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TGNJ – Definições
Negócios onerosos vs. negócios sinalagmáticos
O Negócio jurídico é um facto jurídico, em que há liberdade de celebração e liberdade estipulação;
manifestação da autonomia privada. Classificação de caráter relativo.
NO:
Implica esforços/vantagens económicas para ambas as partes em simultâneo;
NS:
Um sinalagma é uma fonte de obrigações recíprcoas.
Aquele em que ambas as partes estão sujeitas a obrigações, estando em simultâneo na
situação de credores e devedores;
A lei permite que o credor, em caso de incumprimento do devedor, resolva o contrato;
Exemplo: compra e venda de uma imperial.
O mútuo – sendo o mutante quem empresta – é um negócio não sinalagmático, mas que pode ser
oneroso: do ponto de vista jurídico surge apenas a obrigação de devolver o dinheiro, e do ponto de
vista económico poderá ser oneroso caso seja acordado o pagamento de juros.
NS:
Um sinalagma é uma fonte de obrigações recíprocas.
Aquele em que ambas as partes estão sujeitas a obrigações, estando em simultâneo na
situação de credores e devedores;
A lei permite que o credor, em caso de incumprimento do devedor, resolva o contrato;
Exemplo: compra e venda de uma imperial.
NNS:
Yehoshuah
Os negócios não sinalagmáticos são aqueles em que as partes facultam apenas uma
prestação; não existem obrigações reciporcas. Uma parte só tem direitos e outra obrigações.
Ex: doação, mútuo.
NG:
Uma das partes só tem vantagens económicas, enquanto a outra apenas sofre desvantagens
– animus doanani.
Ex: doação.
NO:
Implica esforços/vantagens económicos para ambas as partes em simultâneo;
Ex: CV.
NU:
Tem uma única parte;
NB:
Tem duas partes.
Definição de parte:
Yehoshuah
MC: determina que a distinção entre partes assenta nos efeitos do negócio, ou seja, saber
se o negócio origina efeitos distintos para cada parte ou não. É, portanto, um critério que
funciona à posteriori.
CF: etermina que importa ver a posição de cada pessoa perante o interesse jurídico – isto
é, a finalidade do negócio – se a posição for a mesma, formam uma parte. Assim, devemos
olhar para o destino geral do negócio e compreender se as partes caminham na mesma
direção ou se têm posições opostas
ND:
Se procede à alienação de um elemento estável ou a alienação a título gratuito, anormal, de
um elemento instável;
NA.
Se procede a uso, conservação, fruição ou melhoria de um elemento estável ou a alienação
a título oneroso, normal, de um elemento instável.
NC:
Yehoshuah
Carece de fundamentação quando se invoque o direito. Assim, para que o negócio produza
efeitos, não basta invocar o direito, sendo também forçoso comprovar a existência do
negócio que lhe deu origem;
Para se invocar o direito, invoca-se a fonte. Dto não vale por si só.
NRQC
Só se encontra celebrado quando aliamos à declaração de vontade a entrega da coisa.
Caso a entrega – ou tradição - não se dê, entende-se que há vício na constituição, por esta
ser vista como uma formalidade. Nulidade.
Ex: Penhor, Mútuo, Comodato, Depósito.
NCC
São aqueles que ficam constituídos com as emissões negociais, ou seja, bastam as
declarações de vontade para serem celebrados; Alteração da situação dá-se por mero efeito
do negócio.
Ex: compra e venda de uma imperial;
NRC
Só se encontra celebrado quando aliamos à declaração de vontade a entrega da coisa.
Caso a entrega – ou tradição - não se dê, entende-se que há vício na constituição, por esta
ser vista como uma formalidade.
Yehoshuah
CR:
Quando o negócio deixe de produzir efeitos após a verificação do facto futuro e incerto.
O negócio produz logo efeitos, a permanência destes é condicionada pela verificação de
um facto futuro e incerto – efeitos precários.
O efeito é, em regra, automático;
Exemplo: Dou-te o meu carro, mas se o SCP for campeão fica tudo sem efeito.
Modo ou encargo:
Cláusula negocial típica que estabelece uma obrigação a cargo do beneficiário da
liberalidade;
Apenas é possível nos negócios gratuitos, doação, e testamento – art.º 963.º a 967.º, 2244.º
a 2248.º CC -, e em negócios gratuitos – comodato.
Autor da liberalidade pretende beneficiar o destinatário e aproveita para prosseguir um
efeito secundário;
Ex: alguém doa um pomar a outrem, mas com o modo de doar parte da produção a crianças
carenciadas (a título de exemplo, órfãos com SIDA).
Yehoshuah
Termo:
Art.º 278.º e 279.º
O termo é uma realidade interna ao negócio;
“Cláusula negocial típica pela qual se subordina a eficácia do negócio à verificação de um
facto futuro e certo”;
Certeza da verificação do facto futuro.
Tem como fonte o negócio;
CS:
Quando o negócio só produza efeitos após eventual verificação do facto futuro e incerto –
assim, pode nunca produzir efeitos.
Exemplo: Dou-te o meu carro se o SCP for campeão.
Yehoshuah
FC:
Aquela que as partes tenham acordado adotar;
Compreende dois atos – convenção e declaração.
FV:
Não exigida por lei, mas voluntariamente adotada pelo declarante.
Compreende apenas um ato;
VD:
Yehoshuah
VF:
Vontade de se autovincular a efeitos por adotar certo comportamento;
A maioria da doutrina entende-os como efeitos prático-jurídicos: autovinculação de
natureza jurídica que visa cobrir certos efeitos práticos.
