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Eugénio José
Matheus Gogó
Eugénio José
Matheus Gogó
3 Conclusão .......................................................................................................................... 15
1 Introdução
O presente trabalho tem como tema Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e Paz.
A defesa, a segurança e a paz, mais do que direitos, são uma responsabilidade de todos»,
afirmou o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello.
O Referencial de Educação Para a Segurança, a Defesa e a Paz parte deste reconhecimento para
abordar um conjunto de temas através dos quais se procura sensibilizar os mais jovens para os
fatores que condicionam e promovem a segurança das pessoas e dos Estados.
A segurança é, antes de mais, um ato de precaução ou de dissuasão, isto é, tem uma lógica de
prevenção, procurando evitar que ameaças e riscos se concretizem, e, se tal não for possível,
reagir com o fim de os debelar. Em qualquer dos casos, o seu propósito é sempre o de obviar a
que os riscos e as ameaças perturbem, constranjam e destruam uma dada sociedade. (Nussbaum,
1998, apud Marina Torres, 2011, p. 71).
1.1 Objectivos:
1.1.1 Geral
• Abordar sobre a referencial de educação para a segurança, a defesa e a paz;
1.1.2 Específicos
• Abordar como comportamento humano é moldado por meio da educação;
• Sintetizar sobre impactos da falta de segurança, defesa e paz em sociedade;
1.2 Metodologia
Para a compilação do trabalho usou-se os seguintes métodos de pesquisa científica:
• Revisão bibliográfica, na qual consistiu em consultas de obras já publicadas, segundo
(Gil, 1991).
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É a partir do movimento da Escola Nova (EN) que surge a primeira iniciativa sólida de reflexão
e ação educativa pela paz. Pelo seu caráter internacionalista e pela amplitude do modelo
pretendido de educação para a paz, as experiências dessa escola, vão desde o enfoque dos
grandes problemas sociais à transformação do meio escolar.
Ela dirigia suas críticas tanto aos métodos e propostas didáticas da escola tradicional como à
sua contribuição na militarização da infância e da juventude. Dessa forma, considera-se a escola
como a instituição que pode afastar a guerra e, ao mesmo tempo, ser responsável por ela.
(Beltrame, 2007: 26)
O projeto-piloto de Baião constituiu-se como um projeto tripartido com três parceiros, a Câmara
Municipal de Baião, os agrupamentos de escolas de Concelho de Baião – Vale de Ovil, Eiriz e
Sudeste de Baião – e o Instituto da Defesa Nacional. A Câmara Municipal contribuiria para o
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A Segurança visa justamente antecipar e confrontar as situações de risco e ameaças com que as
sociedades se confrontam, nomeadamente as tensões, que, no sistema internacional, decorrem
da dialética entre a cooperação e o conflito. A segurança é, antes de mais, um ato de precaução
ou de dissuasão, isto é, tem uma lógica de prevenção, procurando evitar que ameaças e riscos
se concretizem, e, se tal não for possível, reagir com o fim de os debelar. Em qualquer dos
casos, o seu propósito é sempre o de obviar a que os riscos e as ameaças perturbem, constranjam
e destruam uma dada sociedade. Por isso, é possível pensar a segurança como uma
emancipação, libertando os indivíduos e as sociedades de constrangimentos que condicionem
a sua autonomia e o seu domínio de cidadania Segurança, Defesa e Paz integra o conjunto de
domínios que constam da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC).
Segundo refere Eurydice P.76, 2017, este referencial, concebido no âmbito da Estratégia
Nacional de Educação para a Cidadania, consubstanciada ao nível da Escola com a Estratégia
de Educação para a Cidadania da Escola, visa, assim, ser um documento essencial para que o
domínio Segurança, Defesa e Paz alcance espaço curricular para uma abordagem integrada e
holística, fazendo conexões entre os conhecimentos de natureza disciplinar, as estratégias de
ensino e a defesa dos valores de uma cultura de segurança e paz através da articulação de
conhecimentos, capacidades, atitudes e valores postos em ação na comunidade educativa:
Assim, encontra-se organizado por níveis de educação e por ciclos de ensino – educação
préescolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário –, segundo um modelo de
estruturação homólogo ao longo dos ciclos e níveis atrás referidos, tendo sido identificados,
pelo Grupo de Trabalho que elaborou o presente documento, 7 temas globais, em contraste com
os concebidos em 2014. (RSDP, 2014)
Unidas, conhecida como Agenda para a Paz. Em resultado deste relatório, novos termos como
2.2.3 Nação
Dois seres humanos pertencem a uma mesma Nação se e só se partilharem a mesma cultura, a
qual representa, por seu turno, um sistema de ideias, signos, associações, bem como modos de
comportamento e comunicação.
