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Perturbações Disruptivas Do Comportamento e de Défice de Atenção
Perturbações Disruptivas Do Comportamento e de Défice de Atenção
(Delegação de Maputo)
CURSO: PSICOLOGIA
2o Ano
Discente:
2. Objectivos.........................................................................................................................................................4
2.1. Geral..............................................................................................................................................................4
2.2. Específicos.....................................................................................................................................................4
2.3. Metodologia...................................................................................................................................................4
7. Conclusão.......................................................................................................................................................12
8. Referencias Bibliográficas..............................................................................................................................13
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda sobre “Perturbações Disruptivas do Comportamento e de Défice de
Atençãoˮ. Nesta vertente, considera-se aqui nesse trabalho as perturbações do comportamento e a
Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA) como sendo as formas mais
comuns de psicopatologia na infância e na adolescência. Estas perturbações acarretam pesados
encargos individuais e sociais, em termos humanos e económicos, podendo ser precursoras de
perturbações muito incapacitantes na idade adulta.
Quando diagnosticada na infância esta persiste na adolescência em cerca de 75% dos casos e
nos adultos em 50%. No que diz respeito ao género é mais prevalente no sexo masculino do que no
feminino, numa proporção de 2:1 em crianças e de 1,6:1 em adultos, e tem sido descrita uma maior
prevalência na raça caucasiana relativamente às afro-americanas e latinas.
Esta perturbação geralmente é diagnosticada nos primeiros anos escolares onde a desatenção e
os défices cognitivos começam a ser observados pelos pais e professores, apesar de nesta idade haver
predomínio de sintomas de hiperactividade, muitas das vezes não perceptíveis ou considerados
dentro da normalidade. De um modo geral, durante a adolescência e na vida adulta os sintomas de
hiperactividade tornam-se menos proeminentes mas a desatenção persiste.
2. Objectivos
2.1. Geral
Abordar sobre perturbações disruptivas do comportamento e de défice de atenção
2.2. Específicos
Mencionar sobre as Perturbações Disruptivas do Comportamento;
Indicar o diagnóstico e o tratamento dos transtornos do comportamento disruptivo;
Descrever as perturbações de Hiperactividade com Défice da Atenção;
Mencionar os tipos de Perturbação de Hiperactividade com Défice da Atenção.
2.3. Metodologia
De salientar que, para elaboração do trabalho, o autor recorreu a metodologia de consulta de
algumas obras bibliográficas que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais obras estão
referenciadas na lista bibliográfica. Como se não bastasse, tratando-se dum trabalho científico,
importa salientar que, o trabalho está organizado textualmente da seguinte maneira: a introdução,
desenvolvimento e conclusão.
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Esta perturbação é mais frequente entre indivíduos do sexo masculino do que nos do sexo
feminino e foi associada a um espectro de externalização comum, articulado com dimensões de
personalidade rotuladas como “desinibição” e inversamente “constrangimento”, e em menor
extensão com emocionalidade negativa. (Patterson et al., 2002, citados por Bolsoni, 2003).
Contudo, devem ser observados com cautela para averiguar se tais acções ocorrem
espontaneamente ou se já se tornaram um hábito. Desvios de conduta como crises de raiva, mentir
ou matar aulas fazem parte do desenvolvimento da criança e do adolescente, desde que não sejam
constantes. Quando ocorrem de maneira isolada ou esporádica são vistos como normais e não
sinalizam transtornos (García, 2001).
De uma forma geral, as Perturbações de Oposição são caracterizadas por um padrão habitual de
comportamento negativista, desobediente e desafiante em relação às figuras de autoridade. para
Lopes (2004) as Perturbações do Comportamento caracterizam-se pela presença de padrões
recorrentes e persistentes de:
Influências Genéticas
Naturalmente, os factores genéticos são um ponto importante quando pensamos na PHDA
como uma perturbação de etiologias diversas. Estudos com gémeos, com famílias de origem e com
famílias de adopção sugerem uma grande componente genética (Rietveld et al., 2003, cit. por
Coghill et al., 2005), revelando que cerca de 76% da variância sintomática da perturbação é atribuída
a factores dessa ordem (Faraone et al., 2005, cit. por Santos, 2010).
