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METODOLOGIA CIENTÍFICA

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Tópico 1 – CIÊNCIA E CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Método - “caminho para se chegar a um fim”.
Método é um procedimento que pode ser: tangível (material) ou intangível (conceitual).
“O método científico pode ser entendido como sendo a reunião organizada de procedimentos racionais
utilizados para investigar (pesquisar) e explicar fatos e fenômenos da natureza por meio da observação
empírica e da formulação de leis científicas”.
O termo “técnica” faz referência a procedimentos, habilidades, artefatos, desenvolvimentos sem ajuda do
conhecimento científico. A Técnica exige habilidade e percepção de “como” deve ser feito a partir da
experimentação. Não exige necessariamente entender o “por que”.
O termo “tecnologia” é utilizado para referir-se àqueles sistemas desenvolvidos que levam em conta o uso do
conhecimento científico.
O Conhecimento científico caracteriza-se pela forma pela qual é obtido:
- Obtido de modo racional
- Conduzido por meio de procedimentos científicos
A racionalidade pode ser entendida como uma sistematização coerente de enunciados fundamentados e
passíveis de verificação.
O conhecimento comum (senso comum) não exige a formulação de hipóteses sobre a existência de
objetos e fenômenos.
São características do conhecimento popular:
● Superficial. Não há comprobação formal
● Sensitivo. Apoiado em vivências do cotidiano
● Subjetivo. O próprio sujeito organiza seu conhecimento apoiado em suas vivências.
● Assistemático. Não há sistematização das ideias, quanto na aquisição do conhecimento, quanto na
sua validação.
● Acrítico. Não há um formalismo crítico na veracidade do conhecimento.
O conhecimento é classificado em quatro tipos:
Conhecimento Conhecimento Conhecimento Conhecimento
popular Científico Filosófico Religioso (Teológico)
● Valorativo ● Real (fatual) ● Valorativo ● Valorativo
● Reflexivo ● Contingente ● Racional ● Inspiracional
● Assistemático ● Sistemático ● Sistemático ● Sistemático
● Verificável ● Verificável ● Não verificável ● Não verificável
● Falível ● Falível ● Infalível ● Infalível
● Inexato ● Aproximadamente exato ● Exato ● Exato
O conhecimento popular é:
Assistemático, pois baseia-se em experiências próprias do sujeito e não na sistematização das ideias.
• Verificável pois diz respeito a aquilo que se pode perceber no dia a dia.
• Falível e inexato, visto que não permite a formulação de hipóteses sobre a existência de fenômenos nem
submeter o conhecimento a verificação planejada com auxílio de teorias.
O Conhecimento filosófico baseia-se em hipóteses que não podem ser submetidas à verificação. Por este
motivo é:
• não verificável.
• Racional, visto que consiste em um conjunto de enunciados logicamente correlacionados.
• Sistemático pois as hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade.
• Infalível e exato, pois as hipóteses e postulados não são submetidos aos testes da observação
(experimentação).
O conhecimento filosófico apoia-se na razão!!
O conhecimento religioso, apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas (valorativas).
Como tal é infalível e indiscutível (exato). Não é verificável (está implícito uma atitude de fé).
O conhecimento científico, é real por lidar com ocorrências ou fatos.
O conhecimento científico, é:
• Contingente, em virtude da veracidade ou falsidade ser conhecida através da experiência e não apenas
pela razão.
• Sistemático por se tratar de um saber ordenado logicamente. É verificável, de forma que as hipóteses que
não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.
Falível, visto que não é definitivo, absoluto ou final. É aproximadamente exato pois novas

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proposições podem reformular a teoria existente.
O conhecimento científico não é algo pronto e acabado, indiscutível !!
O conceito de Ciência.
“Entende-se por ciência uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente
correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos os quais se deseja estudar. É um conjunto de
atitudes e atividades racionais dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado capaz de ser
submetido a verificação”.

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Tópico 02 - DEFINIÇÃO DE MÉTODO
Método - É um conjunto de atividades sistemáticas e racionais que permitem atingir objetivos de forma mais
segura. A utilização de métodos permite obter conhecimentos válidos, traçar o caminho a ser seguido, e
detectar erros.
Método científico, “é a reunião organizada de procedimentos racionais utilizados para investigar (pesquisar)
e utilizar os fatos da natureza por meio da observação empírica e da formulação de leis científicas”.
Método como a ordem em que se deve dispor os diferentes processos necessários para se alcançar um
resultado
desejado. Em outras palavras, método é um procedimento (forma), passível de ser repetido para atingir-se
algo, tangível (material) ou intangível (conceitual).
O método científico é a teoria da investigação, que permite alcançar os objetivos de forma científica.
As seguintes etapas estão envolvidas:
- Descobrimento do problema
- Colocação precisa do problema
- Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema.
- Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados.
- Invenção de novas ideias (hipóteses, teorias ou técnicas).
- Investigação das consequências da solução obtida.
- Prova ou comprovação da solução.
- Correção de hipóteses, teorias ou procedimentos.
Métodos de abordagem – caracteriza-se por uma abordagem ampla, em nível de abstração mais elevado
dos fenômenos da natureza e a sociedade.
● Método Indutivo - Método que parte de dados particulares (suficientemente constatados), para inferir
uma verdade geral ou universal não contida nas partes examinadas. A indução é um método válido
mas não infalível, assim, para descartar uma indução, basta que um fato a contradiga.
O processo de indução é realizado em três etapas:
◦ Observação de fenômeno - Observação e a análise de fenômenos ou fatos, com a finalidade de
descobrir as causas de sua manifestação.
◦ Descoberta da relação entre eles – Procura-se através da comparação, aproximar os fenômenos
na tentativa de descobrir a relação existente entre eles.
◦ Generalização da relação - encontrada entre fenômenos semelhantes, que ainda podem não ter
sido observados.
As etapas e regras do método indutivo repousam em leis observadas, segundo as quais:
• Nas mesmas circunstâncias as mesmas causas produzem os mesmos efeitos.

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• O que é verdade de muitas partes suficientemente enumeradas de um sujeito, é verdade para todo esse
sujeito universal.
A indução apresenta duas formas:
Completa ou formal. Estabelecida por Aristóteles, não induz de alguns casos, mas de todos.
Incompleta ou científica. Criada por Galileu e aperfeiçoada por Francis Bacon, permite induzir de alguns
casos adequadamente observados. Portanto, na lei que rege o fenômeno constatada em um número
significativo de casos, mas não em todos.
A força indutiva dos argumentos por enumeração tem como justificativa os seguintes princípios:
- Quanto maior a amostra, maior a força indutiva do argumento.
- Quanto mais representativa a amostra, maior a força indutiva do argumento.
A amostra é um conjunto representativo que integra o todo a ser pesquisado.
Tipos de amostragem
● Amostragem casual simples. Também chamada de aleatória ou complementar. Caracteriza-se por
todos os elementos terem a mesma probabilidade de pertencer à amostra.
● Amostragem sistemática. De cada lote de uma determinada produção tira-se um ou mais elementos.
● Amostragem por meio de conglomerados.
- O universo está dividido em pequenos grupos. Um o mais é sorteado para ser a amostra.
● Amostragem múltipla. A amostragem é feita em etapas.
● Modelo de controle.
- Viabilizam análises comparativas. Representam os resultados conhecidos a serem comparados com
os resultados da pesquisa.
Em termos da importância da amostra no processo de inferência, dois casos devem ser considerados:
• Amostra insuficiente. Ocorre quando a generalização indutiva é feita a partir de dados insuficientes para
sustentar a generalização.
• Amostra tendenciosa. Ocorre quando uma generalização indutiva se baseia em uma amostra não
representativa da população.
O método deve fornecer suporte metodológico e representacional o pensamento, permitindo o uso de
metodologias que permitam a superação das limitações individuais do pesquisador em suas análises e
sínteses.
Objetivo do método - Facilitar a obtenção de novos conhecimentos que possam ser utilizados diretamente
para novas descobertas, descrição, explicação, reprodução e controle de fenômenos, e desenvolvimento de
novos produtos e processos.
Utilização de metodologia possibilita que uma determinada constatação ou um determinado produto possa ser
feita em uma localidade, e verificada em qualquer outra parte do mundo, desde que utilizadas as mesmas
condições.
● Método Dedutivo - É uma metodologia na qual o raciocínio é feito passando do geral para o
particular.
No método dedutivo, para que a conclusão: todos os cães têm um coração fosse falsa, uma ou as duas
premissas teriam de ser falsas.
Em contrapartida com o método dedutivo, no método indutivo, é possível que a premissa seja verdadeira e a
conclusão falsa.
Dedutivo Indutivo
1. Se todas as premissas são verdadeiras, a 1. Se todas as premissas são verdadeiras, a
conclusão deve ser verdadeira. conclusão é provavelmente verdadeira.
2. Toda a informação ou conteúdo da conclusão já 2. A conclusão encerra informação que não estava
estava implícito nas premissas. implícita nas premissas.
Argumentos condicionais
Dentre os argumentos dedutivos de interesse tem-se dois conhecidos como argumentos condicionais válidos:
• Afirmação do antecedente (modus ponens).
Se p, então q.
Ora p.
Então q.
Neste tipo de raciocínio dedutivo (forma hipotética), a conclusão ou consequente está contida nas premissas.
• Negação do consequente (modus tollens)
Se p, então q.
Ora, não - q
Então, não – p.

