Material Aula 13 - Estratégias Terapêuticas para Afasias de Expressão - Nível 2

Licensed to Renata Rita Ribeiro - fonorenataribeiro@gmail.
com
ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS
PARA AFASIAS DE EXPRESSÃO –
NÍVEL 2
Marcela Lima Silagi

Julho - 2020
Aprimoramento em Neuro-Geriatria (USP)
Mestre em Neurologia (USP)
Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana (USP)
Licensed to Renata Rita Ribeiro - fonorenataribeiro@gmail.com
RELEMBRANDO...
❑ Produção da fala
❑ Processamentos linguísticos envolvidos na expressão oral
❑ Revisão das manifestações de linguagem nas afasias de expressão
❑ Fundamentos sobre a reabilitação da linguagem
❑ Estratégias terapêuticas para expressão oral
Processamento semântico
Processamento fonológico
Processamento sintático
ESTRATÉGIAS PARA
ALTERÃÇÕES GRAVES DA
EMISSÃO
Mutismo, perseveração, ecolalia

Para os que não falam – iniciando a fonação
 Pressionar levemente a laringe e fazer um /ah/em

uníssono com a terapeuta
 10 repetições
 Repetir com outras vogais
 Aumentar a intensidade aos poucos
 Cronometrar como motivação
 Cantarolar melodias conhecidas
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi Ortiz, 2010

Para os que não falam – iniciando a fonação
 Iniciar padrões de fala articulada
 Linguagem automática
→ Números
→ Dias da semana
→ Rezas e orações
→ Provérbios
 Completar frases previsíveis:

→ “Vou tomar café com ________”
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi Ortiz, 2010

PROMPT - Prompts para a reestruturação

dos alvos fonéticos musculares orais
 Abordagem e técnica sensório-motora e cognitivo-

linguística com base no tato e no tratamento de
distúrbios motores da fala e da linguagem
 O terapeuta fornece entrada tátil-cinestésica-

proprioceptiva ativa aos articuladores do paciente em
todos os sons de uma palavra e / ou frase para
aumentar a precisão do sequenciamento da fala.
 Toques no rosto, mandíbula e músculo mio-hióideo

para fornecer pistas relacionadas às informações mais
importantes de um som.
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi Chumpelik, 1984
PROMPT
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi Chumpelik, 1984

PROMPT
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi

Controle Voluntário de Emissões

Involuntárias
 Estímulos: próprias produções involuntárias /
espontâneas do paciente
 Terapeuta escreve em folhas de papel, separadamente,

cada uma das palavras.
 Mostra-se ao paciente uma palavra de cada vez e este

deve lê-la em voz alta.
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi Helm e Barresi, 1980
Controle Voluntário de Emissões

Involuntárias
 Na sessão seguinte o terapeuta revisa as palavras com o
paciente; se ele as lê bem, elas são misturadas de novo
com as demais para serem lidas outra vez mais tarde.
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi Helm e Barresi, 1980
Terapia de Entonação Melódica
 Utiliza os elementos musicais da fala (melodia e ritmo)

para melhorar a expressão oral, utilizando uma
habilidade preservada (canto) do hemisfério direito;
 Há a possibilidade da aprendizagem sem erro e todas as

facilitações são retiradas gradativamente;
 Repetição é utilizada como uma estratégia efetiva;
 Contato visual, ritmo, toque da mão
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi Sparks et al., 1974
Terapia de entonação melódica
✓ Nível elementar Extensão do estímulo
✓ Nível intermediário Complexidade do estímulo
✓ Nível avançado Redução de apoio da

terapeuta
Aumento pausas
 90% de acertos em 5 sessões consecutivas →

próximo nível

https://www.youtube.com/watch?v=QzLqNQ4PYik
https://www.youtube.com/watch?v=t0Vv-JHhIsI
Comunicação Suplementar e Alternativa
 Alterações graves de emissão oral

 Apraxia de fala
 Disartria
 Compreensão preservada ou pouco comprometida
 Audição e visão funcionais
 Fotos, figuras, símbolos,
 Pranchas de papel, tablets, vocalizadores, softwares
 Escolha dos estímulos
 Forma de acessar os símbolos
 Escolaridade
 Condições linguísticas
 Adaptações necessárias (TO)
Comunicação Suplementar e Alternativa

