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NEUROPSICOLOGIA

@danielleschunk
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Bibliografia

Artmed , 2008.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Neuropsicologia ciência e profissão.
(VA1) Processos mentais e a organização cerebral; Disponível em:
https://site.cfp.org.br/wpcontent/
uploads/2022/11/cartilha_neuropsicologia_web_2.pdf. Acesso em 1 dez 2022.
(VA2) Os transtornos das funções corticais superiores em casos de GIL, Roger. Neuropsicologia. 2. ed. São Paulo: Livraria Santos Editora, 2007.
lesões neurológicas; Complementar: CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnóstico-V. 5. ed rev. ampl..
. Lesões neurológicas Porto Alegre: Artmed, 2000.
FUENTES, Daniel. Neuropsicologia. Porto Alegre: Artmed, 2008.
. Dificuldades da Percepção GAZZANIGA, Michael S.; HEATHERTON, Todd F. Ciência psicológica: mente,
. Dificuldades da Atenção cérebro e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005.
. Dificuldades da Linguagem e do Pensamento HANNA, M. et. al. Neuropsicologia dos transtornos mentais. São Paulo: Artes
Médicas, 2007.
. Dificuldades de Movimento e Ação KANDEL, Eric R.; SCHWARTZ James H.; JESSEL, Thomas M. Fundamentos da
. Dificuldades de Memória neurociência e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
MALLOY-DINIZ, L.F., DUENTES, D., MATTOS, P., ABREU, N. & Colaboradores.
Avaliação Neuropsicológica. Porto Alegre: Artmed, 2010.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
2
PROVAS: V/F

VA1 22/09 (Funções)


VA2 17/11 (Lesões) 3
O QUE ESPERAR?
Como é a prova?
O que cai na prova?
Tem revisão?
Como eu ganho ponto extra?
Como é a chamada?
O que acontece se eu ganhar muitas faltas?
Eu ganho algum material?
Posso ter o link dos filmes?
Posso gravar a aula?
Posso sair mais cedo?
@danielleschunk
Posso usar o celular em sala de aula?
Como serão as aulas? 21 981243197
O que a prof considera mais importante?
O que essa aula não é? 4
No começo antes de existir a neurociência, o
cérebro era um nada.

No Egito antigo, o cérebro era um órgão sem


valor. Arrancado pelo nariz com um gancho no
processo de mumificação. Já o coração era o mais
importante órgão humano, por ser a fonte das
emoções e da memória. Acreditava-se que no pós
vida o coração era pesado e deveria ser mais leve
que uma pena. Os egípcios acreditavam que o
coração era o centro de todas as emoções e o
motivador de todas as ações

“NO EGITO O CORAÇÃO ERA VISTO


COMO O ORGÃO MAIS IMPORTANTE
DO CORPO
03/8/20XX HUMANO” Pertencente aos artefatos da tumba de Tutankhamon, este
objeto de ouro representa a importantancia do coração
pesagem das almas",
ou psicostasia
Na Grécia antiga, até o Sec. V a.C, a ideia era de que a mente humana estava dividida em diferentes partes do
corpo. Mas depois do Sec. V a.C, o pensamento grego se dividiu em duas correntes, que percorreu caminhos
distintos na escalada para desvendar a mente humana, uma que colocou a mente no coração e a outra que a
alocou no cérebro.
PRIMEIRA CORRENTE GREGA (CARDIOCENTRISTA) : Aristóteles

Aristóles, defendia o cardiocentrismo baseado em suas


observações anatômicas do corpo. Ao observar de
perto, ele percebeu que tudo o que sentimos se reflete
no coração. O medo ou euforia o dispara, se
movimentamos depois o corpo ele altera os batimentos,
se descansamos ele diminui os batimentos, a angustia,
causa a sensação de “apertamento”. Por isso o filósofo
acreditava que processos mentais e inteligência
estavam alocados no coração.

Ele também defendia que a forma do cérebro não


combinava com a alma, já que a alma (o que faz pensar,
sentir, confere ao corpo calor) então a mente moraria no
coração grande e quente, já o cérebro só era um
refrigerador, evitando que o corpo super aquecesse com
os esforços da alma. Era fácil ver o sangue saindo do
coração e se dirigindo para todo o corpo portanto a
mente deveria estar ali!
Hoje, sabemos que O cérebro envia informações para o
coração por meio de uma rede complexa de nervos que se
origina nele e se ramifica para o resto do corpo.
Que as nossas emoções sempre se refletem no sistema
cardiovascular, e por isso sentimos alterações dos
batimentos cardíacos, mas nós agimos por ação do
cérebro tanto de forma racional quanto emotiva.
Da parte do coração, além de bombear sangue para os
pulmões e o fazer circular pelo corpo para distribuir
oxigênio e nutrientes para os tecidos e retirar deles
resíduos (como dióxido de carbono) ainda troca
"mensagens pessoais" com o cérebro. Isso é feito por meio
de alguns caminhos físicos: transferência de impulsos
nervosos, hormônios e neurotransmissores, ondas de
pressão e por meio de interações de campos
eletromagnéticos.
A comunicação entre os dois é uma via dinâmica, de mão
dupla e contínua, de modo que cada um dos órgãos exerce
influência na função do outro. Todas as alterações
referentes aos hábitos alimentares, uso de suplementos e
atividades físicas que ajudem o coração, previnem também
o envelhecimento do cérebro.
SEGUNDA CORRENTE GREGA (ENCEFALOCENTRISTA): Hipócrates e Platão

