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Ao longo dos anos a forma desrespeitosa e injusta com que os Planos de Saúde se

relacionam com os prestadores de serviços médicos (demora no ressarcimento, constantes glosas,


etc.), demonstra a tentativa das Operadoras de Saúde Suplementar de decidir o que, como e
quando vão pagar pelos Serviços Médicos prestados.
Paralelamente, a mudança exigida pela ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar), estabeleceu um padrão obrigatório de Troca de Informações em Saúde
Suplementar (TISS) para favorecer o registro e equilíbrio de dados entre as Operadoras de Planos
Privados de Assistência à Saúde e Prestadores de Serviços de Saúde.
Múltiplas tabelas foram criadas por operadoras e prestadores para solução de
problemas locais. Sendo assim, a ANS publicou no dia 13 de novembro de 2009, a Instrução
Normativa nº 38, que determina a adoção do TUSS (Terminologia Unificada da Saúde
Suplementar) para codificação de procedimentos médicos. Os códigos TUSS baseiam-se na 5ª
edição da CBHPM.
Esta conjuntura vem alterando significativamente a estrutura e o processo
organizacional de todas as Operadoras e Prestadores de Serviços de Saúde, reforçando a
necessidade de processos de trabalho que visem fundamentalmente a defesa da dignidade
profissional dos médicos, através de um modelo de cooperativismo criativo e organizado.
Neste sentido, a COOPANEST-PA, tem se deparado com um alto número de glosas,
ocasionadas pelo constante desequilíbrio de informações entre os setores que fazem parte do
fluxo em que transitam os documentos (contas) e o local de destino (convênios) para
onde as cobranças são enviadas, prejudicando os cooperados, interferindo no prazo e nos
valores de seus honorários.
A Diretoria da COOPANEST-PA, visando reduzir o grande número de contas rejeitadas
pelos Planos de Saúde, implantou o Serviço de Prevenção e Recuperação de Glosas (SPRG). A
implementação deste serviço deu origem a outros dois: Triagem e Recurso de Glosas, para o
alcance da qualidade nos processos administrativos de cobrança das contas e repasse dos
honorários.
SERVIÇO DE PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE GLOSAS (SPRG)5
SERVIÇO DE TRIAGEM: Responsável pelo recebimento das produções médicas.
Executando uma pré-analise dos documentos (guias, boletins anestésicos, etc.) verificando se
as mesmas se encontram de acordo com as norma10.185 dispôs como obrigatório que as
seguradoras de saúde (sociedades com fins lucrativos que pagam diretamente aos prestadores
de serviços integrantes da rede, em nome dos clientes que utilizam os serviços) se
especializassem em planos privados de assistência à saúde, tornando-se uma modalidade de
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operadoras de planos de saúde. Logo, as OPS fazem a intermediação financeira, cobrindo ou
reembolsando gastos com assistência médica, ao hospital ou ao paciente, segundo as
condições estabelecidas em contrato (ALMEIDA, 1998).

Quadro 1- Modalidades de operadoras de saúde


Modalidade Características

Administradora Pessoa jurídica que propõe a contratação de plano coletivo na condição


de estipulante ou que presta serviços para pessoas jurídicas contratantes
de planos privados de assistência à saúde coletiva, desenvolvendo
atividades previstas em regulamentação específica.

Cooperativa médica Sociedades sem fins lucrativos coordenadas por profissionais de


medicina e que operam planos de saúde que incluam serviços médicos,
podendo comercializar planos de assistência médico-hospitalar para
pessoas físicas ou jurídicas, além de constituir rede de serviços própria e
contratar terceiros.

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Cooperativa odontológica Sociedades sem fins lucrativos que comercializam planos
exclusivamente odontológicos.

Autogestão Pessoa jurídica de direito privado de fins não econômicos que opera
plano de saúde, criada por empresas, associações de pessoas físicas ou
jurídicas, fundações, sindicatos, entidades de categorias profissionais ou
assemelhados, com o objetivo de prestar assistência à saúde
exclusivamente a seus empregados, ex-empregados e administradores.

Medicina de grupo Empresas ou entidades autorizadas a comercializar planos de saúde tanto


para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, além de contar com
estrutura própria ou contratada para o uso dos beneficiários.

Odontologia de grupo Empresas ou entidades que comercializam exclusivamente planos


odontológicos tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas,
além de contar com estrutura própria ou contratada para o uso dos
beneficiários

Filantropia Entidades hospitalares sem fins lucrativos que operam planos privados
de assistência à saúde e são certificadas junto ao Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS) como entidade beneficente de assistência
social.

Fonte: RDC/ANS nº39, 2000.

O termo hospital vem do latim ‘hospitālis’, que significa ‘casa de hóspedes’,


sendo um estabelecimento destinado ao diagnóstico e ao tratamento de doentes ou
feridos. Tanto para hospitais públicos quanto privados, com ou sem fins lucrativos, é
fundamental uma boa administração para manter a sua sustentabilidade financeira.
Nesse aspecto, o faturamento hospitalar é uma das áreas mais importantes na gestão
de um hospital, pois é responsável por faturar toda a prestação de serviços, materiais
e medicamentos utilizados, bem como possibilitar aos gestores conhecer a
rentabilidade dos serviços e gerir os custos da instituição (MAURIZ et al., 2012).
O faturamento hospitalar inicia-se quando o paciente adentra ao hospital em busca de

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