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EXCELENTÍSSIMO SR.

JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA


COMARCA DE OLINDA/PE.

FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, inscrito no CPF sob o nº 123.456.789-10, vem,


respeitosamente, por meio deste instrumento, impetrar o presente

HABEAS CORPUS

com pedido de medida liminar em favor de Arnaldo Coimbra, em virtude da sua prisão ilegal,
pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

1. DOS FATOS.

No dia 01 de maio do corrente ano, Arnaldo Coimbra, jovem de 20 anos, foi abordado
em sua oficina mecânica por policiais da 24ª Delegacia de Polícia - Varadouro, que o
conduziram até a mencionada delegacia para interrogatório, sob a suspeita de ter praticado
um roubo em uma agência bancária há dois meses.

Após o interrogatório, por ordem do delegado, Arnaldo Coimbra foi recolhido aos
cárceres da delegacia, mesmo sem existir contra ele mandado de prisão. O delegado
representou pela decretação da prisão temporária do paciente, a qual foi distribuída para a 1ª
Vara Criminal de Olinda, cujo magistrado encontra-se ausente e ainda não proferiu qualquer
despacho sobre o pedido.

2. DOS FUNDAMENTOS.
2.1. DA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO.

A prisão de Arnaldo Coimbra ocorreu sem a existência de mandado de prisão e sem


que houvesse uma fundamentação adequada para sua custódia. A ausência de motivação
suficiente viola o direito fundamental à liberdade do paciente, garantido pela Constituição
Federal.

2.2. DECURSO DE PRAZO RAZOÁVEL.


O paciente encontra-se preso há 20 dias sem que haja uma decisão judicial que analise
e justifique a necessidade da sua prisão temporária. Tal situação viola o princípio do devido
processo legal e o direito à razoável duração do processo.

3. DO PEDIDO.

Diante do exposto, requer:

a) A concessão imediata de MEDIDA LIMINAR para determinar a imediata soltura


de Arnaldo Coimbra, sem prejuízo da continuidade das investigações, em virtude da
ilegalidade de sua prisão;

b) A notificação da autoridade coatora, representada pelo Delegado da 24ª Delegacia


de Polícia - Varadouro, para prestar informações no prazo legal;

c) A notificação do Ministério Público para manifestação no prazo legal;

d) A designação de data para julgamento definitivo do presente habeas corpus, a fim


de que seja confirmada a ilegalidade da prisão e concedida a ordem para a liberdade do
paciente;

e) A expedição do alvará de soltura em favor de Arnaldo Coimbra, a ser encaminhado


à autoridade responsável pela custódia.

Requer, ainda, a concessão dos benefícios da justiça gratuita ao paciente, tendo em


vista a sua impossibilidade de arcar com as despesas processuais, sem prejuízo de seu
sustento e de sua família.

Por fim, protesta por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial pela
juntada de documentos, oitiva de testemunhas e demais diligências necessárias para
comprovar a ilegalidade da prisão do paciente.

Nestes termos, pede deferimento.


Recife/PE, data da assinatura eletrônica.

HELENA WEST CHIANCA


OAB/PE 12.345

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