Hipócrates e Platão, afirmavam que a mente se


localizava no cérebro, e graças a ales, a dissecação de
cadáveres humanos passou a ser realizada, o que
representou um enorme avanço para a ciência, inclusive
pela descoberta a seguir: o sistema nervoso;
A partir da identificação das “fibras que saiam do crânio
e da espinha e se espalhavam por todo o corpo” em
seguida, dos vasos sanguíneos e a partir daí dos nervos
motores e sensitivos desenvolveram a percepção de
que o corpo é um sistema complexo e integrado e
que o cérebro, desempenha o papel principal nessa
(inter) ligação.
CRISTIANISMO: A ENCOBERTA DAS DESCOBERTAS
A disseminação do Cristianismo foi um retrocesso da neurociência
em muitos continentes. Houve o retorno da proibição da abertura
do corpo humano e da dissecação de cadáveres, na maioria das
culturas.
Árabes e Judeus, entretanto, continuaram a fazer investigação nos
corpos por não sofrerem influencias cristãs, principalmente no
oriente médio. Os estudos sobre nervos, deram origem à práticas
de tratamento como acupuntura, por exemplo. Com acesso aos
textos gregos e de outros povos sobre o tema, não foi tão difícil
para os muçulmanos desenvolver uma medicina mais confiável.
Mas a doutrina Cristã, valorizava muito mais a alma do que o corpo,
que por sua vez não deveria ser “curado” uma vez que as doenças
poderiam ser consequências das “doenças da alma” e aqueles que
continuavam a estuda-lo, passaram a ser considerados,
materialistas (estudiosos da matéria), não religiosos e descrentes.
Com a supervalorização da fé, dos dogmas em detrimento da
pesquisa científica, do empirismo e da razão, houve uma debilitação
geral das condições de saúde, e um aumento significativo de
tratamentos místicos, por isso, as pestes e as doenças da idade
média
1537: Galeno e Vesalius
Os estudos de Galeno com animais e posteriormente de
Vesalius (De humani corporis fabrica) se tornam um marco da
anatomia, com ilustrações rigorosas e precisas, descrevendo
áreas que nunca haviam sido descritas. Era o corpo Revelado!
Em função dos avanços da Astronomia (estudo liberado pelos
dogmáticos) surge o microscópio que ampliou ainda mais a
possibilidade de “ver” e entender o funcionamento do corpo
1600: RENASCIMENTO
Durante o Renascimento os estudiosos tomaram como confiáveis as ciências e assim a anatomia
humana adquiriu uma importância fundamental. Mas os artistas eram mantidos pelo clero religioso,
então como poderiam demonstrar em sua arte a ciência ao invés da religião? A ideia é que eles
esconderam a anatomia em suas obras. O estudo do corpo, volta a ser valorizado, mas a
neuroanatomia ainda andava a passos lentos
1650 – : RENÈ DESCARTES, Franz Gall
Descartes foi um defensor da separação mente/corpo, Sua
hipótese era de que, o corpo funciona como uma máquina
enquanto a mente é imaterial e não segue as leis da natureza.
Esse pensamento criou a desculpa perfeita para investigação
do corpo e como se dá seu funcionamento.
As primeiras descobertas sobre o cérebro foram relacionadas
ao seu funcionamento por eletricidade: No início do Sec. 18,
Luigi Galvani e Boi-Reymond demonstraram que os músculos
se movimentavam quando o nervos eram estimulados
eletricamente e também que o encéfalo podia gerar
eletricidade, derrubando a teoria de que o cérebro humano
funcionava graças a fluidos, sopros ou espíritos.
No final do Sec. 19 o sistema nervoso já havia sido
completamente dissecado. Franz Gall “tropeçou” nesta
descoberta. Esse anatomista austríaco descobriu que existiam
funções específicas para cada região do cérebro, mas criou a
‘Cranioscopia’ posteriormente denominada frenologia e acabou
defendendo que a personalidade dependia do formato do
crânio, além disso ele apontou várias áreas cerebrais que nada
tinham a ver com suas verdadeiras funções, descobertas mais
tarde. Para ele o cérebro, por exemplo se desenvolvia melhor
em determinadas áreas se a pessoa fosse mais bondosa.
1861: Paul Broca, Karl Wernicke

Um dos pacientes mais famosos na história da neurologia, se chamou


Leborgne, e desde a infância sofria com epilepsia e ganhava a vida fazendo
moldes para chapéus. Após anos de crises convulsivas, a sua capacidade de
falar se deteriorou progressivamente, e aos 31 anos, a única coisa que
conseguia dizer era “tan tan”, que logo se tornou seu apelido.
Em 1840, incapaz de realizar qualquer atividade, Tan foi recolhido ao hospital e
casa de repouso de Bicêtre, nas proximidades de Paris. Tan conseguia dizer
poucas coisas além de “tan tan”. Eventualmente quando irritado gritava “Sacré
nom de Dieu!”, mas claramente ele não podia praguejar voluntariamente,
apenas quando tomado pela raiva.
Com a evolução da doença, Tan passou a perder a força e a sensibilidade do
lado direto do corpo. Por conta do tempo prolongado restrito ao leito, Tan
desenvolveu escaras (lesões de pele) graves em seu membro inferior, que após
diversas infecções precisaria ser amputada. No dia 12 de abril de 1861, o
cirurgião Paul Broca foi ao hospital realizar o procedimento, não por acaso.
Esse foi um caso que ele queria atender. Broca tinha grande interesse em
antropologia, se dedicando ao estudo do crânio. como especialista em
linguagem, tinha-se interessado no caso do paciente Tan. Como descrito pelo
próprio Broca (tradução livre): O déficit de articular discurso descrito por Broca é
hoje conhecido como afasia de Broca.
1861: Paul Broca, Karl Wernicke

Surge portanto a hipótese: a área afetada deveria


ter algo a ver com o déficit observado. Para ter a
certeza, Paul Broca procurou outros pacientes com
o mesmo problema. O segundo paciente estudado
por Broca foi Lazare Lelong, um homem de 84
anos que há um ano que não conseguia dizer mais
que apenas 5 palavras (oui, non, tois,
toujours, e Lelo – numa tentativa de pronunciar o
seu próprio nome).