Comunicação Suplementar Alternativa

Comunicação Suplementar Alternativa

Terapias abrangentes de
linguagem

Terapia Temática de Estimulação da

Linguagem
• Estabelecimento de “vocabulário central” temático com 8 a 10
palavras, primordialmente substantivos e verbos
• Utilização das palavras em contextos → FUNCIONALIDADE
Exercício 1: Repetição
Exercício 2: Estimulação / produção de fala
Exercício 3: Cópia
Exercício 4: Categorização
Exercício 5: Complementação de sentenças. Múltipla escolha.
Exercício 6: Questões fechadas (sim / não)
Exercício 7: Responder questões. Múltipla escolha.
Exercício 8: Organização de sentenças
Exercício 9: Construção de sentenças
Exercício 10: Correção de sentenças
Exercício 11: Leitura de parágrafos. Questões de múltipla escolha
Exercício 12: Questões conversacionais
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi Morganstein & Certner-Smith, 2007
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi LIF Neurolinguística - USP
Terapias compensatórias
Treinamento de Scritps (roteiros)
• Conversar com um membro da família ou amigo (por

exemplo, por telefone)
• Agendar um compromisso
• Pedir instruções
• Declarar informações pessoais
• Explicar o que é afasia
• Dar uma aula, palestra ou discurso
• Fazer orações
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi Khayum et al, 2012
Terapia em grupo
Propostas de atividades:
 Jogos de adivinhação
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi PTF, 2015

Terapia em grupo
 Encenações teatrais

Terapia em grupo
 Treinos de atividades do dia a dia: falar ao telefone,

apresentar-se em reunião, pedir informações, exigir
direitos.

Terapia em grupo
 Ida ao médico, perícia, supermercado, festa, igreja.

Terapia em grupo
 Dificuldade com nomes próprios – trabalhar os

atributos das pessoas e a correspondência com o nome
– amigo secreto.

Terapia em grupo
 Reminiscências (maior preservação da memória

autobiográfica).

Terapia em grupo
 Narrativas autobiográficas: o que fez na semana, se

viajou, alguém diferente com quem conversou

Terapia em grupo
 Narrativas a respeito de notícias da semana

Terapia em grupo
 Trazer textos de revistas, jornais e sites da internet

Terapia em grupo
 Situações de escrita em conjunto: cartas, bilhetes, e-

mails

Terapia em grupo
 Cartões postais para os outros membros do grupo

quando viajam

Terapia em grupo
 Atividades musicais

Terapia em grupo
 Atividades artísticas

Terapia em grupo
 Convidar profissionais de outras áreas

Terapia em grupo
 Práticas discursivas próximas às práticas sociais

cotidianas
 Número limitado de pacientes
 Divisão quanto ao tipo e severidade da alteração?
 Desenvolvimento de processos alternativos verbais e não
verbais
 Presença de profissionais de outras áreas
 Fala, leitura, escrita, gestos
 Linguagem não verbal (gestos, expressões fisionômicas,
entonação, desenhos, movimentos com a cabeça)

Qual técnica de
reabilitação é melhor?

Qual técnica de

Qual técnica de
TODAS!
Desde que a estimulação seja
INTENSIVA!!!
Como monitorar os
resultados terapêuticos

PROTOCOLO DE APLICAÇÃO DO PLANO

TERAPÊUTICO
 Nome:
 Data:
 Data de Nascimento:
 Diagnóstico médico:
 Diagnóstico fonoaudiológico:
 Data da última avaliação:
 Data de início da aplicação do programa:
 Data prevista de reavaliação:


TERAPÊUTICO
 Manifestações do paciente:
 Programa terapêutico para:
 Objetivo geral:
 Objetivos específicos e respectivas intervenções
terapêuticas:


TERAPÊUTICO
 Objetivo específico 1: __________________________________________________
 Número de sessões previstas: _____________________________________________

 Estratégias:
1. _________________________________________________________________
2. ________________________________________________________________
3. ________________________________________________________________
4. ________________________________________________________________
5. ________________________________________________________________
Linha de base:
____________________________________________________________________
Reavaliação:
____________________________________________________________________


TERAPÊUTICO

 Estratégias:
1. _________________________________________________________________
2. ________________________________________________________________
3. ________________________________________________________________
4. ________________________________________________________________
5. ________________________________________________________________
Linha de base:
____________________________________________________________________
Reavaliação:
____________________________________________________________________


TERAPÊUTICO

 Estratégias:
1. _________________________________________________________________
2. ________________________________________________________________
3. ________________________________________________________________
4. ________________________________________________________________
5. ________________________________________________________________
Linha de base:
____________________________________________________________________
Reavaliação:
____________________________________________________________________

Organização do processo terapêutico
Proibida a divulgação e reprodução deste material - Marcela Silagi Beeson et al., 2011
Controle terapêutico – linhas de base
Efeito direto do tratamento
A1 B A2
Pré-tratamento Pós-tratamento
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0

Generalização
A1 B A2
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Itens treinados Itens não treinados


Manutenção: follow up
A1 B A2 A3
Pré-tratamento Pós-tratamento Manutenção
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Itens treinados Itens não treinados

