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A dor sempre
é real

Fatos sobre a dor 1/9

A dor sempre é real Quando você está
com dor, você
sabe que ela é
real. Mas quando
se trata da dor
do outro, algumas
pessoas podem
não acreditar.
Nós sabemos que
toda dor, 100% das
vezes, é 100% real,
sem exceções. Não
existe dor que não seja
real, no entanto, ela
pode ser complicada.

Dor do membro fantasma

- 70% das pessoas que
Você já deve ter ouvido
perdem um membro,
sentem como se ele
falar de pessoas que
ainda estivesse lá.
sofreram lesões graves
e que só sentiram dor
quando já não estavam
mais em perigo.
Como o jogador de futebol que fratura
a mandíbula durante o jogo e não sente
nada. Ou alguém que escapa de um
incêndio e só percebe a gravidade
das queimaduras quando já está em
segurança.
O oposto também pode acontecer.
Em pessoas com dor crônica grave
e incapacitante na coluna , foram
encontradas imagens de ressonância
magnética quase iguais às encontradas
em pessoas da mesma idade sem dor na
coluna. E provavelmente você já ouviu
falar da dor fantasma - cerca de 70% das
pessoas que perdem um membro, sentem
como se ele ainda estivesse lá; alguns
chegam a sentir dores insuportáveis.
Já existem diversos estudos sobre dor
e a nossa compreensão sobre ela tem
mudado bastante nas últimas décadas.

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Graças à ciência
da dor, agora
sabemos que:
A dor é uma resposta
protetora que te leva a fazer
(ou deixar de fazer) algo para
proteger a região do corpo
que dói.
 dor é causada por
A Talvez ela comece a partir de
uma complexa interação
entre fatores biológicos,
psicológicos e sociais.
 uanto mais tempo a dor
Q  única maneira de saber
permanece, mais sensíveis
os nervos se tornam,
fazendo com que seu
sistema nervoso produza
dor com maior facilidade.
Profissionais bem
informados (como
médicos, enfermeiros,
fisioterapeutas e outros)
que entendam a ciência
da dor, nunca irão dizer
que sua dor não é real
por não conseguirem
encontrar uma lesão.
uma lesão, porém os fatores
sociais e psicológicos podem
prolongar e manter a dor,
mesmo após a lesão ter sido
curada.
A lugares em que não nos
quando uma pessoa está
com dor é se ela falar para
você.
Em vez disso, eles irão te
ajudar a dar sentido à sua
dor para que você tome
decisões bem embasadas
sobre o seu cuidado, e
juntos, desenvolverem um
plano de recuperação.
Porque a dor pode ser
complicada. Mas ela
sempre, sempre é real.
Coisas que nos fazem
sentir ameaçados podem
prolongar ou piorar a dor
– As ameaças podem vir
de sentimentos como
ansiedade, estresse ou até
mesmo tristeza
– As ameaças podem vir de
sentimos seguros
– As ameaças podem vir de
alimentos que aumentam a
inflamação intestinal
– As ameaças podem vir
de pessoas que nos
fazem sentir mal ou nos
menosprezam.
Esta cartilha não é uma orientação
médica específica. Mas de fato,
esperamos que após a leitura você
entenda mais sobre a dor e as atuais
maneiras de manejá-la.
Facebook @painrevolutionride
Instagram @painrevolution
 2
Aprenda mais
sobre a sua dor

Fatos sobre a dor 2/9

Aprenda mais sobre a Se pela sua situação, você tem se sentido
desesperançoso ou desamparado, talvez esteja
sua dor

na hora de aderir a uma nova abordagem para

vencer sua dor.

O primeiro passo é Anos atrás, o manejo da dor era

aprender mais sobre
a sua dor.
Entender sua dor persistente é muito
importante. Sem isso, o melhor
conselho para o manejo da sua
dor poderia parecer um absurdo,
especialmente se te disserem que
você deve se movimentar mais
centrado em procurar as causas e
respostas com tratamentos. Isso poderia
significar meses, anos ou até décadas
de testes e repetidas frustrações.
Hoje, temos um melhor entendimento dos
mecanismos e tratamentos da dor. Nós
sabemos que compreendê-la é essencial
para mudar sua experiência com a sua dor.