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A primeira premissa é um condicional, enquanto que a segunda premissa é uma negação do consequente
desse
condicional.
● Método Hipotético-dedutivo - é um método de investigação científica que envolve a formulação de
hipóteses, a dedução de consequências a partir dessas hipóteses e a realização de testes empíricos
para verificar se as consequências são consistentes com a realidade.
● Método Dialético - frequentemente referido apenas como Dialética, é uma forma de discurso entre
duas ou mais pessoas que possuem diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto, mas que
pretendem estabelecer a verdade através de argumentos fundamentados e não simplesmente vencer
um debate ou persuadir o opositor. É um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição
de ideias que levam a outras ideias e que tem sido um tema central na filosofia ocidental e oriental
desde os tempos antigos. A tradução literal de dialética significa "caminho entre as ideias".
● Métodos de procedimento - são etapas mais concretas de investigação, e menos abstratas.
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Tópico 03 - DEFINIÇÃO DE MÉTODO
Métodos de abordagem compreendem o método indutivo, dedutivo (já apresentados), hipotético-
dedutivo e dialético. São chamados métodos de abordagem pois referem-se ao plano geral do trabalho,
a seus fundamentos lógicos e aos processos de raciocínio adotados.
Métodos de procedimento, que estão relacionados com as etapas do trabalho. Compreendem etapas mais
concretas da investigação, são menos abstratos, com finalidade mais restrita no relacionado com a explicação
dos fenômenos, e estão limitados a um domínio particular.
A seguir são introduzidos os principais métodos utilizados na área das ciências sociais.
● Método Histórico - Consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para
verificar a sua influência na sociedade de hoje, visto que as instituições alcançaram seu estado atual
através de alterações ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada
época. Permite a comparação de sociedades diferentes.
● Método Comparativo - É utilizado tanto para comparações de grupos no presente, no passado, ou
entre os atuais e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de
desenvolvimento. O método comparativo, “propõe a realização de comparações entre povos, grupos e
sociedades, a partir da identificação de suas diferenças e semelhanças com o objetivo de construir
uma melhor compreensão do comportamento humano”.
● Método Monográfico - Consiste no estudo de indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos
ou comunidades com a finalidade de obter generalizações. Foi criado por Le Play, que o empregou
para estudar famílias operárias na Europa. Pode abranger o conjunto das atividades de um grupo
social particular, como por exemplo: as cooperativas, grupo de indígenas, grupos deliquenciais,
idosos, etc.
● Método Estatístico - Permite a redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos, etc., a
termos quantitativos e a manipulação estatística, que permite comprovar as relações dos fenômenos
entre si, para obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado. Fundamenta-se na
utilização da teoria estatística das probabilidades. O método estatístico fornece descrições
quantitativas da sociedade (por exemplo, a definição das classes sociais). A estatística pode ser
considerada mais do que apenas um meio de descrição racional; é, também um método de
experimentação e prova, pois é método de análise.
● Método Tipológico - Apresenta certas semelhanças com o método comparativo. O pesquisador ao
comparar fenômenos sociais complexos, cria tipos ou modelos ideais construídos a partir da análise
de aspectos essenciais do fenômeno. Os modelos criados servem de modelo para a análise e
compreensão de casos concretos realmente existentes. Este método foi proposto inicialmente por Max
Weber (1864-1920). Só podem ser objeto de estudo do método tipológico os fenômenos que se
prestam a uma divisão, a uma dicotomia de “tipo” e “não tipo”.
● Método Funcionalista - Utilizado por Malinowski, é, a rigor, mais um método de interpretação do que
de investigação. Levando em conta que a sociedade é formada por partes componentes, diferenciadas
e inter-relacionadas, e que as partes são melhor entendidas compreendendo as funções que
desempenham no todo, este método estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas
unidades, ou seja, como um sistema organizado de atividades.
● Método Etnográfico - Refere-se à análise descritiva das sociedades humanas, primitivas, rurais, e
urbanas, grupos étnicos, etc., de pequena escala. O método envolve algum tipo de generalização e
comparação, implícita ou explícita. Diz respeito a aspectos culturais. O método consiste no
levantamento de todos os dados possíveis sobre a sociedade em geral, e na descrição com a
finalidade de conhecer melhor o estilo de vida ou a cultura específica de determinados grupos.

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Segundo Eisman, o método etnográfico é um método de investigação naturalista, baseado na
observação. O objetivo do método é combinar o ponto de vista do observador interno com o externo e
descrever e interpretar a cultura.
De acordo com Wilcox, o processo de investigação implica:
• Aceder, manter e desenvolver uma relação com as pessoas geradoras de dados.
• Empregar uma variedade de técnicas para coletar o maior número de dados e/ou informações, o
que redundará na validez e confiabilidade do estudo.
• Permanecer no campo1 o tempo suficiente para assegurar uma interpretação correta dos fatos
observados e discriminar o que é regular e o/ou irregular.
• Utilizar teorias e conhecimentos para guiar e informar as próprias informações do que viu ou ouviu,
redefinir o tema e depurar o processo de estudo.
“ No desvelar da verdade, os diversos métodos científicos à disposição dos pesquisadores, graduandos e
pós-graduandos são válidos. O importante é verificar aquele que mais se adeque à busca da elucidação do
fenômeno ou fato sob investigação”.
“Urge, porém lembrar, que a necessidade do enquadramento do método em uma pesquisa é imperiosa. Ele
pode ser considerado como a bússola que guia o pesquisador”.
“Saliente-se, ainda, que em uma produção científica pode ocorrer, concomitantemente, o emprego de dois ou
mais métodos, a exemplo das Ciências Sociais Aplicadas, com a utilização da indução e da dedução.
Frise-se, mais uma vez, que os métodos em todas as ciências podem ser trabalhados de forma
complementar, na elucidação da maioria dos casos, sejam fatos ou fenômenos”.
(por Luiz Carlos dos Santos)
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Tópico 04 – INTRODUÇÃO À PESQUISA
Hipóteses - pode ser considerada como um enunciado geral de relações entre variáveis, fatos, fenômenos),
obedecendo às seguintes características:
- Formulado como solução provisória para um determinado problema.
- Apresentando caráter, ou explicativo ou preditivo.
- Compatível com o conhecimento científico e revelando consistência lógica.
- Passível de verificação empírica.
A hipóteses podem também ser entendidas como um conjunto de argumentos e/ou explicações sobre um
determinado fenômeno, que ainda não foi corroborado pela experimentação.
• Os métodos permitem corroborar as hipóteses.
A hipótese compreende um conjunto de argumentos e/ou explicações sobre um determinado fenômeno que
ainda não foram corroboradas experimentalmente.
• Depois de colocada a hipótese, uma série de estudos, e experimentos são realizados com a finalidade de
corroborar a hipótese.
• Observe-se que no processo de corroboração de hipóteses, novas hipóteses podem ser enunciadas.
O tema de uma pesquisa constitui o assunto que se deseja desenvolver. Tem um sentido mais amplo em
relação ao conceito de problema, visto que o tema pode ser considerado de muito maior abrangência. O
problema compreende algo mais específico. Em outras palavras, a formulação de um problema envolve a
indicação precisa da dificuldade que se pretende resolver.
Uma vez formulado um problema, com a certeza de ser cientificamente válido (passível de ser
empiricamente verificado), propõe-se uma resposta suposta, provável e provisória, ou seja uma hipótese.
Formulação de hipóteses
Há várias maneiras de formular hipóteses. Uma forma amplamente utilizada pode ser escrita da seguinte
forma:
se x, então y, onde x e y são variáveis.
Pode-se então considerar que todo enunciado na forma se x então y, é uma hipótese.
Esta é uma condição suficiente mas não necessária, visto que muitas hipóteses podem ser colocadas de
outra forma, como por exemplo, de forma categórica.
Importância das hipóteses.
a)São instrumentos de trabalho da teoria pois novas hipóteses podem dela ser deduzidas;
b) Podem ser testadas e julgadas como provavelmente verdadeiras ou falsas.
c) Constituem instrumentos poderosos para o avanço da ciência, pois sua comprovação requer que se tornem
independentes dos valores e opiniões dos indivíduos.
d) Dirigem a investigação, indicando ao investigador o que procurar e pesquisar.
e) Pelo fato de serem comumente formulações relacionais gerais, permitem ao pesquisador deduzir
manifestações empíricas específicas, com elas correlacionadas.
f) Desenvolvem o conhecimento científico auxiliando na confirmação da teoria.

