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TRANSPORTES

MÓDULO 3 – HISTÓRICO E GENERALIDADES DOS


MODAIS DE TRANSPORTE

Prof. Klaus Henrique 1


SUMÁRIO

HISTÓRICO E GENERALIDADES DOS MODAIS DE


TRANSPORTE

2.1 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e


comparativas

2.2 Transporte e economia

2.3 Matriz de transporte no Brasil

2.4 Bibliografia

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• CLASIFICAÇÃO DOS MODAIS DE TRANSPORTES QUANTO À MODALIDADE:

 1.Terrestre
• Rodoviário
• Ferroviário
• Dutoviário

 2. Aquático
• Marítimo
• Cabotagem
• Longo curso
• Hidroviário
• Fluvial
• Lacustre

 3. Aéreo

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte rodoviário

• Os veículos movimentam-se, geralmente, em vias


pavimentadas e não apresentam obrigatoriedade de terminais
(construção específica para este fim);

• A infraestrutura é propriedade pública ou concessionada


(trajetos com pedágios);

• Apresentam uma legislação organizada pela Federação, pelos


Estados e pelos Municípios.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte rodoviário

Desvantagens Vantagens
• Unidades de carga limitadas. • Flexibilidade do serviço.
• Dependente das infraestruturas. • Flexibilidade no deslocamento de
• Dependente do trânsito. cargas.
• Mais caro em grandes distâncias. • Rapidez (Ponto-a-Ponto/porta-
porta).
• Menores custos de embalagem.
• Manuseio de pequenos lotes.
• Elevada cobertura geográfica.
• Muito competitivo em curtas e
médias distâncias.
• Flexibilidade no atendimento de
embarques urgentes.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Os veículos movimentam-se sobre trilhos e são constituídos


por vagões interligados entre si e arrastados por
locomotivas;

• A infraestrutura apresenta terminais (estações), para


operações de carga/descarga ou embarque/desembarque;

• Operação: setor privado (concessionárias) ou administração


pública.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Infraestrutura – é constituída pela terraplanagem e todas


as obras situadas abaixo do greide de terraplenagem.

• Superestrutura – é constituída pela via permanente, ou


seja, sub lastro, lastro, dormentes e trilhos.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Sublastro - É uma camada granular (areias naturais, pó


de pedra, solo local, etc.) com espessuras variadas.

• Lastro - Distribui uniformemente ãs tensões geradas


pela passagem dos trens à plataforma ferroviária.

• Dormente - Recebe e transfere ao lastro os esforços


produzidos pelas cargas dos veículos ferroviários.

• Trilhos - Têm a função de guiar as rodas.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Via Férrea ou Via de Rolamento – Superfície de


rolamento utilizada para o deslocamento de trens.
Abrange sublastro, lastro, dormentes e duas ou mais
fiadas de trilhos.

• i. Via Singela – uma via de tráfego (duas fiadas de


trilhos) – podendo ter sentido de tráfego bidirecional;

• ii. Via Dupla – duas vias de tráfego, geralmente


paralelas (quatro fiadas de trilhos), podendo ter sentido
de tráfego unidirecional ou bidirecional;

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Trilhos – É o elemento da superestrutura que


constitui a superfície de rolamento para as rodas dos
veículos ferroviários.

• Principais componentes do aço dos trilhos:


Trilho garganta – usado em bondes
• Ferro

• Carbono

• Manganês

• Silício

• Fósforo

• Enxofre

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Bitola – distância entre as faces internas dos


boletos dos trilhos, 16mm abaixo do topo do
boleto.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Sublastro – finalidades:

• Aumentar a capacidade de suporte do subleito;

• Evitar a penetração do lastro no subleito;

• Aumentar a resistência do subleito à erosão e à


penetração de água, melhorando a drenagem da via;

• Sendo o lastro composto de um material


relativamente caro e de grande consumo (cerca de 1,5
m³ por metro longitudinal), a utilização de um
sublastro mais barato e com materiais encontrados
nas proximidades do local, minimiza os custos da
construção da superestrutura.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário
• Sublastro - O material do sublastro deve obedecer às
seguintes características:
• IG – igual a 0
• LL – no máx 35
• IP - no máx 6
• Preferência para materiais do grupo A1 (HRB ou
TRB)
• Expansão – no máximo 1%
• CBR – no mínimo 30%
• GC – no mínimo 100% do Proctor Normal
• Ex: Solo, mistura de solos, Solo-agregado, Solo-
cimento, solo-cal, solo-escória, etc.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Lastro – Funções principais:

• Distribuir os esforços resultantes das cargas dos


veículos sobre o sublastro ou subleito, diminuindo as
tensões sobre eles.

