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INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO KAFUXI

TRABALHO INVESTIGATIVO DE SAÚDE À CRIANÇA

TEMA:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO
COM TRAUMA E HEMORRAGIA

ELABORADO PELO NºII


➢ CLASSE: 12ª
➢ TURMA: F
➢ PERÍODO: TARDE
➢ CURSO: ENFERMAGEM GERAL

O DOCENTE
_________________________
TERESA MATEUS

BENGUELA/2023
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO KAFUXI

TRABALHO INVESTIGATIVO DE SAÚDE À CRIANÇA

TEMA:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO
COM TRAUMA E HEMORRAGIA

INTEGRANTES DO GRUPO Nº II
Nº NOME NOTA INDIVIDUAL NOTA COLECTIVA
13 Cristovão Sambambi
14 Daniel Tchitumba
15
16 Dulce Capitango
17 Ernesto José
18 Eulária Numa
19
20 Fernando Kangombe
21 Francisco Albano Okuvolua
22 Graciano Lungo
23 Inês Armando
24 Jacinta António

II
PENSAMENTO

A felicidade é como a saúde: se não sentes a falta dela, significa que ela existe.

“Ivan Turgueniev”

III
DEDICATÓRIA

Dedicamos este magnífico trabalho a Deus pai todo poderoso, por ter nos
concedido saúde e sabedoria.

IV
AGRADECIMENTO

Agradecemos primeiramente a Deus, pelo dom da vida e de tudo de bom que


tem acontecido connosco;

Agradecemos a nossa exímia professora pela disponibilidade imensurável, ao


responder as nossas questões;

E por último agradecemos aos meus pais, pelo apoio moral e financeiro para que
os nossos trabalhos termine com êxitos.

V
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7

CAUSAS .......................................................................................................................... 8

DIAGNÓSTICO ............................................................................................................... 8

FACTORES DE RISCO................................................................................................... 9

TRATAMENTO............................................................................................................... 9

COMPLICAÇÃO ........................................................................................................... 10

PREVENÇÃO DO SANGRAMENTO POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINA K ....... 10

Vitamina K e o recém-nascido ....................................................................................... 10

TRAUMA NO NASCIMENTO ..................................................................................... 10

Lesões na cabeça extracranianas .................................................................................. 10

Acomodação craniana .................................................................................................... 11

Abrasões no couro cabeludo ......................................................................................... 11

Caput succedaneum ....................................................................................................... 11

Cefaloematoma .............................................................................................................. 11

Fraturas com afundamento craniano ............................................................................. 11

Lesão dos nervos faciais ............................................................................................... 12

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 16

VI
INTRODUÇÃO

O trabalho em análise tem como tema, assistência de enfermagem ao recém-


nascido trauma e hemorragia, e com isto, no decorrer da nossa magnífica viagem
abordaremos temáticas pertinentes, tais como, assistência de enfermagem ao recém-
nascido com hemorragia, causas, diagnóstico, factores de risco tratamento,
complicação, prevenção do sangramento por deficiência de vitamina k, diagnóstico,
trauma no nascimento com isto, como forma de sabermos o que estamos a tratar urge a
necessidade de dizermos que o trauma pode ser definida como perturbações causadas por
lesões físicas ou experiências emocionais desagradáveis que ficam marcadas na mente de
um indivíduo, ao passo que a hemorragia é a perda súbita de sangue, originada pelo
rompimento de um ou mais vasos sanguíneos.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO COM

HEMORRAGIA

Hemorragia intra ou extracerebral pode ocorrer em qualquer recém-nascido, mas


é particularmente comum entre prematuros; cerca de 25% dos prematuros < 1.500 g têm
hemorragia intracraniana.

CAUSAS

➢ Hipóxia-isquemia
➢ Variações na pressão arterial
➢ Hipoperfusão com reperfusão
➢ Pressões anormais exercidas sobre a cabeça durante o trabalho de parto

A presença da matriz germinativa (uma massa de células embrionárias situada


sobre o núcleo caudado na parede lateral dos ventrículos laterais que é vulnerável à
hemorragia) torna a hemorragia intraventricular mais provável em lactentes pré-termo. O
risco de qualquer hemorragia intracraniana também é aumentado por doenças
hematológicas (p. ex., deficiência de vitamina K, hemofilia, coagulação intravascular
disseminada).

A hemorragia pode ocorrer em vários espaços do sistema nervoso central.


Pequenas hemorragias no espaço subaracnoideo, foice e tentório são achados incidentais
frequentes na necropsia de recém-nascidos que morreram de causas não relacionadas ao
sistema nervoso central. Hemorragias profusas em espaço subaracnoideo ou subdural,
parênquima cerebral ou ventrículos são mais raras, porém mais graves.

