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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO Da 8ª VARA CÍVEL DA

COMARCA DE RIO DE JANEIRO - RJ

AUTOS DO PROCESSO Nº 1111111111111

MARCOS , casado,XXX , residente e domiciliado na Rua XXX, nº XXX – bairro


– em Rio de Janeiro (Rj), inscrito no CPF(MF) sob o nºxxxxxxxxx, com endereço
eletrônico XXXX, ora intermediado por seu mandatário ao final firmado –
instrumento procuratório acostado –, esse com endereço eletrônico e
profissional inserto na referida procuração, o qual, em obediência à diretriz
fixada no art. 77, inc. V, do CPC, indica-o para as intimações que se fizerem
necessárias, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência,

CONTESTAÇÃO
em face de Ação de Reparação de Danos Materiais aforada por Julia ,
consoante as justificativas de ordem fática e de direito abaixo estipuladas.

REQUER OS BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

O Promovido, inicialmente, vem requerer a Vossa


Excelência os benefícios da gratuidade de justiça, por ser hipossuficiente, o que
faz por declaração neste arrazoado inicial, por meio de seu bastante procurador.
(CPC, art. 99 c/c 105)
I - FATOS

CPC, art. 341

A Autora deturpou a realidade dos fatos.

No dia XXXX de XXX de XXXX, às XXX horas, ocorreu um acidente de trânsito,


tendo como natureza da ocorrência uma colisão XXX. A notícia do referido
acidente chegou ao conhecimento da DelegaciaXXXX, a qual registrou a
ocorrência de n.º … no dia XXX de XXXdeXXX. O autor, através do seu
procurador, alegou que o requerido teria provocado o acidente.

Ora Excelência, quem, comprovadamente, estava conduzindo seu automóvel de


maneira inadequada, em velocidade acima do permitido a autora e
empreagada. Prova disso é a notificação de infração de trânsito (doc. 03) sofrida
pela mesma no dia e hora da colisão. Tal transgressão foi registrada por um
radar localizado no local do acidente. Além da alta velocidade, a autora, ao
deparar-se com o semáforo fechado.

DO DIREITO

Muito embora este juízo seja, em tese, competente para processar e julgar a
presente ação indenizatória em razão do disposto no art. 53, V, do Novo Código
de Processo Civil (NCPC), há que se ter em conta a conexão do presente feito
com o processo nº111111111111, proposto pelo ora requerido perante o juízo da
8ª Vara Cível da Comarca dO Rio De Janeiro - RJ , proprietário e condutor do
veículo identificado como Julia no boletim de ocorrência e verdadeiro
responsável pelos danos causados tanto no automóvel da autora quanto do ora
requerido, como será amplamente demonstrado na instrução processual.

O art. 125, inc. II, do NCPC, institui a obrigatoriedade da denunciação da lide


nos casos em que o denunciado estiver obrigado, por força de lei ou contrato, a
indenizar o prejuízo daquele que perder a demanda.

A boa-fé é um dos princípios basilares do Direito, devendo nortear todas as


condutas humanas.

Em vista disso, o NCPC enumerou como deveres das partes, bem como
de todos os envolvidos em processo judicial, “expor os fatos em juízo conforme
a verdade” (art. 77, inc. I, NCPC), “não formular pretensão ou de apresentar
defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento” (art. 77, inc. II,
NCPC), entre outros.

Entretanto, por todo o exposto até então percebe-se claramente que a parte
autora faltou com o cumprimento dos referidos deveres, vez que distorceu a
verdade dos fatos ao alegar que dirigia segundo a velocidade permitida quando
do acidente, como ficou comprovado pela notificação de infração de trânsito por
excesso de velocidade, captada no mesmo dia e hora dos fatos

Destarte, pode a parte autora ser considerada litigante de má-fé,


enquadrando-se nas hipóteses descritas nos incisos I, II e V do art. 80 do NCPC.

Ao alegar que trafegava na velocidade permitida e que o requerido conduzia


seu veículo em velocidade excessiva e sem guardar a distância de segurança, a
promovente alterou a verdade dos fatos, deduzindo pretensão contrária a fato
incontroverso e agindo de modo temerário, merecendo, portanto, ser condenada
a pagar multa de 1% (um por cento) sobre o valor dado à causa, além dos
honorários devidos aos patronos do requeridos e das despesas processuais, a
teor do contido no art. 81 do NCPC.

II -DOS REQUERIMENTOS

Ante o exposto, requer:

a) que seja declarada a conexão com a ação nº 1111111,no o envio dos autos
ao Foro Central da Comarca de rio de janeiro - rj 8 vara ;

b) que seja declarada a improcedência do pedido da autora, ante a ausência de


culpa do réu no evento danoso

c) que seja declarada a improcedência do pedido da autora, ante a ausência de


culpa do réu no evento danoso;

d) que seja a autora condenada a pagar multa de 20% (um por cento) sobre o
valor dado à causa, além dos honorários devidos aos patronos do requeridos e
das despesas processuais, a teor do contido no art. 81 do NCPC, em função da
litigância de má-fé;

e) caso Vossa Excelência entenda ser procedente o pedido da autora, que seja
minorada a quantia relativa aos danos pessoais e patrimoniais, pelo
anteriormente exposto;

f)Requer-se ainda seja deferido ao Requerente os benefícios da Justiça Gratuita


por não possuir condições de arcar com as despesas prosessuais, sem prejuízo
de seu sustento
g) Reparação de danos materias carro da requerente e do requerido valor de
70.000,00 reis ( setenta mil reais ).

h) Danos morais do valor 12.000,00 (doze mil reis) requerido pela citação e
contragimento do processo de má fé da requerente.

i) que seja retificado o valor da causa para R $82.000,00 (oitenta e dois mil
reais).

Nestes termos,

Pede deferimento.

27 de maio de 2023

ADVOGADO

OAB XXX

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