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Graças à ciência
da dor, agora
sabemos que:
 or persistente geralmente
D  ocê tem mais chances de
é causada por um sistema
de dor excessivamente
protetor.
 prender sobre sua dor
A  uando você entende sua
pode te ajudar na sua
jornada até a recuperação.
Isto pode levar a
reduções graduais na
dor e incapacidade,
podendo até ajudá-lo a
se recuperar totalmente
com o passar do tempo.
V
ter sucesso quando você
A dor de cada
tem um profissional da pessoa é única.
saúde (médico, enfermeiro
ou outros profissionais)
Aprender sobre a
trabalhando ao seu lado sua pode ajudar a
como um “guia da dor”, te
apoiando e ajudando a se
fazê-la desaparecer.
manter firme com seu plano.
Q
dor, é mais fácil aumentar
suas atividades e os níveis
de exercício, assim como
te possibilita enxergar os
benefícios de algumas
sessões com um psicólogo.
Isso acontece quando você
reeduca seu sistema de dor
para ser menos protetor.
Esta cartilha não é uma orientação
médica específica. Mas de fato,
esperamos que após a leitura você
entenda mais sobre a dor e as atuais
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 3
Dor não é igual
a lesão

Fatos sobre a dor 3/9

Dor não é igual a lesão Toda dor é real, não importa o que a esteja
causando. O que surpreende a maioria
das pessoas, é que você pode sentir dor
sem a presença de dano nos tecidos.
Isto é, quando não há nenhuma lesão nos
músculos, tendões, nervos ou em alguma
outra estrutura do seu corpo.

Talvez a lesão já tenha O que também é inesperado, é que você

pode ter resultados anormais no seu
acontecido em algum exame de imagem sem que eles tenham
relação com sua dor. Na verdade, há
momento, porém a dor uma vasta quantidade de pesquisas
pode permanecer por mostrando claramente que muitas
pessoas com estas “anormalidades”
muito tempo depois da nos exames, não sentem dor e nem se
lembram de ter sofrido alguma lesão.
lesão ter sido curada. Com o envelhecimento, na verdade, é
mais esperado tê-las do que não as ter.
A razão pela qual pode existir uma
grande diferença entre dor e lesão é
simples. Os tecidos são capazes de
resistir apenas a uma certa quantidade
de carga (movimento, deformação ou
pressão) antes de serem danificados.
Portanto, nosso sistema de dor é
extraordinariamente complexo e depende
de outros fatores além da carga para ser
ativado. Fatores psicológicos e sociais
também podem causar dor - estes são
chamados de fatores não teciduais.
Por exemplo, em 1995, a revista British
Medical Journal publicou o caso de
um construtor que estava com dores
insuportáveis por conta de um prego
de 15cm que havia atravessado sua
bota. No entanto, quando os médicos
removeram o prego, perceberam que
ele tinha passado entre seus dedos
e não havia atingido o seu pé.

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Graças à ciência
da dor, agora
sabemos que:

A maioria dos episódios de

dor ocorre para prevenir
algum dano tecidual.

 uando a dor é persistente,

Q  uando a dor persiste,
Q Entender que
o sistema de dor se torna muitas vezes ela se torna
mais eficiente e pode estar mais forte e duradoura. os fatores não
sendo superprotetor. teciduais estão
presentes em toda
dor persistente,
pode ajudar a
 uando a dor é persistente,
Q  atores não teciduais
F
reduzi-la.
a influência dos fatores incluem estresse, ansiedade,
não teciduais geralmente medo de se machucar, sono
passam a ser maior. ruim, preocupação sobre
voltar a trabalhar ou mesmo
um longo trajeto para o
trabalho.

