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Ementa

O campo da filosofia e da filosofia do Direito. Legitimidade dos sistemas normativos. Concepções filosóficas de liberdade, igualdade e
a questão da justiça. Conceitos e objetivos da Ética. Valores individuais e coletivos. Ética e Moral: os fundamentos da ação. Bases
deontológicas e teleológicas da ética. Ética e Justiça. Filosofia e principais temáticas ao longo de sua história. A filosofia no contexto
da formação do Estado Democrático de Direito. O contexto contemporâneo e o contexto brasileiro da reflexão filosófica no campo do
direito.

Objetivo

OBJETIVOS GERAIS:

Proporcionar ao aluno uma visão crítica da análise do direito pela filosofia. A relação da norma com as escalas valorativas – axiologia.
Análise do conceito de Direito e do Conceito de Justiça. Analisar o direito como fenômeno histórico e aspecto normativo do direito.
Discussão das perspectivas que relacionam direito e justiça e perspectiva que dissociam direito e justiça.

Ademais, através das estratégias de trabalho e de avaliação, os alunos deverão ter a oportunidade de desenvolver as competências:
Senso crítico e capacidade de contextualização.
Comunicação e expressão.
Desenvolvimento pessoal.
Trabalho em Equipe.
Capacidade de identificar, analisar e solucionar problemas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1. Fornecer ao aluno instrumental teórico conceitual para análise dos aspectos axiológicos e epistemológicos.
2. Fornecer recursos teóricos para que o aluno possa analisar as condições da ação humana e identificar as razões que são
oferecidas na fundamentação da conduta eticamente justificada nos aspectos individuais e coletivos.
3. Levar o aluno a desenvolver habilidades para a leitura da realidade e para a intervenção sobre a mesma de maneira consciente,
ativa e responsável.
4. Desenvolver domínio dos instrumentos filosóficos para nortear a leitura da realidade e intervenção sobre a mesma.
5. Ter acesso ao manuseio coerente de conceitos filosóficos que auxiliem na produção científica.
6. Manejar com pleno domínio categorias filosóficas que auxiliem na atuação do profissional do direito.
Conteúdo Programático
Conteúdo Programático

1. Instrumentos do Filosofar: História, Definição, Objetivo. Tipos de conhecimento: Senso


Comum, Conhecimento Mítico, Conhecimento Filosófico e Conhecimento Científico.
2. Categorias Filosóficas e históricas: Liberdade, Verdade, Ideologia, Alienação.
Filosóficas e História: Filosóficas na Antiguidade; Filosóficas na Idade Média, Filosóficas
na Modernidade, Filosóficas na Contemporaneidade.
3. Filosofia e o campo da ética: Breve histórico; Conceitos chaves; Ética e Moral. Ética e
a fundamentação da ação: Valores individuais e valores sociais; Ética e responsabilidade
sócio-política. Correntes filosóficos em ética: Fundamentação deontológica;
Fundamentação teleológica. Ética e a ação justa: Comportamento orientado pela noção
de correção; Ética e as regras morais.
4. A razão como embasamento para a filosofia do direito: o jusnaturalismo moderno.
5. O problema da justiça como questão de conhecimento (epistemologia): O empirismo e
o racionalismo.
5. Kant e a superação do empirismo e do racionalismo. As condições para a construção
do conhecimento. A síntese formalista de Kant.
6. A tradição empirista: A filosofia do direito para a escola utilitarista.
7. Positivismo jurídico e suas correntes doutrinárias.
8. Hans Kelsen e a teoria pura do direito.
9. Rawls e a justiça como equidade.
Metodologia
As aulas deverão ser:

Predominantemente, expositivas, com apoio de material de leitura previamente


preparado/selecionado para cada aula.

Afora isso, sempre que o foco do curso forem ferramentas/instrumentos de trabalho


que poderão ser utilizados no dia a dia dos alunos, deverão ser realizadas simulações,
preferentemente em grupos, a respeito do uso/aplicação de tais ferramentas.

Acompanhadas de materiais de leitura adicionais sugeridos pelo Professor, como


forma de estimular/orientar o desenvolvimento pessoal dos alunos.

Devido a pandemia de COVID-19, as aulas serão remotas com utilização do GOOGLE


MEET, além de outros meios tecnológicos e de laboratórios virtuais, para seu
desenvolvimento.
Critérios de Avaliação
Os discentes serão avaliados de três formas distintas:

Atividades Online. (35% da nota).


Avaliações longas (PAAD-longo): serão sempre individuais e versam sobre toda a
matéria ministrada até a sua aplicação. (50% da nota).
Atividade Prática Supervisionada (APS). A atividade será em grupo e a nota valerá para
todas as disciplinas. (15% da nota).
A natureza da reflexão filosófica:
Compreender a realidade a partir da
capacidade cognitiva humana.

Foco da filosofia do direito:


O conceito de justiça e de direito.

