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ÂNGELA VIEIRA-

Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO


Prof. Mestra em Educação e Psicóloga- CRP 0687-
20ª região.

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO – TCC


CURSO: DOCENCIA DO ENSINO SUPERIOR
ALUNO:Luiz Carlos Pedrosa Araujo
TURMA:DC076
ANO:2017/2018
TEMA: PLANO DE ENSINO E APOSTILA TEMATICA- Contabilidade - Historia e Evolução.
COORDENAÇAO DE EDUCAÇÃO.
PROJETO BÁSICO PARA TCC.
ALUNO:Luiz Carlos Pedrosa Araujo
TURMA: DC076A ANO:2017/2018
SUMÀRIO PAG
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................04

1-O QUE É PLANO DE ENSINO...................................................................................................05

2-IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO....................................................................................06

3-PLANO DE ENSINO.................................................................................................................07

4-APOSTILAS

4.1.1- Introdução a Ciências contábeis.....................................................................................10

4.2- Historia e evolução da Contabilidade................................................................................10

4.2.1-Contabilidade no Período Antigo....................................................................................12

4.2.2-Contabilidade na Bíblia............. ....................................................................................14

4.2.3-Contabilidade no Período Medieval...............................................................................15

4.2.4-Contabilidade no Período Moderno...............................................................................16

4.2.5-Contabilidade no Período Cientifico...............................................................................28

4.2.6-Contabilidade Escola Norte-Americana..........................................................................20

4.3 -Evolução da Contabilidade no Brasil.................................................................................21

4.3.1- Primeiro período da contabilidade no Brasil..................................................................21

4.3.2- Segundo período da contabilidade no Brasil..................................................................21

4.4-Contabilidade Foco e Aplicabilidade..................................................................................23

4.4.1-Contabilidade como informação e controle....................................................................23

4.4.2-Contabilidade quanto informação..................................................................................24

4.4.3-Contabilidade quanto controle......................................................................................24

5.- BIBLIOGRAFIA UTILIZADAS................................................................................................26


INTRODUÇÃO
A docência é uma atividade que requer dedicação do ser humano que se
compromete a exercê-la. A transmissão de conhecimentos é uma tarefa que desafia,
ensina, estimula, excita, compromete e apaixona. Se, no momento do ato, às vezes
até pelas tensões naturais aos processos de ensino/aprendizado, tal esforço possa
passar despercebido pela maioria dos alunos, reconhecimentos e agradecimentos
posteriores proferidos por exdiscentes, revigoram e reestimulam o profissional
optante por esta carreira.
Porém, o trato com pessoas não é tarefa tão fácil e o máximo de ações devem ser
observadas para a prevenção de situações indesejadas. Quanto mais se previne,
mais situações indesejadas podem ser evitadas. E situações imprevistas, não
ocorrem só com seres humanos.
Em uma sala de aula, onde concentra-se um dos maiores interesses do ser humano,
a aquisição do conhecimento, vive-se muito a ocorrência de situações inusitadas.
A responsabilidade da transmissão de conhecimento exige muita preparação e
organização. Um docente deve estar bem preparado para ministrar uma aula que
atraia a atenção do aluno e este, por sua vez, cria expectativas acerca do conteúdo
que pretende aprender. Uma das ferramentas que pode ser usada com muita
eficiência para harmonizar tais propósitos é o Plano de Ensino.
Sugere SPUDIET, (2014) que “será o Plano de Ensino que norteará o trabalho
docente e facilitará o desenvolvimento da disciplina pelos alunos. Além disso, ao
elaborar tal peça, o professor deve se questionar: O que eu quero que meu aluno
aprenda?” Este deve estar em consonância com o perfil do aluno e com as
concepções do projeto pedagógico do curso escolhido, permitindo ao discente uma
organização prévia do seu período letivo.
É um documento que não tem caráter imutável e, a cada período, deve sofrer uma
análise crítica para que adequações oportunas e necessárias possam ser realizadas.
Pode ocorrer, ainda que indesejável, a substituição de docentes que, de acordo com
a suas características, possa dar continuidade ao plano inicial. Ou não.

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Portanto, a elaboração de um Plano de Ensino consistente e flexível não é tarefa
das menos complexas, porém das mais importantes para o alcance dos objetivos
das partes.