Anormalidades em exames Até mesmo a maneira como

não necessariamente são as você é informado sobre os
causas da dor. resultados de um exame,
pode gerar dor.

 s humanos possuem uma

O Esta cartilha não é uma orientação
incrível capacidade de se médica específica. Mas de fato,
esperamos que após a leitura você
curar, reparar e adaptar.
entenda mais sobre a dor e as atuais
maneiras de manejá-la.
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 4
Dor é igual a
proteção

Fatos sobre a dor 4/9

Dor é igual a proteção A relação entre dor e dano tecidual pode ser
bastante surpreendente. Isto porque a função
da dor não é informar sobre a condição dos
tecidos do seu corpo, ela está ali para proteger
você de qualquer coisa que
seja perigosa. A dor
capta sua atenção
e te obriga a
agir para evitar
o perigo.

Portanto, a dor é na Desta forma, o cérebro avalia toda

verdade, uma resposta
protetora, como uma
resposta de luta ou
fuga ou uma resposta
imunológica.
O que antes eram descritos como nervos
de dor, são na realidade nociceptores
e podem ser chamados de detectores
de perigo. Eles usam sinais elétricos
para enviar informações para o cérebro
a respeito de possíveis perigos.
a informação que está chegando,
juntamente com informações
armazenadas de experiências prévias e
aprendizados, para então decidir se irá
produzir sensação dolorosa no intuito
de proteger os tecidos do corpo.
Algumas vezes, as informações vindas
dos detectores de perigo não são levadas
em conta até que outras informações
também sejam recebidas pelo cérebro,
como um corte com uma folha de papel
que pode não ser sentido até que a
pessoa note que está sangrando - o
cérebro reconhece o sangramento
como algo ruim e produz dor.

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da dor, agora
sabemos que:
Os detectores de perigo
(conhecidos como
nociceptores) não
transmitem dor, eles enviam
informações ao cérebro.
Somente o cérebro decide
se irá produzir dor.
Às vezes essas informações
não são atendidas até que o
cérebro receba outras.
Expectativas podem
influenciar os resultados:
se você espera que um
tratamento ou movimento
piorará as coisas,
provavelmente irá mesmo;
acredite que vai te fazer bem
e você se sentirá melhor.
O objetivo da dor é
te proteger. Uma vez
que você entende
que ela está te
protegendo contra
um dano que talvez
nunca aconteça,
você estará apto a
sair da sua zona de
conforto e fazer a
dor ir embora.
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 5
A dor depende
do contexto
Fatos sobre a dor 5/9
A dor depende do A dor é influenciada por fatores biológicos,
sociais e psicológicos.
contexto
Sociais
Fatores sociais incluem outras
pessoas, seu trabalho, além de coisas
que você vê ou escuta. Já os fatores
psicológicos são divididos entre
aspectos cognitivos e afetivos.
Os aspectos cognitivos se referem a
sua compreensão, crenças e como você
pensa sobre as coisas. Desse modo,
incluem suas ideias sobre as causas da
sua dor, se você crê que seu diagnóstico
está correto ou não, o nível de confiança
no profissional que cuida de você e
como você se sente sobre o estado
físico do seu corpo agora e no futuro.
Os aspectos afetivos são os sentimentos
e emoções que acompanham sua lesão
ou a sua dor. Podendo ser depressão,
estresse, ansiedade, raiva, frustração
ou sentir-se chateado de forma geral.
Biológicos
Psicológicos
Todos estes fatores e aspectos formam
em conjunto o contexto da sua dor.
Eles exercem uma poderosa influência
na sua experiência dolorosa.
Por exemplo, experimentos mostraram
que a dor causada por um estímulo
quente, geralmente é mais intensa
quando é acompanhada por uma luz
vermelha ao invés de uma azul, pois
inconscientemente associamos vermelho
com perigo. Ainda, a dor causada por
um laser foi mais intensa quando os
participantes foram induzidos a acreditar
que a parte da pele que estava sendo
estimulada era mais fina que o normal,
já que inconscientemente aumentamos
a proteção de partes do corpo que
acreditamos ser mais vulneráveis.
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da dor, agora
sabemos que:
O contexto é muito
importante.
Se preocupar a todo
instante que algo muito
errado pode acontecer e
interpretar que o aumento da
dor é sinal de uma possível
catástrofe, têm mostrado
serem capazes de piorar a
dor e de fazê-la durar mais.
O contexto pode afetar Esta é uma boa
a intensidade, duração e
variabilidade da dor. notícia, já que
significa que
trabalhando para
mudar as situações
ou sua resposta a
 ntender o impacto do
E
elas, você estará
contexto na sua dor no caminho certo
pode te ajudar a trabalhar rumo a recuperação.
em prol de reduzi-la.
Conhecimento é poder.
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 6
A Dor e o seu
Protetômetro

