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1. INTRODUÇÃO
2. PROGR
RAMA
As provas de Habilidaades Específi ficas do cursso de Artes Cênicas do o Instituto dee Artes da Unicamp see
estruturam eem três eixos: Prova Teó
órica, Prova dde Sala de Aula
A e Prova de Palco. A seguir a apreesentação dee
cada uma deessas vertenttes com seus objetivos, crritérios de av
valiação e ex
xemplos.
3. OBJET
TIVO E CO
ONCEPÇÃO
O DA PRO
OVA
Prova Teóriica:
Avaliar o cconhecimentoo do candidaato sobre teattro, abordand
do teorias e práticas
p teatraais.
O conteúdoo da prova versou
v sobree marcos daa história doo Teatro Ofiicina Uzynaa Uzona, com m ênfase naa
trajetória dee José Celsoo Martinez Corrêa
C e sua relação com m os espaçoss públicos, e o corpo como lugar dee
memória e dde produção e inscrição ded conhecim mento.
4. CRITÉR
RIO DE AV
VALIAÇÃ
ÃO
Prova de P
Palco:
Avalia o ppotencial e a qualidade da atuação do candidaato na cena escolhida. A Aspectos ob
bservados: a
compreensãão do texto e a expressiviidade vocal e corporal no
o desempenho da cena.
5. ENUNC
CIADO DA
A PROVA
Prova Teórrica:
Prova Com
mentada - - Habilidades Específicaas – Artes Cênicas
C
HABIL
LIDADE ESPECÍFICA – ARTES
S CÊNIC
CAS
Responda com atenção às
à questões abaixo,
a com base na bibliografia indicada.
Questão 011
No dia 21 dde abril de 19979, um ano depois do reetorno de Zé Celso ao Brasil, o Teatroo Oficina é reaberto
r com
m
a exibição ddo filme Vinnte e cinco, dirigido
d peloo próprio direetor e por Ceelso Lucas, e com a apreesentação doo
Ensaio geraal para o carnnaval do povo. O trabalhoo recupera a polêmica cena do Carnavval de Venezza para fazerr
a ligação simmbólica entrre o coro de Galileu
G e o ccoletivo teatrral reativado para protagoonizar as criações que see
farão dali emm diante. Appós a estreiaa no Oficina,, as apresentaações repetirram-se em esspaços públiicos, como a
Praça da Séé, em São Paaulo, o Estád dio Municipaal de São Bernardo do Campo e em eespaços urbaanos centraiss
de outras cidades brasileeiras. (p. 217
7)
O trabalho sseguinte é Ham-let, estreeado em 19933. (...) A mon ntagem reinaaugura o Teaatro Oficina com
c reformaa
assinada poor Lina Bo Bardi,
B autora do projeto dde “rua cultu ural” que, de certa forma, a, retoma o teeatro-estádioo
na relação ppróxima entrre o espaço urbano
u e o ccoro de cidad dãos. De fatoo, ainda que José Celso inclua
i atoress
profissionaiis de renomee no protago onismo de aalguns espetááculos, é em m torno do ccoro formado o por jovenss
atores que o trabalho doo Oficina se realiza.
r (p. 2220)
(Fonte: Silvvia Fernandess, Notas sobrre a história ddo Oficina. Sala
S Preta (R Revista do Deepartamento de Artes
Cênicas), vool. 20, n. 2, 2020.)
2
a) Comente a importânccia dos espaçços públicos nna trajetória artística do encenador
e Joosé Celso Maartinez
Corrêa.
b) Como o eencontro de atores
a profissionais com jovens atorees em coro e com o públicco é importaante para a
relação do tteatro com a cidade?
Questão 022
A memória,, inscrita com mo grafia peela letra escriita, articula-sse assim ao campo e proocesso da vissão mapeadaa
pelo olhar, apreendido como c janela do conhecim mento. (...) E somos férteis em nossoos recursos de d resguardoo
dessa mem mória: os nossosn livro
os, arquivoss, bibliotecaas, monumeentos, parquues temáticos e, maiss
recentementte, os avançoos tecnológiccos, como haardwares e so oftwares cada vez mais ssofisticados. (...) O termoo
nos remete a muitas ouutras formas e procedimeentos de insccrição e grafiias, dentre ellas à que o corpo, c comoo
portal de altteridades, dioonisicamentee nos remete . (p. 64)
Cada uma ddessas práticaas (o teatro, a dança, o riitual, o esporrte, as atividaades lúdicas,, os jogos, ass encenaçõess
coletivas, attos artísticoss e mesmo exxpressões puulsionais emo otivas) são modos
m subjunntivos, liminaares, gêneross
performáticcos cujas connvenções, procedimentoss e processoss não são ap penas meios de expressãão simbólica,,
mas constituuem em si o que institui a própria peerformance. (...) As práticas performááticas não see confundem m
com a expeeriência ordinnária, são sem mpre provisóórias e inaug gurais, mesmmo quando see sustentam em modos e
métodos dee transmissãoo profundamente enraizaddos e tradiciionais; semprre se apóiam m em conven nções, estiloss
e molduras espaciais e temporais, ainda que eescorregadiass (por exemp plo, a consttituição e deesignação doo
espaço, sejaa ele o ediffício-teatro, a rua, um bbeco, a praçça pública, a igreja, um m auditório; ou ainda a
modulação da dimensãoo temporal em m horas, diass, anos). (p. 65)
6
(Fonte: MA ARTINS, Ledda Martins. Performancees da oralitura: corpo, lu ugar da mem mória. Letras (Revista doo
Programa dde Pós-graduaação em Letrras), n. 26 (juunho), 2003.)