• Ser um suporte relativamente elástico atenuando as


trepidações resultantes das passagens dos veículos.

• Eliminar as irregularidades do subleito.

• Impedir os deslocamentos dos dormentes


longitudinal e transversalmente.

• Facilitar a drenagem da superestrutura.

• Ex: Pedra britada, Escórias, Cascalho, Areia.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário
% Passante
• Lastro Peneira (mm) Lim. Inf. Lim. Sup.
63,5 100 100
50,8 90 100
Granulometria de lastro ferroviário 38 35 70
25,4 0 15
100
19 0 10
90
12,7 0 5
80

70

60
% Passante

50

40

30

20

10

0
1 10 100
Diâmetro das partículas (mm)

Lim. Inf. Lim. Sup.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Lastro

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Dormentes – transmite ao lastro os esforços


produzidos pelas cargas dos veículos, servindo de
suporte para os trilhos, permitindo sua fixação e
mantendo fixa a distância entre eles (bitola).

• Tipos de dormentes: Madeira, aço, concreto.

Dormentes de ferrovias abandonadas

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Cremalheira - Sistema de tração usado em certas


estradas de ferro, nos trechos de rampa muito
íngreme, com o objetivo de impulsionar o trem.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário Terminal


ferroviário de
• Terminal de cargas cargas Vale –
Uberaba (MG)
• Local ou área para embarque, desembarque, e
também estocagem de cargas. Pode ser unimodal
ou intermodal (rodo/ferro/hidro).

• Terminal de passageiros (Estação)

• Área onde os passageiros podem embarcar e


desembarcar dos trens, além de possuir local para
compra de passagens. Pode também conter algum
tipo de atividade comercial.

Estação Ferroviária
Vitória a Minas
(EFVM) - Vale

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Pátio Ferroviário

• Não é utilizado para operação de embarque e desembarque de


cargas e passageiros.

• Os pátios podem desempenhar, entre outras, as seguintes funções:


 Abastecimentos de locomotivas;
 Cruzamento de trens;
 Estacionamento de material rodante;
 Formação de composições;
 Manobras;
 Classificação dos vagões;
 Regularização do tráfego;
 Revisão visando manutenção de locomotivas e/ou vagões;
 Troca ou alargamento de truques devido à mudança de bitola. Pátio ferroviário da MRS em Conselheiro Lafaiete (Composição de
trens, abastecimento de locomotivas, reparo de vagões, etc.)

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Locomotiva – Trata-se de um veículo


ferroviário que fornece a energia necessária
para a colocação de um comboio ou trem em
movimento.

• Dentre os sistemas de propulsão, o mais


utilizado é o Diesel-Elétrico.

O moderníssimo trem de carga da companhia Vale, se utiliza de


locomotivas diesel-elétricas para mover 330 vagões, sendo todo o peso
distribuído entre 4 locomotivas, o que demonstra o poder de uma
Locomotiva máquina como essa.
a vapor

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Material rodante – todo veículo que trafega


sobre os trilhos de uma ferrovia.

• No Brasil se convencionou a chamar de trem,


toda e qualquer composição que trafega por
sobre os trilhos.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Vagão – é a unidade da composição


destinada ao transporte de cargas.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Vagão – é a unidade da composição


destinada ao transporte de cargas.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

• Cargas típicas do transporte


ferroviário

• Produtos siderúrgicos;

• Grãos;

• Minério de ferro;

• Cimento e cal;

• Adubos e fertilizantes;

• Derivados de petróleo;

• Calcário;

• Carvão mineral e clínquer;

• Contêineres.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte ferroviário

Vantagens: Desvantagens:
• Menor custo de transporte para • Não possui flexibilidade de
grandes distâncias. percurso.
• Sem problemas de • Necessidade maior de transbordo.
congestionamento. • Elevada dependência de outros
• Adequado para produto de baixo transportes.
valor agregado e alta densidade. • Pouco competitivo para pequenas
• Adequado para grandes volumes. distâncias.
• Possibilita o transporte de vários • Horários pouco flexíveis.
tipos de produtos. • Elevados custos de manuseio.
• Independe das condições
atmosféricas.
• Eficaz em termos energéticos.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário

• Efetuado através de hidrovias que conectam terminais, por


meio de embarcações. As hidrovias podem ser implantadas em
mares, rios, canais e lagos.