Fatos sobre a dor 6/9

A Dor e o seu A prioridade número um do nosso
cérebro é a sobrevivência. Nós somos
Protetômetro

evolutivamente “preparados” para estar

em alerta sobre o perigo, e a dor é uma
das respostas para nos proteger.

Protetômetro
Sinais de
Sinais de perigo segurança movem
movem o ponteiro o ponteiro para
para cima baixo

Quando os detectores de perigo Se seu cérebro concluir que há mais

(nociceptores) enviam uma mensagem
para o seu cérebro sinalizando que
uma parte do corpo talvez esteja
em perigo, seu cérebro fará um
balanço da informação com suas
experiências prévias, informações
vindas dos seus sentidos e de outros
sistemas do corpo e com o que foi
aprendido durante a sua vida.
provas concretas de que há Perigo
Em Mim (PEM), ele irá proteger o seu
corpo produzindo dor, e então, você
agirá para reduzir o perigo. Se há
mais evidências concretas de que
há Segurança Em Mim (SEM), não há
necessidade de agir. Este Protetômetro
interno monitora constantemente
o equilíbrio entre PEMs e SEMs.

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Graças à ciência
da dor, agora
sabemos que:
Os PEMs podem estar
relacionados a outros
sentimentos como estresse,
tristeza e raiva; também
podem ser lugares específicos,
pessoas, pensamentos ou
atividades - não se esqueça que
pensamentos e sentimentos
também são impulsos nervosos.
Identificar cada PEMs,
pode fornecer opções para
reeducar o Protetômetro.
Alguns PEMs podem
se converter em SEMs,
como por exemplo, ao ter
o resultado de um raio-x
cuidadosamente explicado
para você ressaltando os
pontos positivos, pode
fazê-lo tornar um SEMs.
 m “dia ruim” pode ser
U O desafio é
resultado de um ou mais
PEMs, ao invés de um identificar os PEMs
único movimento ou e transformá-los em
atividade física.
SEMs. Você poderia
chamar isto de
“Terapia PEM SEM”!
Identificar as SEMs (se estão
em memórias felizes de
É possível aprender
lugares, em passar o tempo a alterar seu
com certas pessoas ou em
movimentos e atividades Protetômetro em
como dançar, por exemplo)
e incluí-las mais em nosso
busca de valorizar
dia-a-dia, pode fazer com mais as SEMs,
que tenham um peso maior
do que os PEMs. para que assim,
Algumas SEMs na verdade
sua dor diminua
podem ser PEMs. Comidas gradualmente.
doces ou gordurosas,
por exemplo, podem
fazê-lo se sentir melhor
imediatamente, porém
podem agir como um PEM
a médio e longo prazo.
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7
Seu sistema
de dor
superprotetor
Fatos sobre a dor 7/9
Seu sistema de dor O objetivo da dor é te proteger. Porém, algumas
vezes a proteção se torna exagerada. Isto
superprotetor

porque, como todos os sistemas biológicos do

corpo, o sistema de dor é capaz de aprender.
Portanto, ao viver com dor por muito tempo, seu
sistema se tornará mais eficiente em produzir
dor e mais protetor naquela área do corpo.