De acordo com Poeta e Neto (2004) esta influência genética é bastante marcada, sendo que
estes factores estão relacionados em cerca de 80% dos casos de PHDA e que pais que preencham os
critérios da perturbação correm duas a oito vezes mais o risco de a transmitirem aos filhos.
Num estudo levado a cabo por Swanson e colegas (2000, cit. por Nigg et al., 2005) com
crianças com PHDA, verificou-se que o grupo com o alelo longo-repetido do gene receptor de D4 de
dopamina apresentou desempenhos neuropsicológicos normais, enquanto o grupo sem esse alelo
revelou lesões ou desempenhos com baixo tempo de reacção, permanecendo como um factor
específico de diferenciação dentro da própria PHDA.
De acordo com esta variância e com o que já foi anteriormente referido, poderíamos tentar
compreender a PHDA tento em conta uma via causal que teria a sua origem em variações genéticas,
que provocariam diferentes tipos de anomalias funcionais nas neurotransmissões noradrenégicas e
dopaminérgicas da via fronto-estriatal. Consequentemente, estas levariam ao aparecimento de
défices no funcionamento executivo e motivacional, que teriam a sua manifestação fenotípica
através dos sintomas que caracterizam a PHDA (Castellanos & Tannock, 2002, cit. por Coghill et al.,
2005).
Contudo, embora a investigação apoie o papel dos factores genéticos na PHDA como um foco
central de influências, não podem ser excluídos os factores ambientais, criando uma rede de
conexões. Se por um lado os efeitos genéticos podem ser mediados, em parte, por mudanças
neurobiológicas, por outro também podem ser mediados por acontecimentos psicossociais devido às
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correlações genótipo-ambiente (Coghill, et al., 2005; National Institut for Health and Clinical
Excellence, 2009, cit. por Santos, 2010)
Influências Neurobiológicas
Tal como anteriormente mencionado, os factores neurobiológicos interferem nos diferentes
factores envolvidos na perturbação. Sergeant e colaboradores (1999, cit. por Nigg et al., 2005)
mencionam a importância de se ter em conta os níveis de estimulação cortical do sistema neuronal
noradrenégico localizado no hemisfério direito e os níveis de esforço coordenados pelo sistema
dopaminérgico do hemisfério esquerdo.
Estes défices das funções dopaminérgicas foram igualmente mencionados por Sagvolden e
colegas (in press, cit. por Nigg et al., 2005) e por Santos (2010). Além disso, também é referido na
literatura que estes défices nas vias dopaminérgicas e noradrenégicas associadas à atenção, também
se relacionam com níveis baixos de ácidos gordos ómega3 e ómega 6 (Santos, 2010).
Co-morbilidades
A PHDA é, de facto, uma síndrome que abarca um grupo de crianças muito variado e díspar
(Nigg, et al., 2005) e pode reflectir inputs diversificados para os domínios sintomáticos (Sonuga-
Barke, 2002, cit. por Martel, Eye & Nigg, 2010). Esta dificuldade em identificar as causas que levam
à perturbação, intensifica a noção de que a PHDA apresenta uma grande heterogeneidade etiológica,
incluindo, interferências genéticas, biológicas e psicossociais (Poeta & Neto, 2004), o que reforça a
complexidade do diagnóstico e das intervenções.
Em termos de fenotípicos, as crianças com PHDA podem variar nos resultados académicos e
nos contextos familiares. Não obstante, a existência de co-morbilidades entre a PHDA e outras
perturbações contribui para este enredo de conexões. Esta heterogeneidade clínica, especialmente em
co-morbilidades com o comportamento de oposição, comportamento disruptivo e perturbações da
ansiedade, necessita de ser cuidadosamente considerada em qualquer diagnóstico ou investigação
(Nigg et al., 2004).