Com a autópsia deste, Paul Broca teve a sua


confirmação: também o cérebro de Lelong tinha
uma lesão numa localização semelhante à
encontrada no paciente Tan. Assim, parecia que a
função da expressão da fala estava localizada
naquela parte do cérebro. O legado mais
Este é o cérebro de Leborgne, o qual foi conservado e está importante de Broca para a ciência foi porventura
num museu em Paris. outro: o reconhecer que podíamos aprender muito
sobre o funcionamento do cérebro estudando os
casos em que este não funcionava.
A DÉCADA DO CÉREBRO

1990 Foi a década do cérebro uma época em que houve uma grande explosão de conhecimento sobre o
funcionamento do cérebro, graças aos avanços das neuroimagens.(técnicas de escaneamento do cérebro
(ressonância magnética, tomografia funcional, petscan, tomografia) mas também porque a neurociência passou a
ser estudada a partir de uma visão transdisciplinar: uma fusão da biologia molecular, anatomia, neuropsicologia,
embriologia, biologia celular, e psicologia

Isso significa que Neurociência não comporta apenas os estudos patológicos ou da funcionalidade das partes do
cérebro mas busca investigar a mente a partir da complexa construção do cérebro humano reconhecendo que os
processos mentais são resultantes do nosso sistema nervoso central

Foi o avanço técnico e científico sobre o funcionamento do sistema nervoso central nos deu a base para começar
a compreender a complexidade da mente humana e hoje sabemos apenas uma fração do que é o
funcionamento do sistema nervoso e há muito o que avançar
PARTES DO CEREBRO E SEU FUNCIONAMENTO
O SISTEMA NERVOSO
O cérebro é apenas uma parte do sistema nervoso.
O sistema nervoso também chamado de sistema neural, é
uma parte vital e incrivelmente complexa para o correto
funcionamento do corpo humano. Com todas as suas
diferentes partes e conexões este sistema neurológico é
cuidadosamente finamente coordenado. A natureza levou SNC:
milhares de anos para aperfeiçoar o sistema nervoso ENCÉFALO E
humano através da evolução, até que chegasse ao que MEDULA
ESPINHAL
conhecemos hoje, e isto explica a sua complexidade. É um
sistema para ler e reagir ao ambiente, feito para ler o mundo,
podemos dizer que é um sistema de processamento de
informações. SNP: NERVOS
GANGLIOS
NERVOSOS E
Através do sistema nervoso recebemos informações do
RECEPTORES
ambiente externo (audição , olfato, tato gustação) e também
do ambiente interno (dor, posição do corpo, pensamentos,
emoções memórias, informações das vísceras) e através da
seleção e processamento das informações internas e
externas respondemos, produzindo um ação, uma reação,
um comportamento. Ter um sistema nervoso aumenta
nossas chances de sobrevivência
O SISTEMA NERVOSO: FUNÇÕES

Sensitivas: diversos estímulos e informação são captados por receptores sensitivos, (da periferia para o SNC)
informações sensoriais, também conhecidos como neurônios receptores ou aferentes (inputs), que estão pelo
corpo. Por exemplo, um ferimento na pele ou o aumento da temperatura externa faz com que os neurônios
sensitivos atuem.

Integradoras: células nervosas, chamados de interneurônios ou neurônios conectores, fazem a análise,


processamento e armazenamento dos estímulos e informações captados pelos receptores sensitivos.

Motoras: essa última fase é executada pelos neurônios motores, também conhecidos como neurônios eferentes
(outputs) ou efetuadores, (do SNC para a periferia) vão em direção as glândulas ou músculos, que em contato
com órgãos efetores recebem uma informação do cérebro e executam uma ação de acordo com a situação.
O TECIDO NERVOSO: ANATOMIA
o cérebro humano tem, em média, 86 bilhões de neurônios
acompanhados de 85 bilhões de células da glia (apoiam,
nutrem, protegem) Tão ou mais importante quanto o total de
neurônios são as conexões efetivas que eles estabelecem
entre si, criando redes que processam a informação de forma
distribuída

Células nervosas (neurônios) - constituídas de:

Corpo celular (onde está o núcleo, e as organelas


responsáveis pelo funcionamento da célula

Dendritos: ramificações curtas que recebem o impulso


nervoso

Axônios; ramificações longas a principal função é a de gerar e


conduzir impulsos nervosos para enviar informações para
outras estruturas Células da glia -
circundam os
neurônios e fornecem
Bainha de mielina: Gordura
suporte mecânico e
nutricional
O SISTEMA NERVOSO: HISTOLOGIA

O impulso nervoso ocorre a partir dos


dendritos para o corpo celular e em
seguida axônios.

Quando o impulso nervoso chega


próximo as ramificações terminais do
axônio é liberada substancias
químicas chamadas
neurotransmissores que são jogadas
na fenda sináptica e ao tocar o
neurônio seguinte se consolidam a
sinapse.

Sinapse é o contato entre duas


células neuronais. É por meio da
sinapse que os neurônios se
comunicam
O SISTEMA NERVOSO: HISTOLOGIA
O neurônio libera pulso elétrico;

O neurotransmissor que atuará em


receptores específicos do neurônio
seguinte são captados (peptídeos em
cadeia)

Ocorre a transmissão sináptica dos


neurotransmissores

Que são disponibilizados na fenda


sináptica para captação pelo neurônio
seguinte;

Os neurotransmissores se ligam às
proteínas receptoras nas células-alvo.
O tecido que recebeu a informação
por meio do neurotransmissor fica
excitado, inibido ou modificado.

NEUROTRANSMISSORES: ACH, ADRENALINA, NA,


ENDORFINA, 5HT, DA
NEUROTRANSMISSORES
Sua ação basicamente é se combinar com uma célula-alvo e a ação resulta em transmissão, modulação e
amplificação das informações entre neurônios.

Tipos de neurotransmissores

A maioria dos neurotransmissores podem ser agrupados em três classes:


•Aminoácidos (moléculas pequenas)
•Aminas (moléculas pequenas)
•Peptídeos (moléculas grandes)

Aminoácidos e aminas têm em comum a presença de átomos de nitrogênio em suas estruturas. O armazenamento
desses neurotransmissores é feito nas vesículas sinápticas e delas são liberados.

