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Yehoshuah

TGNJ – Definições
Negócios onerosos vs. negócios sinalagmáticos
O Negócio jurídico é um facto jurídico, em que há liberdade de celebração e liberdade estipulação;
manifestação da autonomia privada. Classificação de caráter relativo.
NO:
 Implica esforços/vantagens económicas para ambas as partes em simultâneo;

NS:
 Um sinalagma é uma fonte de obrigações recíprcoas.
 Aquele em que ambas as partes estão sujeitas a obrigações, estando em simultâneo na
situação de credores e devedores;
 A lei permite que o credor, em caso de incumprimento do devedor, resolva o contrato;
 Exemplo: compra e venda de uma imperial.

O mútuo – sendo o mutante quem empresta – é um negócio não sinalagmático, mas que pode ser
oneroso: do ponto de vista jurídico surge apenas a obrigação de devolver o dinheiro, e do ponto de
vista económico poderá ser oneroso caso seja acordado o pagamento de juros.

Negócio jurídico sinalagmático e Negócio jurídico não sinalagmático


O Negócio jurídico é um facto jurídico, em que há liberdade de celebração e liberdade estipulação;
manifestação da autonomia privada. Esta distinção tem relevância por os artigos 428.º CC e 801.º/2
CC aplicarem-se apenas a negócios sinalagmáticos.

NS:
 Um sinalagma é uma fonte de obrigações recíprocas.
 Aquele em que ambas as partes estão sujeitas a obrigações, estando em simultâneo na
situação de credores e devedores;
 A lei permite que o credor, em caso de incumprimento do devedor, resolva o contrato;
 Exemplo: compra e venda de uma imperial.

NNS:
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 Os negócios não sinalagmáticos são aqueles em que as partes facultam apenas uma
prestação; não existem obrigações reciporcas. Uma parte só tem direitos e outra obrigações.
 Ex: doação, mútuo.

Negócios jurídicos gratuitos vs. Negócios jurídicos onerosos


O Negócio jurídico é um facto jurídico, em que há liberdade de celebração e liberdade estipulação;
manifestação da autonomia privada.
Critério distinção: suscetibilidade de avaliação pecuniária. Esta distinção é relevante, por a lei
tratar estes negócios de modo diferente: art.º 237.º, art.º 612.º, 291.º CC.

NG:
 Uma das partes só tem vantagens económicas, enquanto a outra apenas sofre desvantagens
– animus doanani.
 Ex: doação.

NO:
 Implica esforços/vantagens económicos para ambas as partes em simultâneo;
 Ex: CV.

Negócio unilateral vs. negócio bilateral


O Negócio jurídico é um facto jurídico, em que há liberdade de celebração e liberdade estipulação;
manifestação da autonomia privada. Esta distinção é relevante, pois os negócios unilaterais sofrem
do princípio da tipicidade, art.º 457.º CC.

NU:
 Tem uma única parte;

NB:
 Tem duas partes.

Definição de parte:
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 MC: determina que a distinção entre partes assenta nos efeitos do negócio, ou seja, saber
se o negócio origina efeitos distintos para cada parte ou não. É, portanto, um critério que
funciona à posteriori.
 CF: etermina que importa ver a posição de cada pessoa perante o interesse jurídico – isto
é, a finalidade do negócio – se a posição for a mesma, formam uma parte. Assim, devemos
olhar para o destino geral do negócio e compreender se as partes caminham na mesma
direção ou se têm posições opostas

Negócio de disposição vs. negócio de administração


O Negócio jurídico é um facto jurídico, em que há liberdade de celebração e liberdade estipulação;
manifestação da autonomia privada.
Esta classificação é relevante para efeitos de representação legal e assistência, relações
patrimoniais dos cônjuges e na administração da herança divisa

ND:
 Se procede à alienação de um elemento estável ou a alienação a título gratuito, anormal, de
um elemento instável;

NA.
 Se procede a uso, conservação, fruição ou melhoria de um elemento estável ou a alienação
a título oneroso, normal, de um elemento instável.

Negócios abstratos vs. negócios causais


O Negócio jurídico é um facto jurídico, em que há liberdade de celebração e liberdade estipulação;
manifestação da autonomia privada.
NA:
 Negócio abstrato é aquele em que é possível invocar um direito sem demonstrar a causa –
isto é o negócio; Pode-se invocar o direito sem se invocar a fonre
 Direito vale por si só.
 Ex: bilhete de cinema, no chão. Podemos utilizá-lo sem ter de demonstrar como o
conseguimos.