Análise conceitual Análise dos Teóricos


Ser humano e a curiosidade intelectual.
O ser humano como sujeito cognitivo.
Conhecimento cosmológico –
Conhecimento Físico – Conhecimento
Antropológico.
Construções Explicativas: Respostas
mítico-religiosas.
Construções Explicativas: Respostas
Filosóficas.
 Saber Prático e Saber
Especulativo.
 A formação do Conhecimento
de Senso Comum.
 O mundo Interior e O mundo
Exterior.
 Doxa e Episteme.
Aparelho Aparelho Condições Condições
Ideológicas
Mental Físico Materiais
concretas Culturais

Mente Corpo Simbólicas.


Intencionalidade na ação humana: voltada para o
outro.

Motivada por fatores ou


Motivada por uma deliberação
condições que o indivíduo
do Indivíduo.
não tem controle.

➔ Respostas às necessidades
existenciais básicas;
➔ Consciência da natureza da
ação e de suas consequências. ➔ Resultado de hábitos
comportamentais adquiridos e
➔ Ser capaz de oferecer razões
fortemente requisitados pela
que explicitem a natureza
ordem social.
valorativa da ação.
Formam o estoque de valores
que orientam o
comportamento no ambiente.

Contribui para a
formação dos valores
pessoais

Isso não é um processo determinista.

Está sujeito aos vários fatores em


constante interação.
Há sempre uma trajetória
pessoal e única. (as várias individualidades,
Essa trajetória age e reage às mudanças tecnológicas,
condições ambientais. mudanças físicas no
ambientes,etc.)
=> Sujeito Cognitivo e a Vida
Prática: a formação dos juízos.

Situações que Situações que não


envolvem requerem alguma
considerações de avaliação ou
natureza ética. julgamento ético
Juízo: O movimento intelectual de afirmar algo sobre alguma
coisa (fatos, valores, situações, ações, etc.).
Exempo:
João é um homem corajoso;
José é paranaense;
Marcos tem 1,80m.
Maria é um mulher de bom coração.
Possa formular Possa reagir a
juízos de valor juízos de valor
Do Grego:
ÉTICA ➔ Éthos: Caráter de alguém;
Êthos: Conjunto de costumes
instruídos por uma sociedade para formar, regular
e controlar a conduta de seus membros.

Do Latim:
MORAL ➔ Mos/Moris: Costumes
Mores: Hábitos de conduta.
Ação livre e consciente,
consequência de uma
deliberação interna.

Ação conduzida e/ou


imposta externamente à
consciência.

Respeito e consideração
pelo outro.
➔ Agente consciente;
➔ Que possa responder por seus atos;
➔ Que tenha capacidade de julgamento.

“O campo ético é, assim, constituído pelo agente livre, que é


o sujeito ou a pessoa moral, e pelos valores e obrigações
que formam o conteúdo das condutas morais, ou seja, as
virtudes ou as condutas e ações conformes ao bem.”
(Chaui, M. “Convite à Filosofia”, p. 308.)
• Ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de reflexão e de reconhecer
a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si;
• Ser dotado de vontade, isto é:
1. de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências,
paixões, sentimentos para que estejam em conformidade com as normas e os
valores ou as virtudes reconhecidas pela consciência moral;
2. de capacidade para deliberar e decidir entre várias alternativas possíveis;
• Ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos e
as consequências dela sobre si e sobre os outros, assumi-la bem como às suas
consequências, respondendo por elas;
• Ser livre, isto é, ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus
sentimentos, atitudes e ações, por não estar submetidos a poderes externos que
o forcem e o constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa. A liberdade
não é tanto o poder para escolher entre vários possíveis, mas o poder para
autodeterminar-se, dando a si mesmo as regras da conduta.
A ética visa a educação do caráter e a
formação de uma personalidade moral.

É a excelência, a realização
perfeita de um modo de ser, sentir
e agir.

É o que é pior como sentimento,


como conduta e ação; o vício é a
baixeza dos sentimentos e das
ações.
Definimo-nos como sujeitos éticos na relação que
temos com outros seres humanos.

A relação é definida em função de alguns parâmetros.


(Regras de ação)

➔ Regras: Normas ou forma/padrão de conduta esperada das


pessoas em ambientes sociais concretos.

1. Autoridade;
2. Consentimento;
3. Costume/tradição.
As regras desempenham nos ambientes sociais uma função
coercitiva. Isto é, elas têm a função de obrigar as pessoas a agir
de uma determinada forma prescrita na regra.

Isso significa que o aspecto coercitivo da regra pressupõe uma


sanção.
(Punição para o desvio).
Nesse sentido, as regras possuem uma característica
conservadora.
(Conservam uma determinada ordem)
1. A se conformar às regras. (Obediência);
2. A quebrar as regras. (Desobediência);
3. A forçar uma mudança das regras. (Crítica)

1º) Pela força: Impondo a vontade sobre a coletividade;


2º) Pelo diálogo argumentativo: Oferecimento de razões para
se assumir certo padrão comportamental.

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