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Função das hipóteses
a) Dirigir o trabalho do cientista, constituindo-se em princípio de invenção e progresso, na medida que auxilia
a imaginar os meios a aplicar e os métodos a utilizar.
b) Coordenar os fatos já conhecidos, ordenando os materiais acumulados pela observação.
De acordo com (Cervo, Bevian e Da Silva, 2007), a ciência, e consequentemente a pesquisa têm como tarefa
essencial descobrir e expressar as relações existentes entre os fenômenos, isto é, a relação entre variáveis.
Variáveis são aspectos, propriedades ou fatores reais ou potencialmente mensuráveis pelos valores que
assumem e são discerníveis em um objeto de estudo.
Exemplo de variáveis: o salário, a idade, a profissão, a cor, a taxa de natalidade, etc. Variável é, portanto,
um valor que pode ser dado a uma quantidade, qualidade, característica, magnitude, traço, etc, e que pode
oscilar em cada caso particular.
Os seguintes tipos de variáveis se destacam por sua importância:
• Variável independente (X): é o fator, causa ou antecedente que determina a ocorrência de outro
fenômeno, efeito ou consequência.
• Variável dependente (Y): é o fator, propriedade efeito ou resultado decorrente da ação da variável
independente.
• Variável interveniente (W): é a que modifica a variável dependente sem que tenha havido modificação na
variável independente.
Exemplo:
- Alunos de escola pública e de escola particular (X) obtêm notas diferentes no vestibular (Y) pelo nervosismo
de uns ou de outros (W).
- Em época de guerra (X), os estereótipos relativos às nacionalidades (Y) – dos participantes do conflito –
tornam-se mais arraigados e universais.
Existem outros tipos de variáveis importantes tais como as variáveis moderadoras e as variáveis de controle.
Estas duas variáveis serão estudadas na atividade relacionada com este capítulo.
Pesquisa – Tipos de pesquisa
A pesquisa pode ser entendida como um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite
descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento.
-É por tanto um procedimento formal com método de pensamento reflexivo.
- A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se tem informações para solucioná-lo.
- É um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico.
O produto da pesquisa é apresentado através de: teses, livros, artigos.
De acordo com (Cervo, Bervian, Da silva, 2007), a pesquisa é uma atividade voltada para a investigação de
problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos Científicos.
• Parte-se de uma dúvida ou problema e com o auxílio do método científico se busca uma resposta ou
solução.
• A pesquisa não é o único meio de obtenção de conhecimentos ou descobertas. Existe, por exemplo, a
consulta bibliográfica e a consulta documental, que não se enquadram como pesquisa pois não
empregam processos rigorosos.
• A consulta bibliográfica e a documental, não exige o registro dos dados levantados, e caso isso seja feito, se
reduz a mera cópia ou transcrição.
O relatório dos resultados é indispensável na pesquisa.
Pesquisa original. Trabalho científico original é a pesquisa de caráter inédito que:
● Vise ampliar a fronteira do conhecimento.
● Que apresente novas conquistas para o campo do conhecimento.
A memória científica, ou o trabalho científico original deve ser feita de forma tal que um pesquisador
qualificado possa:
• Reproduzir experiências
• Repetir as observações e formar a opinião sobre as conclusões do autor.
• Verificar a exatidão das análises, induções e deduções, nas quais estão baseadas as descobertas do autor.
Finalidades da Pesquisa
A pesquisa tem como objetivos:
• Contribuir com o avanço da ciência
• responder a uma pergunta:
- De interesse para a comunidade científica,
- Ainda não respondida anteriormente (ou satisfatoriamente);
- De relevância para o interesse social.
• A pesquisa no Brasil está fortemente concentrada na universidade em programas de pós-graduação stritu-
sensu.

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• A pós-graduação latu-sensu, visa a formação de especialistas para o mercado de trabalho, e portanto, não
tem a tradição de pesquisa.
- Nesse mesmo sentido, o mestrado profissional tem por objetivo a formação de recursos humanos para o
mercado de trabalho.
Dependendo do curso abordado, ou em outras palavras, do nível de complexidade da pesquisa, os
requerimentos podem ser organizados da seguinte forma:
● Trabalho de conclusão de curso (TCC).
Trabalho exigido ao final dos cursos de graduação, especialização e mestrado profissional. Pressupõe a
elaboração de um projeto de pesquisa e um relatório final.
● Dissertação de mestrado. É normalmente exigida a apresentação de um projeto de pesquisa,
obedecendo a prazos definidos para apresentação de :
- Exame de qualificação (relatório parcial)
- Defesa de mestrado
Tese de doutorado. De forma similar aos procedimentos adotados no mestrado, no doutorado são também
estabelecidos prazos rígidos para apresentação dos trabalhos nos quais está descrita os resultados da
pesquisa realizada:
- Exame de qualificação (relatório parcial) - Defesa de doutorado
Classificação da Pesquisa
Do ponto de vista da sua natureza:
- Básica (ou fundamental) - Aplicada
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema:
- Quantitativa - Qualitativa
Classificação da Pesquisa
Do ponto de vista de seus objetivos:
- Exploratória - Descritiva - Explicativa
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos:
- Bibliográfica - Documental Experimental
Tipos de pesquisa
A seguir, cada um dos tipos de pesquisa anteriormente mencionados serão explicados brevemente.
• Pesquisa pura ou básica. Tem por objetivo a busca pelo saber, procurando satisfazer uma necessidade
intelectual por meio do conhecimento (atualização dos conhecimentos). Os conhecimentos são utilizados em
pesquisas aplicadas ou tecnológicas.
• Pesquisa aplicada. A meta é a busca de conhecimentos com a finalidade de contribuir para fins práticos,
buscando soluções para problemas concretos. Em outras palavras, busca a transformação concreta dos
resultados.
Tipos de pesquisa
Pesquisa explicativa. Visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos
fatos/fenômenos/processos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica o “porquê” das coisas.
Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental (permite testar hipóteses
controlando efeitos) Nas ciências sociais requer o uso do método observacional (fundamenta-se na
percepção da realidade e dos fatos que ela fornece, com o intuito de explicá-la).
Pesquisa quantitativa. Considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números
opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas.
Mais comum nas ciências naturais: matemática, física, engenharia, etc.
Pesquisa Qualitativa: É basicamente aquela que busca entender um fenômeno específico em profundidade.
Ao invés de estatísticas, regras e outras generalizações, a qualitativa trabalha com descrições, comparações
e interpretações. Mais comum nas Ciências Humanas (Antropologia, Sociologia, Comunicação Social,
Psicologia, etc).
Os tipos de pesquisa, de acordo com o procedimento adotado podem ser classificados em:
• Pesquisa bibliográfica. Procura explicar um problema a partir de referências publicadas em artigos, livros,
dissertações e teses. Busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado sobre
determinado assunto, tema ou problema.
• Pesquisa Descritiva.
Neste tipo de pesquisa, é feita a observação, análise, registro e correlação de fatos e fenômenos ( variáveis)
sem manipulá-los.
- Procura-se descobrir a frequência com que um fenômeno ocorre, e a relação com outros fenômenos, sua
natureza e características.
- Desenvolve-se principalmente nas ciências humanas e sociais, abordando problemas relevantes cujo
registro não consta de documentos.

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A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas tais como:
- Estudos descritivos. Estudo e descrição das características, propriedades ou relações existentes na
comunidade, grupo ou realidade pesquisada. Incluem-se aqui estudos que visam identificar representações
sociais e perfis de indivíduos, bem como os que visam identificar estruturas, formas, funções e conteúdos.
- Pesquisa de opinião
Procura saber atitudes, pontos de vista e preferências das pessoas a respeito de algum assunto com o
objetivo de tomar decisões.
- Procura-se identificar falhas ou erros
- Descrever procedimentos
- Descobrir tendências
- Reconhecer interesses, etc.
Esse tipo de pesquisa auxilia no relativo a temas como intenções de voto (política), intenções de compra e de
consumo, verificar tendências de opinião pública.
- Pesquisa de motivação. Procura saber as razões inconscientes que podem levar um consumidor a utilizar
um determinado produto ou que determinam certos comportamentos ou atitudes.
- Estudo de caso. Pesquisa sobre determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade representativo de
seu universo para examinar diversos aspectos de sua vida. A pesquisa envolve uma única unidade de estudo.
Se existir mas que uma unidade de estudo, trata-se de uma análise comparativa.
- Pesquisa documental. São investigados documentos com a finalidade de descrever e comparar costumes,
tendências, diferencias e outras características. Permite estudar a realidade presente, com o passado com a
pesquisa histórica.
Pode-se dizer então que a Pesquisa Descritiva, trabalha com dados ou fatos colhidos da própria
realidade.
• Pesquisa Experimental. Se caracteriza por manipular diretamente as variáveis relacionadas com o objeto
de estudo.
A manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação causa-efeito de determinado fenômeno.
Procura-se, através da criação de situações de controle, evitar a interferência de variáveis intervenientes.
Interfere-se diretamente na realidade, manipulando-se a variável independente a fim de observar o
comportamento da variável dependente.
 Procura dizer de que modo ou porque o fenômeno é produzido.
 Para atingir seus resultados, deve-se lançar mão de instrumentos, técnicas modernas e tecnologias, de
forma a tornar perceptíveis as relações existentes entre as variáveis envolvidas no objeto do estudo.
Convém esclarecer que a pesquisa experimental não significa que a pesquisa deve ser realizada somente em
laboratório, da mesma forma que a pesquisa descritiva não se resume a pesquisa de campo.
Os termos de campo e de laboratório indicam apenas o contexto em que a pesquisa é realizada.
É conveniente contextualizar estes termos que são comumente encontrados no âmbito de toda pesquisa.
Visto que estamos tratando com a utilização de metodologias científicas, deve ficar claro que o método tem
como pressupostos a observação e a experimentação. Por sua vez, tanto a observação, quanto a
experimentação podem ser realizadas em campo ou em laboratório.
Na observação em laboratório, todos os eventos e condições são controladas, mas o pesquisador não
interfere na ordem dos eventos. As variáveis são controladas para minimizar seus efeitos na ocorrência do
fenômeno observado.
Se o controle das condições em um determinado laboratório interferir na ocorrência do fenômeno em estudo
está descaracterizada a observação em laboratório e deve-se atribuir estas ações de inferência ou controle de
condições (variáveis) como uma experimentação em laboratório.
Na observação em campo, as condições não são controladas. O pesquisador está em um ambiente não
controlado, e o fenômeno observado está suscetível a todas e quaisquer variáveis.
A observação em campo pode ser caracterizada, também, como sendo aquela realizada em ambiente
diferente do habitual utilizado pelo pesquisador.
A experimentação, entendida como forma de aquisição do conhecimento em que o pesquisador fixa,
manipula e introduz variáveis no objeto do estudo, também pode ser realizada em campo ou em laboratório.
Na experimentação em campo, Os dados são registrados a partir das reações resultantes das variáveis que
o pesquisador introduz. Todos os eventos são realizados em ambiente não controlado.
Por outro lado, na experimentação em laboratório, todas as variáveis e condições são controladas e, são
introduzidas pelo pesquisador. O ambiente para a realização da experiência é controlado.
Na experimentação em laboratório, o pesquisador tem controle total sobre as variáveis pois o ambiente da
experimentação é criado e conduzido pelo pesquisador.
Na experimentação em campo, o pesquisador não consegue ter controle absoluto sobre as variáveis, visto
que o experimento é conduzido em uma situação real (por exemplo, os Testes de Mercado). Em situações