1. O QUE É PLANO DE ENSINO?


Um plano de ensino bem elaborado possui o poder de facilitar a vida do
professordurante o ano/semestre, organizando suas atividades de modo a atingir as
metas estabelecidas para aquela disciplina.
Baseada em questões reflexivas como “o quê“, “para quê“, “como” e “com o quê”
ensinar, recomenda-se uma estruturação para o Plano de Ensino que responda às
questões levantadas, resultando em tópicos relacionados às ações que se traduzam
em objetivos, conteúdos, metodologia e formas de avaliação.
Um cabeçalho para o Plano de Ensino, onde constem informações acerca da
identificação da instituição, curso, disciplina, código da disciplina, carga horária, dia e
horário da aula, nome e contato do professor é o cartão de visita do documento.
A diretriz de um Plano de Ensino é dada pela Ementa da disciplina, que, podendo
serem único parágrafo, expresse o conteúdo da disciplina, em conformidade com
sua abrangência e carga horária.
Outra estrutura componente são os objetivos, tanto o geral, quanto os específicos.
Ensina Gil (2012, p. 37) que os objetivos “representam o elemento central do plano e
de onde derivam os demais elementos”. São os propósitos do ensino do conteúdo
elencado na Ementa.
Cada objetivo deve ser iniciado com um verbo, na voz ativa, em parágrafos curtos.
Um método amplamente empregado e recomendado é a taxionomia desenvolvida
por Bloom.
Métodos, consistem nos recursos necessários e disponíveis para a consecução dos
objetivos propostos, considerando o perfil dos alunos, proposta do conteúdo a ser
abordado, as atividades em sala e o tempo de aula disponível para trabalhar os
conteúdos elencados, atentando para a promoção dos objetivos e conteúdos e a
coerência entre os mesmos.

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Os recursos que serão utilizados também deverão constar também no planejamento
de ensino e devem ser pensados de acordo com os objetivos propostos no plano de
ensino.
Auxiliará tanto o professor a desenvolver as aulas, quanto aos alunos para
acompanhar e compreender com clareza os métodos de ensino das aulas.
O conteúdo programático não pode deixar de ser contemplado no Plano de Ensino.
Sugere-se uma estruturação em seções, ou módulos, evidenciando os assuntos que
serão abordados no período de aplicação da disciplina, conforme contemplados na
Ementa. Os conteúdos reunidos precisam ser atrativos o bastante para prender a
atenção e promover um aprendizado de qualidade.
Os critérios e instrumentos de avaliação devem estar contemplados no Plano de
Ensino. É importantíssimo que o docente destaque, claramente, como ocorrerão as
avaliações e os seus tipos. Transmite segurança ao aluno, o conhecimento prévio
dos meios que ele será avaliado.
Não menos importante são as referências orientadas pelo professor para que o
aluno saiba qual base de conteúdo poderá adotar em um esforço complementar de
aprofundamento extraclasse. É importante, também, que se indique base
bibliográfica de fácil acesso e disponibilizada, em meio físico ou lógico, pela
instituição.

2. IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO


Deve-se destacar que o Plano de Ensino é um planejamento que assume tamanha
importância a ponto de se constituir como objeto de teorização que se desenvolve a
partir da ação do professor. Busca a previsão mais global para as atividades de uma
determinada disciplina durante o período do curso (período letivo ou emestral) que
pode sofrer mudanças ao longo do período letivo por diversos fatores internos e
externos.
Ensina LIBÂNEO, (1994, p.22) que o Plano de Ensino é importante por tratar-se
de:“Um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente,
articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social”. SANTOS e
PERIN (2013, p 6) citam que: “não é suficiente apenas o professor ter domínio do

