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A ÉTICA EM HENRY SIDGWICK

Daniel António Cacumba

Pé. Joaquim Gonçalves Matias

RESUMO
Tendo em conta a realidade que as nossas sociedades apresentam apresentamos
neste Artigo de forma sucinta a Ética em Henry Sidgwick. Temos como objectivo geral:
Elaborar um Artigo sobre a ética em Henry Sidgwick, objectivos específicos: Descrever
a noção da ética, descrever os tipos de métodos éticos como descrever a ética na vida do
ser humano. O Artigo está dividido em três pontos e seus respetivos subtítulos. O
primeiro ponto trata sobre a noção da ética o segundo ponto vamos tratar sobre os
métodos da ética na sociedade, e no terceiro ponto temos a ética na vida do ser humano.
Para a realização do nosso trabalho servimo-nos da revisão bibliográfica e usamos
também o método hermenêutico para melhor compreensão do nosso autor como base de
enriquecimento dos fundamentos apresentados no corpo principal do Artigo.

Palavras-chave: Ética, Sociedade, Humildade, Política, Moralidade

ABSTRACT
INTRODUÇÃO

Neste Artigo presentaremos o pensamento de Henry Sidgwick sobre a ética.


Justifica-se que a nossa comunidade atual sente tanta carência dos princípios éticos e
morais diante das instituições religiosas e governamentais isto tudo porque os
responsáveis das instituições agem como se não soubessem os princípios éticos, razão
pela qual estamos a dar o nosso subsídio com base Henry Sidgwick. Por isso, a partir
dos seus estudos feitos, ao ser humano e a sociedade, chegou a criar os métodos da
ética, para moldar a mente humana e a sociedade em agir com base as regras
estabelecidas. Este tema tem grande interesse atuais e atuantes nas nossas sociedades
visto que todo o agir do homem é com base os princípios éticos-morais.

Temos como objectivo geral Elaborar um Artigo sobre a ética em Henry


Sidgwick, para contribuir no desenvolvimento da nossa sociedade académica e temos
como objectivos específicos: descrever a noção da ética, descrever os tipos de métodos
éticos, e descrever a ética na vida do ser humano. O Artigo está dividido em três
capítulos e seus respetivos subtítulos. O primeiro ponto tem como foco principal a
noção da ética onde veremos a definição da ética, as formas de abordagens da ética, a
ética como ponto de partida da escolha, a ética como ponto de partida da felicidade, a
relação da ética com a política.

No segundo ponto vamos tratar sobre os métodos da ética na sociedade, onde


encontramos a definição de métodos da ética, o hedonismo egoísta, o intuicionismo, o
utilitarismo, os princípios éticos, e o impacto dos métodos éticos na sociedade. Por
último temos o terceiro ponto com o tema central a ética na vida do ser humano, onde
nela encontramos, posicionamento de um indivíduo diante da prática de um acto, como
é que o homem pode agir, a ética como ponto de partida de mudança de consciência das
sociedades para prática do bem, a humildade como base do saber ético.
1º PONTO A NOÇÃO DA ÉTICA

DEFINIÇÃO DA ÉTICA

Sidgwick (1907) faz abordagem de vários conceitos de ética, dos quais podemos
ver que «A ética é vista por vezes como uma investigação das verdadeiras leis morais
ou dos preceitos racionais da conduta; por vezes, como uma investigação da natureza do
fim último da acção humana razoável o bem, ou o verdadeiro bem do homem e do
método de alcançar» (p.45).Sidgwick 1907), Salienta que, a ética não é um ramo da
psicologia ou da sociologia, dado que, por oposição a estas disciplinas tem um carácter
irredutivelmente prescrito ou normativo.

Sidgwick (1907) salienta que, o estudante da ética procura assim obter um


conhecimento sistemático e precisamente geral do que deve ser, e neste sentido seus
objectivos e métodos poderiam propriamente ser denominados científicos. O nosso
autor prefere chamar a ética de uma disciplina do que chamá-la uma ciência e frisa que,
é comum pensarmos desta forma porque sabemos que uma ciência que deve
necessariamente ter alguma área que investigue o que efectivamente existe.

1.2. AS FORMAS DE ABORDAGENS DA ÉTICA


Concernente as formas de abordagens da ética o autor em referência vai dando o
seu contributo. Assim sendo Sidgwick (1907), salienta que: «Há várias formas
reconhecidas de abordar a ética que não considerei desejável adaptar. Podemos partir
dos sistemas existentes e estudá-los historicamente, investigando as mudanças de
pensamentos ao longo dos séculos, comparando-os e classificando-os segundo as
relações de semelhanças ou criticando a sua coerência interna». (p.57)

Na verdade o nosso autor faz uma equiparação dos acontecimentos tanto da


idade antiga como da idade moderna a fim de poder clarificá-las segundo as relações e
semelhanças de certos acontecimentos e ocorrências ou ainda faz uma crítica das suas
coerências internas para sabermos abordar os pressupostos éticos tendo em vista o
contexto.
A ÉTICA COMO PONTO DE PARTIDA DA ESCOLHA E FELICIDADE
De salientar que no momento da escolha, do que é correcto ou incorrecto
concebemos o conteúdo da vontade de Deus como algo que existe presentemente e a
ideia, a sua atualização é o fim a ter em vista. Portanto, diante das escolhas que se
fazem, Deus está sempre presente para fazer com que toda coisa prevista saia da melhor
forma possível, para se alcançar a felicidade, o homem deve criar sempre uma certa
disposição para evitar o mal e fazer o bem.