Deve-se suspeitar de hemorragia intracraniana em neonatos com

• Apneia

• Convulsões

DIAGNÓSTICO

Uma amostra de sangue de um recém-nascido pode ser usada para realizar um


diagnóstico. Isto aplica-se aos casos leves, moderados e graves. Em pelo menos 30% dos

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casos de hemofilia não existe história familiar conhecida e a ocorrência de hemofilia
presume-se ser o resultado de uma mutação genética espontânea.

Os casos de hemofilia grave podem tornar-se evidentes e ser diagnosticados numa


idade precoce como resultado de uma cirurgia ou de um ferimento. Por exemplo,
hemorragias prolongadas podem seguir-se a uma circuncisão, ou análises e imunizações
de rotina.

Mais frequentemente, o primeiro sintoma de uma tendência hemorrágica é na


forma de hematomas (nódoas negras) extensos à medida que a criança aprende a andar
ou a gatinhar. Infelizmente isto é algumas vezes confundido como resultado de uma lesão
não acidental, mas normalmente nestes casos é necessário que sejam realizados testes de
coagulação para investigar a possibilidade da criança ter um distúrbio hemorrágico. O
romper dos dentes é outra fase na qual o distúrbio se pode tornar aparente.

FACTORES DE RISCO

Vários factores de risco são associados à HPIV, como baixa IG, baixo peso de
nascimento, falta de administração pré-natal de corticoides, via de parto vaginal, baixo
índice de apgar de primeiro e quinto minuto,necessidade de ventilação mecânica,
administração de derivados sanguíneos, presença de sépsis neonatal, hipotensão, apneia,
pneumotórax, doença da membrana hialina, persistência do canal arterial, uso de
dopamina, surfactante, altos números de aspiração endotraqueal, entre outros.

TRATAMENTO

O tratamento da hemorragia intracraniana depende da localização e gravidade da


hemorragia, mas geralmente é apenas de suporte, incluindo administração de vitamina K
se ainda não tiver sido administrada e tratamento de qualquer distúrbio de coagulação
subjacente. Nos casos de hemorragia significativa (p. ex., hemorragia subdural), deve-se
realizar uma consulta com um neurocirurgião para ajudar a identificar recém-nascidos
que exigem intervenção.

É muito importante que o bebê prematuro esteja em uma unidade de UTI neonatal
com uma equipe de neuropediatria e neurocirurgia pediátrica com experiência para este
manejo. São bebês muito pequenos, delicados e as intervenções requerem muita perícia,
sistematização, sensibilidade e experiência. Por este motivo, os serviços habituados a

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tratar esta doença costumam ter seus próprios protocolos de tratamento, que incluem a
frequência de realização de ultrassons para diagnóstico e acompanhamento, limiares de
intervenção e possibilidades de tratamento clínico e cirúrgico.

COMPLICAÇÃO

O recém-nascido com uma hemorragia subaracnoidea pode ocasionalmente o


recém-nascido com uma hemorragia subaracnoidea pode ocasionalmente ter apneia
(períodos em que eles param de respirar), convulsões. Quando bebês mais velhos ou
crianças pequenas têm convulsões.

PREVENÇÃO DO SANGRAMENTO POR DEFICIÊNCIA DE


VITAMINA K

O sangramento por deficiência de vitamina K é uma grande preocupação em


recém-nascidos e lactentes jovens. A vitamina K parenteral é a forma mais eficaz de
prevenção.

Vitamina K e o recém-nascido

A administração intramuscular de vitamina K para a prevenção de sangramento


por deficiência de vitamina K (VKDB) tem sido um tratamento padrão desde que foi
recomendado pela Academia Americana de Pediatria em 1961. Apesar do sucesso na
prevenção da VKDB, a sua incidência parece estar aumentando.

Este aumento da incidência é atribuído à recusa dos pais, bem como à menor
eficácia de métodos alternativos de administração. O objetivo da publicação desenvolvida
por Hand e colaboradores (2022) foi discutir o conhecimento atual da prevenção de
VKDB em relação ao recém-nascido a termo e prematuro e abordar as preocupações dos
pais em relação à administração de vitamina K.

TRAUMA NO NASCIMENTO

É aquela provocada pela pressão física que ocorre durante o parto, geralmente
durante a passagem pelo canal vaginal. Muitos recém-nascidos apresentam pequenas
lesões durante o parto. Em casos raros, nervos são danificados ou ossos quebrados.