Já os peptídeos são longas cadeias formadas pela união de aminoácidos. O armazenamento e a liberação desses
neurotransmissores ocorre nos grânulos secretores.

acetilcolina, purinas, gases e lipídios.


NEUROTRANSMISSORES
Acetilcolina (Ach)
Está relacionada com os movimentos dos músculos, aprendizado e memória. A falta de acetilcolina no corpo pode
desencadear diversas doenças neurológicas tal qual a doença de Alzheimer (doença do esquecimento).

Adrenalina
Também chamado de “epinefrina”, a adrenalina é derivada da noroadrelina (norepinefrina), sintetizada na medula
adrenal (glândulas suprarrenais) e em algumas células do sistema nervoso central. Esse hormônio
neurotransmissor está relacionado à excitação, sendo liberado como um mecanismo de defesa do corpo em
diversas situações que envolvem medo, stress, perigo ou fortes emoções

Noradrenalina (NA)
Também chamada de norepinefrina, a noradrenalina é um neurotransmissor excitatório tal qual a adrenalina. Ela
atua na regulação do humor, aprendizado e memória, promovendo assim, disposição, uma vez que está
relacionada à excitação física e mental. Se os níveis dessa substância estiverem alterados no corpo pode levar ao
aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Quando reduzidos pode levar a depressão e ao aumento do
estresse.

Endorfina
Considerado o “hormônio do prazer”, essa substância é produzida no cérebro pela glândula hipófise e está
relacionada a melhoria do humor e da memória, funcionamento do sistema imunológico, controle da dor e do fluxo
de sangue. Destarte, a falta de endorfina pode levar ao estresse, depressão e ansiedade.
NEUROTRANSMISSORES
Serotonina (5HT)
Sintetizada pelo sistema nervoso central e quando liberada no corpo promove a sensação de bem-estar e
satisfação. Além disso, esse calmante natural controla o sono, regula o apetite e a energia. Desse modo, é
conhecido como “substância do prazer”, e a falta desse hormônio neurotransmissor no corpo pode desencadear
depressão, estresse, ansiedade, dentre outros problemas.

Dopamina (DA)
Hormônio liberado pelo hipotálamo, associado à sensação de bem-estar e dos controles motores do corpo. As
alterações dos níveis de dopamina no corpo pode desencadear diversas doenças, por exemplo, a doença de
Parkinson e a esquizofrenia. Enquanto o Mal de Parkinson é resultante da falta desse neurotransmissor, a
esquizofrenia é o contrário, ou seja, pode ser gerada pelo excesso de dopamina no corpo.
A medula espinhal e os nervos cranianos transmitem os sinais As informações trazidas de todo corpo aos sistema nervoso
entre o cérebro e o corpo. Esses sinais conduzem aos músculos
informações entendidas pelos sentidos e coordenam as ações central pelos neurônios sensoriais fornecem dados que são
dos órgãos internos. É protegida pelos ossos da coluna processados pelo sistema nervoso central, integrados e geram
vertebral.
melhor resposta possível para aquela situação.

Isso significa que o Sistema nervoso é capaz de modificar e


O SISTEMA NERVOSO

construir circuitos de neurônios para aprimorar respostas a partir


dos resultados obtidos e processados: APRENDER!

O cérebro é apenas uma parte do sistema nervoso. O sistema


nervoso é uma parte vital e incrivelmente complexa para o
correto funcionamento do corpo humano. Com todas as suas
diferentes partes e conexões este sistema neurológico é
cuidadosamente finamente coordenado. É um sistema para ler e
reagir ao ambiente, feito para ler o mundo, podemos dizer que é
um sistema de processamento de informações.

Compreendê-lo exige conhecimento sobre suas partes: SNC


E SNP

A GRANDE FUNÇÃO DO SISTEMA NERVOSO É PRODUZIR E COORDENAR


MOVIMENTOS. SEU PAPEL É ORGANIZAR A MOVIMENTAÇÃO DE UM SER VIVO
PARA QUE ELE SE ADAPTE BEM AO MEIO QUE VIVE. MELHORAR A RELAÇÃO
ENTRE ORGANISMO E MUNDO EXTERNO AGE EM ASSOCIAÇÃO CO O SISTEMA
ENDÓCRINO
O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

O sistema nervoso periférico se divide em:


somático e motor visceral

O SN somático permite o controle de


movimentos voluntários e na percepção de
estímulos externos e internos

O SN visceral também chamado de


involuntário ou vegetativo autônomo
(simpático ou parassimpático) cuida das
funções motoras involuntárias que comanda a
contração e o relaxamento das paredes dos
órgãos, digestão, respiração, batimentos.
O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O sistema nervoso central é constituído por:

Encéfalo; localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais: o cérebro,


o cerebelo e o tronco encefálico;

Cérebro: sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do


raciocínio, da inteligência e da imaginação, e controla ainda, os
movimentos voluntários do corpo.

Cerebelo: está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo


coordena os movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio.
Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração
dos músculos em repouso. o

Tronco Encefálico: localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco


encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula
espinhal e vice-versa. Além disso, produz os estímulos nervosos que
controlam as atividades vitais como os movimentos respiratórios, os
batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a
deglutição.

Medula espinal cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna vertebral. Na


parte superior está conectada ao tronco encefálico. Sua função é conduzir os
impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos
involuntários (reflexos).
O encéfalo Pesa aproximadamente 1,5 quilo, possui em torno de 85 bilhões de neurônios está
localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais:
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: ENCÉFALO

o cérebro
Tronco encefálico

cerebelo
Medula
espinhal
Cérebro é um orgão do
sistema nervoso central
(SNC). E é apenas UMA DAS
PORÇÕES DO ENCÉFALO
(a maior parte dele) é
protegido pelos ossos do
ENCÉFALO: CÉREBRO

crânio, e por membranas de


tecido conjuntivo chamadas
de meninges e é responsável
por coordenar as funções do
nosso corpo.

