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Observações clínicas de comportamento durante a entrevista da

Maria Eduarda:
Maria Eduarda se mostrou um adolescente bastante colaborativo,
curiosa e afetuosa nos encontros de entrevista. Recebeu informações acerca
do processo de avaliação neuropsicológica ao qual seria submetido,
esclarecendo-se que as atividades o ajudariam a entender suas facilidades e
dificuldades cognitivas.
Diante do exposto, inicialmente, mostrou-se bastante cautela na
interação social, pois demonstrou receio de expor suas experiências negativas
do passado. Relatou demonstrar bastante sensibilidade sobre falar suas
vivências frustrantes. Pois, tente revive-las com intensidade nas emoções e
teme sentir permanecer tempos maiores emocionalmente frágil.
Examinando-a ao longo das sessões, percebeu-se que Maria Eduarda
conseguiu consolidar o vínculo sabendo compartilhar seus interesses e
frustrações. Notou-se que, no compartilhamento de experiências emocionais
durante a interação, não houve bastante necessidade de atitude ativa do
avaliador para manutenção do diálogo. Não mostrou resistências em oferecer
informações as perguntas oferecidas.
Os aspectos relevantes do instrumento de personalidade da avaliada
apontaram tendência a hipersensibilidade emocional frente a situações de
estresse. Ou seja, demonstra tempo de demora maior para se organizar
emocionalmente, podendo apresentar um comportamento ansioso e
preocupado, irritável, frequente mudança de humor, apresentando-se
exageradamente emotiva, ou seja, com reações emocionais muito fortes diante
do que considera como problemas. Conforme os relatos e observação
comportamental.
Logo, Maria Eduarda pode demonstrar foco duradouro nos aspectos
negativos (sofrimento, morte, perda, decepção, conflito, culpa, ressentimento,
problemas não resolvidos, erros potenciais, traição, algo que possa dar errado
etc.), enquanto minimiza, ou negligencia, os aspectos positivos ou otimistas.
Relatou incomodo de lidar com erros em suas tarefas escolares e houve
sinais de ansiedade em suas execuções em tarefas manifestando preocupação
com seu desempenho. Maria Eduarda observa em si, sinais de dificuldades
atencionais nas atividades escolares durante final do ano passado até o
momento atual. Porém, percebe que sua atenção se apresenta instável, pois
ocasionalmente nota melhoras e suspeita dela ter relação com indisposição
física.
Os relatos da avaliada em entrevista demonstram sinais a maior
propensão a sentir desânimo e desesperança. Assim, apresenta,
frequentemente, expectativa negativa em relação ao seu futuro, sentindo-se
incapaz de lidar com as dificuldades.
Analisando o questionário de crenças observaram-se aspectos de
autoexigência, assim como a genitora e sua tia relatam na entrevista em
relação ao ponto de vista que seu filha tem sobre seu desempenho acadêmico.
Tais crenças podem contribuir para o avaliada apresentar-se com padrão
menos relaxado frente a tarefas desafiadoras, como entrega de trabalho
acadêmico, ou passar por vivência de seleção profissional. As crenças
registradas são: “Tenho que ser o(a) melhor em quase tudo o que faço; não
aceito ficar em segundo lugar (registrado 5 = Em grande parte verdadeiro sobre
mim)”; “Esforço-me para fazer o melhor; não posso me contentar em ser ‘bom o
suficiente’” (registrado 4 = Moderadamente verdadeiro sobre mim).
Tais, afirmativas podem ser entendidas como padrões de
comportamento inflexíveis relacionados da avaliada ao lida com suas
experiências. Pois, familiares tendem com maior dificuldades a leva-la ao maior
relaxamento com resultados ou expectativas inesperadas. Ou seja, grande
dificuldades de lidar com mudanças de padrões de realizar suas tarefas do dia
a dia como rotinas ou formas diferente de lidar com suas dificuldades.
Apresenta comportamento restritivo de repertorio para criar soluções criativas
aos seus problemas pessoais.
Caso, Maria Eduarda, permaneça com padrão de percepção de si
inadequada, pode estimular comportamento perfeccionista ocasionando
atenção exagerada a detalhes ou subestimar o quão bom é seu desempenho e
certa preocupação com tempo e eficiência de fazer sempre mais do que se faz.
É necessário aprender a tornar-se mais tranquila e relaxada com seu
desempenho social e outras crenças de conteúdo de autocríticas negativas de
sua imagem.
Tais dificuldades podem estar correlacionadas à intensidade dos
sintomas depressivos e por isso durante o curso desta avaliação sugeriu
encaminhar a avaliação psiquiatra. Família buscou tratamento psiquiátrico após
orientação de algumas impressões em relação a instabilidade de humor
interferindo na sua qualidade de vida diária e escolar.
Os aspectos instáveis da regulação emocional observados em
entrevista tende ocasionar maior intensidade na sensação de desamparo
(perda da esperança) levando a desconforto de assumir novos desafios,
aumentando a insegurança para tomar decisões sob pressão e para lidar com
situações de estresse.