Quando as mensagens Quando o cérebro passa a ser mais

protetor o impacto é muito maior, pois
de perigo são enviadas o cérebro não responde somente a
mensagens de perigo vindas da medula
pelos detectores de espinhal; ele também é capaz de
perigo dos tecidos, responder a qualquer sinal de perigo, em
qualquer região, mesmo em memórias e
elas viajam pela experiências armazenadas.

medula espinhal. O sistema de dor oferece uma barreira de

Quando isto acontece repetidamente,
a medula espinhal aprende a responder
melhor e amplifica as mensagens antes
de enviá-las ao cérebro. Isto significa
que o corpo se torna mais sensível
e superprotetor contra alterações
ocorrendo no tecido. Isto acontece
especialmente para estímulos mecânicos
como o movimento, alongamento e
pressão, e menos para o calor, frio e
estímulos químicos.
Quando a mensagem chega amplificada
ao cérebro, a chance do cérebro produzir
dor é maior. E com o tempo, o cérebro
também aprende a se tornar mais
eficiente em produzir dor e amplificá-la.
proteção que é grande o suficiente para
interromper um evento que lesionaria
o tecido, mas pequena o bastante para
garantir que a dor não seja disparada de
forma desnecessária. Em um sistema
normal, a barreira funciona quase 100%
das vezes. Desse modo, sentimos dor e
frequentemente não nos machucamos.
As únicas situações em que a barreira não
funciona é quando o evento acontece
muito rápido (como um acidente de carro)
ou tão devagar que os detectores de
perigo não são ativados (como um câncer
que cresce lentamente). A situação fica
diferente em uma barreira superprotetora,
já que a dor é produzida antes mesmo do
corpo estar em perigo, inclusive ao realizar
o que ele precisa para se recuperar.

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Graças à ciência
da dor, agora
sabemos que:

Modelo dos Montes

Gêmeos
Esforço sobre-humano
(perigoso)
LPD
TT

NTT
Legenda
TT (Inicial) Linha antiga de
LE
tolerância do tecido LB
LPD (Inicial) Linha de proteção da dor
NLPD
NLPD 
Nova linha de proteção da dor
NTT 
Nova linha de tolerância do tecido
LE Linha de exacerbação
LB Linha de base

Adaptado de Explicando a Dor, Segunda Edição Antes da lesão Após a lesão

Butler & Moseley (2013)
Sua NLPD poderia
até estar mais
baixa que isso

 inais de um sistema
S  esmo lesões bem
M Reiniciar a barreira
superprotetor podem incluir pequenas podem resultar
uma maior sensibilidade a em dor persistente, caso o de dor do seu
estímulos mecânicos do que sistema de dor tenha razões sistema leva tempo.
a coisas quentes ou frias, ou suficientes para se tornar
uma dor que se move de um mais sensível. Mas mantenha-
lado do corpo para o outro. se firme, pois seu
sistema irá se
Uma vez tornado É possível reduzir o tamanho
lembrar de cada
superprotetor, qualquer da barreira de proteção ou a pequena vitória,
sensibilidade do sistema de
coisa pode alarmá-lo,
inclusive o contexto. dor aumentando lentamente e pouco a pouco,
a demanda do sistema; cada você irá progredir.
passo precisa ser suficiente
para causar uma pequena
adaptação, mas não o
bastante para desencadear
uma exacerbação completa
 azer movimentos ou
F da dor. Esta cartilha não é uma orientação
exercícios que causam médica específica. Mas de fato,
esperamos que após a leitura você
alguma dor, mas que não
entenda mais sobre a dor e as atuais
seja extrema, irá ajudar na maneiras de manejá-la.
sua recuperação.
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8
Reeduque o seu
Sistema de Dor
Fatos sobre a dor 8/9
Reeduque o seu
Sistema de Dor
A bioplasticidade é a
habilidade dos tecidos
e de todos os sistemas
do nosso corpo de
aprender ou se adaptar
frente às experiências.
Um exemplo, é como o sistema
imunológico pode ser treinado a
responder mais rápido a um vírus
quando ele já foi enfrentado antes (assim
funcionam as vacinas). Outro exemplo é
como os músculos, incluindo o coração,
respondem ao treinamento alterando
seu comprimento e a velocidade de
contração, o que lhe permite ficar
mais forte e em forma se você treinar
regularmente.
A bioplasticidade existe, não importa a
sua idade. Tudo que é necessário é tempo,
persistência, coragem, mente aberta e um
pouco de ajuda.
Da mesma forma
que o sistema de
dor aprendeu a
ser superprotetor,
ele também pode
ser reeducado
para trabalhar
normalmente, graças
à bioplasticidade.
O primeiro passo é entender seu sistema
de dor, como ele funciona e como ele
pode se tornar superprotetor. Reconhecer
que a dor é afetada por pensamentos,
sentimentos, humores, falas e qualquer
outro elemento do contexto, pode te dar
confiança para se movimentar mesmo
quando dói, empurrando sua barreira de
proteção de volta para a direção correta.
Um bom “guia” irá te ajudar a entender
sua dor e identificar o que a melhora ou
piora. Um excelente “guia”, conhecedor
das ciências da dor, irá te ensinar a
planejar sua recuperação semanalmente.
Ele também irá encorajá-lo a perseverar,
treinar com sabedoria e não entrar
em pânico quando a dor aumentar.
Este profissional pode ser um médico,
fisioterapeuta, educador físico, dentre
outros profissionais da saúde. É
possível começar sem um “guia”, se
movimentando um pouco mais do que
você está acostumado e elevando sua
frequência cardíaca pouco a pouco.
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Graças à ciência
da dor, agora
sabemos que:
Dor não é sinônimo de dano
tecidual: ela protege o corpo.
 xpor o cérebro a novas
E  conhecimento das outras
informações ou relembrá-lo
de situações ou atividades
cheias de mensagens de
segurança (SEMs), é um
bom modo de reeducar o
sistema.
O segredo não é evitar
todos os desafios da vida
(emocionais ou físicos), é
reeducar o sistema para
lidar com eles.
A bioplasticidade permite Aprender a se
que o sistema de dor seja
reeducado. movimentar
livremente de novo
e acreditar que você
está seguro, exige
esforço, prática,
O
persistência e
pessoas sobre dor pode várias pequenas
influenciar a sua. conquistas.
Portanto, continue
firme!
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 9
Seja proativo
sobre a sua dor