Porto de Imbituba

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Estrutura de Apoio

• Berço – É o local de atracação de navios e de


movimentação das cargas a serem embarcadas ou
descarregadas no porto.

Cabeços de amarração

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Estrutura de Apoio

• Cais – É uma parte contínua de um porto que tem contato direto


com o mar onde se localizam os berços de atracação e que podem
ser especializados (terminais) ou não (cais comercial).

• trata-se de uma estrutura ou região paralela à água, com o


objetivo de as embarcações atracarem e as pessoas trabalharem,
geralmente em um porto.

Cais de Itaparica, Salvador, BA.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Estrutura de Apoio

• Dolfins – É uma coluna de concreto fincada no


fundo do mar que aflora à sua superfície e serve
para atracar (dolfim de atracação) e para amarrar
(dolfim de amarração) navios. Em alguns casos
dispensam os cais corridos.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Estrutura de Apoio

• Enrocamento – Conjunto de pedras ou blocos de concreto de grandes dimensões que servem de alicerce em obras
hidráulicas ou, quando alcançam a superfície, podem se constituir em molhes, diques ou quebra-mares visando
proteção contra correntes, erosão e ondas.

(Tetrápodes )Porto de Ponta Delgada,


Açores, Portugal. 2004
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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Estrutura de Apoio

• Molhe - Necessariamente, uma ponta do molhe se situa no mar e a outra ponta, em terra. Entre as finalidades do
molhe estão, atenuar as correntes marítimas e reduzir o assoreamento em entradas de estuários, lagoas ou canais.
Pode também atuar como atracadouro para embarcações, em costas onde não há profundidade suficiente.

Prolongamento dos molhes da Barra do Rio Grande, O Molhes da Barra de Itajaí é um espaço para
no Rio Grande do Sul. apreciar: apreciar os navios entrando e saindo,
apreciar o farol e as gaivotas, apreciar o mar e a
paisagem! 33
2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Estrutura de Apoio

• Quebra-mar – as duas pontas da estrutura situam-se no mar e têm como finalidade proteger a costa ou um porto da
ação das ondas e correntes marítimas.

Porto de Pecém (Ceará).


Neste porto foram exportados US$ 149,589 milhões no Quebra-mar em Alicante, Espanha.
acumulado do ano de 2014.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Estrutura de Apoio

• Pier - estrutura suspensa e apoiada em pilares fixados no fundo do mar que, entre suas finalidades, pode servir como
atracadouro, área de lazer e suportes de emissários submarinos.

Localizado em frente à Praça Jerusalém o pier da The Pier - estilo do hotel de luxo,
Praia da Bica foi reformado e além de apartamento central com vistas
proporcionar uma bela vista da Baía de Guanabara fantásticas sobre o mar - Southwold
é um lugar tranquilo para os amantes da pesca.
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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Hidrovia

• Assoreamento – Acúmulo
sedimentar de areia, terra, detritos
em rio, canal, lago, baía,
diminuindo sua profundidade e, no
caso de águas correntes, causando
redução ou obstrução da correnteza,
o que por sua vez faz recrudescer o
processo, com prejuízo do
equilíbrio ecológico, da economia e
das condições ambientais
(dificuldade de navegação,
enchentes).