NC:
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 Carece de fundamentação quando se invoque o direito. Assim, para que o negócio produza
efeitos, não basta invocar o direito, sendo também forçoso comprovar a existência do
negócio que lhe deu origem;
 Para se invocar o direito, invoca-se a fonte. Dto não vale por si só.

Negócios reais quoad effectum vs. negócios reais quoad constitutionem


O Negócio jurídico é um facto jurídico, em que há liberdade de celebração e liberdade estipulação;
manifestação da autonomia privada.
NRQE
 Negócios reais são aqueles que resultam na constituição, modificação ou extinção de uma
situação com natureza real. Efeitos imediatos e automáticos – 408.º.
 Ex: compra e venda de uma imperial

NRQC
 Só se encontra celebrado quando aliamos à declaração de vontade a entrega da coisa.
 Caso a entrega – ou tradição - não se dê, entende-se que há vício na constituição, por esta
ser vista como uma formalidade. Nulidade.
 Ex: Penhor, Mútuo, Comodato, Depósito.

Negócio consensual quanto à constituição e negócio real quanto à constituição


O Negócio jurídico é um facto jurídico, em que há liberdade de celebração e liberdade estipulação;
manifestação da autonomia privada.

NCC
 São aqueles que ficam constituídos com as emissões negociais, ou seja, bastam as
declarações de vontade para serem celebrados; Alteração da situação dá-se por mero efeito
do negócio.
 Ex: compra e venda de uma imperial;

NRC
 Só se encontra celebrado quando aliamos à declaração de vontade a entrega da coisa.
 Caso a entrega – ou tradição - não se dê, entende-se que há vício na constituição, por esta
ser vista como uma formalidade.
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 Ex: Penhor, Mútuo, Comodato, Depósito.

Condição suspensiva vs. Condição resolutiva


CS:
 Quando o negócio só produza efeitos após eventual verificação do facto futuro e incerto –
assim, pode nunca produzir efeitos.
 Exemplo: Dou-te o meu carro se o SCP for campeão.

CR:
 Quando o negócio deixe de produzir efeitos após a verificação do facto futuro e incerto.
 O negócio produz logo efeitos, a permanência destes é condicionada pela verificação de
um facto futuro e incerto – efeitos precários.
 O efeito é, em regra, automático;
 Exemplo: Dou-te o meu carro, mas se o SCP for campeão fica tudo sem efeito.

Condição resolutiva vs. modo


Em ambos o negócio já produziu efeitos.
CR:
 Quando o negócio deixe de produzir efeitos após a verificação do facto futuro e incerto.
 O negócio produz logo efeitos, a permanência destes é condicionada pela verificação de
um facto futuro e incerto – efeitos precários.
 O efeito é, em regra, automático;
 Exemplo: Dou-te o meu carro, mas se o SCP for campeão fica tudo sem efeito.

Modo ou encargo:
 Cláusula negocial típica que estabelece uma obrigação a cargo do beneficiário da
liberalidade;
 Apenas é possível nos negócios gratuitos, doação, e testamento – art.º 963.º a 967.º, 2244.º
a 2248.º CC -, e em negócios gratuitos – comodato.
 Autor da liberalidade pretende beneficiar o destinatário e aproveita para prosseguir um
efeito secundário;
 Ex: alguém doa um pomar a outrem, mas com o modo de doar parte da produção a crianças
carenciadas (a título de exemplo, órfãos com SIDA).
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Condição vs. Termo


Em ambas a fonte é o negócio jurídico.
Condição:
 “Cláusula negocial típica que vem subordinar a eficácia da declaração de vontade a um
evento futuro e incerto” – artigos 270.º a 277.º, 967.º e 2229.º a 2242.º CC.
 Satisfaz necessidades práticas importantes, uma vez que na contratação as partes
desconhecem, muitas vezes, a evolução futura dos factos em que a apoiam, o que pode
suscitar a necessidade de estabelecer “planos” consoante os possíveis factos que se vão
verificar. Esta condição também pode servir de garantia, sendo que pode estar em causa a
boa qualidade dos produtos.
 Caracterizada por previsão e flexibilidade, mas também insegurança
 Pode ser resolutiva, suspensiva, casual, potestativa, de momento certo e de momento
incerto.