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reais, ou seja, ambientes que não são criados pelo pesquisador, há presença de muitos fatores que interferem
na pesquisa e que podem fugir de seu controle.
De forma geral, os experimentos de campo têm precisão menor que os experimentos de laboratório.
• Pesquisa Exploratória. Constitui o passo inicial no processo de pesquisa experimental. É também um
auxílio para a formulação de hipóteses significativas.
Este tipo de pesquisa consiste basicamente na procura de informações relevantes que sirvam como
subsídio ao trabalho experimental.
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Tópico 05 – ETAPAS DA PESQUISA
Etapas da Pesquisa
O desenvolvimento de um projeto de pesquisa compreende seis passos (Marconi, Lakatos, 2005):
1.Seleção do tópico ou problema para investigação.
2. Definição e diferenciação do problema.
3. Levantamento de hipóteses de trabalho.
4. Coleta, sistematização e classificação dos dados.
5. Análise e interpretação dos dados.
6. Relatório do resultado de pesquisa.
Roteiro para Pesquisa Descritiva e Experimental
Em conexão com as fases da pesquisa anteriormente mencionadas, apresenta-se o seguinte roteiro para a
elaboração da pesquisa, e que pode servir como guia para a execução de trabalhos:
• Escolha do tema. É o assunto que se deseja estudar e pesquisar. Na escolha do tema deve ser observado
o seguinte:
- Selecionar o assunto de acordo com as inclinações, possibilidades, e aptidões de quem se propõe elaborar
um trabalho científico.
- Encontrar um objeto de pesquisa de notada relevância científica.
Na escolha do tema também é importante levar em consideração as qualificações pessoais, em termos do
background que o pesquisador possui. Isso significa que algum tipo de experiência ou conhecimentos prévios
são importantes em conexão com a escolha do tema de pesquisa.
• Delimitação do tema. Deve-se selecionar um tópico para ser estudado e analisado em profundidade. Deve
fixar-se o tema que merece prioridade.
• Justificativa da escolha. Neste item devem ser mostradas as razões da preferência pelo assunto escolhido
e sua importância.
As razões que levam a realização de uma determinada pesquisa são de dois tipos:
-Intelectuais. Baseadas apenas no desejo de conhecer ou compreender.
- Práticas. Baseadas no desejo de conhecer para realizar algo melhor ou de maneira mais eficiente.
Observação: É importante evitar a escolha de temas de pesquisa sobre os quais já existem estudos
exaustivos.
Há muitos assuntos novos que podem ser explorados o que torna injustificável a duplicação de estudos.
• Revisão da literatura especializada. Tem como finalidade a realização de uma pesquisa bibliográfica que
visa identificar, localizar, e analisar os principais tópicos da literatura especializada sobre a questão delimitada
(ou tópico principal da pesquisa).
Tal estudo permite colocar em evidência os trabalhos já realizados ao respeito, opiniões existentes, e a
situação atual do problema, o que constitui o estado da arte sobre o assunto.
• Formulação do problema. Deve ser descrito com precisão e objetividade o tópico que se tornará o objeto
de estudo da pesquisa. A revisão da literatura auxilia na análise e definição do tópico escolhido.
• Enunciado da hipótese. A elaboração de hipóteses é importante pois permite a proposição de explicações
para certos fatos, ao mesmo tempo que permite orientar a busca por outras informações. A hipótese deve ser
testável. Os resultados finais da pesquisa poderão comprovar ou rejeitar as hipóteses.
• Amostragem. Na elaboração da pesquisa, procura-se estabelecer generalizações a partir de observações
em grupos ou conjuntos de indivíduos chamados de população ou universo. A população representa a
totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características para o estudo.
Contudo, a pesquisa é feita com uma parte representativa da população denominada amostra, e não com a
totalidade dos indivíduos.
Amostragem é então a coleta de dados de uma parte da população selecionada de acordo com critérios que
garantam sua representatividade.
• Instrumentos. Devem ser indicadas as técnicas usadas na coleta de dados, tais como entrevista,
questionário ou formulário. Em pesquisa experimental devem ser indicados os instrumentos, materiais ou
técnicas usadas.

9
• Procedimentos. Em pesquisa descritiva se faz a descrição detalhada de todos os passos da coleta e
registro de dados. Na pesquisa experimental, é detalhada a forma usada para fazer a observação, a
manipulação da variável, o tipo de experimento e a maneira como é feita o registro dos resultados.
Os resultados são apresentados em tabelas, quadros ou gráficos.
A organização dos dados em tabelas facilita a interpretação rápida da massa de dados, permitindo a
inferência de detalhes e relações.
• Análise dos dados. Os dados, depois de organizados, devem ser submetidos, conforme o caso, ao
tratamento estatístico. A análise dos dados procura verificar a comprovação das hipóteses.
• Discussão dos resultados. Consiste na generalização dos resultados obtidos através da análise. Nesta
etapa, devem ser feitas as inferências e generalizações cabíveis. Os resultados devem ser discutidos e
comparados com os de outros autores.
• Conclusão. Na conclusão deve ser apresentado um resumo dos resultados mais significativos da pesquisa,
bem como sintetizar os resultados que conduzirão à comprovação ou a rejeição da hipótese. Também, nesse
ponto devem ser indicados os aspectos que merecem mais estudo e aprofundamento.
• Referência Bibliográfica. Devem ser citadas as referências bibliográficas (conforme normas ABNT) que
serviram de embasamento teórico.
• Anexos. São constituídos de elementos complementares, como por exemplo, questionários e outras fichas
de informação, que auxiliam a análise do leitor da pesquisa.
No quadro a seguir, são apresentados os itens do projeto de pesquisa em conexão com o relatório final da
pesquisa.
ITENS DO PROJETO DE PESQUISA ITENS DO RELATÓRIO FINAL DA PESQUISA
Capa – Folha de rosto - Sumário
Escolha do tema – Delimitação do tema - Introdução - Objetivos
Justificativa
Revisão da literatura – Formulação do problema Fundamentação teórica
Enunciado da hipótese Hipótese
Definição operacional das variáveis Definição operacional das variáveis
Amostragem Amostragem
Instrumentos Instrumentos
Procedimentos Metodologia
Análise dos dados Análise dos dados
Discussão dos resultados Conclusão – Referências bibliográficas - Anexos

Elaboração de projeto de pesquisa


Os tópicos ou itens que devem constar da elaboração de um projeto são apresentados a seguir:
• Título da pesquisa.
• Delimitação do assunto a ser estudado.
• Objetivos, colocando em evidência os resultados que se pretendem alcançar com a pesquisa. Os objetivos
definem muitas vezes a natureza do trabalho, o tipo de problema a ser selecionado, o material a ser coletado,
etc. Quanto à sua natureza, os objetivos podem ser intrínsecos, quando se referem aos problemas que se
quer resolver, ou extrínsecos, relacionados, por exemplo, a solicitação de interessados, trabalhos finais de
cursos de formação, produção de algo original, etc.
Os objetivos extrínsecos também podem ser definidos como objetivos gerais e específicos:
- Objetivos gerais. Procura-se determinar com clareza e objetividade, o propósito do pesquisador com a
realização da pesquisa.
- Objetivos específicos. Tem a finalidade de aprofundar as intenções expressas nos objetivos gerais.
Ou seja, com que propósito o pesquisador se propõe a realizar uma série de atividades, como por exemplo,
identificar novos aspectos, ou utilizar os conhecimentos adquiridos para instrumentar a sua prática
profissional, etc.
• Justificativa, apresentando a análise da situação que o projeto pretende modificar, bem como a importância
do tema para modificar condições atualmente existentes, com indicação de como poderá fazer tais
modificações.