Ele é responsável por


comandar ações motoras,
estímulos sensoriais e
atividades neurológicas como
a memória, a aprendizagem, o
pensamento e a fala.

Possui três meninges para sua proteção, são elas:


pia-máter, dura-máter e aracnoide.
Dividido quase que
completamente em dois
ENCÉFALO: CÉREBRO

hemisférios, que são unidos por


uma estrutura denominada
corpo caloso.

Cada hemisfério é dividido em


quatro lobos, que recebem o
nome dos ossos do crânio
localizados acima dele.

Sendo assim, temos os lobos


frontal, parietal, temporal e
occipital.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: ENCÉFALO

O Encéfalo é o principal centro de controle


do SNC

Apresenta três divisões, cada uma


possuindo componentes e subdivisões
relativamente constantes:

Prosencéfalo (telencéfalo e diencéfalo)

Mesencéfalo (Funções: Visão, Audição,


Movimento dos Olhos, Movimento do
Corpo)

Rombencéfalo (Metencéfalo,
Mielencéfalo)

Início da medula espinal. Juntando encéfalo com medula espinal teremos o


sistema nervoso central. Composto pelo encéfalo e a medula espinal,
situada no interior do canal vertebral.
.
PROSENCÉFALO: TELENCÉFALO E DIENCÉFALO PROSENCÉFALO: DIENCÉFALO E TELENCÉFALO

Fissura longitudinal do cérebro separa


incompletamente os hemisférios cerebrais

TELENCÉFALO

O termo telencéfalo é sinônimo de


hemisférios cerebrais. constitui o córtex
cerebral, controle global dos movimentos
do corpo.

Os hemisférios distinguem-se pelas


pregas ou convoluções de suas
superfícies;

formam giros;

separados por sulcos.


.
PROSENCÉFALO: TELENCÉFALO E DIENCÉFALO DIENCÉFALO
Diencéfalo é a Parte do eixo nervoso que fica entre
o mesencéfalo e o telencéfalo. (entre o tronco
encefálico e o cérebro)

O diencéfalo, encontra-se entre os hemisférios. Ele


está localizado acima do que é geralmente
chamado tronco encefálico, podendo ser visto
apenas na face inferior do cérebro.

Múltiplas estruturas com funções distintas:


- Centro de distribuição de informações sensitivas T
(Tálamo): Ele é responsável pela condução dos
impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles
H E
devem ser processados. O tálamo também está
relacionado com alterações no comportamento
emocional;

- Hipotálamo: Regulação autonômica e hormonal


(hipotálamo e epitálamo) controla a temperatura
corporal, regula o apetite e o balanço hídrico do corpo,
o sono e está envolvido na emoção e no
comportamento sexual. Tem papel nas emoções.
Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas
com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana
parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à
MESENCÉFALO
O mesencéfalo é a parte mais curta do tronco
cerebral. No entanto, contém muitas estruturas
importantes que o tornam essencial para o bom
funcionamento do corpo:

Ele contém os núcleos de


transmissão envolvidos no processamento da
MESENCÉFALO

informação auditiva e visual. Movimento dos


olhos, reflexos oculares e auditivos, respiração,
modulação da dor, regulação do humor,
fornece passagem para as principais vias
descendentes do córtex cerebral, que permitem
o movimento voluntário da cabeça e do corpo,

ransportam os estímulos sensoriais do corpo e


da cabeça para o cérebro, promove instintos de
sobrevivência, facilitando o reconhecimento de
comportamentos potencialmente perigosos,
está envolvida no controle dos movimentos
voluntários.
ROBENCÉFALO
ROBENCÉFALO: METENCÉFALO, MIELENCÉFALO
O rombencéfalo é a parte do tronco encefálico que
compreende a Medula Oblonga ou Bulbo Raquidiano
(mielencéfalo) e a ponte (metencéfalo). Forma o
chamado cérebro posterior. É um lugar de passagem
fundamental para as informações, Os seus neurônios
colaboram no processamento de informações
sensoriais, controle do movimento voluntário. Além disso,
eles ajudam a regular o sistema autônomo.

Cerebelo- O cerebelo é uma região originada do metencéfalo e


localizada na fossa craniana posterior. Sua principal função é
ajudar na coordenação dos movimentos e equilíbrio do corpo.
regula o movimento, como se fosse um centro de controle.

-Ponte Metencéfalo Estrutura originada do metencéfalo,


formada principalmente de substância branca. A ponte Cortes do Robencéfalo:
participa de algumas funções do bulbo. cerebelo, bases da ponte, bulbo
•Bulbo raquidiano ou Mielencéfalo: está localizado em posição
caudal em relação à ponte e ao cerebelo. O bulbo raquidiano é
responsável por levar informações somáticas desde a medula
espinhal até o tálamo. Além disso, controla os movimentos da
língua e está associado às funções sensoriais do tato e do paladar.
SISTEMA SOMATOSENSORIAL DIVISÕES ANATÔMICA E FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO
SISTEMA SOMATOSENSORIAL

Uma das funções mais importantes do sistema nervoso é a construção de uma representação interna
sobre eventos externos

Quando o SN processa as sensações de forma eficiente, respostas adaptativas são geradas de forma
que a pessoa consegue lidar melhor com o ambiente.

O encéfalo é o maestro dessa sinfonia de sensibilidades organizando estímulos para produzir repostas
adequadas.

Interpretar sensações é um aprendizado que começa na barriga e vamos desenvolvendo ao longo da


vida.
SISTEMA SENSORIAL
RECEPTORES MATOSENSORIAIS
Para que a informação do ambiente possa ser sentida é necessário que os receptores sensoriais sejam
ativados. Isso ocorre quando o sistema nervoso transforma diferentes energias do ambiente em energia
elétrica, que é a forma de energia que se propaga por meio dos neurônios e é levada para o SNC onde
essas informações são processadas combinadas e ajudam a produzir uma resposta.