Lesões na cabeça extracranianas

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Lesão na cabeça é a lesão mais comum relacionada ao nascimento e é geralmente
leve, mas às vezes ocorrem lesões graves.

Acomodação craniana
No parto vaginal, é comum a acomodação craniana decorrente da pressão
exercida pelas contracções uterinas sobre o crânio maleável do recém-nascido enquanto
ele passa pelo canal de parto. Essa moldagem é um processo normal e não é um sinal
de trauma. Não requer tratamento.

Abrasões no couro cabeludo


Podem ocorrer abrasões e lesões no couro cabeludo, que geralmente são
superficiais e menores, durante o parto que exige o uso de instrumentos (em até 10%
das crianças submetidas à extração a vácuo).
Caput succedaneum
Caput succedaneum é o acúmulo subcutâneo extraperiosteal de líquido
serosanguinolento na parte do couro cabeludo que se apresenta, resultante da pressão
durante o trabalho de parto à medida que a cabeça é liberada.

Cefaloematoma
Cefaloematoma é hemorragia sob o periósteo. Ele pode ser diferenciado de
hemorragia subgaleal porque envolve uma área bem delimitada de um único osso, já
que o periósteo está aderente às suturas. Os cefaloematomas são geralmente unilaterais
e parietais. Em uma pequena porcentagem dos neonatos, há uma fratura linear do osso
subjacente. O hematoma geralmente se manifesta nos primeiros dias de vida e
desaparece ao longo de semanas.

Fraturas com afundamento craniano


Fraturas com afundamento craniano são raras. A maioria resulta da cabeça
apoiada em uma proeminência óssea no útero ou de um parto assistido usando fórceps.
Recém-nascidos com afundamento craniano por fraturas ou outros traumatismos
cranianos também podem apresentar hemorragia subdural, hemorragia subaracnoide,
contusão ou laceração cerebral (Hemorragia intracraniana). Fraturas com afundamento
craniano provocam uma deformidade palpável (às vezes visível) a distância, que deve
ser diferenciada da borda periosteal elevada palpável que ocorre nos cefaloematomas.

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Realiza-se TC ou RM para confirmar o diagnóstico de fratura com afundamento
craniano e excluir complicações

Lesão dos nervos faciais


O nervo facial é o nervo lesionado com mais frequência. Embora a pressão do
fórceps seja uma causa comum, algumas lesões provavelmente resultam da pressão do
nervo no útero, o que pode decorrer da posição do feto (p. ex., cabeça apoiada sobre os
ombros, promontório sacral ou fibroma uterino).

A lesão do nervo facial geralmente ocorre na saída do forame estilomastoide,


ocasionando assimetria facial, especialmente durante o choro. Às vezes, fica confusa a
distinção do lado lesado, mas os músculos faciais do lado do nervo lesado não
conseguem se mover. A lesão também pode ocorrer nas ramificações individuais do
nervo, mais frequentemente o mandibular.

Exames ou tratamento de lesão do nervo facial não são necessários para as lesões
do nervo facial periférico ou assimetria mandibular. Geralmente se resolvem até os 2
ou 3 meses de idade.

As lesões podem envolver

➢ Plexo braquial superior (C5 a C7): afecta os músculos do ombro e cotovelo

➢ Plexo inferior (C8 a T1): afecta primariamente os músculos do antebraço e da


mão

➢ Todo o plexo braquial: afecta todo o membro superior e muitas vezes as fibras
simpáticas de T1

O prognóstico é determinado pelo local e tipo de lesão da raiz nervosa.

Paralisia de Erb é a lesão do plexo braquial mais comum. É uma lesão do plexo
braquial superior (C5 a C7) que provoca adução e rotação interna do ombro com
pronação do antebraço. Às vezes, o reflexo do bíceps está ausente e o reflexo de Moro é
assimétrico. Paralisia ipsolateral do diafragma decorrente de lesão do nervo
frênico também é comum. O tratamento da paralisia de Erb geralmente é de suporte
com fisioterapia e posicionamento de proteção, que inclui proteção do ombro contra

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movimentação excessiva, imobilizando-o ao longo do abdome superior e prevenindo
contraturas fazendo gentilmente exercícios passivos da amplitude do movimento nas
articulações comprometidas todos os dias, a partir da 1ª semana de vida.
Lesões do nervo frênico
A maioria das lesões do nervo frênico (cerca de 75%) está associada à lesão do plexo
braquial. A lesão geralmente é unilateral e causada por uma lesão por tração da cabeça
e do pescoço.
Os recém-nascidos têm dificuldade respiratória e diminuição dos sons respiratórios
no lado afetado.