Termo:
 Art.º 278.º e 279.º
 O termo é uma realidade interna ao negócio;
 “Cláusula negocial típica pela qual se subordina a eficácia do negócio à verificação de um
facto futuro e certo”;
 Certeza da verificação do facto futuro.
 Tem como fonte o negócio;

Termo inicial vs. condição suspensiva


TI:
 Termo: “Cláusula negocial típica pela qual se subordina a eficácia do negócio à verificação
de um facto futuro e certo”;
 TI: o negócio não produz efeitos enquanto não se verifica um facto futuro e certo;

CS:
 Quando o negócio só produza efeitos após eventual verificação do facto futuro e incerto –
assim, pode nunca produzir efeitos.
 Exemplo: Dou-te o meu carro se o SCP for campeão.
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Forma voluntária vs. forma convencional


Qualquer declaração negocial tem uma forma – é o modo de exteriorização da vontade. Pode ser
exigida por razões de solenidade, reflexão e prova.
FV:
 Não exigida por lei, mas voluntariamente adotada pelo declarante.
 Compreende apenas um ato;

FC:
 Aquela que as partes tenham acordado adotar;
 Compreende dois atos – convenção e declaração.

Forma legal vs. forma voluntária


Qualquer declaração negocial tem uma forma – é o modo de exteriorização da vontade.
FL:
 Exigida por lei para determinada declaração negocial.
 Pode ser exigida por razões de solenidade, reflexão e prova.

FV:
 Não exigida por lei, mas voluntariamente adotada pelo declarante.
 Compreende apenas um ato;

Vontade de ação vs. vontade de declaração vs. vontade funcional


São as três declarações de vontade que têm de estar cumulativamente preenchidas no âmbito da
autonomia privada, para que exista uma vontade sã.
VA:
 Vontade de praticar um ato;
 Na visão tradicional: sempre que existe o poder de controlar o comportamento;
 Segundo a visão finalista, é a vontade de alcançar determinado fim.

VD:
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 Consciência que com a atuação se transmite uma mensagem;


 Pressupõe que haja vontade de ação.

VF:
 Vontade de se autovincular a efeitos por adotar certo comportamento;
 A maioria da doutrina entende-os como efeitos prático-jurídicos: autovinculação de
natureza jurídica que visa cobrir certos efeitos práticos.
 Outros setores referem efeitos económicos, práticos, e jurídicos, mas tais rotulações falham
por não abranger certas realidades negociais.

Declaração tácita vs. Silêncio


A declaração negocial é a exteriorização da vontade, de modo a ser reconhecida e ter efeitos
associados. Requisitos:  Vontade, nas três aceções vistas supra;  Declaração, ou seja,
exteriorização da vontade;  Relação de concordância entre a vontade e a declaração.

DT
 Quando se deduza uma declaração de factos e comportamentos significantes, positivos e
inequívocos que a revelem – art.º 234.º CC;
 Teoria objetiva: meios utilizados no contexto permitem apreender tal sentido;
 Teoria subjetiva: atuação que tenha outros objetivos, mas da qual se possa inferir uma
vontade negocial.
 Há uma ação por trás dela.
 Ex: Ainda não aceitei a herança (prédio), mas declaro que vou vendê-la.

Silêncio:
 O silêncio é a total ausência de comunicação; a regra é que não tem valor;
 Três casos em que poder ser-lhe atribuído valor de declaração negocial, art.º 218.º:
lei/usos/convenções determinam-no, ou quando há autovaloração.
o Não é uma declaração, apenas assume esse valor.

Proposta negocial vs. convite a contratar


PN:
 Declaração de vontade recipienda e individual com vista à celebração de um negócio;
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 Três requisitos: completa, firmeza, adequação formal.


 Uma vez emitida, a sua eficácia consiste na concessão de um direito potestativo ao
aceitante/destinatário, ao passo que a contraparte se encontra numa posição de sujeição.

CC:
 Definido por exclusão de partes quando um dos requisitos supra referidos não se verifica;
 Releva para a avaliação de eventuais responsabilidades pré-contratuais;
 Revela disponibilidade para receber propostas que tenham em vista a celebração do
negócio, convidando ou incitando terceiros a formulá-las;
 Traduz a fase de negociações;
 Não origina qualquer direito potestativo ou situação de sujeição.