Talvez, o desgaste no empenho de enfrentamento dos seus desafios
nos relacionamentos com desempenho escolar, outras atividades diárias e
frustração na construção de relacionamentos afetivos, tende a levá-la a
ocasionalmente baixo interesse de enfrentamento social e laborais. Pode-se
esperar, da avaliada, subestimação à qualidade de seu desempenho nas
interações sociais e superestimação suas capacidades. Logo, se preocupou
em questiona-la sobre sua motivação com atividades escolares.
Verificou-se redução de interesse escolar por perceber seu desempenho
não se apresentando semelhante anos anteriores a pandemia. Observou-se
Maria Eduarda apresentando sensações de satisfação ao recorda seu
desempenho nos anos anteriores.
Avaliada reconhece que, atualmente, possui um comportamento
oscilante e baixa persistência na motivação de organização do planejamento
de estudos. Pode tender a perdas do engajamento do planejamento de sua
rotina acadêmica. Logo, verificou necessidade de maior constância de
estratégias motivacionais para persistir no cumprimento da realização de rotina
de atividades escolares. As experiências negativas dos resultados das
avaliações escolares tendem a esfraquecer sua disposição emocional de
realizar com mais prazer e perseverança.
Logo, pode evidenciar através de entrevistas a família e a avaliada
dificuldades nas funções executivas, atingido sua vida diária no
gerenciamento de tempo e planejamento/organização. Talvez, comportamentos
relacionados a procrastinação de tarefas e de seu planejamento sejam suas
maiores dificuldades. Provavelmente, tal quadro sofra interferência de aspectos
ligados a seu momento de instabilidade na regulação emocional.
Os aspectos ligados a regulação emocional estabilizados, Maria
Eduarda, tende ao melhor aproveitamento de treinos de estratégias para lidar
com sequências de tarefas, analisando quais precisam de prioridades de
execução ao longo do dia e habilidades de se organizar planejamento com
antecedência ou para se preparar para eventos futuros.
Maria Eduarda apresenta número significativo de amigos em sua escola
e, ocasionalmente, demonstra baixa motivação social preferindo permanecer
mais sozinha. Relata demonstrar comportamento mais introvertido nas relações
sociais. Informa maior interesse em realizar tarefas de trabalho ou lazer
sozinha e sente ocasionalmente necessidades de permanecer mais em silencio
na interação social. Relata dificuldades de fazer suas colegas compreenderem
que tal comportamento deixe-a mais satisfeita e regulada emocionalmente.
Observou-se em seus relatos alta sensibilidade e insegurança para lidar
com conflitos entre amigos e de relacionamento amorosos. Os resultados do
instrumento de personalidade evidencio baixo comportamento extrovertido
conforme os relatos da avaliada.
Possivelmente, as frustrações com suas medias escolares atualmente
podem contribuir aumento de ansiedade interferindo nas funções executivas
(cognição) reduzindo resgates com pouco eficiência do seu de armazenamento
mnêmico e resgate os conteúdos escolares da memória de longo prazo. Maria
Eduarda se queixa do seu esforço durante os estudos e resultados do seu de
suas médias não serem condizentes com tempo que se gatou nos estudos
antes das avaliações.
Maria Eduarda relata dificuldades em realizar inferências de metáforas,
gíria, compreensões de piadas em grupos sociais. Percebe-se frequentemente
como sendo a última pessoa a compreender os significas dos diálogos dos
fatos ou brincadeiras num grupo de amigos.
Observou-se durante as sessões leves dificuldades sugestivas da
cognição social. Pois, seu relato se confirmou durante as sessões, pois houve
necessidade de breves mediações ou atenção maior durante as conversas
para compreender de forma contextualizada ao tema de um interesse
especifico ou sobre situações sociais. Tal confirmação também se corrobora
nos relatos de sua mãe e sua tia durante entrevista.
Analisando o questionário de crenças observaram-se aspectos de
autoexigência, assim como a genitora e sua tia relatam na entrevista em
relação ao ponto de vista que seu filha tem sobre seu desempenho acadêmico.
Relatou desconforto ao lidar com erros nas tarefas escolares e nas
eliminatórias de concursos.
Tais crenças podem contribuir para o avaliada apresentar-se com
padrão menos relaxado frente a tarefas desafiadoras, como entrega de
trabalho acadêmico, ou passar por vivência de seleção profissional. As crenças
registradas são: “Tenho que ser o(a) melhor em quase tudo o que faço; não
aceito ficar em segundo lugar (registrado 5 = Em grande parte verdadeiro sobre
mim)”; “Esforço-me para fazer o melhor; não posso me contentar em ser ‘bom o
suficiente’” (registrado 4 = Moderadamente verdadeiro sobre mim).
Observou-se, nos questionários de perfil sensorial de hipersensibilidade
sensorial. Pode-se inferir tendência do aumento da intensidade sensorial
interferindo na regulação emocional e funções executivas. Ou seja, aumento da
sensibilidade pode levar a dificuldades na concentração e execução de tarefas
diárias ou escolares ou no seu estado emocional.

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