O tratamento da lesão do nervo frênico é de suporte e, geralmente, requer pressão


positiva contínua das vias respiratórias ou ventilação mecânica. Cerca de um terço dos
recém-nascidos se recuperam espontaneamente no primeiro mês. Os recém-nascidos
que não se recuperam podem exigir plicatura diafragmática cirúrgica.
Lesão da medula espinal

O traumatismo da medula espinal é raro (Lesão da medula espinal em crianças)


e envolve vários graus de ruptura do cordão, frequentemente com hemorragia. A ruptura
completa do cordão é muito rara. O trauma geralmente ocorre nos partos pélvicos após
tração longitudinal excessiva da espinha. Também pode ser causado por compressão
das cordas decorrente de hemorragia epidural ou hiperextensão cervical do feto no útero
(“feto voador”). A lesão geralmente afeta a região cervical baixa (C5-C7). Quando as
lesões são mais altas, elas são geralmente fatais, porque a respiração é totalmente
comprometida. Às vezes se escuta um clique ou um estalo no momento do parto.
Abaixo do nível da lesão, ocorre, inicialmente, lesão da espinha com flacidez.
Em geral, há um resquício de sensação ou movimento abaixo do trauma. Em dias ou
semanas, desenvolve-se espasticidade. A respiração é diafragmática porque o nervo
frênico permanece intacto, uma vez que ele aparece mais acima (C3 a C5) da típica
lesão do cordão. Quando a lesão do cordão espinal é completa, os músculos intercostais
e abdominais ficam paralisados e os esfíncteres retal e vesical não conseguem
desenvolver controle voluntário. Sensações e sudorese são perdidas abaixo do nível
envolvido, o que pode causar flutuações da temperatura com as mudanças ambientais.

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Fraturas

A fratura mais comum no momento do nascimento, é a do meio da clavícula,


que pode ocorrer nas distocias dos ombros e também nos partos normais não
traumáticos. Inicialmente, o neonato às vezes torna-se irritadiço e pode não movimentar
o membro superior no lado envolvido, seja espontaneamente, seja quando o reflexo de
Moro é provocado. A maioria das fraturas de clavículas é em “galho verde” e cicatriza
rapidamente, sem sequelas. É comum que essas fraturas não sejam percebidas no exame
no hospital. Elas são frequentemente diagnosticadas quando um grande calo se forma
no local da fratura em uma semana. A remodelação é concluída depois de um mês e não
há sequelas.
Tratamento específico não é necessário, mas alguns médicos recomendam tentar a
imobilização do membro superior por uma semana com uma tipoia prendendo-se a
manga da camisa do lado envolvido no lado oposto da camisa do lactente. Analgésicos
geralmente não são necessários porque os lactentes com fratura clavicular geralmente
não apresentam sinais de dor.

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CONCLUSÃO

Depois de temos abordado o nosso tema de forma ampla, levamos a concluir que,
hemorragia intra ou extracerebral pode ocorrer em qualquer recém-nascido, mas é
particularmente comum entre prematuros; cerca de 25% dos prematuros < 1.500 g têm
hemorragia intracraniana, e que normalmente tem várias causas, como a hipóxia-
isquemia, variações na pressão arterial, hipoperfusão com reperfusão, pressões anormais
exercidas sobre a cabeça durante o trabalho de parto e que uma amostra de sangue de um
recém-nascido pode ser usada para realizar um diagnóstico, em que há amplos
factores de risco, como baixa IG, baixo peso de nascimento, falta de administração pré-
natal de corticoides entre outros e quando se deteta a hemorragia o seu tratamento
depende da localização e gravidade da hemorragia, mas geralmente é apenas de suporte,
incluindo administração de vitamina K, ao posso que os traumas é aquela provocada
pela pressão física que ocorre durante o parto, geralmente durante a passagem pelo
canal vaginal, que pode provocar muitas lesões.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO NA SALA DE


PARTO Rotinas Assistenciais da Maternidade Escola da Universidade Federal do
Rio de Janeiro.
2- Cuidados de enfermeiros frente às hemorragias puerperais: revisão integrativa
Nursing care against puerperal hemorrhages: integrative review Cuidados de
enfermeros frente a las hemorragias puerperales: revisión integrativa.
3- RESPONSABILIDADES DA ENFERMEIRA NA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-
NASCIDO DE ALTO RISCO Wanda Escobar da Silva Freddi* Doroty Leite
Barbieri
4- HEMORRAGIA PÓS-PARTO IMEDIATO: ATUAÇÃO DA
EQUIPEDEENFERMAGEM João Pessoa, 2019

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