Contrariedade à lei e ofensa aos bons costumes


CL:
 Ofensa a uma norma legal. Se for contra normas proibitivas, nulidade – 294.º.

BC:
 Preenchido pelos princípios constitucionais sobre a dimensão privada da vida em
sociedade, de conteúdo ético e não relacional, avaliado do ponto de vista do
comportamento individualmente considerado, e não na relação com outros;
 Fundamento para invalidade do negócio;
 Se o conteúdo/objeto do negócio violarem-no podemos ter RCPC.

Confirmação vs. ratificação (ver glossário FDCDP)


C:
 Art.º 288.º CC;
 Ato pelo qual um negócio anulável é declarado sanado pela pessoa ou pelas pessoas a quem
compete o direito de anular”;
 Traduz a realização da opção entre dois direitos potestativos que, em alternativa, a lei
confere a certas pessoas: o de obter a anulação do negócio e o de confirmar.
 O poder de confirmar cabe apenas à pessoa a quem por lei é conferido o direto de anulação.
 Pode ser expressa ou tácita, não depende de forma especial.
 Caráter retroativo, oponível a terceiros.
R:
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 A declaração que supre a ineficácia, e é um poder potestativo.


 Tem de seguir a forma exigida à procuração – art.º 268.º/2 -, e tem efeitos retroativos, salvo
os direitos adquiridos por terceiros;

Redução vs. conversão do negócio jurídico


Ambos se referem ao aproveitamento do negócio jurídico inválido, associado ao princípio do
aproveito dos negócios jurídicos – favor negotii.
Redução:
 Mantém-se o negócio sem a parte nula;
 Exttai-se a cláusula ilegal (porque ferida por invaliade)
 Pode ser qualitativa (eliminação de cláusulas) ou quantitativa (implica uma limitação dos
efeitos causados)

Conversão:
 Existe um negócio inválido, que por o ser significa que as tarefas de qualificação,
interpretação e integração estão concluídas. Mais ainda, cada tipo negocial é infungível,
não fazendo sentido linguístico falar numa conversão, numa transformação
 Pode acontecer que elementos não viciados subsistam num negócio inválido, que podem
constituir título jurídico suficiente de outros efeitos, efeitos sucedâneo
 Re-valoração jurídica do comportamento negocial das partes, tendo em vista a produção
de efeitos sucedâneos possíveis.

Representação sem poderes vs. Abuso de representação


Ambas se referem à figura da representação, que assenta na substituição de vontades. Ocorre
quando uma pessoa pode fundamentalmente agir em nome e no interesse de outro.

RSP:
 Ocorre quando há uma falta de poderes - por nunca os ter havido ou por terem sido extintos
-, ou por excesso de representação – representante faz algo que não está englobado nos
poderes que lhe foram concedidos;
 O desvalor é a ineficácia, que poderá ser suprida por ratificação - poder potestativo.
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AR:
 Abuso de direito aplicado à representação;
 O representante age, formalmente, no âmbito dos seus poderes de representação, mas
utiliza-os para um fim desajustado face ao fim para que foram conferidos;
 Ato é eficaz, exceto se houver conhecimento ou cognoscibilidade da desadequação
material por parte do terceiro;

Vícios na formação da vontade vs. divergências entre a vontade e a declaração


Ambos se referem a patologias.
VFV
 Existem três elementos perturbadores de uma vontade sã: erro, medo, e incapacidade
cidental;
 Haver patologia não quer dizer que seja forçosamente relevante;
 O seu regime visa o equilíbrio entre a PAP e a TC;
 No geral, geram anulabilidade;

DVD
 Divergência entre a vontade real e a vontade declarada: quando o comportamento do
declarante não é conforme com a sua vontade;
 Podem ser intencionais ou não intencionais;
 Temos várias modalidades: erro na declaração, erro na transmissão da declaração, erro no
entendimento da declaração; simulação, reserva mental;

Coação física vs. coação moral


CF:
 Art.º 246.º.
 Uma força exterior ao agente leva-o a assumir um comportamento declarativo
independentemente da sua vontade, totalmente excluída por essa força
 Não existe vontade de ação, vontade de declaração, nem vontade funcional.
 Exemplo: hipnose

CM:
 Art.º 255.º e 256.º
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 Violência ou numa ameaça ilícita de um mal com o fim de obter uma declaração”;
 Distingue-se da CF pela existência de uma vontade: aqui existe mas não é livre.