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PLANO DE ENSINO
CURSO BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA Contabilidade- Introdução a Contabilidade
PROFESSOR Luiz Carlos Pedrosa Araujo
Nº DE CARGA
4 80 HORAS
CRÉDITOS HORÁRIA
MARCO REFERENCIAL
O curso de Contabilidade para que o bacharel em contabilidade esteja
capacitado a entender o contexto da historia dentro de uma evolução,
PERFIL DO
sociais e econômicas, observados os níveis graduais do processo de
EGRESSO tomada de decisão, apresentando flexibilidade e contextualizando com
situações diversas e presentes no dia-a-dia desse docente, e futuro
profissional em contabilidade.
A Contabilidade é uma Ciência Social que objetiva controle do
patrimônio das entidades e de seus resultados. A Contabilidade e a
Economia possuem forte vínculo com ação sobre os fluxos financeiros
das organizações.
CONTEXTUA
 Historia e os fatos históricos, interagem entre si, para que a
LI-
Ciência Contábil adquira a necessária harmonia e uniformidade
ZAÇÃO DA
no cumprimento dos seus objetivos.
DISCIPLINA
 A evolução da contabilidade dentro da historia tem papel
fundamental, os acontecimentos que marcaram o mundo,
envolve e desenvolve a contabilidade forma que seus
fundamentos são indispensáveis.
1-Introdução a Ciências contábeis.
2-Historia e evolução da Contabilidade.
EMENTA
3-Evolução da Contabilidade no Brasil.
4-Contabilidade Foco e Aplicabilidade.
MARCO OPERACIONAL
OBJETIVO Apontar os principais pontos da historia da Contabilidade, analisando
GERAL DA sua evolução no decorrer do tempo ate os dias atuais, na Europa e no
DISCIPLINA Brasil, direcionando para o foco a que se destina sua aplicabilidade e

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seus fundamentos.
Conhecer a importância da contabilidade no dia-a-dia.
OBJETIVOS
Demonstrar a estrutura da contabilidade no Brasil.
ESPECÍFICO
Analisar o foco e a aplicabilidade da contabilidade.
S DA
Identificar as ferramentas utilizadas no processo contábil , para analise
DISCIPLINA
do patrimônio.
Aulas expositivas
MÉTODOS Predileção verbal
Mapa mental
Quadro branco.
Marcadores coloridos para quadro branco.
RECURSOS Apostilas.
Listas de exercícios.
Vídeos.
UND ASSUNTO
4.1 Historia da Contabilidade; 4.1.1 Introdução a Ciências
I
contábeis.
4.2 Historia e evolução da Contabilidade; 4.2.1 Contabilidade no
Período antigo; 4.2.2 Contabilidade na Bíblia; 4.2.3 Contabilidade
no período Medieval; 4.2.4 Contabilidade no Período Moderno;
II
4.2.5 Contabilidade no período Cientifico; 4.2.6 Contabilidade
CONTEÚDO Escola Norte-Americana;

PROGRAMÁTIC
O 4.3 Evolução da Contabilidade no Brasil; 4.3.1 Primeiro período
III da contabilidade no Brasil.

4.4 Contabilidade Foco e Aplicabilidade; 4.4.1 A contabilidade


IV como informação e controle; 4.4.2 A contabilidade quanto
informação; 4.4.3 A contabilidade quanto controle.

a) PARCIAL 1- P1: Unidades I e II;


AVALIAÇÃO
b) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 1 – AVI-1: Unidades I e II;

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c) PARCIAL 2 – P2: Unidades III e IV;
d) AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 2 – AVI-2: Unidades I ,II, III e IV.
REFERÊNCIAS Obra 1: Fundamentos da Contabilidade.
Titulo: Introdução a contabilidade.
BÁSICAS
AUTOR: NETO, Simone loureiro iperone.
SÁ, Antônio Lopes de; História Geral da Contabilidade no Brasil. 1º ed. São

Paulo; Conselho Federal de Contabilidade, 2008.

DELOITTE. Normas Internacionais de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2007.

REFERÊNCIAS HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michael F. Van. Teoria da contabilidade.


COMPLEMEN São Paulo: Atlas, 2009.
TARES Historia da contabilidade no Brasil. Disponível no site:
www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/contabilidade/historia-da-
contabilidade-no-brasil/53412.
http://www.cliqueapostilas.com.br/contabilidade/contextualizacao-
contabilidade.
conteúdo da sua disciplina, mas é necessário que ele saiba contextualizar estes
saberes, situá-los em um momento histórico e entender a realidade dos seus
alunos”. Mais ainda, “é preciso fundamentar o seu trabalho em uma teoria que de
consistência ao seu trabalho em sala de aula”.