2.2.4 Paz
Vale a advertência de Galtung: “a cultura da paz não é um conjunto de representações pacíficas
e não violentas da realidade. O teste de validade de uma cultura da paz faz-se no modo como
ela afeta o comportamento num conflito.” Nesse sentido, Galtung defende que “a paz é a
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A Educação para a Segurança e a Defesa, uma das áreas temáticas da Educação para a
Cidadania, ficou, desde então, associada à Educação para a Paz, dada a especificidade da sua
natureza e a significativa confluência de objetivos com a própria Educação para a Paz.
De acordo com a importância que o Ministério da Educação e Ciência reconhece a esta área
curricular, e em conformidade com os princípios que devem reger a educação para a cidadania,
os referenciais de educação têm, desde o início, vindo a ser produzidos em colaboração com
outros organismos e instituições públicas e com diversos parceiros da sociedade civil. Para a
elaboração deste Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz, o Ministério da
Educação e Ciência (MEC) e o Ministério da Defesa Nacional (MDN) celebraram um protocolo
de cooperação em 15 de novembro de 2012. Para a conceção deste Referencial foi criada uma
equipa que integrou elementos da Direção-Geral da Educação (DGE) e elementos do Instituto
da Defesa Nacional (IDN).
ii. Da oferta de componentes curriculares complementares nos 2.º e 3.º ciclos do ensino
básico, desde que criada pela escola, em função da gestão do crédito letivo, de acordo
com o estipulado no Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho;
iii. Da oferta complementar do 1.º ciclo do Ensino Básico, nos termos previstos no
Decreto-Lei n.º 91/2013, de 10 de julho, que introduziu alterações ao Decreto-Lei n.º
139/2012, de 5 de julho;
iv. Do desenvolvimento de projetos e atividades que tenham como objetivo contribuir para
a formação pessoal e social dos alunos, em articulação com o projeto educativo de cada
agrupamento de escolas/escola não agrupada.
Estas mudanças alteraram as formas do exercício da cidadania e indicam novas funções aos
sistemas educacionais. A educação pode democratizar o acesso ao conhecimento garantindo a
igualdade econômica, mas não pode assegurar no futuro tal igualdade. Atualmente, Segundo
Braslavsky (2006), as tendências que caracterizam nosso mundo neste início do século XXI
determinam quais serão os desafios da educação:
a. A existência de uma sociedade com dois tipos de cidadãos (os que consomem e os
excluídos) implica garantir uma educação que permita a todos aproveitar os bens da
sociedade e buscar, ao mesmo tempo, alternativas para acabar com as desigualdades;
b. A presença de novas formas de violência relacionadas com este tipo de sociedade
emergente, a marginalização ou a diversidade cultural impõem um modelo educativo
capaz de estabelecer um diálogo intercultural sincero e gerir pacificamente os conflitos;
c. O conhecimento progride em grande velocidade e muda em sua estrutura, por isso a
educação não pode se restringir a transmitir um conhecimento defasado; e
d. A democratização das sociedades exige que a educação seja mais participativa e
democrática, aberta à comunidade.
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3 Conclusão
Findo a realização do presente trabalho concluiu-se que o referencial de educação para a
segurança, a defesa e a paz responde a uma urgência. Numa sociedade de cidadãos, a quem
incumbe ter uma palavra decisiva sobre a governação, e em que as questões de segurança, de
defesa e da paz são interpelações fundamentais a perduração da própria comunidade política,
não podem os seus membros eximir-se ao estudo e ao conhecimento daquelas matérias.
Todo sistema de educação precisa adotar mecanismos e modalidades de ensino para moldar a
mentalidade do homem com uma visão não centralizada no presente e não ambiciosa.
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4 Referências Bibliográficas
BRASLAVSKY, C. Diez Factores para una Educación de Calidad para Todos en el Siglo XXI.
Revista Electrónica Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación. 4(2e), p.
84-101, 2006. Disponível em: http://www.rinace.net/arts/vol4num2e/art5.pdf. Acesso em 02
Fev. 2010.
Kolbert, E., 2014. The Sixth Extinction. An Unnatural History. London: Bloomsbury.