• É acelerado pela remoção da


cobertura vegetal.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Hidrovia

• Balizamento - “É o conjunto de
balizas, boias, barcas-faróis, objetos
naturais ou artificiais, padronizados
ou não, e de faróis e faroletes
destinados a garantir a segurança da
navegação em uma região ou área
perfeitamente definida, como canais
de acesso e bacias de evolução de
portos e terminais, marinas e
hidrovias”

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Hidrovia

• Sinalização – “É o conjunto de
sinais náuticos visuais, fixos ou
flutuantes, externos à embarcação,
especificamente estabelecidos com
o propósito de garantir uma
navegação segura e econômica nas
vias navegáveis”

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Hidrovia

• Batimetria - é a medição da
profundidade de canais marítimos, de
lagos e de rios e é expressa
cartograficamente por curvas
batimétricas que unem pontos da
mesma profundidade com
equidistâncias verticais, à semelhança
das curvas de nível topográfico. O
levantamento subaquático ou
hidrográfico é considerado parte do • Os ecobatímetros são os equipamentos utilizados pela batimetria para
procedimento de coleta de dados para medir a profundidade. O equipamento consiste em uma fonte emissora
dragagem. Além disso, é um pré- de sinais acústicos e um relógio interno que mede o intervalo entre o
requisito para a execução de quase momento da emissão do sinal e o instante em que o eco retorna ao
todas as formas de construção de
projetos marítimos, bem como em casos sensor. O som é captado pelo transdutor que consiste basicamente de
desassoreamento de lagoas industriais. um material piezoelétrico que converte as ondas de pressão do eco em
A batimetria é um tipo de levantamento! sinais elétricos. Os ecobatímetros fornecem informações pontuais de
profundidade no local imediatamente abaixo do transdutor.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Hidrovia

• Batimetria - é um sistema que


utiliza o princípio da
ecolocalização, natural em baleias e
golfinhos, que usam o eco para se
movimentarem e encontrarem
comida debaixo d’água.

• O processo da batimetria é muito utilizado em casos de


assoreamento de lagoas industriais, obras de engenharia • Na gestão portuária, é a batimetria que garante o
marítima, como construções de barragens, hidrelétricas, controle das profundidades dos calados para garantir
entre outros, sendo fundamental para a obtenção da que as embarcações possam entrar ou sair.
licença junto aos órgãos reguladores.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições Canal de acesso ao porto da
 Relacionados à Hidrovia Barra do Rio Grande, no Rio
Grande do Sul.
• Canal de navegação – Passagem
marítima desimpedida, entre
obstáculos ou restrições à
navegação. No caso de a passagem
conduzir a um porto ou terminal,
denominar-se-á canal de acesso.
 Canal de Acesso:
Canal que liga o alto mar com as
instalações portuárias, podendo ser
natural ou artificial, dotado de
profundidade e largura adequadas,
com a devida sinalização, com o
objetivo de dar acesso das
embarcações ao porto.

Canal de Navegação

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário Dragagem do


 Alguns conceitos e definições porto do Rio
 Relacionados à Hidrovia Grande.
• Dragagem – trata-se da técnica de
engenharia utilizada para remoção de
materiais, solo, sedimentos e rochas do
fundo de corpos de água, e é realizada por
meio de equipamentos denominados
“dragas”.

• Estes equipamentos operam em sistemas


adequados ao material a ser dragado e à
sua forma de disposição.

• Tipos:
Link para tipos de dragas
 Mecânica: Escavadeira
 Hidráulica: Bombas de sucção https://portogente.com.br
 Mista /portopedia/73040-
dragagem

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Hidrovia

• Derrocamento - é a técnica de
engenharia utilizada para remoção
de rochas do fundo de corpos de
água, podendo ser considerado um
tipo de serviço de dragagem
especializado. Estas plataformas e
embarcações operam em sistemas
adequados ao material a ser
derrocado e a sua forma de
disposição.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados à Hidrovia

• i - Eclusa - é uma obra de


engenharia através da qual
viabiliza-se que embarcações subam
ou desçam os rios/mares em locais
onde há desníveis (corredeiras ou
quedas d´água).

O sistema de Tucuruí, no Rio Perto da cidade de Falkirk, na Escócia.


Tocantins, no Pará, tem duas
eclusas e um canal
intermediário de 5.500 metros
de extensão.
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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados às Embarcações

• a) Popa – Parte traseira do navio.

• b) Proa – Parte dianteira do navio.

• c) Bombordo (BB) – Lado


esquerdo do navio, de quem está na
embarcação olhando na direção
popa - proa.

• d) Estibordo (EB) ou Boreste –


Lado direito do navio de quem está
na embarcação olhando no sentido
popa – proa.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados às Embarcações

• e) Calado – é a distância entre


a lâmina d´água e a quilha do
navio.

