificação da produção de
alimentos, então seus efeitos se fazem sentir cada vez mais na saúde humana e no meio ambiente.
O uso indiscriminado que vem ocorrendo nas últimas décadas, apesar de seus efeitos benéficos
em termos de ganhos produtivos tem trazido grandes prejuízos e efeitos indesejáveis à saúde
humana e do meio ambiente. (RANGEL; ROSA; SARCINELLI, 2001). Nesta ordem de ideia,
RANGEL, ROSA e SARCINELLI, (2001), referenciam ainda que dois terços do total de agro-
tóxicos existentes estão voltados para o uso na agricultura, o que torna os trabalhadores agrícolas
mais propensos a exposição a estes compostos.
Neste contexto, o estudo do impacto de agro-tóxicos nas horticulturas para a saúde humana, pode
ser uma questão fundamental para o melhoramento do conhecimento do perigo destes para a
saúde humana e consequente o seu correcto maneio por parte dos agricultores, em particular
destaque, (MOREIRA, 2000). Nesta ordem de ideias, são chamados atenção aos agentes agrários
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numa intervenção urgente em tomar medidas com vista a consciencializar o homem no uso
correcto, respeitando os padrões de manuseio destes produtos tóxicos.
1.1. Problematização
É comum o uso de agro-tóxicos nas horticulturas não somente na zona de. mas também no país
todo geralmente são usados para evitar algum tipo de praga em uma plantação. Em contrapartida,
esses produtos acabam sendo utilizados inadequadamente, gerando riscos à saúde das pessoas,
ocasionando assim problemas em curto, médio e longo prazo, a depender da substância utilizada
e do tempo de exposição ao produto.
A intoxicação por agro-tóxicos para saúde humana pode ocasionar tonturas, cólicas abdominais,
náuseas, vómitos, dificuldades respiratórias, tremores, irritações na pele, nariz, garganta e olhos;
convulsões, desmaios, coma e até mesmo a morte. As intoxicações crónicas aquelas causadas
pela exposição prolongada ao produto podem gerar problemas graves, como paralisias, lesões
cerebrais e hepáticas, tumores, alterações comportamentais, entre outros. Em mulheres grávidas,
podem levar ao aborto e à malformação congénita, toda a população em alguma fase da vida será
exposta a agro-tóxicos, seja através do consumo ou durante o trabalho.
Entre os grupos que mais sofrem com os efeitos dessa substância, destaca-se para produtores de
horticolas que manuseiam sem obedecer as normas e os cuidados na calibração dos equipamentos
de pulverização, e na sua maioria por serem estrangeiros com um baixo nível de conhecimento da
língua portuguesa mesmo com algumas capacitações feita pelos técnicos da AGRIFOCUS e
INAS assim não conseguem decifrar as recomendações escritas nas rótulas com isso usam
frequentemente esse tipo de produtos tóxicos sem nenhuma utilização de equipamentos de
protecção adequada. Outro ponto aliado às causas de intoxicação que a autora constatou para
além do uso do agro-tóxico sem material de protecção, está associado com o armazenamento do
mesmo, onde certo comerciante partilha o mesmo espaço para conservar o glifosato e produtos
alimentares em sua barraca, local onde são adquirido os agro-tóxicos de maneira não
recomendada pela lei e não conseguem identificar a classificação toxicológica de cada substância.
1.2. Justificativa
É notável nos dias de hoje que o uso de agro-tóxicos na agricultura, passou a ser como a principal
forma de proteger as culturas das pragas e até mesmo nos armazéns. Contudo, o uso
indiscriminado que vem ocorrendo nas últimas décadas, apesar de seus efeitos benéficos em
termos de ganhos produtivos, tem trazido grandes prejuízos e efeitos indesejáveis à saúde
humana e do meio ambiente.
Ainda nesta ordem de ideia as mortes de intoxicações pelo uso desses produtos acabaram
tornando-se um grande problema de saúde pública a autora observou com muita frequência
trabalhadores do campo em estudo, utilizando essas substâncias sem nenhuma protecção nem
instruções adequadas, não cumprindo assim rigorosamente o IS intervalo de segurança (espaço de
tempo entre ultima aplicação e a colheita ou o consumo do produto tratado).