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• Revisão da literatura.
• Formulação do problema.
• Hipótese, que é a tentativa de explicação do problema colocado.
• Definição operacional das variáveis da hipótese.
• População e amostragem, indicando os critérios usados para sua constituição.
• Instrumentos de pesquisa e a forma como serão utilizados.
• Procedimentos para constituição ou não de grupo de controle de variáveis e indicação da maneira como
serão conduzidos a coleta e registro das informações.
• Análise dos dados. Nesta etapa deve ser feita a comparação e confrontação dos dados para a verificação
ou rejeição da hipótese.
• Discussão dos resultados de forma a interpretar os mesmos a partir dos dados utilizados.
• Orçamento, identificando os diferentes tipos de despesas necessárias para a execução do projeto.
• Cronograma de atividades, indicando o escalonamento no tempo de todas as fases e tarefas de pesquisa.
• Conclusões sobre os resultados atingidos.
• Anexos.
• Bibliografia relacionada ao assunto da pesquisa.
Pesquisa Piloto
Depois de elaborado o projeto de pesquisa, é importante, antes de iniciar a etapa de coleta de dados,
elaborar um projeto piloto. A razão para a elaboração de um projeto piloto está no fato que o mesmo permite
antecipar possíveis problemas, ou falhas de forma a testar se o projeto poderá produzir os resultados
esperados.
Fazendo um paralelo com o setor industrial, por exemplo, antes de uma indústria lançar um produto no
mercado, elabora protótipos, os quais são testados para verificar se o produto final funcionará de acordo com
as condições baixo as quais foi projetado. Os protótipos permitem então identificar possíveis falhas, de forma
a fazer corretivos necessários.
Em um projeto de pesquisa, ocorre o mesmo. O projeto piloto tem como função testar o instrumento de coleta
de dados. Questões como o tipo de amostragem escolhido podem ser verificadas com ajuda de um projeto
piloto, permitindo verificar se o preparo da amostra é adequado ou precisa ser modificado.
De forma geral, pode-se dizer que o projeto piloto permite a obtenção de uma estimativa sobre os futuros
resultados, podendo inclusive alterar hipóteses, modificar variáveis e a relação entre elas. Dessa forma
haverá maior segurança e precisão para a execução da pesquisa.
Com o material exposto sobre o tema da pesquisa, é importante refletir sobre a seguinte questão: Como
saber se a pesquisa que se pretende fazer já não existe?
As publicações existentes tornam-se essenciais para verificar-se a existência ou não de trabalhos similares,
evitando-se a repetição.
O amplo conhecimento daquilo que está publicado aumenta significativamente a capacidade de visão sobre o
assunto a ser abordado.
As referências existentes auxiliam na elaboração dos argumentos a serem formulados para a defesa e
complementação das novas ideias propostas.
A comprovação da inexistência de publicações sobre o assunto proposto justifica a relevância do novo tema.
Algumas possibilidades de consulta:
Patentes: Para a verificação da existência de patentes o site do INPI deve ser consultado:
http://www.inpi.gov.br
Periódicos e bibliotecas:
Bases de dados:
Google - Acadêmico
Base de Dados DOAJ
Base de Dados REDALYC
Base de Dados LATINDEX
Scielo - Scientific Electronic Library
Portal Acesso Livre Periódicos - CAPES
Portal de Periódicos Livres CNEN-MCT/BRASIL
Algumas possibilidades de consulta:
Bases de teses e dissertações:
Banco de Teses da CAPES
Banco de Teses e Dissertações - USP
Banco de Teses e Dissertações - PPGEP/UFRGS
Banco de teses e dissertações da UFABC
Bibliotecas digitais:

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Biblioteca - Domínio Publico
Biblioteca Digital - UNICAMP
Biblioteca Virtual FAPESP
Biblioteca Digital da OEI
Biblioteca - British Library
Biblioteca da UNESCO
Para terminar o assunto relacionado com pesquisa, é importante mencionar a frase de (Cervo, Bervian, Da
silva, 2007).
“Todo pesquisador deve desenvolver a capacidade de elaborar projetos de pesquisa pelo menos para
atender a seus interesses pessoais ou do grupo em que está inserido”.
Comunicação da Pesquisa
PARTE 2 – COMUNICAÇÃO DA PESQUISA
Uma vez elaborada uma pesquisa, deverá ser feito um relatório de pesquisa onde deverão ser informados
todos os detalhes relacionados, e os resultados obtidos. Da mesma forma, para submeter um projeto de
pesquisa para a um órgão financiador, deverá ser elaborado um documento de pesquisa bem estruturado
para sua respectiva avaliação.
Os aspectos relacionados com a estrutura desse tipo de documentação serão abordados, de acordo com as
normas ABNT (associação Brasileira de Normas Técnicas).
De acordo com a nomenclatura da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a estrutura de um
trabalho acadêmico é dividida da forma ilustrada no seguinte quadro (NBR no 14724 de 2005):
● Elementos pré-textuais
● Elementos textuais
● Elementos pós-textuais
Estes elementos são descritos a seguir:
Elementos pré-textuais
● Capa (obrigatório)
● Lombada (opcional)
● Folha de rosto (obrigatório)
● Errata (opcional)
● Folha de aprovação (obrigatório)
● Dedicatória(s) (opcional)
● Agradecimento(s) (opcional)
● Epígrafe (opcional)
● Resumo na língua vernácula (obrigatório)
● Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
● Lista de ilustrações (opcional)
● Lista de tabelas (opcional)
● Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
● Lista de símbolos (opcional)
● Sumário (obrigatório)
Elementos textuais
● Introdução
● Desenvolvimento
● Conclusão
Elementos pós-textuais
● Referências (obrigatório)
● Glossário (opcional)
● Apêndice(s) (opcional)
● Anexo(s) (opcional)
● Índice(s) (opcional)
Normas necessárias para a aplicação da ABNT NBR14724:2005
ABNT NBR 10520:2002 ABNT NBR 12225:2004
ABNT NBR 6023:2002 ABNT NBR 6024:2003
ABNT NBR 6027:2003 ABNT NBR 6028:2003
ABNT NBR 6034:2004
Observação: O conjunto de normas supracitadas estão relacionadas com a norma 14724 e portanto são
necessárias para sua aplicação.

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Elementos pré-textuais. São elementos que auxiliam na elaboração do texto no relacionado com a
formatação e apresentação. Portanto, aspectos tais como utilização de capas, impressão, margens,
diagramação, espaçamentos e numerações devem ser observados para uma adequada apresentação do
projeto.
• Impressão. Os editores de texto têm disponíveis uma ampla quantidade de fontes. Em muitos casos, por
exemplo, na apresentação de trabalhos acadêmicos ou projetos, deve ser escolhido um tipo de fonte que
permita uma leitura clara do texto (por exemplo a fonte ARIAL utilizada na escrita do texto desta aula).
Alguns exemplos (os tamanhos das fontes (letras ou caracteres) destes exemplos são apresentados em
tamanho de fonte nº 28, porem o tamanho usual é o nº 12):
Fontes com boa legibilidade nº 12: Arial, Arial Narrow, Book Antiqua, Courier New, Tahoma, Times New
Roman e Verdana .
Dê preferência sempre ao tamanho de fonte no 12.
Ainda os seguintes procedimentos são importantes de serem adotados (preservando a fonte utilizada no texto
que está sendo digitado):
- Para citações textuais (transcrição textual de outro autor) use mesma fonte que tenha sido selecionada e
coloque o texto entre aspas “...”.
- Para títulos, use a forma negrito, no tamanho de fonte no 14.
- Para subtítulos, use a forma negrito no tamanho da fonte no 12.
- Para notas de rodapé utilize tamanho 10 da mesma ou de outra fonte.
• Formato, margens e espaçamento. Estes itens são importantes para a impressão visual que o trabalho
causa. Estes itens são ilustrados em conexão com a norma, mas de forma gráfica, tal como seria feito no
momento da formatação de um documento com um editor de texto (no caso deste exemplo foi utilizado o
word).
Para configurar espaços entre linhas, espaços entre parágrafos, e recuos: Dê um click no menu: Formatar >
Parágrafo
-Quebras de linhas e de páginas e Hifenização: Dê um click no menu (aba quebras de linha e de página):
Formatar > Parágrafo
Importante: • Para início de capítulos abra sempre uma nova página.
• As tabelas, quadros, gráficos e ilustrações devem estar centralizados em relação à página.
• Não deve ser feita quebra de página no meio de ilustrações.
Numeração
A numeração visa dar a localização precisa de cada parte e elemento no conjunto da obra. A numeração se
aplica a cada um dos elementos anteriormente mencionados:
• Parte pré-textual: Capa, folha de rosto, folhas de aprovação, de dedicatória e de agradecimentos não são
numeradas. Se houver prefacio ou epígrafe, essas páginas são numeradas com algarismos romanos
sequencialmente.
• Parte textual: Numeração das páginas em algarismos arábicos, começando na primeira página da
introdução e terminando na última página, antes dos apêndices e anexos, se houver.
• Parte pós-textual: Recebe numeração em algarismos romanos, sequencialmente.
• Aplicação da numeração: O número pode ser colocado na parte superior ou inferior da página, situando-o
à direita ou no centro da página, mas nunca à esquerda.
• Capítulos recebem numeração em algarismos arábicos.
• Subtítulos. Adota-se numeração progressiva (ver figura 4).
• Seções e subseções. Quando houver adota-se numeração progressiva.
• Lista de referências bibliográficas. É importante que a lista seja ordenada alfabeticamente.