Fatos sobre a dor 9/9

Seja proativo sobre a Existem muitas evidências indicando que
os melhores tratamentos para prevenir e
sua dor

superar a dor persistente, envolvem planejar

antecipadamente, assumir o controle da
situação e ter uma abordagem a longo prazo.

As evidências também Ser proativo também significa “tornar-se

ativo”, repensar ativamente a dor, tentar
nos mostram que novas abordagens e reeducar o sistema
de dor e o corpo. Em linhas gerais, isto
quando esperamos as significa fazer coisas por nós mesmos ao
coisas acontecerem invés de serem feitas conosco.
Estratégias ativas incluem ações que te
e gastamos todo empoderam, capacitam, desenvolvem
nosso tempo reagindo sua confiança, crenças e conhecimentos,
de modo que você assuma o controle.
aos acontecimentos, Ao fazer isso, você possibilita sua
recuperação.
nós gradualmente
Estratégias passivas podem ser: tomar
experenciamos medicamentos, repouso ou raramente
um aumento da procurar um fisioterapeuta quando a dor
piora muito. E embora elas forneçam alívio
incapacidade e dor. temporário, sabemos agora que a melhor
abordagem é usar estratégias ativas
diariamente, podendo ajudar a reduzir ou
Portanto, ser proativo prevenir as exacerbações da dor.
é bem melhor.

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Graças à ciência
da dor, agora
sabemos que:
Estratégias ativas são
melhores que as passivas
para reeducar o sistema de
dor e o corpo ao longo do
tempo.
 stratégias ativas podem
E  s estratégias ativas podem
ser físicas, como se
movimentar um pouco mais
a cada dia.
Planejar com antecedência
e preparar seu corpo, mente
e cérebro para qualquer
contratempo, pode ajudar a
superá-lo mais facilmente.
As estratégias ativas podem
incluir o aprendizado sobre
a dor, para que ela não seja
vista como uma ameaça.
A
atuar nos pensamentos
e emoções, como
mindfulness, meditação,
treinos de relaxamento,
yoga, dança ou socialização.
Ao longo do
tempo, com base
em suas próprias
experiências e
trabalhando com
seu profissional
de saúde, você
aprenderá quais
estratégias ativas
são as melhores
para você. Seja
proativo e sinta os
benefícios!
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