Além disso, muitas vezes a intoxicação desses camponeses não é levada a sério, aliás, nem sequer
procuram atendimento médico, por isso, é comum a morte dessas pessoas, que muitas vezes não
conhecem o verdadeiro risco de tais substâncias, nesta visão a pesquisadora tomou como motivo
da realização deste anti-projecto com vista a trazer a luz dos utentes, os riscos do uso incorrecto
destes produtos, apesar da sua grande contribuição para o controle agrário.
1.3. Objectivos:
Geral
Específicos
Quanto a abordagem: a pesquisa será qualitativa, pois de acordo com KIRK e MILLER, (1986,
149), a pesquisa qualitativa procurará verificar um fenómeno por meio da observação e estudo do
mesmo. Contudo, os dados colectados estarão em formato textual e com significados marcados
pela expressão objectiva da análise dos sujeitos da pesquisa,
Quanto a natureza: será básica, pois, os seus estudos estarão virados na formulação de teoria
para a compreensão dos fenómenos.
Quanto aos procedimentos: será explicativa, pois pretender-se-á explicar os factores que
contribuem para a ocorrência dos fenómenos.
Método indutivo: o uso deste método partirá dos dados particulares a serem colectados e inferir-
se-á uma verdade universal, pois serão através dos argumentos indutivos que se chegará a uma
conclusão geral referente ao impacto do uso de agro-tóxicos nas horticulturas para a saúde
humana, em particular na Comunidade de Assumane.
Área de estudo
Para a colecta de dados acerca do impacto do uso de agro-tóxicos nas horticulturas para a saúde
humana, sobretudo na Comunidade de Assumane elaborar-se-á uma entrevista com perguntas
abertas dirigidas a uma amostra de 10 agricultores de hortícolas de diferentes pontos daquela
comunidade.
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humana e no meio ambiente. O uso indiscriminado que vem ocorrendo nas últimas décadas,
apesar de seus efeitos benéficos em termos de ganhos produtivos tem trazido grandes prejuízos e
efeitos indesejáveis à saúde humana e do meio ambiente, (RANGEL; ROSA; SARCINELLI,
2001).
Neste processo de modernização da agricultura, conduzido pelos interesses de grandes
corporações transnacionais, configurou-se o agro negócio enquanto um sistema que articula o
latifúndio, a indústria química, metalúrgica e de biotecnologia, o capital financeiro e o mercado
(FERNANDES e WELCH, 2008), com fortes bases de apoio no aparato político-institucional e
também no campo científico e tecnológico.
Este sistema ampliou a monocultura, a concentração de terras, de renda e de poder político dos
grandes produtores. Elevou também a intensidade do trabalho, a migração campo-cidade e o
desemprego rural. Por outro lado, a apropriação dos frutos dessa produtividade reverteu-se em
aumento dos lucros capitalistas, para os grandes proprietários rurais e as multinacionais
envolvidas, (REZENDE, 2005; PORTO e MILANEZ, 2009).
Frutos deste processo existem actualmente no mundo cerca de 20 grandes indústrias fabricantes
de agro-tóxicos, com um volume de vendas na ordem de 20 bilhões de dólares por ano e uma
produção de 2,5 milhões de toneladas de agro-tóxicos, sendo 39% de herbicidas, 33% de
insecticidas, 22% de fungicidas e 6% de outros grupos químicos, (RANGEL et.al, 2001). As
principais companhias agro-químicas que controlam esse mercado são: Syngenta, Bayer,
Monsanto, BASF, Dow AgroSciences, Du Pont, MAI e Nufarm. A América Latina é um
importante e crescente mercado no contexto mundial, onde o futuramente líquido na venda de
agro-tóxicos cresceu 18,6% entre 2006 a 2007, e 36,2% entre 2007 e 2008, (SINDAG, 2009).
3.2.1. Abamectina
A Abamectina é um tipo de insecticida e acaricida que pertence à classe toxicológica I, bastante
utilizado nas plantações de batata, algodão, crisântemo, cravo, figo, ervilha, manga, feijão, melão,
melancia, pimentão, morango, tomate, uva, citros, mamão, pêssego, pepino entre outros. Esse
agro-tóxico em excesso causa toxicidade reprodutiva e dos seus metabólitos.