• Notas de rodapé. Recebem numeração em algarismos arábicos sequencialmente. A numeração pode ser
capítulo a capítulo ou de forma contínua até o final do texto.

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• Tabelas quadros e figuras. Cada tipo de elemento deve ser numerado separadamente em algarismos
arábicos e sequencialmente.
• Sumário. A numeração indicativa da localização de cada parte do trabalho, em algarismos arábicos, fica
alinhada depois do nome da parte, à margem direita da página, sequencialmente.

Estrutura de um Trabalho Acadêmico


A seguir é apresentada a informação relacionada com a comunicação de trabalhos apresentada em
congressos, simpósios, sociedades científicas, teses, dissertações, monografias, etc. A estrutura apresentada
aqui está relacionada com comunicação de trabalhos acadêmicos.
A estrutura do documento a ser elaborado é determinada por normas da ABNT que visam à padronização de
editoração de textos impressos. Essa informação refere-se à comunicação apresentada em congressos,
simpósios, sociedades científicas, teses, dissertações, monografias, etc.
Capa (obrigatório).
“Proteção externa do trabalho e sobre a qual se imprimem as informações indispensáveis à sua identificação”
(definição tomada do próprio texto da norma). O modelo a seguir ilustra a elaboração da capa.
Folha de ROSTO (obrigatório)
Primeira folha após a capa. Nesta folha é colocada a identificação da natureza e finalidade do trabalho
acadêmico. Observe-se que o nome do autor deve ser colocado na parte superior, bem como o título do
trabalho.
Esta folha contêm também um quadro com as informações básicas. Esse quadro deve ser colocado na
margem direita da página, a partir da metade da página. Abaixo deste quadro deve ser colocado o nome do
orientador do autor do trabalho, e na parte inferior, o local e ano.
Ficha Catalográfica (obrigatório)
Essa ficha deve ficar no verso da folha de rosto. Passará a ser a principal fonte de referência para
localização, catalogação, e classificação do trabalho em biblioteca ou durante consultas. É constituída de um
retângulo de 6 cm por 13 cm, centralizado na página. Deve conter: nome do autor, começando pelo
sobrenome, título do trabalho, local e ano de conclusão, número de páginas, indicação da natureza e
finalidade do trabalho. Pode-se indicar aqui palavras chave para efeito de consulta.
Folha de Aprovação (obrigatório)
No caso de monografia, a folha de aprovação consiste apenas em grafar o nome do professor orientador
abaixo da metade da página, deixando espaço para assinatura. No caso de dissertação ou tese, a página
também conterá o nome completo dos componentes da banca examinadora com a respectiva titulação
acadêmica, abaixo do nome do orientador.
Folha de Dedicatória (opcional)
Página opcional para dedicatórias de caráter afetivo ou homenagens, inclusive póstumas. Agradecimentos de
caráter profissional devem ficar na página seguinte.
Folha de Agradecimentos (opcional)
Nesta folha são feitos os agradecimentos, mas no sentido de crédito do que de homenagem, às pessoas que
efetivamente contribuíram para a elaboração do trabalho.
Epígrafe (opcional)
“Elemento opcional colocado após os agradecimentos”. “Folha onde o autor apresenta uma citação, seguida
de indicação de autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho”.
Resumo (obrigatório)
“Contêm apresentação concisa dos pontos relevantes do texto, fornecendo uma visão rápida e clara do
conteúdo e das conclusões do trabalho. O resumo é seguido logo abaixo pelas palavras chaves (palavras
representativas do trabalho)”.
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)

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“O resumo em língua estrangeira contêm as mesmas características do resumo em língua vernácula (língua
nativa), digitado em folha separada”.
Lista de ilustrações (opcional)
“Deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado com seu nome
específico, acompanhado do respectivo número de página”.
Lista de tabelas (opcional)
“Elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item (tabela) acompanhado do respectivo
número de página”.
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
“Consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguida das palavras ou
expressões correspondentes grafadas por extenso. A NBR que normatiza a grafia de abreviaturas e siglas é a
10522 de outubro de 1988”.
Sumário (obrigatório)
“De acordo com a NBR 6027, de maio de 2003, o sumário designa a enumeração das principais divisões,
seções e outras partes de um documento, na mesma ordem em que a matéria nele se sucede. Não se deve
confundir o sumário com índice, nem com lista, pois são coisas distintas. O sumário abrange todas as partes
do trabalho como listas de abreviaturas e ilustrações, tabelas, índices, etc”. Exemplo:
________________________________________________________________________________________
Tópico 06 – COMUNICAÇÃO DA PESQUISA
Elementos textuais
Constituem o corpo do documento elaborado. Em outras palavras, constitui a alma do trabalho acadêmico,
cujo conteúdo é distribuído conforme a seguir:
• Introdução
• Desenvolvimento
• Conclusão
A seguir, alguns aspectos importantes que devem ser levados em conta na escrita do documento em relação
aos elementos textuais.
 O uso da linguagem científica. A escrita do texto deve ser feita obedecendo alguns critérios: -
Impessoalidade: Todo trabalho acadêmico, técnico ou científico deve ter caráter impessoal. Deve ser
redigido na terceira pessoa, evitando-se referências pessoais. Assim, por exemplo evitar expressões como:
meu trabalho, meus estudos, minha tese.
Incorreto: ...dessa forma conseguimos atingir as metas...
Correto: ...dessa forma foi possível atingir as metas...
A forma correta nesse caso é: o presente trabalho, o presente estudo.
Isso não significa que não se deve assumir a autoria de ideias originais, argumentos inovadores ou teses
polêmicas, apenas a forma de escrever as ideias é que deve ser feita de forma impessoal.
- Objetividade: Deve se evitar pontos de vista pessoais que deixem transparecer impressões subjetivas, não
fundadas, sobre dados concretos. Devem se evitar expressões tais como:
Eu penso, parece-me, parece ser, etc.
A utilizações de tais expressões subjetivas compromete o valor do trabalho. Exemplos:
Linguagem subjetiva: a sala era grande e espaçosa;
Linguagem objetiva: a sala mede 12 m de comprimento por 8 m de largura.
- Modéstia e cortesia: A cortesia é traço importante de todo trabalho, sobretudo quando se trata de discordar
dos resultados de outras pesquisas.
“Ao adquirir conhecimentos profundos na área de estudo específico, o pesquisador não deve transmiti-los
com ares de autoridade absoluta. Sua pesquisa termina por se impor por si mesma. A finalidade é expressar
e
não impressionar”.
-Características da linguagem científica A linguagem científica caracteriza-se pela função informativa
(adequada à transmissão de conhecimentos científicos e informações), e por seu caráter técnico.
Além disso são características próprias da linguagem científica:
- Clareza. Por se tratar de uma linguagem técnica, a linguagem científica é acadêmica e didática. Toda
questão, problema, informação, ou idéia deve ser enunciado com absoluta clareza e precisão.
- Observação: importante ressaltar o texto de (Cervo, Bervian, Da silva, 2007): “Para haver clareza de
expressão, é necessário que haja primeiro clareza de idéias”. Essa é a primeira condição, indispensável
para uma boa redação científica.
 Uso do vocabulário técnico. A linguagem científica utiliza o vocabulário comum, usado com clareza e
precisão. Cada ciência possui uma linguagem técnica própria que acompanha sua evolução. Seu uso, se dá
na comunicação entre cientistas, sendo adequado e necessário em publicações de caráter técnico-científico.

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“saber e conseguir comunicar resultados é tão importante hoje como saber e conseguir produzi-los” (Cervo,
Bervian, Da Silva, 2007).
Em suma, as características da linguagem científica, quanto ao uso do vocabulário, e à construção da frase,
são a clareza, a objetividade, a precisão e a simplicidade (Cervo, Bervian, Da Silva, 2007).