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4. APOSTILA
4.1 HISTORIA DA CONTABILIDADE
Ola vamos falar da historia da contabilidade passando por alguns de seus períodos
importantes.
A contabilidade conforme alguns relatos históricos e muito antiga ou seja a.C,
contudo as formas de se fazer contabilidade era bastante simples e rudimentar, com
o passar dos tempos foi se aprimorando devido a necessidade e o aumento da
população mundial.
Então Vamos começar.

4.1.1 INTRODUCAO A CIÊNCIAS CONTÁBEIS


É difícil precisar exatamente como nasceu a contabilidade, mas ao fazermos
uma analogia com a humanidade, notamos que a contabilidade é tão antiga quanto
o ontem que conta. Entre as diversas definições oferecidas pela literatura, podemos
considerar que a contabilidade é uma ciência que estuda e controla o patrimônio.
Dessa forma, o seu objeto fundamental é o patrimônio.

4.2 HISTORIA E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE


A contabilidade surgiu a muito tempo atrás , muito antes de cristo, os registros
apontam que os povos já exerciam a contabilidade empiricamente, e com o passar
dos anos foi tomando forma e ganhando o mundo. de forma que os povos e as
grandes civilizações tinham necessidades de organização social e econômica. com
isso o contador de hoje que no passado era chamado de guarda livro ainda se quer
tinha nome definido.
O tempo nos mostra que os povos praticavam tal ciência, mesmo sem saber,
mais que era e ainda é necessário desde os tempos antigos ate os dias atuais.
A contabilidade avança através dos tempo e superando todos os
acontecimento, e cada vez mais torna-se uma ciência, voltada para a necessidade
do homem como um todo, o desejo de organização e controle, passar a ficar mais
eminente, visto que a população cresce e as civilização aumentam de forma rápida e
em muitos casos desorganizadas.

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os comércios da época crescem e precisam de um controle que possa
mensurar sua riqueza e controlar as despesas. dai surgem os primeiros registro de
contabilidade.
tal ciência e essa que se utiliza da administração, economia, finança entre
outros pra desenvolver sua técnica de controle e registro.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o
acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada.
As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre
o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas,
embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo
governo de seu país no ano 2000 a.C.
À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores,
preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de
aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando
já em maior volume, requerendo registros.
Foi o pensamento do “futuro” que levou o homem aos primeiros registros a fim
de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de
produção etc.
Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a
necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de
que se pudesse prestar conta da coisa administrada.
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as
compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de
árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro
(papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente
o registro de informações sobre negócios.
A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu
controle se refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já
traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas
compreendidas nos itens salários, perdas e diversões.

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No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas
por governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o
termo Contabilitá. Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte
forma:
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO – período que se inicia com as
primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci ,
da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL – período que vai de 1202 da Era
Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis
(Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494,
enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos
números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre
os ramos do conhecimento humano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO – período que vai de 1494 até
1840, com o aparecimento da Obra “La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni
Private e Pubbliche” , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da
Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO – período que se inicia em 1840
e continua até os dias de hoje.

4.2.1 Contabilidade no Período antigo


A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o
Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos
quantitativos.
Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do
homem. Como este é um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais
eficientes de processar os seus registros, utilizando gravações e outros métodos
alternativos.
O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método
adotado para o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza:

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rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra “Conta” designa o agrupamento de itens
da mesma espécie.
As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida,
quando o homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações.
Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por
vários séculos.
Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros
em peças de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de
Uruk, que mediam aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente
convexas.
Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do
animal cuja existência se queria controlar e o numero correspondente às cabeças
existentes.
Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se
processa. O nome da conta, “Matrizes” , por exemplo, substituiu a figura gravada,
enquanto o aspecto numérico se tornou mais qualificado, com o acréscimo do valor
monetário ao quantitativo. Esta evolução permitiu que, paralelamente à “Aplicação”,
se pudesse demonstrar, também, a sua “Origem” .
Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado
no livro Gênesis, encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis:
tabela de escrita cuneiforme, onde estão registradas contas referentes á mão-de-
obra e materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de
Cristo, o homem já considerava fundamental apurar os seus custos.
O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e
“Selos de Sigilo”. Os registros se tornaram diários e, posteriormente, foram
sintetizados em papiros ou tábuas, no final de determinados períodos. Sofreram
nova sintetização, agrupando-se vários períodos, o que lembra o diário, o balancete
mensal e o balanço anual.
Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e negativas,
aplicando-se, empiricamente, o Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita,
a qual era confrontada com a despesa.