1.4. A RELAÇÃO DA ÉTICA COM A POLÍTICA

Para o nosso autor, o escopo da disciplina chamada ética tem sido


frequentemente concebido de forma vaga, mas talvez fosse suficiente definí-la fora para
os propósitos éticos, se um método da ética fosse compreendido como significando
qualquer procedimento racional através do qual determinamos o que os seres humanos
individualmente devem ser ou o que é certo para eles fazerem ou procurar realizar
através das acções voluntárias. A consideração sistemática dessas últimas questões
constituem, a tarefa especial distinta entre a Ética e a Política.

Contudo, quando olharmos mais de perto para a relação entre a ética e a política
pode se notar que é preciso fazer uma distinção clara entre a lei real ou positiva e a lei
ideal ou como deveria ser. E para esta última tentativa da teoria política estabelece
princípios que não vão de conta com a lei positiva mas a ideal que determine
primeiramente a conduta correcta para um indivíduo aqui e agora.

2º Ponto- OS MÉTODOS DA ÉTICA NA SOCIEDADE

2.1. O MÉTODO HEDONISTA EGOÍSTA

A ideia apresentada por Sidgwick (1907), sobre o egoísmo, visa alcançar a


felicidade de forma individual sem pensar na condição dos outros que estão enfrentando
as mesmas dificuldades, muitos indivíduos na luta pela sobrevivência não têm
capacidade de pensar nos outros. Esta atitude é negativa cada um deve fazer esforço
para superar esta dificuldade, permitir com que os outros também consigam viver um
momento de felicidade.O nosso autor (1907) salienta que o princípio do hedonismo
egoísta é a preposição amplamente aceite de que o fim racional da conduta para cada
indivíduo é o máximo da sua felicidade ou prazer. Portanto, o método óbvio do
hedonismo egoísta é aquele que podemos designar por empírico reflexivo, e julga-se
que é esse método que costuma ser usado na deliberação egoísta.

2.2. O MÉTODO INTUICIONISTA

Sidgwick (1907) admite a possibilidade de qualquer intuição desta ter, afinal, um


elemento de erro, que a reflexão e as comparações subsequentes podem permitir
corrigir, tal como descobrimos que muitas percepções nítidas do órgão da visão são
parcialmente ilusórias e enganadoras. Na verdade, o que se segue mostrará que defende
que isto acontece, num grau significativo, com as intuições morais normalmente assim
designadas.

2.3 O MÉTODO UTILITARISTA

Para Sidgwick (1907), o significado do termo utilitarismo é actualmente de uso


comum e supostamente designa uma doutrina ou método com a qual todos estamos
fiscalizados» (p.579). Sidgwick (1907), entende que o utilitarismo é a doutrina da ética
segundo o qual a conduta objectivamente correcta é, em quaisquer circunstâncias,
aquela que produzira a maior quantidade de felicidade no todo, isto é, tendo em conta
aqueles cuja felicidade será afectada pela conduta. O nosso autor afirma que a teoria
utilitarista da origem dos sentimentos morais quer dizer que a moral é a base de tudo
para a regularização do comportamento do ser humano enquanto ser social.

2.4. OS PRINCÍPIOS ÉTICOS E O IMPACTO DOS MÉTODOS ÉTICOS NA SOCIEDADE

Os princípios éticos, se vão concretizando ou encontrar sentido, na medida em


que cada método vai procurando mostrar de forma clara as ideias obedecendo as regras
estabelecidas. Com efeito, todo conhecimento humano é seguido por um conjunto de
regras que visam dar sentido aquilo que se precisa. A teoria parece implicar que os
exercícios dos nossos prazeres se tornam sempre menos aprazíveis com a presença de
impedimentos, mas é óbvio que não podemos dizer isto das principais actividades
intelectuais ou físicas.
3º PONTO -A ÉTICA NA VIDA DO SER HUMANO

3.1. O POSICIONAMENTO DO INDIVÍDUO DIANTE DA PRÁTICA DE UM ACTO.

Cada indivíduo na sociedade, ao praticar uma determinada acção, vela tanto


primeiramente ao meio em que se encontra e analisa antes de tudo o que vai fazer, se
essa acção pode trazer para ele reacções estranhas que podem causar consequências
graves. Com ajuda de Sidgwick (1907), vamos perceber melhor a questão em causa,
pois o nosso autor diz que, deste modo podemos considerar incorrecta a intenção de um
acto mas, reconhecer que o seu motivo era bom quando um homem comete falsidade
para salvar a vida dos seus pais ou de um benfeitor.

