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Tema: a oposição campo / cidade – dramatização de uma invasão

simbólica da cidade pelo campo, representada por uma vendedeira e


sua cesta de frutas e legumes.

. Assunto: o percurso do sujeito poético, a caminho do emprego às dez horas de


uma quente manhã de agosto, pelas largas ruas macadamizadas de um
bairro moderno da cidade, e ao longo do qual faz contrastar o conforto
dos habitantes do bairro com o esforço de uma vendedeira ambulante,
uma jovem camponesa pobre. Os frutos e legumes que vende são o
pretexto para uma transfiguração do real, transformando os legumes e
frutos num ser humano.

Perante este cenário, é fácil concluir que o poema apresenta


uma linha narrativa: o sujeito poético caminha, pelas ruas
macadamizadas de um bairro da cidade, para o seu emprego, às dez
horas de uma manhã quente de agosto. Em determinado momento vê
uma camponesa pobre, uma vendedeira ambulante a colocar o cabaz
pesado de frutos e legumes nas escadas de uma casa luxuosa. Esta é a
cena que inspira nela a “visão de artista”, que é o principal foco do
poema. O sujeito poético vai observando, com bastante pormenor, o
que o rodeia, contrastando a frescura da vida confortável das
casas “apalaçadas” com o calor daquela rua. Segue-se a caracterização
da vendedeira e transformação dos elementos da sua cesta num “corpo
orgânico”.

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