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Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da
Contabilidade, e seus registros remontam a 6.000 anos antes de Cristo.
A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os
escriturários zelosos e sérios em sua profissão. O inventário revestia-se de tal
importância, que a contagem do boi, divindade adorada pelos egípcios, marcava o
inicio do calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se
estabeleciam, de forma primitiva, controles administrativos e financeiros.
As “Partidas de Diário” assemelhavam-se ao processo moderno: o
registro iniciava-se com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos
unitários e totais, transporte, se ocorresse, sempre em ordem cronológica de
entradas e saídas.
Pode-se citar, entre outras contas: “Conta de Pagamento de Escravos”,
“Conta de Vendas Diárias”, “Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos”, etc.
Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor
monetário em seus registros. Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e
prata, denominada “Shat”. Era a adoção, de maneira prática, do Princípio do
Denominador Comum Monetário.
Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já
escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma
confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo
egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades, como
administração pública, privada e bancária.

4.2.2 Contabilidade na Bíblia


Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o
próprio Jesus relatou em Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que
fraudou seu senhor, alterando os registros de valores a receber dos devedores.
No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a
conta do que se tinha! (Gênesis 41.49).

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Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente
inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera
os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12.
Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis
4.22-26 e 10.14-17.
Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para
verificar se o que dispunha era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30).
Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada
(Mateus 18.23-27). Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de
ativos era prática comum.

4.2.3 Contabilidade no Período Medieval


Em Itália, em 1202, foi publicado o livro “Liber Abaci” , de Leonardo Pisano.
Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio,
etc., tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros.
Se os sumérios-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os
egípcios a regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita.
Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da
Contabilidade, denominado a “Era Técnica” , devido às grandes invenções, como
moinho de vento, aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes
aos navegadores, como Marco Pólo e outros.
A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no
sistema de mineração e metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por
intermédio dos venezianos, surgindo, como conseqüência das necessidades da
época, o livro caixa, que recebia registros de recebimentos e pagamentos em
dinheiro. Já se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e o crédito, oriundos das
relações entre direitos e obrigações, e referindo-se, inicialmente, a pessoas.
O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a conseqüência
natural das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e
XIII. O processo de produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de
capital, alterando-se as relações de trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao

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trabalho assalariado, tornando os registros mais complexos. No século X,
apareceram as primeiras corporações na Itália, transformando e fortalecendo a
sociedade burguesa.
No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta “Capital” ,
representando o valor dos recursos injetados nas companhias pela família
proprietária.
O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se
possa precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros
livros que tornassem mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da
Contabilidade de Custos.
No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos
comerciais e industriais, nas suas diversas fases: custo de aquisição; custo de
transporte e dos tributos; juros sobre o capital, referente ao período transcorrido
entre a aquisição, o transporte e o beneficiamento; mão-de-obra direta agregada;
armazenamento; tingimento, etc., o que representava uma apropriação bastante
analítica para época. A escrita já se fazia no moldes de hoje, considerando, em
separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser agregada e custos
indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases separadamente, até
que fossem transferidos ao exercício industrial.

4.2.4 Contabilidade no Período Moderno


O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos
importantes que ocorreram neste período:
em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios
bizantinos emigrassem, principalmente para Itália;
em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava
um enorme potencial de riquezas para alguns países europeus;
em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na
Europa, emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.
A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle
das inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava.

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A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição
de comerciantes italianos do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os
investimentos em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas especiais
que refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo,
fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os
empregados.
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da
Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da
Contabilidade.

FREI LUCA PACIOLI


Escreveu “Tratactus de Computis et Scripturis” (Contabilidade por
Partidas Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do
débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.

Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou


muitas obras, destacando-se a “Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et
Proporcionalitá”, impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre
Contabilidade e Escrituração.
Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador
das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na
Toscana, desde o Século XIV.
O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir
conceituava inventário e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial,
diário e razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações:
aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como
encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram “Pro” e
“Dano”; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc.
Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a
terminologia adaptada:

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“PER ” , MEDIANTE O QUAL SE RECONHECE O DEVEDOR;
“A ” , PELO QUAL SE RECONHECE O CREDOR.

Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa
até hoje.
A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na
Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de
Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, como também abriu precedente que
para novas obras pudessem ser escritas sobre o assunto. É compreensível que a
formalização da Contabilidade tenha ocorrido na Itália, afinal, neste período
instaurou-se a mercantilização sendo as cidades italianas os principais interpostos
do comércio mundial.
Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um
indivíduo qualquer. O governo passou a somente reconhecer como contadores
pessoas devidamente qualificadas para o exercício da profissão. A importância da
matéria aumentou com a intensificação do comércio internacional e com as guerras
ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que consagraram numerosas falências e a
conseqüente necessidade de se proceder à determinação das perdas e lucros entre
credores e devedores.

4.2.5 Contabilidade no Período Científico


O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores
consagrados: Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua
obra “La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche”, inicia a nova
fase; e Fábio Bésta, escritor veneziano.
Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento
contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda,
a Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana,
por Fábio Bésta.

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Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse
inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a
ciência da Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo
postulados jurídicos.
Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade
começou a ser lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809.

A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre


Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda,
terra natal do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário.
Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os
quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa
inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as
normas, as leis e as práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o
patrimônio. Era o pensamento patrimonialista.

Foi o inicio da fase científica da Contabilidade.


Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos.
Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de
definir patrimônio como objeto da Contabilidade.
Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923,
definiu patrimônio como objeto da Contabilidade. O enquadramento da
Contabilidade como elemento fundamental da equação aziendalista, teve,
sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o fato de que a
Contabilidade é muito mais do que mero registro; é um instrumento básico de
gestão.
Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações
práticas, sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso
exagerado das partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade
necessária, principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em

19
demonstrar que a Contabilidade era uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa
séria de campo e de grupo.
A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-
americana dentro da Contabilidade.

4.2.6 Contabilidade na Escola Norte-Americana


Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norte-
americanas com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo
apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e
trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield
Public Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade
e dos princípios contábeis; várias associações empreenderam muitos esforços e
grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Havia uma total integração entre
acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com as
escolas européias, onde as universidades foram decrescendo em nível, em
importância.
A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais,
por exemplo, que requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa
primeira do estabelecimento das teorias e práticas contábeis, que permitissem
correta interpretação das informações, por qualquer acionista ou outro interessado,
em qualquer parte do mundo.
Nos inícios do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações,
aliado ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário
ritmo de desenvolvimento que os Estados Unidos da América experimentou e ainda
experimenta, constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas
contábeis. Não é por acaso que atualmente o mundo possui inúmeras obras
contábeis de origem norte-americanas que tem reflexos diretos nos países de
economia.

20
4.3 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE NO BRASIL
A história da contabilidade no Brasil também é tão antiga quanto o homem
primitivo. Esses habitantes da era paleolítica superior deixaram muitos registros em
paredes de cavernas em várias partes do Brasil. As mais conhecidas estão
localizadas no Sul do Estado do Piauí, na cidade de São Raimundo Nonato,
comprovando, assim, a existência da sua presença.
A história no Brasil inicia-se na mesma época daquela da “conta”, ou seja, o
registro contábil nasceu há mais de 10 mil anos, 5 quando este homem produzia
pinturas e inscrições qualificando as coisas por meio de desenhos e quantificando
por sinais que expressavam traços, pontos grades e similares” (SÁ, 2008, p. 14). O
registro contábil é muito importante, pois é considerado como a primeira
manifestação racional do homem, ou seja, passagem da arte para a conta. No Brasil
possuem muitas provas de tal prática, como por exemplo, as pinturas rupestres
supracitadas. O desenvolvimento da contabilidade no Brasil é extenso. Contudo,
serão citados, apenas, os momentos mais importantes, tendo em vista que a
contabilidade pode ser dividida em dois grandes períodos. O primeiro inicia do
descobrimento do Brasil, até o ano de 1964; o segundo, de 1964 até os dias de hoje.
Este, com novas regras contábeis. Em todos esses períodos ou fases nota-se a
presença fortemente do governo, em contrapartida às classes contábeis.