• Profundidade: é a distância
entre a lâmina d’água e o
fundo do mar.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados às Embarcações

• e) Calado – é a distância entre


a lâmina d´água e a quilha do
navio.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário
 Alguns conceitos e definições
 Relacionados às Embarcações

• e) Calado – é a distância entre


a lâmina d´água e a quilha do
navio.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário

• Características Técnicas

• Transporte realizado através de meios aquáticos (mares e rios),


dividindo-se em Hidroviário (Rios e Lagos) e Marítimo (Longo
curso e cabotagem);

• Representa um importante elo de ligação entre os continentes;

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Knock Nevis, Seawise Giant, Happy Giant, Jahre


Viking, Mont (navio superpetroleiro)

• Comprimento: 458,46 m

• Largura max (Boca max): 68,8 m

• Calado: 29,8 m (Maior calado do mundo)

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas
Boca (larg max) Profundidade
• 3 maiores navios do mundo Comprimento
Calado

Deadweight tonnage – capacidade do navio + peso do


armazém + alimentos + ferramentas

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• OOCL Hong Kong Um dos maiores do mundo


• Proprietário: Orient Overseas Container Line Ltd.
• Tonelagem: 197.317 DWT
• Comprimento: 399,87 m (1.311,9 pés)
• Largura máx (boca max): 58,80 m (192,9 pés)
• Calado: 16,00 m (52,49 pés)
• Profundidade: 32,50 m (106,6 pés) (borda do
convés até a quilha)
• Poder instalado: 1 × MAN P&B 11G95ME-C (1
× 75.570 kW)
• Propulsão: Motor diesel de 11 cilindros 83.656 hp
• Dois eixos, hélices de passo fixo
• Capacidade: 21.413 TEU

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Maior navio de passageiros do mundo - Symphony of the Seas


Roteiro: Barcelona, Miami e Ilhas
• Capacidade: 6.780 hóspedes + 2000 funcionários Caribenhas

• Calado: 9,32 m

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Maior navio de passageiros do mundo - Symphony of the Seas

• Calado: 9,32 m

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Maior navio de passageiros do mundo - Symphony of the Seas

• Calado: 9,32 m

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte Aquaviário

Vantagens: Possui baixo custo de tonelada Baixa Velocidade.


por quilometro transportado. Disponibilidade limitada.
Qualquer tipo de carga. Maior exigência de embalagens.
Modal de maior capacidade de Necessidade de transbordo nos
carga. portos.
Distante dos centros de
produção.

Desvantagens:
Baixa flexibilidade.
Frequentes congestionamentos
nos portos.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

58
2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

Divisão modal
70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2015 PNL 2025 PNL 2025* PNL 2025 – Plano nacional de
Rodoviário 65% 50% 59% logística para 2025 – realizado
Ferroviário 15% 31% 21% em 2018
Hidroviário 5% 5% 5%
Cabotagem 11% 10% 11%
Dutoviário 4% 4% 4% file:///C:/Users/User/Downloads/
Rodoviário Ferroviário Hidroviário Cabotagem Dutoviário re-pnl.pdf

PNL 2025* - Cenário PNL 2025 sem adequações de capacidade (EFVM, EFC, MRS, RMP e FCA)

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

61
2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

62
2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte aeroviário

• Características Técnicas:

• Utiliza o ar como meio ou via de transporte;

• Obedece a um conjunto de regulamentos extremamente rígidos;

• A capacidade de carga dos aviões tem aumentado significativamente.

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Classificação dos Sistemas de Transporte Aéreo quanto aos Níveis de


Atuação

• Doméstico Regional (Brasil)

• Fazem ligações entre cidades de pequeno e médio porte entre si e são


alimentadoras (feeders) de linhas aéreas domésticas nacionais.

• 2.5.3.2. Doméstico Nacional (Brasil)

• Interligam as capitais dos estados e cidades de grande porte.

• 2.5.3.3. Internacional

• Transporte interligando aeroportos de diferentes países, geralmente,


através de grandes aeronaves, com acompanhamento e fiscalização
também de Órgãos Internacionais, tais como IATA.