Pré-tratamento Pós-tratamento Manutenção

Relatório de terapia

DIAGNÓSTICO FONOAUDIOLÓGICO:
 Afasia anômica leve

 Apraxia de fala leve
 Disartria do neurônio motor superior unilateral leve

OBJETIVOS TERAPÊUTICOS:
 Conscientizar quanto à alteração de fala

 Aumentar a intensidade vocal
 Estimular a amplitude articulatória promovendo melhor
teligibilidade de fala
 Melhorar a programação motora da fala
 Melhorar a precisão articulatória dos fonemas
 Adequar o ritmo e velocidade de fala em condições de
maior demanda
 Estimular a entoação e naturalidade de fala
 Aumentar a acurácia e velocidade do acesso lexical
 Melhorar a organização e informatividade do discurso
ESTRATÉGIAS
 aquecimento e calibração vocal

 treino articulatório com palavras, pseudopalvaras e frases com
os principais fonemas
 treino de fala semi-espontânea por meio de leitura e descrição
de figuras
 treino de fala espontânea com utilização de feedback auditivo
 tarefas de nomeação, associação e escrita, utilizando-se o
método de fortalecimento de traços semânticos e fonológicos,
associado à treino de memória operacional
 tarefas de organização do discurso por meio de sequências
lógico-temporais e criação de roteiros para tarefas cotidianas

RESULTADOS

MATERIAIS DE TERAPIA

http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.294.1979&rep=rep1&type=pdf
https://www.dreamstime.com/best-stock-photos?gclid=CO_s1LLb4tACFQ8HkQodYh0GOw#ref401
https://www.dreamstime.com/best-stock-photos?gclid=CO_s1LLb4tACFQ8HkQodYh0GOw#ref401
https://ozarkspeechie.wordpress.com/2014/12/16/free-photo-cards-adult-speech-therapy/
http://www.newsinlevels.com/
http://www.scenariaid.com/
http://www.dicts.info/picture-dictionary.php
http://www.dicts.info/picture-dictionary.php
https://br.pinterest.com/explore/terapia-de-afasia-954571188623/
http://aphasia.talkbank.org/
http://aphasia.talkbank.org/
Sentence Comprehension
(Adapted from Philadelphia Comprehension Battery, Saffran et al., 1988)
http://aphasia.talkbank.org/famous/
Eles são os Rolling Stones?

O nome de um deles é Ringo?
Eles são os Beatles?
Quem cantou“Love Me Tender”?

Which one supported non-violent protest?

http://www.aphasiatherapyonline.com/namingpic.php
https://www.shutterstock.com/pt/photos
Sequências lógico-temporais
Bibliografia Consultada
 Chapey R. Language interventions strategies in aphasia and related

neurogenic communication disorders. New York. Lippincott Williams &
Williams. 2008.
 Mansur LL, Radanovic M. Neurolinguística: princípios para a prática clínica.
Edições Inteligentes, 2004.
 Miotto EC, Silagi ML. Reabilitação cognitiva. In: Rubens J. Gagliardi;
Osvaldo M. Takayanagui. (Org.). Tratado de Neurologia da Academia
Brasileira de Neurologia. 2ed.Rio de Janeiro: Elsevier, 2019, v. 1, p. 174-
185.
 Ortiz KZ. Distúrbios Neurológicos Adquiridos: Linguagem e Cognição.
Manole, 2010.
 Planos Terapêuticos Fonoaudiológicos. 2ed.Barueri: Pró-fono, 2015, v. , p.
281-286.
 Stemmer B & Whitaker HÁ. Handbook of neuroscience of language. 2008.
Ações da
- Folders e vídeos informativos campanha 2020
- Depoimentos de pessoas com afasia
- Lives todas as quintas-feiras do mês de junho https://www.sbfa.org.br/portal

2017/campanha-afasia-2020
- I Simpósio Brasileiro de Afasia (SIBA On-line)
- E-book “Conversando sobre afasia: guia familiar”

https://lp.sbfa.org.br/guia-afasia/
https://sbfa.eadplataforma.com/curso/simp
osio-brasileiro-de-afasia/
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❑ Revisão das manifestações de linguagem nas afasias de expressão

❑ Fundamentos sobre a reabilitação da linguagem

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 Repetir com outras vogais

 Aumentar a intensidade aos poucos

 Cronometrar como motivação

 Cantarolar melodias conhecidas

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Para os que não falam – iniciando a fonação

 Iniciar padrões de fala articulada

 Completar frases previsíveis:

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 Toques no rosto, mandíbula e músculo mio-hióideo

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 Terapeuta escreve em folhas de papel, separadamente,

 Mostra-se ao paciente uma palavra de cada vez e este

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Terapia de Entonação Melódica

 Utiliza os elementos musicais da fala (melodia e ritmo)

 Há a possibilidade da aprendizagem sem erro e todas as

 Repetição é utilizada como uma estratégia efetiva;

 Contato visual, ritmo, toque da mão

Terapia de entonação melódica

✓ Nível elementar Extensão do estímulo

✓ Nível intermediário Complexidade do estímulo

✓ Nível avançado Redução de apoio da

 90% de acertos em 5 sessões consecutivas →

Terapia de entonação melódica

Terapia de entonação melódica

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Terapia de entonação melódica

Terapia de entonação melódica

Comunicação Suplementar e Alternativa

 Alterações graves de emissão oral

Comunicação Suplementar e Alternativa

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Comunicação Suplementar Alternativa

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• Conversar com um membro da família ou amigo (por

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