Utilizando o recurso daa escrita, paartindo da m memória, com mente uma prática
p perfoormática quee você tenhaa
experienciado, indicanddo o gênero, título, locall de realizaçãão, etc. Em sua respostaa, considere os seguintess
aspectos:
a) Por que vvocê consideera essa experriência comoo performáticca?
b) O corpo aaparece com mo local de prrodução e insscrição de co onhecimentos?
Prova Com
mentada - - Habilidades Específicaas – Artes Cênicas
C
HABIL
LIDADE ESPECÍFICA – ARTES
S CÊNIC
CAS
Prova de P Palco:
Em um dos exercícios propostos,
p um
ma quadrinhaa retirada de “Quadras ao o gosto popullar” de Fernaando Pessoa,,
era distribuuída para caada candidatto/a e, a paartir de um exercício caantado, prevviamente viv venciado noo
exercício annterior, cada participante conduzia o eexercício e o “coro” era formado
f peloos demais.
6. EXEMP
PLOS DE RESOLUÇ
R ÇÃO
6.1. Exemp
plo de Notaa Acima da
a Média
Prova Teóriica:
Questão 1 -
A)
Prova Com
mentada - - Habilidades Específicaas – Artes Cênicas
C
HABIL
LIDADE ESPECÍFICA – ARTES
S CÊNIC
CAS
B)
Questão 2 -
Prova de P Palco:
Candidato aapresentou ceena da peça "Círculo de Giz Caucasiano", de Berrtolt Brecht. Para a sua apresentação,
a ,
trajou barrigga postiça e pantufas.
p O início
i da aprresentação fo
oi marcado po
or trecho narrrativo.
Prova Com
mentada - - Habilidades Específicaas – Artes Cênicas
C
HABIL
LIDADE ESPECÍFICA – ARTES
S CÊNIC
CAS
Candidato apresentou cena da peça “Amoress Surdos”, de d Grace Paassô. Trajouu figurino adequado
a aoo
personagem
m e dispôs os elementos de
d cena com equilíbrio, ellegância e fu
uncionalidadee no espaço cênico.
Prova Teórrica:
Neste exem mplo, o canddidato desen nvolve a esccrita e respo
onde a questtão com clar
areza, apreseentando umaa
reflexão críttica a partir do
d conteúdo bibliográficoo.
Prova de P
Palco:
A cena reveela bom estuudo das circu
unstâncias daa fábula – an
ntecedentes e "problemaa" do trecho escolhido –,,
bem como ssegurança naa enunciação dos diálogo s.
O traje utiliizado revela,, ao mesmo tempo, claraa compreensão da função o da personaagem que intterpreta e doo
universo doo autor, com m ênfase no caráter teatrral e consciêência do asp
pecto represeentacional do
d fenômenoo
cênico.
6.3. Exemp
plo de Notaa Abaixo da Média
Prova Teórrica:
Questão 1-
A)
Prova Com
mentada - - Habilidades Específicaas – Artes Cênicas
C
HABIL
LIDADE ESPECÍFICA – ARTES
S CÊNIC
CAS
B)
Questão 2-
A)
B)
Prova de PPalco:
1 - O candiddato apresenntou cena de "Roberto Zuucco", de Beernard-Marie Koltès. Durrante a cena, posicionou--
se quase quue todo o tem mpo atrás da pessoa quee lhe apoiavva dando rép
plicas, gritouu e bateu as mãos numaa
mesa.
2 - O candiidato apresenntou cena daa peça “O Riinoceronte”, de Eugene. Sua fala foii baixa e maal articulada..
Sem compoosição corporral e escolhass de movimeentação aleattórias.
Prova Teórrica:
Neste exemmplo, a respossta é bastantee vaga, não aapresenta maaior desenvollvimento texttual ou reflex
xão a partir
da bibliograafia indicada, além de nãoo atender ao enunciado.
Prova de PPalco:
1 - Um dos erros comunns na Prova de Palco e dde iniciantes na linguagem teatral é a crença de que q uma boaa
cena se susstenta, exclussivamente, na
n emoção dda atuação. Ainda
A que neste aspectoo não seja deesprezível, o
foco da avaliação não é este.
Na abordaggem do candiidato, os grito
os fizeram coom que se peerdesse a claareza do enunnciado das su uas palavras..
Do mesmo modo, os socos sobre a mesam dificulttaram a claraa concretizaçção das circuunstâncias prropostas peloo
texto.
Assim, umaa boa abordaggem partiria não da busc a pela emoçãão, mas do correto estudoo do texto.
Diga-se, ainnda, que o mal
m posicion namento do candidato em m sua apresentação dificcultou aindaa mais a suaa
apresentaçãão.
7. COMEN
NTÁRIOS GERAIS
A banca de avaliação suugere que a dramaturgia
d seja lida na íntegra e quee a cena escoolhida seja lo
ocalizada noo
contexto daa fábula. Suugere, igualm mente, que a memorizaçção dos diállogos seja ddecorrente do estudo daa
estrutura naarrativa do teexto: quais acontecimentoos antecedem m a cena, quual o "problem ma” do trech ho escolhidoo
e como se ddesenvolve a fábula depois, trazendoo consequên ncias para a narrativa.
n Fin
inalmente, a personagem m
escolhida deeve ser estuddada na sua relação
r com ooutros elemeentos: ambien ntes, outras ppersonagens,, função etc.
Sugere-se qque candidatoos/as se posiccionem com calma antes de iniciar a sua cena, bem m como esco olham com
cuidado a posição de seuus elementoss cenográficoos. As escolh has espaciais revelam a mmaneira como o se opera a
recriação doo material texxtual na tridiimensionaliddade da cena..
Prova Com
mentada - - Habilidades Específicaas – Artes Cênicas
C