Coação moral vs. Temor reverencial


CM:
 Art.º 255.º e 256.º
 Falta de liberdade da vontade – não houve decisão livre, embora houvesse esclarecimento
-, associada ao medo;
 “Violência ou numa ameaça ilícita de um mal com o fim de obter uma declaração”
 Existe vontade mas não é livre.

TR:
 Art.º 255.º/3
 Relação de dependência, um medo de desagradar e com isso sofrer consequências; isso
fará a pessoa agir de outro modo
 Face a CM, não há mesmo uma ameaça, os atos praticados até poderão ser espontâneos,
com a finalidade de agradar.

Deceptor vs. decepto


São ambos termos que se referem ao dolo – copiar definição art.º 253.º/1.
Deceptor:
 Autor do dolo.
 Pode ser o declaratário, ou o terceiro;
Decepto:
 Vítima.
 Normalmente é declarante.

Erro na formação da vontade vs. erro na declaração


EFV:

ED:
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 Quando alguém, por lapso, manifesta uma vontade que não corresponde à vontade real;
 Divergência não intencional entre a vontade real e a vontade declarada;
 Pode refletir-se num erro no significante, ou num erro no significado.
 Os efeitos serão a anulabilidade ou validação do negócio.

Erro-vício vs. erro obstáculo


EV:
 Vício na formação da vontade: associado à má formação da vontade por falta de
informação;
 Modalidades: erro simples, erro qualificado por dolo.
 Em geral, gera anulabilidade.

EO:
 Alguém, por lapso, manifesta uma vontade que não corresponde à vontade real. É uma
divergência não intencional
 Divergência entre a vontade real e a vontade declarada.
 Art.º 247.º

Simulação vs. reserva mental


Simulação:
 Engano propositado, uma parte ou as partes dizem algo que não corresponde à vontade;
 Acordo ou conluio entre o declarante e o declaratário, no sentido de celebrarem um negócio
que não corresponde à sua vontade real e no intuito de enganarem terceiros.
 Principal modalidade de divergência intencional entre a vontade real e a vontade declarada.
 Art.º 240.º/1.

RM:
 Divergência intencional entre a vontade do declarante e a declaração;
 Intuito de enganar o próximo;
 Pode ser absoluta/relativa, inocente/fraudulenta, total/parcial.

Negócio indireto vs. negócio simulado


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NI:
 Um negócio;
 É querido;
 Caráter indireto não é fundamento para invalidade, não se trata de uma patologia – será
nulo se desrespeitar o art.º 281.º.
NS:
 Dois negócios;
 Não é querido;
 Nulo;

Inexistência vs. Nulidade vs. Anulabilidade


Todas se referem à ineficácia em sentido amplo, ou seja, um negócio que por ter um desvalor vê
os seus efeitos comprometidos.

I:
 Negócio não existe para o Direito;
 Nunca produzirá efeitos;
 Qualquer pessoa pode invocá-la.

N:
 Forma de invalidade: resposta do ordenamento jurídico a um vício genético do negócio.
 Art.º 286.º CC.
 Desvalor regra do Direito Civil, e o mais grave.
 Implica que o ato não produza efeitos.
 Todos os interessados podem invoca-la, e a qualquer altura.
 Insanável: o negócio nulo é incurável.
 Retroativa: destrói todos os efeitos que o negócio possa ter vindo a produzir, pela atuação
das partes.
A
 Forma de invalidade: resposta do ordenamento jurídico a um vício genético do negócio.
 Art.º 287.º CC.
 Desvalor menos grave, carece de previsão legal específica.
 Ato produz efeitos até que seja invocada.
Yehoshuah

 Invocada pela pessoa em cujo interesse a lei estabelece a anulabilidade, e a qualquer altura
(se o negócio não tiver sido cumprido) ou um ano a contar da cessação do vício (se já foi
cumprido);
 Sanável: por confirmação (matéria dos menores) ou decurso do prazo.
 Retroativa: destroem-se os efeitos produzidos.

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