Portanto os receptores sensoriais funcionam como transdutores de energia (transforma um tipo de eneria
em outra, por ex. Energia eólica, ou radiofônica.

No corpo humano existem diferentes tipos de receptores sensoriais: mecanorreceptores,


termoreceptores, quimiorreceptores, fotorreceptores, etc. eles são os responsáveis pelo anossa
capacidade somestésica.

Somestesia ( soma= corpo; estesia= sensibilidade) se refere a sensibilidade do nosso corpo, Esse
sistema é chamado de somestésico ou somatossensorial

Capacidade que um organismo tem de receber e processar informações provenientes da superfície do corpo
e do interior do corpo
RECEPTORES SOMATOSENSORIAIS

A duração de uma sensação depende das propriedades do receptor. Se um determinado estímulo persiste por muito
tempo, com o tempo ficamos com a sensação de que ele diminui ou desapareceu.

Exemplo: cheiro de um perfume. Depois de um determinado tempo sentindo aquele odor, pensamos que o perfume
está perdendo sua essência, mas o que ocorre é que nos “adaptamos” ao cheiro do perfume
Esta propriedade é denominada de adaptação.
Ao longo do nosso crescimento fomos desenvolvendo
COMO O CÉREBRO VÊ O CORPO
maior sensibilidade nas partes do corpo em que isso era
mais necessário, assim nossa capacidade discriminativa é
mais aprimorada onde temos maior quantidade de
receptores sensórios cada parte do corpo tem um campo
receptor diferente e cada tipo de receptor
(quimiorecrptor, termoreceptor, mecanoreceptor,
fotoreceptor, nocireceptor) é altamente sensível a um
tipo deestímulo para qual foi desenvolvido e é quase
insensível às intensidades normais dos outros tipos de
estímulos sensoriais.

A quantidade de espaço no córtex somatossensorial


dedicada a cada parte do corpo é proporcional à
sensibilidade dessa parte. Há pouca necessidade para o
cérebro de saber o que está acontecendo nos braços e
pernas. Tudo que esses membros precisam fazer é ficar
longe do fogo e colocar as mãos e os pés nos lugares
certos. As mãos, a língua, os órgãos genitais e as
características faciais são extremamente importantes, pois
dão às pessoas uma tonelada de informações sensoriais.
Como resultado, elas ocupam muito espaço no cérebro. homúnculo cortical ou homúnculo de Penfield representa a importância de várias
partes do seu corpo, determinadas pelo seu cérebro.
O sistema somestésico se divide em epicrítico; protopático
e própriocepção.

O termo epicrítico define a forma detalhada, critica,


discriminativa que percebemos estímulos, são
mecanorreceptores – Homúnculo motor. E sinaliza a
SISTEMA SOMESTÉSICO

mecânica necessária ao uso de cada parte do corpo.

A sensibilidade protopática, (homúnculo sensitivo) diz


respeito a sensibilidade. Por exemplo, a que serve para
sinalizar aquilo que pode causar lesão (sinaliza que eventos
do ambiente são potencialmente danosos) Receptores
protopáticos respondem bem a alterações de temperatura,
agentes químicos danosos. É o sistema mais antigo na
nossa evolução mesmo os organismos mais simples são
capazes de detectar lesões para se manter vivos.

A propriocepção “receptores para si próprio” O propósito dos


proprioceptores é principalmente o fornecimento de
informação detalhada e contínua acerca da posição dos
membros e de outras partes do corpo no espaço. indica nossa
capacidade de perceber a posição do corpo a cada
movimento, é fundamental para nossa mobilidade
consciência corporal e controle dos movimentos
A sensibilidade somatossensorial, está portanto, ligada ao toque, ao tato, a sensibilidade em geral, e a
propriocepção. Mas e os outros sentidos? (gustação, olfato, audição e visão?)

TEMOS RECEPTORES DIFERENTES!!! – OS SENTIDOS ESPECIAIS


OS SENTIDOS ESPECIAIS

GUSTAÇÃO (ou paladar) é um sentido químico (quimiorreceptores) o


nome que damos à sensibilidade gustativa, mediada pelos botões
gustativos. São em torno 4000 unidades gustativas espalhadas no
interior da boca, principalmente sobre a língua (75%). Cada botão
gustativo é formado de 40 a 60 células sensoriais e mais algumas células
de sustentação.
OLFATO é um sentido químico (quimiorreceptores) é um
processo fisiológico crítico da via aérea nasal em que odores
são percebidos, para então serem processados
OS SENTIDOS ESPECIAIS

pelo cérebro. 80% do gosto que sentimos em nossas bocas é,


na verdade, percebido pelo nariz e através do olfato. milhões
de neurônios sensoriais ficam em uma faixa de tecido
chamada epitélio olfatório. Ao respirarmos, diversas moléculas
transportadas pelo ar entram pelo nariz e se ligam às células
receptoras que revestem as membranas mucosas no fundo do
nariz. Assim, elas são passadas como diversos impulsos
nervosos para o cérebro. Quando esses sinais alcançam o
cérebro, eles são recebidos e classificados no bulbo olfativo,
uma estrutura na parte inferior da frente do cérebro. De lá, são
transferidos para o córtex olfativo no cérebro superior

O bulbo olfativo também se conecta diretamente ao sistema


límbico, a área do cérebro que regula a emoção. Isso, por sua
vez, influencia os desejos — quando você sente o cheiro de
algo, ativa emoções memorizadas com aquele cheiro
AUDIÇÃO é um sentido Mecânico
(mecanorreceptores) o ouvido não é o único
responsável. Nosso cérebro tem função essencial
para que o mecanismo da audição se complete.
OS SENTIDOS ESPECIAIS

Conheça o complexo caminho para audição:

