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UNIVERSIDADE LICUNGO
BEIRA
OUTUBRO, 2023
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BEIRA
OUTUBRO, 2023
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ÍNDICE
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................. 3
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
O presente trabalho de pesquisa visa abordar acerca da Perspectiva
Desenvolvimental, Ecológica, Construtivista do Desenvolvimento Vocacional com objectivo
de conhecer a sua incidência na vida do individuo. A orientação vocacional é um processo
realizado através de actividades ou testes com o objectivo de identificar aptidões, habilidades
e vocações do individuo, orientando-o para uma vida produtiva no mercado de trabalho. Para
compreender a orientação ou desenvolvimento vocacional é necessário que se busque um
pouco de suas origens históricas, momento em que as escolhas eram feitas para velar o bem
comum, até o surgimento das necessidades. O presente texto desenvolve as bases teóricas
da perspectiva aplicadas à orientação profissional. Esse enfoque visa oferecer
uma análise integrada e contextualizada dos diferentes elementos que intervém no
processo de escolha profissional e da inserção do jovem no mercado de trabalho.
1.2 Objectivos
1.2.1 Objectivo Geral
Analisar a Perspectiva Desenvolvimental, Ecológica, Construtivista do
Desenvolvimento Vocacional do individuo.
Segundo Freire (1994 citado por Lisboa, 2008), entende-se por orientação vocacional
um campo amplo onde diferentes profissionais actuam no sentido de facilitar o crescimento
das pessoas.
Segundo Lucchiari (1993 citado por José, 2015), orientação vocacional é a facilidade
de escolha ao aluno, auxiliando-o na compreensão da sua situação de vida, inclusive nos
aspectos pessoais, familiares e sociais.
Segundo Gothard (1985), Donald Super foi um dos primeiros teóricos dessa
abordagem e um dos pesquisadores percursores nos estudos do desenvolvimento vocacional.
Ele afirma que o pressuposto subjacente a esta abordagem é que uma maneira de compreender
o que uma pessoa irá fazer no futuro, é entender o que ele fez no passado. Também postula
que para entender o que ele fez no passado, deve-se analisar as sequências de eventos e o
desenvolvimento de características, a fim de verificar os temas recorrentes e as tendências
subjacentes.
Crescimento (infância);
Exploração (adolescência);
Estabelecimento ou fixação (idade adulta);
Permanência ou manutenção (maturidade);
Declínio (velhice).
Para ele, esse processo ocorre através de cinco etapas que facilitam o
desenvolvimento de atitudes e comportamentos específicos:
Segundo Kidd (2006), numa formulação mais recente, incorporou quatro etapas e,
dentro de uma, várias subfases que seguem uma ordem estabelecida. Estas etapas
desenvolvimentais seriam exploração, cristalização, especificação e realização. Vale salientar
que cada subfase compreende objectivos que o indivíduo deve alcançar e exigindo certas
habilidades intelectuais e atitudes cognitivas. São elas:
Já, segundo Gothard (1985), a realização dessas etapas e o cumprimento delas irão
permitir que a pessoa avance em seu processo de amadurecimento vocacional gerando, desta
maneira, um desenvolvimento das habilidades intelectuais e atitudes cognitivas requeridas.
Em todas as fases, o cliente está envolvido activamente no processo de avaliação e o objectivo
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b) A raiz psicológica desta perspectiva permite uma leitura integradora das várias
dimensões do funcionamento psicológico que intervêm no processo das escolhas, ou
seja, a relação que o sujeito estabelece com o mundo é, simultaneamente, afectiva,
cognitiva e indissociável da acção;
2.4.2 Estratégias
Segundo Coimbra (1997), fazendo uma breve alusão às estratégias mais adequadas
para a promoção da competência global, no âmbito da perspectiva histórica e construtivista,
sublinha-se a realização de experiências reais (role-taking) exploração da relação com o
mundo do trabalho, em que as dimensões relacionais e humanas se sobrepõem às tecnológicas
e instrumentais, em que momentos de acção/diferenciação são alternados com momentos de
reflexão/integração no contexto de uma relação segura, apoiante, mas também desafiante.
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2.4.4 Competências
Segundo Coimbra (1997), a promoção destas competências Gerais e transferíveis que
tornam o sujeito competente emergem das relações significativas que os sujeitos estabelecem
com os contextos de vida ao longo do desenvolvimento, havendo contextos que proporcionam
e viabilizam essas possibilidades e outros que os inviabilizam, reproduzindo a cultura
dominante do ghetto e perpetuando as desigualdades de oportunidades. Ora, a escola é um dos
contextos onde o sujeito passa longo tempo da sua vida, o que não significa, à partida, que
seja um contexto desafiante e de qualidade que promova o desenvolvimento do sujeito
competente para os confrontos da sua existência, nomeadamente quando faz apelo, nos seus
processos de aprendizagem, à repetição, ao enciclopedismo liceal, à recepção passiva dos
saberes, ao conformismo, à competição desenfreada dos resultados acentuando as
desigualdades de oportunidades. Só um projecto formativo que valorize a participação activa
dos formandos, orientada para a criatividade, para a cooperação solidária, para a
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3.1.1 Conclusão
Da abordagem teórica e metodológica conclui-se que o desenvolvimento vocacional
não é um momento estático, é um processo que decorre desde que o individuo ou criança
começa a dar os primeiros passos de aprendizagem, é uma atitude que inclui um processo
contínuo de mudança da personalidade e a falta de decisão vocacional tem influenciado as
escolhas dos cursos dos adolescentes na saída de um ciclo para o outro e a orientação
vocacional constitui uma oportunidade de autoconhecimento, de alinhamento entre
habilidades, características pessoais e profissão, do sentido significativo do trabalho e da
relação trabalho e projecto de vida do indivíduo. Contudo, o desenvolvimento da orientação
vocacional só pode ser alcançado mediante um tratamento científico dirigido aos aspectos
teóricos, práticos e metodológicos que caracterizam este processo. Este desenvolvimento deve
ter em conta o seu carácter complexo e contínuo que inicia desde a infância e se intensifica
nos momentos cruciais em que o indivíduo tem que decidir o seu futuro profissional.
Portanto, ocorre com frequência nos adolescentes e jovens que quando chegam ao
momento de decidir o caminho a seguir na vida enfrentam diferentes contradições, entre o que
fazer, como fazer, o que ser, quer dizer, não sabem que caminho profissional escolher. Isto
pode estar condicionado, em grande medida, pela ineficiente orientação vocacional que vão
recebendo durante os anos dos seus estudos e nestes casos, a responsabilidade de orientar
adequadamente ou reorientar a imagem do futuro que o adolescente o jovem deve ter, está a
cargo dos factores educativos como a família, a escola, as organizações sociais e
governamentais, cujo trabalho deve dirigir-se a informar, desenvolver e transformar o estudo
das qualidades e formações psicológicas com Objectivos de propiciar a tomada de decisões,
expressada numa autodeterminação da esfera profissional
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
6. Gothard, W. (1985). Guia Vocacional: teoria e prática. New York: Croom Helm;
12. Primi, R., Munhoz, A. M., Bighetti, C., Di Nucci, L., Pellegrini, M., & Moggi, M.
(2000). Desenvolvimento de um Inventário de Levantamento das Dificuldade da
Decisão Profissional. Psicologia, Reflexão e Crítica, 13(3), 451-463;