Associação Internacional de Transporte Aéreo (AITA) ou International


Air Transport Association (IATA)

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2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte aeroviário
• Conexão – Operação de transporte de passageiros onde há
troca de aeronave no terminal.
• Escala – Operação de transporte de passageiros, onde há uma
parada intermediária na viagem, sem acontecer a troca de
aeronave.
• Feeder - Linha normalmente de atuação regional, que,
transporta passageiros ou cargas, alimentando voos operados
por aeronaves de maior capacidade.
• Hub-and-spoke – linha entre uma origem e um destino com
escala ou conexão intermediária. Ex.: ligação entre A e B,
passando por HUB.
• Hub-point – ponto central, onde há recepção e posterior
redistribuição de passageiros e cargas para destinos diversos.
• Point-to-point – Ligação direta entre uma origem e um
destino, sem escalas ou conexões. Ex.: ligação entre A e B.

65
2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte aeroviário

Vantagens: Desvantagens:
•Ideal para o envio de mercadorias •Menor capacidade de carga.
com pouco peso, pouco volume e de •Custos bastante elevados em
alto valor agregado. relação aos outros meios de
•Possui maior rapidez e maior transporte.
eficácia nas entregas urgentes. •Pouco flexível por trabalhar
•Acesso a mercados difíceis de terminal a terminal.
serem alcançados por outros meios •Menos competitivo para pequenas
de transporte. distâncias (menos de 500 km).
•A sua agilidade no deslocamento
de cargas viabiliza a redução dos
gastos de armazenagem.

66
2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte dutoviário

• O transporte é realizado no interior de tubos (via-veículo), e a força motriz se dá através de sistemas de bombeamento.

• Os sistemas de bombeamento baseiam-se na variação de pressão entre diferentes zonas, levando os produtos das zonas
de maior pressão paras as de menor pressão (quando possível, utiliza-se a ação da gravidade).

67
2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte dutoviário

Linha de rejeito – Mina de Brucutu (MG)

68
2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

• Transporte dutoviário

Vantagens:
•O fluxo de produtos é monitorizado
e controlado por computador.
•Perdas e danos por ruptura dos
dutos são bastante raros.
•Mudanças climáticas têm pouca
influência no fluxo e não afeta os
produtos.
•Baixa dependência de trabalho
humano.
•Longa vida útil.

Desvantagens:
•Limitada diversidade de produtos.
•Rede extremamente rígida.
•Investimento elevado.

69
2.2 Os modais de transporte: características técnicas, econômicas e comparativas

Critérios Velocidade

Fiabilidade do serviço
tonelada×quilómetro)
• Comparação entre os modais

Estragos e perdas

Continuidade do
Versatilidade de
total

Capacidade
Custo (por

serviço
carga
Distância

Distância
≥ 500 km
< 500 km
Modo
de
transporte

Ferroviário

Rodoviário

Marítimo /
Fluvial

Dutoviário
Oleoduto
In “Logística”, J. M.
Crespo de Carvalho
Aéreo

70
2.3 Transporte e economia

• O transporte de carga é um importante alicerce da economia de um país. É um setor determinante para as


exportações, as quais causam importante impacto na produção e geração de empregos em diversos outros setores.

• Especificamente, um melhor sistema de transporte contribui para:

1. Aumentar a competição no mercado;


Embora o transporte não seja
2. Garantir a economia de escala na produção;
condição suficiente, constitui
3. Reduzir preços das mercadorias. condição necessária para o
desenvolvimento.

71
2.4 Matriz de transporte no Brasil

• Modal rodoviário

72
2.4 Matriz de transporte no Brasil

• Modal ferroviário

• Descrição da malha ferroviária:

• - Extensão da malha ferroviária brasileira: 28 mil 190 quilômetros de ferrovias.

• - Quantidade de locomotivas em circulação: 3.340.

• - Quantidade de vagões em circulação: 103.141.

• - Previsão de R$ 91 bilhões de investimentos relacionados ao Programa de Investimentos em Logística nas


ferrovias brasileiras nos próximos 25 anos (2014-2038).

• - Principais mercadorias transportadas: minério de ferro, soja, açúcar, carvão mineral, grãos, milho, farelo de
soja, óleo diesel, celulose, produtos siderúrgicos, ferro gusa.