1) O som é recebido pela orelha, encaminhado


pelo conduto auditivo, fazendo vibrar a membrana
do tímpano e os minúsculos ossos do ouvido
médio (martelo, bigorna e estribo), amplificando o
som;
2) A vibração chega à cóclea, estimulando às
células ciliadas sensoriais mecânicas e
convertendo o som em sinais elétricos que são
enviados ao nervo auditivo;
3) Os sinais elétricos recebidos de ambos os
ouvidos são encaminhados pelos dois nervos
auditivos ao cérebro;
4) O sinal elétrico viaja pelo cérebro sendo
decodificado em informação ao longo do caminho;
4) O córtex auditivo processa a informação sonora.
OS SENTIDOS ESPECIAIS
VISÃO apresenta três camadas: a camada externa, intermediária e interna. A camada externa é formada
pela esclera e córnea; a intermediária, pela coroide, corpo ciliar e íris; e a interna, pela retina. Na retina
OS SENTIDOS ESPECIAIS

estão localizadas as células fotorreceptoras (cones e bastonetes). Os cones funcionam bem em ambientes
iluminados, enquanto os bastonetes são mais sensíveis à luz.
OS SENTIDOS ESPECIAIS
EXISTE COMPORTAMENTO SEM MOVIMENTO?

O controle motor é determinado diretamente pelo


O SISTEMA MOTOR

processamento das mais diferentes informações sensoriais


que nos fornecem dados sobre o ambiente.

Muito do que conhecemos hoje sobre controle dos


movimentos se deve ao estudo dos sintomas encontrados
em pacientes neurológicos, sequelas nos ajudam a
compreender a participação especifica de diferentes
regiões do sistema nervoso em relação ao controle motor.
O sistema motor é o grande responsável por
podermos realizar os mais diversos movimentos. Ele
O SISTEMA MOTOR SOMÁTICO

organiza e executa movimentos que pensamos em


fazer, tornando possível desempenharmos as mais
diversas funções. Todo o movimento tem início no
cérebro, em uma área localizada no lobo frontal
conhecida por córtex motor. A partir daí, diversas
conexões representadas por vias e tractos carregam
as informações pela medula espinhal até atingir os
músculos designados para executar o movimento
desejado, ou melhor, pensado. Caso haja alguma
lesão nesse complexo mecanismo os movimentos
poderão ser drasticamente prejudicados.

Neurônios motores inferiores estão na medula CÓRTEX MOTOR


espinhal ou em núcleos do tronco encefálico e o
neurotransmissor mais atuantes é acetilcolina que O córtex motor é o grande responsável
ativa a concentração de células musculares que estão por programar e organizar os
em contato com as terminações nervosas. Uma vez movimentos, o córtex motor está situado
ativadas, permitem a contração muscular simultânea. no lobo frontal, anterior ao sulco central.
Para que haja um movimento de qualquer natureza é Se divide, basicamente, em quatro
preciso que esses neurônios estejam ativados. áreas.
COMO A PRÁTICA LEVA Á PERFEIÇÃO
1) Córtex Motor Primário (CMP) – “o planejador, o que executar?” no córtex o
O SISTEMA MOTOR SOMÁTICO

movimento está prestes a acontecer mas não vai acontecer ainda, nessa área
existe o planejamento da atividade motora (comunicação entre Córtex pré frontal
e posterior parietal)

2) Área Pré Motora – “o motivador – Como executar?” Sua função é recrutar


grupos de músculos que irão colaborar com tarefas específicas. Função
principalmente das áreas motoras de associação(4,6. Direcionam a energia do
movimento (que músculos contrair?) Informação volta para o CMP e ativa-se ou
moto neurônios via medula espinhal

3) Área Motora Suplementar – “o treinador” Localizada no giro frontal


superior, Trabalha em conjunto com a área pré motora para auxiliar no controle
motor mais detalhado. o cérebro manda informações sobre o planejamento do
movimento modula essa informação a partir da memória de movimentos
anteriores para realizar o movimento de maneira assertiva

Gatilho de ação é a comunicação da área pré motora para área motora primaria
que manda o cérebro executar o movimento
Quando o movimento acaba o cerebelo armazena a memória do movimento
(aprendizagem motor) – A função Neural é essencial para o aprendizagem motor!
O SISTEMA LÍMBICO

Estruturas do sistema límbico: centro de recompensa


COMO O CÉREBRO PROCESSA AS EMOÇÕES?
Emoções são respostas corporais para estímulos do ambiente

Sentimentos, são a experiência mental que temos sobre o que se passa no corpo atribuição de
sentido, a emoção
O SISTEMA LÍMBICO

Também conhecido como cérebro emocional, é uma rede neuronal localizado abaixo do córtex e
responsável por todas as respostas emocionais, e ao mesmo tempo desempenha um papel na
aprendizagem e na memória além das reações viscerais o SL atua diretamente sobre a
musculatura da face.

O nome "límbico" é derivado da ideia de limbo por se situar no limite de partes da


neuroanatomia do cérebro entre o córtex e o cérebro reptiliano (aquele que se desenvolve para
adaptação ao ambiente)

O sistema límbico é considerado o epicentro da expressão emocional e comportamental.


desempenha as seguintes funções:

•Saciedade e fome
•Memória
•Resposta emocional
•Reprodução sexual e instintos maternos
•Excitação sexual
Existem circuitos encefálicos específicos para cada emoção:

Giro do cíngulo Está intimamente relacionado à depressão, à ansiedade e à agressividade, observando-


se, em humanos, lentidão mental em casos de lesão dessa estrutura. Auxilia na determinação dos
conteúdos da memória, observando-se significativo aumento de sua atividade quando as pessoas
O SISTEMA LÍMBICO

recorrem à mentira

Tálamo As funções mais conhecidas relacionam-se com sensibilidade, motricidade, comportamento


emocional

O septo relaciona-se à raiva, ferocidade ao prazer. Pode-se observar alteração na pressão arterial e do
ritmo respiratório quando a área septal é estimulada

Hipotálamo se relaciona a sede, fome, ou saciedade; fúria e/ou à luta ou tranquilidade impulso sexual.
Responsavel pela secreção hormonal do corpo