4.3.1 Primeiro período da contabilidade no Brasil


O primeiro período, que vai de 1500 até o ano em que foi proclamada a
independência do Brasil em 1822, ou seja, período Colonial, não teve grandes
avanços no país. O Brasil passou por vários ciclos no período colonial e após a
proclamação da República muita coisa contribuiu para o desenvolvimento da
contabilidade, principalmente a regulamentação da profissão contábil, ou seja, o
curso para formar contabilistas.

4.3.2 Segundo período da contabilidade no Brasil


O segundo período do desenvolvimento da contabilidade no Brasil tem início
em 1964 com um novo método de ensino contábil, realizado pelo professor José da

21
Costa Boucinhas. A associação mais antiga e reconhecida no Brasil oficialmente, foi
fundada no dia 18 de abril de 1869, na cidade do rio de Janeiro e era denominada
como, Associação dos Guarda-Livros da Corte. Considerada como a primeira
profissão liberal regulamentada no país. Não havia nenhuma norma ou documento
que regulamentasse a profissão contábil até o ano de 1915 e nem que defendesse
os interesses dos contadores. Por isso, nesse mesmo ano foi fundado o Instituto
Brasileiro de Contadores Fiscais. Visando o conhecimento dos fatos históricos
segue, a baixo, a cronologia dos principais acontecimentos da Contabilidade no
Brasil 6 Foi constituída em 1916, a Associação dos Contadores de São Paulo que
tinha como presidente José Mascarenhas; Surgiu no mesmo ano de 1916, o
Instituto Brasileiro de Contabilidade que décadas depois se tornou Sindicato dos
Contabilistas do Rio de Janeiro; No ano de 1919, Criou-se o Instituto Paulista de
Contabilidade e presidido por Francisco D’ Áuria; Foi criada em 1921, a Associação
dos diplomados em Ciências Comerciais; No ano de 1926 foi criada a primeira lei
que falava sobre o imposto de renda; No ano seguinte em 1927, surgiram o Instituto
Mineiro de Contabilidade em Belo Horizonte, em Salvador a Associação Baiana de
Diplomas em Ciências e por fim em Campinas a Associação Campineira de
Contabilidade; Devido à criação do Instituto Brasileiro de Contabilidade, pode haver
o I Congresso, no dia 17 de agosto de 1924. O mesmo teve duração de 9 dias. Já o
II Congresso foi realizado em abril de 1932, oito anos depois, com os mesmos temas
abordados no Congresso anterior. Em 30 de junho de 1931 foi criado o Decreto nº
20.158 que organizou o ensino comercial e regulamentou a profissão de Contador.
Mas foi somente vinte e dois anos após a realização do I Congresso Brasileiro de
Contabilidade, no dia 27 de maio de 1946, que foi regulamentado o exercício da
profissão contábil no Brasil com a assinatura do Decreto-Lei nº 9.295. A
Contabilidade Brasileira passou por muitas fases. Após o Decreto acima supracitado,
foi criado o Conselho Federal de Contabilidade - CFC, que presta serviço público e
que tem o objetivo de orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão
contábil. Sem receio, pode se dizer que o ano de 1927, foi um dos anos mais
marcantes na década, para a Contabilidade no Brasil, sendo aceito como uma base
sobre o qual se ampara os grandes movimentos dos anos seguintes. Duas grandes

22
Normas também foram criadas com a Resolução – CFC nº 529, de 1981, do
Conselho Federal de Contabilidade. Estas foram divididas em duas, ou seja, as
Normas Brasileiras de Contabilidade-Técnicas NBC-T e Normas Brasileiras de
Contabilidade Profissionais NBC-P.