• - O sistema ferroviário nacional é o maior da América Latina em termos de carga transportada.

• Fonte: ANTT (2014)

73
2.4 Matriz de transporte no Brasil

• Modal ferroviário

74
2.4 Matriz de transporte no Brasil

• Transporte hidroviário
• O Brasil possui uma rede hidroviária economicamente navegada de aproximadamente 22.037 km.
• Segundo o PNLT (2012), a participação do modal aquaviário, considerando hidrovias e
cabotagem, é de 13% do total, sendo que as hidrovias respondem por 5%.
• Segundo o levantamento das vias economicamente navegadas, realizado pela ANTAQ (2014), as
principais hidrovias do país são: Amazônica (17.651 quilômetros), Tocantins-Araguaia (1.360
quilômetros), Paraná-Tietê (1.359 quilômetros), Paraguai (591 quilômetros), São Francisco (576
quilômetros), Sul (500 quilômetros).
• 52% do potencial navegável do país são utilizados para o transporte de cargas ou passageiros,
considerando o total previsto no Plano Nacional de Viação de 1973 e atualizações.
• 80% das hidrovias estão na região amazônica, especificamente no complexo Solimões-
Amazonas.
• De acordo com balanço da ANTAQ, o Brasil movimentou, via navegação nos rios internos, 38
milhões de toneladas no primeiro semestre de 2014.
• Fonte: ANTAQ (2014)

75
2.4 Matriz de transporte no Brasil

• Mapa de hidrovias

76
2.4 Matriz de transporte no Brasil

• Modal aquaviário: transporte marítimo

• O Brasil possui 8,5 mil quilômetros de costa navegáveis.

• O setor portuário é responsável por mais de 90% das exportações do país,


realizadas pelos Portos Organizados e pelos Terminais de Uso Privado
(TUPs).

• Dos 34 portos públicos, 16 são delegados a estados ou municípios e 18


marítimos são administrados diretamente pelas Companhias Docas,
sociedades de economia mista, que têm como acionista majoritário o
Governo Federal e, portanto, estão diretamente vinculadas à Secretaria de
Portos.

• São sete companhias responsáveis pelos portos: Companhia Docas do


Pará (CDP), Companhia Docas do Ceará (CDC), Companhia Docas do
Estado da Bahia (Codeba), Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa),
Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e Companhia Docas do
Estado de São Paulo (Codesp).

77
2.4 Matriz de transporte no Brasil

• Mapa de portos

78
2.5 Bibliografia

• Confederação Nacional do Transporte. Plano CNT de Transporte e Logística 2014. Disponível em:
<http://www.cnt.org.br/Paginas/Plano-CNT-de-Log%C3%ADstica.aspx>.
• Confederação Nacional do Transporte. Plano CNT de Transporte e Logística 2011. Disponível em:
<http://www.cnt.org.br/Imagens%20CNT/PDFs%20CNT/Plano%20CNT%20de%20Log%C3%ADstica/PlanoCNTdeLo
g2011.pdf>.
• BRASIL. Ministério dos Transportes. Plano Nacional de Logística de Transportes, 2007. Disponível em: <
http://transportes.gov.br/public/arquivo/arq1352742260.pdf>
• BRASIL; Ministério dos Transportes-Banco de Informações e Mapas de Transportes – BIT, 2014. Disponível em: <
http://www2.transportes.gov.br/bit/01-inicial/index.html>.
• HOEL, L. Engenharia de Infraestrutura de Transportes - Uma Integração Multimodal. 1ª ed. Editora Cengage Learning.
598 p. 2011.
• RODRIGUES, P. R. A. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e á logística internacional. 4ª ed. Editora
Aduneiras. 243 p. 2007.
• MIRANDA, L. M. Sistemas de Transportes e intermodalidade. 1ª ed. Editora Leitura. 2012.
• Pereira, D.M.; Ratton E.; Blasi, G.F.; Pereira M.A.; Filho, K.W.; Lendzion, E. Apostila de Sistemas de Transportes.
UFPR, Departamento de Transportes, 2013. Disponível em: < http://www.dtt.ufpr.br/Sistemas/Arquivos/apostila-
sistemas-2013.pdf>.

79
FIM

Obrigado

Jesus Cristo é o caminho, e a verdade, e a vida.

80

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