Além disso, crianças com perturbações da ansiedade apresentam mais sintomas de desatenção,
enquantoque crianças com Perturbação do Comportamento apresentam mais sintomas de
hiperactividade e impulsividade, havendo, por isso, menos probabilidade desta perturbação co-
ocorrer com o subtipo PHDA-D (Ter-Stepanian et al., 2010). De facto, os três subtipos de PHDA
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Influências psicossociais
Por fim, os factores culturais, familiares e pessoais criam um conjunto de forças que
influenciam e que são influenciadas pelos demais factores. A investigação tem relatado a
importância destas componentes. Kreppner, O‟Connor & Rutter, (2001, cit. por Coghill et al., 2005)
verificaram que existe um aumento da incidência da PHDA (entre outros problemas) que é originada
e mantida em função das carências familiares vivenciadas.
Além disto, deve ter-se em conta, que a expressão fenotípica da PHDA apresenta alterações ao
longo do tempo, de acordo com o processo de desenvolvimento, pelo que se torna imprescindível
para a investigação e para a prática clínica, conseguir distinguir entre mudanças “verdadeiras” e
“aparentes” nos sintomas durante o decurso de vida (Nigg et al., 2004).
Nesta vertente, trata-se de uma patologia neurobiológica, que afecta indivíduos desde a
infância à idade adulta. A sintomatologia clássica ou típica desta perturbação consiste num padrão
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persistente de falta de atenção e/ou num padrão comportamental caracterizado por um nível
excessivo de actividade e de impulsividade, com prejuízo significativo no funcionamento que
causam consequências na vida académica e relacional.
No entanto, os sintomas desse distúrbio são bem semelhantes em todos os pacientes que
apresentam quaisquer subtipos de DDAH. O transtorno de deficit de atenção/hiperactividade
(TDAH) não tem uma causa única específica. Potenciais causas do transtorno de deficit de
atenção/hiperactividade (TDAH) incluem factores genéticos, bioquímicos, sensório-motores,
fisiológicos e comportamentais.
Alguns factores de riscos incluem baixo pesam 1.500 g no nascimento, traumatismo craniano,
deficiência de ferro, apneia obstrutiva do sono, exposição ao chumbo e também exposição fetal a
álcool, tabaco e cocaína. O TDAH também está associado a experiências adversas na infância.
A Perturbação de Oposição pode tornar-se mais evidente antes dos oito anos, com sintomas de
oposição recorrentes, que geralmente são exibidos em casa, podendo ou não, posteriormente,
manifestar-se noutros contextos, sendo os sintomas normalmente mais evidentes na interacção com
os colegas e adultos que a criança conhece bem.
Nesta vertente, os sintomas devem estar presentes durante pelo menos 6 meses para a
perturbação poder ser diagnosticada. Os indivíduos afectados não apresentam comportamentos
agressivos ou violentos e não comprometem os direitos de outras pessoas. A 1ª linha de tratamento
consiste em psicoterapia, à qual se pode adicionar determinados fármacos, dependendo da gravidade
dos sintomas.
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7. Conclusão
A elaboração deste trabalho permitiu-nos constatar que embora PHDA afecte uma parcela
grande da população, especialmente infantil e juvenil, este problema não será algo novo mas antes
terá acompanhado a espécie humana desde sempre, sendo apenas no século XX que começaram a
ocorrer alguns avanços nesta área, possibilitando a sua definição como perturbação e estabelecendo
quais eram os seus sintomas e manifestações.
8. Referencias Bibliográficas
Monteiro, P. (2014) ”Psicologia e Psiquiatria da Infância e Adolescência”
Barkley, R. (1990). Attention Deficit Hyperactivity Disorder – A handbook for Diagnosis and
Treatment, New York, Guilford Publications.