 Abreviaturas e siglas (normas da ABNT – NBR10522: 1988)


As abreviaturas são usadas para evitar a repetição forçada de palavras e expressões frequentemente
utilizadas no texto. Similarmente, as siglas são utilizadas para evitar a escrita e a pronuncia de nomes
extensos.
As abreviaturas mais comuns, designam geralmente endereços, valores de grandeza, unidades de medida,
meses do ano, datas, moedas, designações comerciais, nomes de autores, etc. É importante ressaltar que
não se inventam abreviaturas. Elas são consagradas pelos usos e costumes ou normatizadas desde a
origem, possuindo regras próprias de construção e de utilização.
Exemplos de abreviaturas:
ap.: apud (segundo) – indica citações indiretas ou de segunda mão;
cf.: conforme;
id.: idem (o mesmo, do mesmo autor) – o trecho em questão vem do mesmo autor a que se refere a última
nota;
supra: acima, linhas ou páginas atrás.
As siglas devem ser escritas em maiúsculas quando forem compostas até por três letras. Para siglas de mais
de três letras use letra maiúscula na inicial e minúsculas nas letras restantes. Escreva em maiúscula todas as
siglas que precisem ser pronunciadas letra por letra.
“Em relação às abreviaturas, a primeira referência à abreviatura deve vir, no próprio texto, entre parênteses,
depois da forma por extenso: associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”.
Observação: Abreviaturas e siglas desconhecidas, específicas do trabalho, devem constar em lista prévia,
disposta em ordem alfabética. Se o número de abreviaturas específicas for insignificante, dispensa-se a lista
prévia.
 A introdução
É a parte do texto que abre o trabalho propriamente dito, anunciando o assunto, e supõe a compreensão
dele quanto a seu alcance, suas implicações e seus limites.
A introdução, de forma geral, dá ideia do que será tratado ao longo do texto em questão. São, portanto,
requisitos indispensáveis a uma boa introdução:
- a definição do tema;
- a indicação do problema e da hipótese;
- a indicação da metodologia de trabalho a ser seguida;
- a estrutura interna do trabalho, com indicação de como estão distribuídos e organizados seus argumentos.
Observação: Importante ressaltar em relação à metodologia, bem seja no relacionado com a aquisição de
dados, bem como para sua interpretação, que a mesma merece um capítulo a parte. É o que acontece
tipicamente em trabalhos mais extensos, tais como memórias ou teses, exigidos para obtenção de um grau
universitário.
 Desenvolvimento
“Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em
seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método”. O desenvolvimento do
trabalho é a parte do documento onde os resultados da pesquisa são comunicados. Deve ser sempre dividido
em partes para facilitar a compreensão. O texto é divido em capítulos e seções.
Como a divisão em partes, as subdivisões visam a clareza e compreensão.
Uma possibilidade de divisão do texto é considerar a divisão do mesmo em três partes como a seguir:

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- primeira parte: histórico e contextualização do problema.
Apresenta-se nessa primeira parte um panorama sobre o tema.
Alguns temas requerem de organização hierárquica. É importante ressaltar que o conteúdo desta parte é
essencialmente informativo, e essa informação é fruto de seu trabalho pessoal de mapeamento do tema e
levantamento de dados.
- segunda parte: fundamentação e discussão teórica. Parte essencialmente teórica relacionadas com leituras
e anotações feitas. O resultado de pesquisas às quais se teve acesso são colocados nesta parte. Nesta parte
pode ser feito uma análise das convergências e divergências de opiniões dos autores das pesquisas.
- terceira parte: análise. Nesta parte, já se tem grande parte do trabalho elaborado. Com todo o trabalho
prévio elaborado, deve ser colocada agora a parte específica da pesquisa em questão.
A terceira parte caracteriza-se por ser essencialmente analítica. O encerramento dessa parte implica em
enunciar a posição teórica diante dos dados coletados, dos estudos, das opiniões de especialistas e das
evidências. Isso pode ser entendido como seu ganho intelectual e sua efetiva contribuição ao estudo do tema.
Essa produção intelectual o autoriza a falar com propriedade e segurança sobre o tema.
 Conclusão
“Parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses”. A
conclusão corresponde à afirmação positiva ou negativa sobre os resultados da pesquisa. É a seção que
arremata o trabalho. Nessa parte o pesquisador deverá fechar todas aquelas questões que estavam em
aberto:
- A pesquisa resolve o problema, amplia a compreensão do mesmo, ou ainda descobre outros problemas?
- A hipótese foi confirmada ou refutada pela pesquisa?
- A metodologia do trabalho foi suficiente para a consecução dos objetivos?
- A bibliografia selecionada atendeu às expectativas?
- qual é sua posição ao término da pesquisa em relação ao trabalho de outros autores sobre o mesmo tema?
A conclusão, é portanto, um resumo marcante dos argumentos principais do trabalho.
“Aproveite a conclusão como seu primeiro exercício de autonomia intelectual, pois na conclusão você pode
anunciar seu próprio ponto de vista com a certeza que ele possui uma fundamentação teórica e científica”
(Ciervo, Bervian, Da Silva, 2007).
 Sugestões e recomendações
“Esta seção segue as mesmas orientações básicas das conclusões, ou seja, é um espaço para você
apresentar sua efetiva contribuição à compreensão ou a efetiva resolução do problema tendo como
fundamento as evidências, os dados de sua pesquisa e o cotejamento das opiniões dos especialistas”.
Observar o seguinte:
- Deve se cuidar para que as sugestões e recomendações estejam de acordo com as hipóteses já
comprovadas na pesquisa, ou que possam ser comprovadas por outros procedimentos.
- Indicar os impactos – social, político, econômico, etc, gerados pela adoção de suas sugestões e
recomendações.
Elementos de apoio ao texto
“Os elementos de apoio ao texto servem para um efetivo enriquecimento do texto quanto para suprir
eventuais deficiências do pesquisador”. A normatização para esses elementos está dispersa por várias
normas, sendo necessária a previa consulta para correta utilização. A seguir, apresentam-se cada um dos
elementos pós-textuais.
 Notas e comentários. Notas de rodapé e comentários obedecem as mesmas regras; são colocados
sempre na parte inferior da página, abaixo do texto, mas servem a propósitos distintos. As notas de rodapé
tem como finalidade:
- Referir o autor, à obra e o lugar das citações feitas no texto;
- Fazer considerações suplementares ou marginais que não caberiam no texto sem quebrar a sequência
lógica;
- Remeter o leitor a outras partes do trabalho, a outros trabalhos, ou às fontes.
As notas de rodapé têm numeração arábica em sobrescrito (exemplo 1) ou colocado entre parênteses (1). A
numeração deve ser feita por capítulo ou consecutivamente para toda a obra, e nunca por página.
Os comentários são definidos na NBR 6029:2006 como:
Indicações bibliográficas, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo autor, tradutor ou
editor. Podem aparecer no pé da página, na margem esquerda ou direita da mancha ou no
final de capítulos, de partes ou do próprio texto.
 Citações. Deve-se indicar sempre a documentação que serviu
de base para a pesquisa, bem como ideias e sugestões alheias
inseridas no trabalho, conforme orientação da NBR 10520:2002.
A citação pode ser:

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- Citação Direita. Quando representa a transcrição textual da parte da obra do autor consultado. Devem ser
observadas as Seguintes normas:
• Citação breve: Com até três linhas, deve ser transcrita no corpo do texto e colocada entre aspas duplas.
• Para citações mais longas, com mais de três linhas, reserva-se parágrafo próprio com recuo de quatro cm
da margem esquerda, com letra menor do que a do texto e sem aspas.
• Quando for suprimida alguma palavra ou trecho do texto citado, usam-se três pontinhos entre colchetes [...]
para indicar a supressão. Acréscimos ou comentários à citação são indicados com um colchete vazio [ ].
Ênfases ou destaques para alguma parte da citação deve estar em negrito ou itálico e com a expressão “grifo
nosso”, entre parênteses.
-Citação Indireta. Quando o texto é baseado na obra do autor consultado. Devem ser transcritas no corpo do
texto de maneira Corrente e sem aspas, mas com a indicação da fonte.
“É natural o uso de citações de autores com titulação acadêmica ou maior experiência para corroborar ideias,
teses e teorias para dar autoridade científica ao texto (“grifo nosso”) ”.
Importante: Constitui plágio a apropriação de ideias alheias sem a indicação do autor e da fonte de onde foi
retirada a informação referenciada.
Tal como mencionado, apropriação de ideias alheias sem a devida citação é plágio.
Recomenda-se a leitura do artigo que trata sobre o assunto no site da FAPESP abaixo. Em particular,
destaca-se desse artigo o seguinte: http://www.fapesp.br/boaspraticas/codigo_fapesp0911.pdf
No Brasil são adotados dois tipos de referência para as citações:
- Quando a indicação bibliográfica é colocada logo em seguida à citação, antes do ponto final (fim do
parágrafo), trata-se de citação no estilo autor- data (ou americano). Por exemplo, (Marconi, Lakatos, 2008).
Na lista de referências bibliográficas coloca-se a referência completa.
Exemplo: “ A elaboração de fichas de leitura relativas às obras lidas é o meio mais tradicional de organização
dos textos selecionados” (Nunes, 1977).
- Quando se usa, após a última palavra da citação, um número de referência para remeter à nota de rodapé,
trata-se de citação nºestilo numérico (ou francês). Esse sistema deve ser evitado quando no texto são
utilizadas notas de rodapé pois as mesmas já têm sua própria numeração.
Alguns casos particulares:
• Quando um autor é citado por outro, utiliza-se a seguinte notação:
apud. Exemplo: (Ferrari, 1974, apud Cervo, Bervian, Silva, 2007).
• idem ou id.:: Quando a obra foi citada imediatamente antes;
• opus citatum ou op. Cit.: Quando a obra citada já foi indicada anteriormente.
Importante: “ excesso de citações pode deixar a impressão que se trata de colagem de diferentes textos do
que uma produção Intelectual do próprio autor da pesquisa. Da mesma forma, a falta de citações pode indicar
uma pretensão de auto-suficiência intelectual por parte do autor.
 Tabelas, quadros e Gráficos.
São frequentemente referenciados como figuras ou ilustrações. Em metodologia científica funcionam como
explicações visuais, de caráter quantitativo, qualitativo e descritivo.
Observação: “As normas ABNT tratam desse assunto apenas de forma tangencial, remetendo sempre às
normas de apresentação tabular, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 1993), documento
que realmente normatiza a matéria”.
Observação: Se o número de inserções desses elementos for expressivo, deve ser criado um índice.
 Referências Bibliográficas (obrigatório).
Orientações conforme a norma NBR 6023:2002. A norma 6023, introduz uma forma para referenciar as
informações colhidas em meios não tradicionais, tais como meios eletrônicos, magnéticos e digitais.
• Ordem de apresentação das referências. Podem ser apresentadas em ordem alfabética, cronológica e
sistemática (por assunto). A ABNT, sugere a ordenação alfabética crescente.
Normalmente as referências devem ser colocadas após o texto, antecedendo os anexos (se houver).
• Autoria por número e tipo de autores:
(observar a nomenclatura para cada caso em particular).
Observação: Cada instituição adota seu próprio sistema (em concordância com as normas ABNT) não somente para as
referências, como também a estrutura de todo o texto. Portanto, deve ser sempre procurado o sistema adotado pela
instituição.
a) Um autor:
BACHELARD, Gaston. La formation de l’esprit scientifique. Paris: J. Vrin, 1967.
BÉNÉZÉ, G. La méthode expérimentale. Paris: Presses Universitaires de France, 1954.
BIASOTTI, Míriam Mara Dantur de La Rocha. Pesquisa da informação e elaboração do trabalho intelectual.
Porto Alegre: Mecanografia Sudesul, 1969.
BOAVENTURA, Edivaldo. Ordenamento de idéias. Salvador: Estuário, 1969.
BOCHENSKI, J. M. Diretrizes do pensamento filosófico. São Paulo: Herder, 1961.