Sidgwick (1907), um acto mau não pode ser correcto mesmo quando a intenção
é aquela que o dever prescreveria, se for realizado por um mau motivo, para usar um
caso sugerido por Bentham, um homem que por malícia acusa uma pessoa que ele
considera culpada não age realmente de forma correcta, pois ainda que ele possa ter e o
dever de a acusar, não deve fazê-lo por malícia.

3. 2. A ÉTICA COMO PONTO DE PARTIDA DE MUDANÇA DE CONSCIÊNCIA DAS


SOCIEDADES PARA PRÁTICA DO BEM.

O nosso autor diz que, o ser humano na sua convivência vai recebendo várias
experiências do meio em que está inserido e consequentemente vai mostrar as formas
correctas do seu agir perante a sociedade em geral. Entretanto, Sidgwick (1907) salienta
que, de um modo geral não é importante determinar se em termos metafísicos somos
sempre livres para fazer aquilo que vemos claramente ser correcto. Aquilo que deve
fazer no uso mais estrito da palavra está sempre no seu poder no sentido em que
excluindo a ausência de um motivo adequado, não há obstáculo que lhe impeça de fazê-
lo e normalmente é impossível na deliberação considerar essa ausência dê motivo a uma
razão para não fazer aquilo que julga razoável. Devemos ter a certeza de que, quando
estamos diante de uma situação, não devemos manifestar a nossa incapacidade de fazer
sentir o nosso potencial na realização de uma determinada acção que visa o bem maior,
devemos mostrar sempre um bom carácter, para enfrentarmos de maneira confiante
certos desafios.
3.3- A HUMILDADE COMO BASE DO SABER ÉTICO

Ao tratarmos deste tema, devemos buscar os nossos fundamentos nas sociedades


cristãs como salienta o nosso autor, quanto a esta situação afirma que, nas sociedades
cristãs, a humildade se considera sincera muita das vezes e obtêm um louvor sem
qualificações, apesar da perda que evidentemente poderá ter pelo facto de um homem
menosprezar as suas capacidades desejável» (p.562). Devemos crer que existe coisas
inatas assim sendo, a humildade é algo inato ou então, a humildade nasce já com o
indivíduo, o que se nota apenas é a maneira como cada um age, por isso, quando um
indivíduo nasce humilde tentamos desprezá-lo pelo facto da sua conduta que apresenta
diante da sua convivência. E o nosso autor salienta que em parte a virtude da humildade
manifesta-se na reprensão da emoção da admiração por si mesmo, que surge
naturalmente da contemplação dos nossos próprios méritos e que, como é extremamente
agradável, induz essa contemplação.

A humildade leva a reconhecer os nossos limites, e a capacidade dos outros, se


todos os seres humanos soubessem reconhecer as suas limitações muitos indivíduos não
teriam ocupados certos cargos que ocupam na sociedade, mas como o que esta na base é
a satisfação de si mesmo, muitos cargos são ocupados por pessoas incompetentes por
falta de humildade em diversas áreas sociais, estes muitas vezes têm sido os motivos
que fazem com que a nossa sociedade esteja assim como está decaindo cada vez mais.

Sidgwick (1907) diz que «a humildade consiste não tanto em controlar este
desejo, mas em reprimir a exigência de satisfazer que, naturalmente, estamos dispostos
a fazer aos outros» (p.480).

MÉTODO

Para a realização do nosso trabalho utilizamos a revisão bibliográfica das


seguintes obras: Os métodos da ética em Henry Sidgwick, uma revista sobre a relação
entre a ética e a política em Henry Sidgwick, e monografia com o título a virtude em
Reny de almeida Mendes.

RESULTADO
Tivemos um resultado positivo na pesquisa usada porque ajudou-nos em
fazermos uma análise a volta do agir do homem em diversos locais da nossa sociedade.

CONCLUSÃO
Tendo em conta o que acabamos de apresentar neste trabalho podemos concluir
que a etica procura obter um conecimento sistematico e precisamente e precisamente
geral do que deve ser.Como ja se abordou no decorrer do tema, é dificil chamar a ética
de uma cienêcia, pelo facto de ter um alguma área que investigue o que efetivamente
existe. Podemos notar que entre os metodos apresentados existe algo que é comum entre
todos eles isto é: determinar o comportamento dos individuos diante da sociedade onde
cada um está incerido.

Os homens, ao praticarem uma determinada acção, velam tanto na gravidade das


coisas para não provocar determinados danos. Muitos homens, apresentam de um certo
modo, procedimentos bons só que, muitas vezes são obrigados a apresentarem
comportamentos inesperados para savaguardar o bem maior agindo de maneira a
manifestar o outro lado do seu ser. Contudo a humildade leva ao homem reconhecer as
suas capacidades e os seus limites, se por ventura todos seres humanos fossem
humildes, as sociedades estariam bem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fontes primárias

__________SIDGWICK. H (1907). Os métodos da ética, trad. Pedro Galvão,


Editora. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

__________SIDGWICK, H. (2015) A relação entre a ética e a política, Revista de


filosofia Aufklarung v.2, N.1, Abril.p.197-206 Abril.

Obras secundárias

MENDES, A. R. (2022). A virtude em Henry Sidgwick, Seminário Maior de


Filosofia são Carlos Lwanga, Monografia, Sumbe, Angola.

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