4.4 CONTABILIDADE FOCO E APLICABILIDADE


Frequentemente estamos tomando decisões em nossa vida: a que horas
iremos levantar, que roupas iremos vestir, que tipo de comida iremos comer, etc.
Algumas vezes, são decisões importantíssimas: o casamento, a carreira a seguir, a
hora certa para aquisição de um imóvel, qual o curso iremos fazer, etc.
Evidentemente essas decisões mais importantes requerem um cuidado maior,
uma análise mais profunda sobre os elementos disponíveis, pois uma tomada de
decisão errada pode comprometer toda uma vida.
Dentro de uma empresa a situação não é diferente. Frequentemente, os
responsáveis pela administração estão tomando importantes decisões para o futuro
do negócio. Por isso, há a necessidade de dados, de informações corretas que
contribuam para uma boa toma da de decisão.
É aí que entra a contabilidade, como um instrumento útil que coleta dados
para auxiliar a administração fornecendo subsídios para tomada de decisões, tais
como comprar ou alugar uma máquina, contrair uma dívida a curto ou longo prazo,
preço de venda de um produto, redução de custos etc. Ao contrário do que muita
gente pensa a contabilidade não tem muita matemática e cálculos complexos, ela
pode ser considerada como um sistema de informação destinado a prover seus
usuários de dados para ajudá-los a tomar decisões. Essas pessoas que tomam
essas decisões são conhecidas como usuários da contabilidade.

4.4.1 Contabilidade como informação e controle


A contabilidade tanto tem como finalidade assegurar o controle do patrimônio
administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações
patrimoniais, bem como o avaliar resultado das atividades econômicas

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desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins, que podem ser lucrativos ou
meramente ideais.
De acordo com o parágrafo acima, observamos duas funções básicas na
contabilidade. Uma é a administrativa, e a outra é a econômica.
A contabilidade quanto ao foco e sua aplicação ambas são bastante clara,
visando sempre o ativo ou seja o Patrimônio disponível.

4.4.2 A Contabilidade quanto informação


A informação gerada na contabilidade tem papel fundamental para seu
usuários internos e externos, gerando informações importantes para uma segura
tomada de decisão, tal informação tem que ter RELEVANCIA ou seja capaz de fazer
a diferença nas tomadas de decisões, e tem que ser REPRESENTAÇÃO
FIDEDIGNA, para isso ela precisa ter três atributos: ser NEUTRA, COMPLETA E
LIVRE DE ERROS.

4.4.2 A Contabilidade quanto controle


A contabilidade quanto controle sugere uma idéia de segurança bastante
clara em qual e seu foco ou seja o patrimônio das entidades.
O Brasil passa por uma fase de significativas mudanças no que diz respeito
ao fortalecimento e moralização das empresas. A crescente denúncia e a
implementação de gestão e monitoramento mais confiáveis, tanto no âmbito
governamental quanto nas atividades regulamentadas vêm tomando espaço de
forma crescente no dia-a-dia dos gestores, não sendo diferente nas instituições. Os
sistemas de controles, que de forma sucinta representam o conjunto de normas,
procedimentos e rotinas que buscam orientar o processamento das transações, dos
atos e fatos contábeis e prevenindo a ocorrência de erros ou fraudes dentro do
ambiente operacional da empresa, hoje são muito mais priorizadas pelas
organizações, sob a pena de sofrer perdas muito significativas tanto na eficiência
quanto dos ganhos gerados pelo negócio. De forma emergente inovações são
executadas fazendo com que dentro deste contexto a Controladoria tenha expandido
as suas teorias, buscando constantemente imbuir nas organizações a figura

24
do”Controller”.A experiência mostra que a existência e o bom funcionamento de um
sistema contábil como fonte de controle interno em pequenas e médias empresas
podem evitar elevados custos como fraudes, erros e omissões, influenciando,
conseqüentemente, no êxito da empresa.

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5- BIBLIOGRAFIA UTILIZADAS
IPERONE, Simone Loureiro Brun. Fundamentos da Contabilidade.

SÁ, Antônio Lopes de; História Geral da Contabilidade no Brasil. 1º ed. São Paulo; Conselho Federal

de Contabilidade, 2008.

DELOITTE. Normas Internacionais de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2007.

HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michael F. Van. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009.
Historia da contabilidade no Brasil. Disponível no site:
www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/contabilidade/historia-da-contabilidade-no-
brasil/53412.

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