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Mindfulness: especificidades

Claudio Seal | Mestre UFBA


Resumo da aula

Tópico Central

Definição de mindfulness

O que mindfulness não é

Histórico

Entendendo Mindfulness
Conceituando mindfulness

Definição de mindfulness

Quando usamos o termo mindfulness, estamos nos


referindo a "uma consciência sincera, de momento
a momento, não julgadora.

Ela refere-se à capacidade de prestar atenção, no


momento presente, a tudo o que surgir interna ou
externamente e reconhecer isso de maneira
amistosa.

Evitando se emaranhar ou "enganchar" em


julgamentos ou no desejo de que as coisas sejam
diferentes.

Estamos presentes de uma maneira incondicional e


esse tipo de atenção gera energia, clareza mental,
alegria e produtividade.
Conceituando mindfulness

O que mindfulness não é


Mindfulness não é meditação embora seja uma de
suas práticas.

Mindfulness não é relaxamento.

Nem deixar a mente vazia.

Muito menos fugir da dor e das emoções.

Nem mesmo precisamos estar calmos para


cultivarmos a atenção plena, como quando
percebemos “estou com muita raiva agora”, isso é
mindfulness no cotidiano.

A prática de mindfulness não implica em ser


bonzinho e iluminado.
Conceituando mindfulness

Histórico

Mindfulness vem do adjetivo inglês mindful


estar consciente de algo.

Mindfulness: substantivo do inglês também


usado na tentativa de traduzir a palavra sati, do
Pali, língua dos primeiros manuscritos sobre
Buda. Sati sugere estar atento, atenção e
lembrar.

Sua origem está nas práticas orientais de


meditação e nas tradições orientais do zen
budismo.
Conceituando mindfulness

Histórico

Jon Kabat-Zinn (1982), aproveitando-se de um


ambiente mais aberto a essas ideias, incorporou
algumas práticas budistas (principalmente da
meditação) às técnicas comportamentais em
seus trabalhos que visavam à redução do
estresse e manejo de dores crônicas.

Apesar de seu surgimento está vinculado a um


contexto religioso, o mindfulness começa a
ocupar outros espaços.
Conceituando mindfulness

Histórico

Hoje o conceito é utilizado em outras formas de


psicoterapia, incluindo algumas terapias
comportamentais e cognitivas.

Na Terapia de aceitação e compromisso, o


mindfulness é considerado um importante
recurso para ajudar o paciente no processo de
aceitação.

Dores crônicas, episódios depressivos,


transtornos alimentares, transtornos de
personalidade borderline e ansiedade são
algumas das áreas que a técnica tem sido usada
atualmente.
Conceituando mindfulness

Entendendo Mindfulness

Mindfulness pode ser utilizado um construto


teórico (a ideia de mindfulness).

Como uma prática diária para desenvolver


consciência plena.

Como um processo psicológico (mecanismos


de ação na mente e no cérebro).
Exemplo prático

Avaliando se você está sem praticar


atenção plena na sua vida.
Passar pelas atividades correndo sem prestar
atenção a elas.

Quebrar ou derramar coisas devido ao


descuido, desatenção ou por estar pensando
em outra coisa.

Não perceber sentimentos sutis de tensão física


ou desconforto.
Esquecer o nome de uma pessoa quase no
mesmo instante em que o ouvimos.

Comer sem ter consciência de estar comendo.

Encontrar-se preocupado com o futuro ou o


passado.
Definindo Mindfulness
Ela refere-se à capacidade
Quando usamos o termo
de prestar atenção, no
mindfulness, estamos nos
momento presente, a tudo
referindo a "uma
o que surgir interna ou
consciência sincera, de
externamente e
momento a momento, não
reconhecer isso de maneira
julgadora.
amistosa.

Consciência Atenção

Mindfulness

Qualidade de
Julgamentos
vida

A prática de mindfulness
pressupõe não se
emaranhar ou A prática de mindfulness
"enganchar" em gera energia, clareza
julgamentos ou no desejo mental, alegria e
produtividade.
de que as coisas sejam
diferente
Fluxograma

Mindfulness Melhora a atenção.

Aumenta a
Reduz a ruminação
presença no aqui e
e a antecipação.
agora.

Diminui a tristeza e Aumenta a


ansiedade. produtividade.

Aumenta a
qualidade da vida
Referências

GOLEMAN, D. Foco: a atenção e seu papel fundamental para


o sucesso. Rio de Janeiro: objetiva 2013.

ROEMER, L.; ORSILLO, S.M., A prática


cognitivo-comportamental baseada em mindfulness e
aceitação. Porto Alegre: Artmed 2010
GERMER, C.K.; SIEGEL,R.D.; FULTON, P.R., Mindfulness e
psicoterapia. Porto Alegre: Artmed 2016.

AQUINO, Ana, Mindfulness nas terapias cognitivas e


comportamentais.2006. Disponível
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&p
id=S1808-56872006000100004>

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