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AULA 02– 17/08/2016

TEMA: DIGNIDADE SEXUAL COMO CONSECTÁRIO DA DIGNIDADE HUMANA


PROFESSOR ANDRÉ ESTEFAM

Crime: vedação de se incriminar condutas sociais inofensivas.

Pena: proibição de penas cruéis, degradantes e vexatórias (art.5º, XLVIII,


CR/88)

2) Postulado da proporcionalidade

Proibição do excesso – Direito Penal como ultima ratio

Dignidade Humana

Proibição de proteção deficiente (infraproteção)

I - HOMOSSEXUALIDADE

Historicamente, o primeiro momento em que é vista com repúdio é na Bíblia.


Após isso, a moral religiosa foi se incorporando na moral social e, em seguida, no
Direito e criminalizou-se a conduta.

1) A criminalização da pederastia (homossexualidade masculina):

Pederastia ou outro ato de libidinagem

Art. 235. Praticar, ou permitir o militar que com êle se pratique


ato libidinoso, homossexual ou não, em lugar sujeito a
administração militar.

A favor: combate a prática de ato libidinoso, que representa violação de


hierarquia e não combate em si a orientação sexual.

Contra: o dispositivo foi criado objetivando vedar práticas homossexuais,


conforme a própria exposição de motivos, assim como a própria rubrica diz
“pederastia”, o que já demonstra que é um dispositivo incriminador voltado aos
homossexuais.

Em Outubro de 2015 – STF – Constitucionalidade do art. 235, ADPF 291,


Ministro Barroso: suprimiu da rubrica a expressão ‘pederastia’, e do tipo penal os
termos ‘homossexual ou não’. A partir de agora, o dispositivo ficou com a seguinte
redação:

Ato de libidinagem

Art. 235. Praticar, ou permitir o militar que com ele se pratique


ato libidinoso, em lugar sujeito a administração militar.

2) A criminalização da homofobia:

A primeira vez que se utilizou a expressão homofobia foi com o psicólogo


norte americano Weinberg (1971).

A Homofobia individual é penalmente irrelevante, porque ainda está no


pensamento do indivíduo. Já a homofobia social consiste em atos concretos de
discriminação ao homossexual, sendo penalmente relevante.

O art. 1, inciso III, CR/88, traz o princípio da dignidade da pessoa humana, e o


art.3º, IV, diz que é objetivo uma sociedade livre, justa, igualitária, sem qualquer tipo
de preconceito; da mesma forma, o art. 4º, VIII, traz o repúdio ao racismo; art. 5º,
caput, informa os princípios da igualdade e da isonomia; o art. 5º, XLII, diz que se
considera o racimo um crime inafiançável e imprescritível.

É notório que a CR não tolera preconceitos segregacionistas, aqueles que


elegem um fator de segregação e afastam do gozo dos direitos fundamentais as
pessoas que pertencem a uma categoria.

Racismo/raça e homofobia: STF, HC 84.242 - Caso Ellwanger – Lei nº.


7.716/89 (crime de preconceito).

A homofobiaa constitui mandado implícito de criminalização, enconrtas0se

Para o professor Estefam e Nucci, a orientação sexual está embutida no


conceito de raça.
Posição majoritária: ainda não é crime porque não foi incluidio na lei 7.716/89
para acrescentar orientação sexual

II – PROSTITUIÇÃO

Sistemas de abordagem

a) Regulacionista: passou a ser adotado a partir do século XIX – como mal


necessário para uma válvula de escape para o homem, que só poderia praticar
sexo para reprodução com sua mulher, e sem maiores . tal sistema adota
medidas adminsitrativas (cadastramento obrigatório de quem se prostitui,
regulando os locais onde pode exercer a profissão) e sanitárias. Nesse sistema
surgem as zonas de prostituição, locais onde eram permitida a atividade.
b) Abolicionista: a prostituição em si mesma não é crime, sequer comportamento
ilícito, o que se criminaliza é o entorno da prostituição, o incentivo a prostituição,
o lenocínio. Aos profissionais do sexo só se reconhece um único direito: deixa a
prostituição. Os profissionais do sexo são privados dos diteitos sociais. É o
adotado no Brasil, em que a prostituição em si nunca foi considerada crime. A
prostituição autônoma é valida, já a intermediada não.
c) Proibicionista: Essa teoria foi influenciada por uma ideologia feminista radical, por
considerar a prostituição a forma de maior exploração da mulher pelo
patriarcado, encara a prostituição com forma d eviolencia sexista, o reflexo da
sociedade patriarcal de dominação do homem sobre a mulher. A prostituição
representa a coisificação da mulher, tratada como mero objeto nas mãos dos
homens. Essa corrente prega não somente a criminalização do entrono, mas
também da demanda, pu seja, procurar uma prostituta também é crime. Adotada
na suécia, alguns estados dos EUA. O proibicionismo considera a prostituição
uma forma d expliraçao sexual doc corpo feminino. Ela também faz parte da
cultura do estupro.