Amigdala É ativada em situações com marcante significado emocional, como encontros agressivos ou de
natureza sexual; está também relacionada aos aprendizados emocionais e ao armazenamento de
memórias afetivas. é responsável pela formação da associação entre estímulos e recompensas

O hipocampo exerce função em relação à memória que está intimimamente relacionada as emoções
Toda situação vivida sob forte emoção fica gravada na memória e
essas memórias emocionais permitem que o SN reconheça a
situação e antecipe as respostas

Memórias emocionais podem ser tanto provenientes de vivências


anteriores quanto herdadas geneticamente (fobias, depressão,
PANORÂMA GERAL

traumas)

O SNL não é descritivo e localizado, logo, ele generaliza situações


(como é um sistema de proteção gosta de pecar pelo excesso para
nos proteger)

A emoção é um processo involuntário e rápido sob a qual não temos


controle. Entretanto se formo capaz de reconhe-las, conseguimos
detectar e compreender mais facilmente e então nos regular e
controlar pensamentos e comportamentos evitando ações impulsivas

Nossos hormônios também estão intimamente ligados as nossas


emoções. Tanto as emoções provocam mudanças hormonais como
hormônios provocam reações emocionais As regiões do cérebro
relacionadas com o sistema de recompensa utilizam o
PENSO LOGO EXISTO X SINTO, LOGO EXISTO
neurotransmissor dopamina para se comunicarem.
A primeira vez que você come chocolate, O seu cérebro registra que
aquilo é algo agradável e prazeroso, considerando-o prontamente
como sendo um comportamento memorável que deverá ser repetido
em outro momento.
CIRCUITO DE RECOMPENSA

Como o seu cérebro já sabe que comer chocolate é algo agradável,


as áreas do sistema de recompensa “pedem” para que você repita
essa ação.

Quando você pensa ou vê um chocolate, essa informação chega ao


córtex pré-frontal, é nessa região que a racionalidade assume a
situação e ocorre a tomada de decisão para definir se você realmente
deve comer a guloseima.

A partir disso, é iniciada a luta entre a razão (córtex pré-frontal) e a


emoção (sistema límbico, área tegmental ventral). Se a emoção
ganhar o duelo, o comportamento prazeroso será repetido,
posteriormente a via será fortalecida e se tornará potencialmente
mais difícil de abdicar e resistir a uma nova experiencia.

Se pensar em interromper o ciclo e parar de comer o doce, seu


cérebro não vai imediatamente deixar de considerar o chocolate
prazeroso, mas a aprendizagem de recompensa ficará menos
fortalecida e o cérebro vai motivar a busca de alternativas de prazer
Sistema emocional e comportamental são inseparáveis. Emoções são uma forma de comportamento do corpo

O prazer ou recompensa que gera comportamentos de aproximação e exploração, enquanto no segundo


CIRCUITO DE RECOMPENSA

será a aversão (dor, desgosto) que produz comportamentos de afastamento e rejeição.

Prazer e dor estão relacionados a valores de recompensa que orientam a forma como aprendemos, moldando
nossas preferências e prioridades comportamentais. O prazer tem a mesma função em animais e
humanos: otimizar decisões comportamentais para que a sobrevivência e a procriação permaneçam
possíveis a motivação e o bem-estar que encontramos ao realizar certas condutas fazem parte da nossa
evolução.

O valor de incentivo dos sinais do ambiente aumenta quando a pessoa está sob estresse ou
escassez Estados emocionais de ansiedade, dor, perigo ou estresse potencializam o desejo

Todas as experiências em sua vida, desde conversas individuais até sua cultura mais ampla, dão forma aos
detalhes microscópicos do seu cérebro. Neuralmente falando, quem você é depende de onde você esteve, do
que você pensa e do que você faz

determinadas substâncias, ou comportamentos (como qualquer tipo de droga), conseguem “alterar” por
completo o sistema de recompensa, por seu impacto prazeroso e condicionar o cérebro a viver por um só
objetivo: obter esta substância ou repetir um determinado comportamento de forma compulsiva.
Não é a recompensa em si apenas que influencia nossas emoções e a criação de memórias, mas, também, a
expectativa de conseguir as retribuições

A resposta dopaminérgica muda de pessoa para pessoa. O cérebro de algumas responde mais fortemente às
CIRCUITO DE RECOMPENSA

recompensas do que às punições, enquanto outros são mais afetados pelos castigos.

Decisões centradas nas emoções mudam com a idade – possivelmente porque o córtex pré-frontal lateral,
responsável pela autorregulação, amadurece gradualmente. Adolescentes podem ter comportamentos mais
arriscados porque seus cérebros ainda estão amadurecendo. Adultos mais velhos também podem tomar
decisões de maior risco, uma vez que as funções pré-frontais diminuem com os anos.

Quando existe a perspectiva de uma recompensa por uma tarefa específica, os níveis de dopamina sobem.
Após receber a recompensa, se ela foi melhor do que o esperado, na próxima vez que for preciso realizar a
mesma tarefa, os níveis de dopamina ficam mais altos, fazendo com que a pessoa se sinta motivada a realizar
a tarefa. O contrário também é verdadeiro: quando a recompensa é pior do que o esperado, na próxima vez
que for necessário fazer a tarefa, os níveis de dopamina diminuem, fazendo com que tenhamos menos
motivação para realizá-la.

Por meio dos esquemas de reforçamento, gradualmente o usuário das redes sociais passa a agir como um
apostador: toda vez que olha para o celular, sente vontade de checar seus perfis para ver se há algum prêmio
reservado para ele. O uso das redes implica em obtenção fácil e constante de dopamina. “sensação de correr,
amar, comer” sem a ação devida também gera dopamina. Mas esse estímulo fácil tem um preço. As cargas
extras de dopamina ao longo do tempo levam o cérebro a entender que não precisa mais produzir o
neurotransmissor nas quantidades habituais

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