3.2.2. Acefato
O acefato é um insecticida e acaricida organofosforado, com a fórmula química C 4H10NO3PS,
usado no controle de insectos emplantações, como algodão e tabaco, em frutas, hortaliças e
plantas ornamentais (FRIGHETTO e AZEVEDO, 1997). Também é utilizado no controle de
insectos domésticos, como formigas e ácaros. o seu uso é permitido na aplicação foliar nas
culturas de algodão, amendoim, batata, citros, feijão, melão, soja e tomate rasteiro com fins
industriais, e no tratamento de sementes de algodão e feijão destinados ao plantio. Nas culturas de
brócolos, couve, couve-flor e repolho o produto pode ser utilizado somente até que sejam
registados agro-tóxicos substitutos ao acefato e não pode ser usado como domissanitário e em
jardinagem, (DIVISÃO de TOXICOLOGIA HUMANA e SAÚDE AMBIENTAL, 2017).
Comportamento no ambiente
O principal processo de degradação do acefato no solo é o metabolismo aeróbio, com meia-vida
menor que dois (2) dias sob condições apropriadas de uso do insecticida, produzindo
metamidofós, (FRIGHETTO e AZEVEDO, 1997). O insecticida é estável a hidrólise, excepto em
pH alto (meia-vida de 18 dias em pH 9). O acefato não é persistente em sedimento argiloso
anaeróbio (meia-vida de 6,6 dias), (ALVARADO e PÉREZ, 1998).
Os principais produtos de degradação sob condições anaeróbias são dióxido de carbono e metano.
O acefato é muito solúvel em água, apresenta alta mobilidade em condições experimentais e
provavelmente não lixívia para a água subterrânea devido a não persistência em condições
aeróbias, (BULL e HATTAWAY, 1986).
Exposição humana e efeitos à saúde
A exposição ao acefato geralmente está associada com efeitos gastrointestinais, neurológicos,
respiratórios e dérmicos, com sinais e sintomas como: náusea, vómito, diarreia, dor abdominal,
tremores, taquicardia, sudorese, desorientação, tosse, congestão e pneumonia. Irritação e reacções
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na pele, como inchaço, urticária, vermelhidão e erupções, também são relatadas, (Divisão de
Toxicologia Humana e Saúde Ambiental, 2017).
3.2.3. Glifosato
O Glifosato (N-(fosfonometil)-glicina) é um herbicida sistémico de amplo espectro e dessecante
de culturas. É um composto organofosforado, especificamente um fosfonato. É usado para matar
ervas daninhas, especialmente ervas daninhas folhosas perenes, e gramíneas que competem com
as culturas (SPRANKLE, PENNER, 1975:224 – 228).O glifosato é absorvido através das folhas,
e minimamente através de raízes e transportado para pontos de crescimento. Ele inibe uma
enzima vegetal envolvida na síntese de três aminoácidos aromáticos: fenilalanina, triptofano e
tirosina. Portanto, é eficaz somente em plantas em crescimento activo e não é eficaz como um
herbicida de pré-emergência, (SPRANKLE P, MEGGITT, 1975).
O glifosato é o ingrediente activo da fórmula de alguns herbicidas. Porém essas formulações
comerciais contêm, além de sais de glifosato, certos aditivos, tais como surfactantes de diferentes
tipos e em concentrações variáveis. Toxicologistas têm estudado os efeitos do glifosato
isoladamente, dos aditivos isoladamente e das formulações. Análises toxicológicas sugerem que
outros ingredientes em combinação com o glifosato podem ter maior toxicidade do que o
glifosato isoladamente, A OMS considera que a substância tem um potencial cancerígeno,
(FAO/WHO, 2016).
Cronograma
Actividades
Fevereiro Março Maio Junho Julho Agosto Setembro
Escolha do Tema
Levantamento Bibliográfico
Colecta de dados
Tratamento/análise de dados
Elaboração do relatório final
Revisão do texto
Entrega do trabalho final
Orçamentação
Quant
Material Custos Total
.
Escolha do tema
Levantamento bibliográfico 500,00 MT 500,00 MT
Colecta de dados 1500,00 MT 1500,00 MT
Tratamento e análise dos dados
Elaboração do relatório final 5 300,00 MT 1500,00 MT
Revisão do texto 3 100,00 MT 300,00 MT
Transporte 4 1200,00 MT 4800,00 MT
Entrega do trabalho Final 3 500 1500,00MT
Total 10 . 100 MT
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Bibliografia