Outros setores referem efeitos económicos, práticos, e jurídicos, mas tais rotulações falham
por não abranger certas realidades negociais.
DT
Quando se deduza uma declaração de factos e comportamentos significantes, positivos e
inequívocos que a revelem – art.º 234.º CC;
Teoria objetiva: meios utilizados no contexto permitem apreender tal sentido;
Teoria subjetiva: atuação que tenha outros objetivos, mas da qual se possa inferir uma
vontade negocial.
Há uma ação por trás dela.
Ex: Ainda não aceitei a herança (prédio), mas declaro que vou vendê-la.
Silêncio:
O silêncio é a total ausência de comunicação; a regra é que não tem valor;
Três casos em que poder ser-lhe atribuído valor de declaração negocial, art.º 218.º:
lei/usos/convenções determinam-no, ou quando há autovaloração.
o Não é uma declaração, apenas assume esse valor.
CC:
Definido por exclusão de partes quando um dos requisitos supra referidos não se verifica;
Releva para a avaliação de eventuais responsabilidades pré-contratuais;
Revela disponibilidade para receber propostas que tenham em vista a celebração do
negócio, convidando ou incitando terceiros a formulá-las;
Traduz a fase de negociações;
Não origina qualquer direito potestativo ou situação de sujeição.
BC:
Preenchido pelos princípios constitucionais sobre a dimensão privada da vida em
sociedade, de conteúdo ético e não relacional, avaliado do ponto de vista do
comportamento individualmente considerado, e não na relação com outros;
Fundamento para invalidade do negócio;
Se o conteúdo/objeto do negócio violarem-no podemos ter RCPC.
Conversão:
Existe um negócio inválido, que por o ser significa que as tarefas de qualificação,
interpretação e integração estão concluídas. Mais ainda, cada tipo negocial é infungível,
não fazendo sentido linguístico falar numa conversão, numa transformação
Pode acontecer que elementos não viciados subsistam num negócio inválido, que podem
constituir título jurídico suficiente de outros efeitos, efeitos sucedâneo
Re-valoração jurídica do comportamento negocial das partes, tendo em vista a produção
de efeitos sucedâneos possíveis.
RSP:
Ocorre quando há uma falta de poderes - por nunca os ter havido ou por terem sido extintos
-, ou por excesso de representação – representante faz algo que não está englobado nos
poderes que lhe foram concedidos;
O desvalor é a ineficácia, que poderá ser suprida por ratificação - poder potestativo.
Yehoshuah
AR:
Abuso de direito aplicado à representação;
O representante age, formalmente, no âmbito dos seus poderes de representação, mas
utiliza-os para um fim desajustado face ao fim para que foram conferidos;
Ato é eficaz, exceto se houver conhecimento ou cognoscibilidade da desadequação
material por parte do terceiro;
DVD
Divergência entre a vontade real e a vontade declarada: quando o comportamento do
declarante não é conforme com a sua vontade;
Podem ser intencionais ou não intencionais;
Temos várias modalidades: erro na declaração, erro na transmissão da declaração, erro no
entendimento da declaração; simulação, reserva mental;
CM:
Art.º 255.º e 256.º
Yehoshuah
Violência ou numa ameaça ilícita de um mal com o fim de obter uma declaração”;
Distingue-se da CF pela existência de uma vontade: aqui existe mas não é livre.
TR:
Art.º 255.º/3
Relação de dependência, um medo de desagradar e com isso sofrer consequências; isso
fará a pessoa agir de outro modo
Face a CM, não há mesmo uma ameaça, os atos praticados até poderão ser espontâneos,
com a finalidade de agradar.
ED:
Yehoshuah
Quando alguém, por lapso, manifesta uma vontade que não corresponde à vontade real;
Divergência não intencional entre a vontade real e a vontade declarada;
Pode refletir-se num erro no significante, ou num erro no significado.
Os efeitos serão a anulabilidade ou validação do negócio.
EO:
Alguém, por lapso, manifesta uma vontade que não corresponde à vontade real. É uma
divergência não intencional
Divergência entre a vontade real e a vontade declarada.
Art.º 247.º
RM:
Divergência intencional entre a vontade do declarante e a declaração;
Intuito de enganar o próximo;
Pode ser absoluta/relativa, inocente/fraudulenta, total/parcial.
NI:
Um negócio;
É querido;
Caráter indireto não é fundamento para invalidade, não se trata de uma patologia – será
nulo se desrespeitar o art.º 281.º.
NS:
Dois negócios;
Não é querido;
Nulo;
I:
Negócio não existe para o Direito;
Nunca produzirá efeitos;
Qualquer pessoa pode invocá-la.
N:
Forma de invalidade: resposta do ordenamento jurídico a um vício genético do negócio.
Art.º 286.º CC.
Desvalor regra do Direito Civil, e o mais grave.
Implica que o ato não produza efeitos.
Todos os interessados podem invoca-la, e a qualquer altura.
Insanável: o negócio nulo é incurável.
Retroativa: destrói todos os efeitos que o negócio possa ter vindo a produzir, pela atuação
das partes.
A
Forma de invalidade: resposta do ordenamento jurídico a um vício genético do negócio.
Art.º 287.º CC.
Desvalor menos grave, carece de previsão legal específica.
Ato produz efeitos até que seja invocada.
Yehoshuah
Invocada pela pessoa em cujo interesse a lei estabelece a anulabilidade, e a qualquer altura
(se o negócio não tiver sido cumprido) ou um ano a contar da cessação do vício (se já foi
cumprido);
Sanável: por confirmação (matéria dos menores) ou decurso do prazo.
Retroativa: destroem-se os efeitos produzidos.