Panorama jurídico da prostituição no Brasil

 Não é atividade ilícita, pode ser exercida autonomamente;


 A prostituição intermediada é vedada, porque qualquer forma de incentivo à
prostituição constitui delito (arts. 227/230, CP);
 Não é exigível o pagamento da prestação sexual;
 O profissional do sexo não é amparado por qualquer direito social (trabalhista
ou previdenciário). Dessa forma, não existe contrato de trabalho
prostituicional.

STJ, HC 211.888, relator Ministro Rogério Schietti: exigibilidade da prestação sexual


- Exercício arbitrário das próprias razões, e não roubo.

227 – lenocínio

228 – facilitação à prostituição

229 – casa de prostituição

230 – rufianismo

A ausência de bem jurídico passível de tutela gera a inscontritucionalidade do


tipo penal, por ofensa à dignidade humana e a proporcionalidade (proibição do
excesso).

Nos parágrafos do 227, 228 e 230 encontramos bens jurídicos passveis de


tutela. Grave ameaça, violência, fraude, abuso: viola a loebrsade de descola da
vitima, o bem jurpidico é a liberdade sexual, ou seja, a librdade de autodeterminação
na esfera da swxualidade, quem será o parceiro, quando e como fara o sexo

Conclusão: a incriminação do entorno da prostituição desacompanhado de


bem jurídico passível de tutela,co omoc ocorre nos art 227 caput, 1228 caput, 229 e
230 caput e inconcosti.

Sistema Laboral: reconhece os profissionais do sexo como trabalhadores,a


ssegurando-lhes acesso aos direitos previstos nos arts. 6 e 7 da CR,

Existe projeto de lei que pretende regular a atividade desses profissionais e


define o que é exploração secual.

A prostituição não é ilícita, mas se justifica criminalizar condutas que a


incentivam

ESTUPRO : constranger alguém, mediante violência ou grace amecaça a praticar


conjungao carnal (introdução do pênis na vagina) ou qopratica ou perminiter qeue
com cele se praticque outro ato libilidiono.

O bem jurídico tutelado é a liberdade sexual.


Estupro, CP, art. 213, pena de reclusão de 06 a 10 anos, crime hediondo.

Ato libidinoso: qualquer ato tendente a satisfação da lascívia (desejo sexual), ex:
coito anal, felação (sexo oral)

Pode estar no Mesmo patamar de gravidade que a conjunção carnal

Beijo lascivo (na boca) também é considerado ato libidinoso, logo, é estupro.

213

Estupro de vulnerável 217 - a

Código Penal Militar - om esupro

AULA 03– 24/08/2016


TEMA: TUTELA PENAL DO PATRIMÔNIO I
PROFESSOR ANTÔNIO CARLOS DA PONTE

Furto - Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Furto de uso: é considerado crime pelo Código Penal Militar (art. 241), já o CP
entende que não será crime desde que: a) o agente busque fruir o bem
momentaneamente; b)que a devolução do bem seja rápida e integral, sem nenhum
dano à coisa; c) e que deva ocorrer antes que a vítima dê falta do bem.

Furto noturno é causa de aumento de pena. Em 1/3

Repouso noturno

A pessoa compra o sinal da tv a cabo

Furto qualificado: parágrafos §§4º e 5º do art. 155 do CP.

Qualificadoras do §4º: natureza objetiva, exceto o abuso de confiança. As


qualificadoras objetivas se comunicam aos coautores e aos partícipes.

I) Destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa: os


simples estragos e a pura e simples remoção não caracterizam a
qualificadora.
II)
AULA 03– 24/08/2016
TEMA: TUTELA PENAL DO PATRIMÔNIO I
PROFESSOR ANTÔNIO CARLOS DA PONTE

Calúnia Difamação Injúria


 Não tem imputação de
fato;
 Adjetivação pejorativa
ofensiva a alguém;

Lei de imprensa – Lei nº 5.250/67: existia calunia, difamação e injúria nos


mesmos moldes do Código Penal.

O STF, apreciando a ADPF nº 130/2009 decidiu que a lei de imprensa não foi
recepcionada pela CR/88.

Hoje, qualquer espécie de ofensa à honra alheia é tutelada pelo Código


Penal.

CALÚNIA “Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido


como crime”:

 Bem jurídico tutelado: a honra


 Consumação: quando outra pessoa, que não o caluniado, toma
conhecimento da ofensa,

DIFAMAÇÃO

PJ não pode ser difamada

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