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b) Dois autores:
SÓDERSTEN, Bo; GEOFREY, Reed. International economics. 3. ed. London:
MacMillan, 1994. 714p.

c) Três autores:
NORTON, Peter; AITKEN, Peter; WILTON, Richard. Peter Norton: a biblia do
programador. Tradução de Geraldo Costa Filho. Rio de Janeiro: Campus, 1994. 640 p.

d) Mais de três autores:


BRITO, Edson Viana et al. Imposto de renda das pessoas físicas: livro prático de
consulta diária. 6 ed. Atual. São Paulo: Frase Editora, 1996. 228 p.

Observação: Observe que no caso de mais de três autores, somente o primeiro nome aparece na referência.
Usa-se a expressão `et al ́ para informar que a autoria nesse caso pertence a mais de três autores.
Importante: Somente os casos usuais de apresentação de referências são expostos aqui. Para maiores
detalhes, recomenda-se o livro de Metodologia Científica dos autores Cervo, Bervian, Da Silva, referenciado
na seção de referências bibliográficas no final deste capítulo, onde poderão ser vistas as formas para
referenciar casos como: Autoria por tipo de obra (monografias, dissertações e teses), livros, dicionários, Atlas,
biografias, bíblia, periódicos, artigo de revista, artigo de jornal, etc.
Outros elementos pós-textuais, que constituem informações colocados depois do texto principal são os
apêndices e anexos, índices e glossários.
 Apêndices e Anexos (opcional)
O apêndice constitui desenvolvimento autônomo (autoria própria), com a finalidade de complementar sua
argumentação.
Anexos são documentos, nem sempre do próprio autor, que servem de fundamentação, comprovação ou
ilustração. Por conter documentos que não são da autoria do próprio autor, o anexo não pode receber
numeração sequencial à parte textual.
Deve receber numeração em algarismos romanos e estar localizado após as referências bibliográficas.
 Índices (opcional). O índice é constituído por lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado
critério, que localiza e remete para informações contidas no texto.
 Glossário (opcional). Consiste em uma lista de termos utilizados no corpo do texto para melhor
compreensão do leitor.
Considerações importantes do capítulo
• Em relação aos elementos textuais, que compreendem a introdução, desenvolvimento e conclusões, é
importante destacar o item da introdução.
A introdução envolve a escrita de elementos muito importantes. Por exemplo é importante o aspecto da
contextualização. Esse aspecto coloca em evidência a importância da pesquisa, apresentando a área de
pesquisa. Também envolve a escrita da justificativa do trabalho, onde é destacada a importância da
pesquisa a ser realizada. Os objetivos da pesquisa também são apresentados na introdução. Por fim, é
descrita a metodologia a ser empregada na pesquisa. O item da metodologia é de fundamental importância
na realização de todo trabalho de pesquisa. A metodologia apresenta o caminho a ser seguido na pesquisa.
Ou seja, descreve o passo a passo que deve ser seguido para alcançar os objetivos propostos.
É importante mencionar que sem a definição da metodologia será muito difícil alcançar os objetivos
propostos.
Observe que a metodologia é um dos primeiros elementos a serem escritos, e como já mencionado, faz parte
do capítulo da introdução do trabalho. Observe também, que não faz sentido partir para o desenvolvimento do
trabalho sem ter esboçado previamente a metodologia da pesquisa ou trabalho a ser realizado.
A seguir, apresenta-se um exemplo sobre a escrita da metodologia.
O título do trabalho é:
TRANSMISSÃO DE FORMA REMOTA DE SINAIS BIOMÉDICOS
O título, por sí só da ideia da temática que será desenvolvida no âmbito desse trabalho.
Metodologia
A seguinte sequência de etapas é considerada no desenvolvimento dessa pesquisa:
• Revisão Bibliográfica
O estudo do estado da arte é realizado considerando diversos artigos, livros e trabalhos feitos anteriormente
por outros autores, com o propósito de ter ciência de até que ponto as pesquisas tem evoluído.
• Montagem do protótipo de transmissão do sinal

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Para a montagem do protótipo, será utilizada a placa de desenvolvimento Arduino, juntamente com um
módulo Bluetooth. A placa de Arduino e o módulo de Bluetooth serão conectados utilizando os pinos da placa
Arduino para essa finalidade. O conjunto deve ser alimentado através de conexão com o computador, via
cabo USB, ou através da fonte de 12V, diretamente da tomada.
O módulo de Bluetooth acoplado transmitirá esse sinal para um aparelho celular que contenha o sistema
operacional Android com o aplicativo instalado. O aplicativo será desenvolvido através da escrita dos diversos
algoritmos necessários para as funcionalidades consideradas no aplicativo.
• Desenvolvimento dos algoritmos do aplicativo
Para o desenvolvimento do aplicativo serão desenvolvidos os algoritmos, na linguagem Java, necessários
para estabelecer a comunicação com os dispositivos selecionados para transmitir o sinal.
O algoritmo a ser desenvolvido, realizará a leitura do sinal recebido via Bluetooth, transformando o mesmo em
um tipo de dado que o computador possa interpretar e posteriormente fazer o processamento.
Os dados serão tratados de forma a serem mostrados para o usuário do aparelho celular, informando a
magnitude da grandeza física considerada na transmissão.
• Realização de testes
Uma vez desenvolvido tanto o hardware como o software do protótipo, serão realizados testes com os sinais
obtidos. Haverá duas fases de teste principais: uma com relação ao hardware, outra com relação ao software.
O exemplo anterior ilustra claramente a forma como pode ser escrita a metodologia de um trabalho. O
exemplo mostra as etapas que são consideradas a priori antes do desenvolvimento do trabalho. Portanto, o
desenvolvimento do trabalho evoluirá através dessa sequência.
Um outro aspecto que é de marcada importância no contexto da introdução, é o que se conhece como GAP.
O gap coloca em evidência aquilo que em conexão com a pesquisa ainda não foi solucionado por outros
autores. Portanto, o gap mostra tudo o que é importante na pesquisa considerada, justificando o propósito da
mesma. Em outras palavras, o gap contextualiza o que de fato a pesquisa elaborada trará como contribuição
ao campo de pesquisa em questão. Observe que o gap está relacionado com o item da justificativa do
trabalho.
Algumas conclusões do capítulo
• Foram apresentados neste capítulo os aspectos relacionados com a comunicação da pesquisa. É importante
destacar que geralmente as instituições tem seus próprios critérios para a elaboração do texto, seja ele um
TCC, dissertação ou tese. Obviamente que esse trabalho é feito com bases nas normas ABNT. Portanto, é
sempre boa prática consultar os manuais próprios de cada instituição.
• O conteúdo do capítulo foi elaborado privilegiando a comunicação de pesquisa relacionada com trabalhos
acadêmicos. Trabalhos de outra natureza, como por exemplo, texto para apresentação de projetos tem sua
própria estrutura. De qualquer forma, o conteúdo do capítulo já dá boa ideia de como pode ser a estrutura
para um trabalho, outro que de natureza acadêmica.

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