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Estamos aqui 4, 2 pais, participantes, isto porquê? Porque o programa, inicialmente, foi
formatado para ser presencial, c/ muitas dinâmicas de grupo, e em 12 sessões, 12 semanas e
em grande grupo. Ora c/ a pandemia, os autores do programa tiveram que pensar numa
alternativa que foi passar a ser ministrado em formato individual, o que permite reduzir o
número de semanas mas compilar as formações para 6 sessões. O n/ objetivo é voltarmos ao
presencial em grande grupo, mas isso será eventualmente para o próximo ano letivo. Foi
também n/ objetivo responder ao v/ interesse.
Este, é um grupo piloto em Gondomar, p/ isso é uma experiência nova quer para vocês mas
também para nós enquanto dinamizadoras. A seleção e convite aos pais teve por base a v/
manifestação de interesse, o ano passado, na semana aberta da parentalidade, na escola dos
v/ filhos. Devem ter isso presente… Apesar de mais pais terem manifestado interesse, uma vez
que também se inscreveram noutros programas porque também tinham filhos doutras idades,
percebemos que não iriam ficar sem resposta.
Vou passar a palavra à minha colega Daniela que vai passar um sumário desta sessão.
Eu vou apresentar a minha colega, A Daniela, fez formação neste programa o ano passado
comigo, é assistente social na CMG na Divisão de Educação no projeto ACREDITAR GO, onde
trabalha todas as questões ligadas ao insucesso escolar:
1
Absentismo, a participação da família na escola, problemas de comportamento, etc.
A sua experiência com jovens vem atualmente desse trabalho com jovens que integram as
escolas do município. Já trabalhou também numa escola do município, num ATL, num centro
de acolhimento de jovens, e integrou durante mais de 1 década um grupo de dança tendo
como principal papel a organização de eventos dirigidos a jovens.
DANIELA
A Inês também fez esta formação em 2019/2020, tem uma experiencia pessoal com jovens,
muito rica uma vez que tem 3 jovens em casa – 2 rapazes e 1 rapariga.
É Educadora e formadora, e a sua área de atuação é no trabalho direto com as famílias.A sua
experiencia com jovens a nível profissional, é já de longa data uma vez que também já
trabalhou num centro de acolhimento de jovens, raparigas, integrou um PIEF (programa de
educação e formação) em que a turma era constituída apenas por jovens que no passado
haviam abandonado a escola por problemas comportamentais, insucesso, desvalorização dos
pais face à escola, etc. A sua experiencia enquanto juiz social na comarca do Porto onde aplica
a lei Tutelar Educativa , quando jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos,
que pratiquem um facto qualificado pela lei como crime, também lhe traz uma bagagem e
reflexão quanto a esta matéria do impacto que a parentalidade tem no desenvolvimento das
crianças e dos jovens.
Agora, ia pedir-vos para vocês se apresentarem, e para isso vamos propor-vos um desafio, em
que cada um também vai apresentar o outro. A Daniela vai colocar-vos numa sala diferente
durante 5 mts, e vão responder a estas questões: (Pedir para escreverem)
- o nome com que quer ser tratado, renomeando o nome no ecrã posteriormente
- a sua característica positiva que lhe tem permitido lidar com esse e outros desafios da
parentalidade
Muito obrigada pela vossa partilha, e passando agora para a v/ participação neste programa,
vou desafiar-vos a pensar no que gostariam, depois da participação neste programa, de levar,
sendo o foco, o comportamento do v/ filho. Qual ou quais os comportamentos do v/ filho que
vos mostrarão que essa mudança aconteceu. Foquem-se numa mudança específica e possível
de acontecer ao final destas 6 semanas. Foquem-se apenas num filho, neste caso a Sandra,
apesar de poderem aplicar as estratégias com todos lá em casa.
Não dizer isto, mas os pais devem chegar a exemplos como estes
Estudar todos os dias sem ser preciso uma discussão
Levantar-se de manhã a horas de se preparar para a escola
Aumentar o respeito pelos professores
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Participar nas tarefas domesticas
NOTA, os objetivos devem ser sempre formulados na positiva DANIELA FAZER QUADRO E
APRESENTA ”OBJETIVOS PARA OS FILHOS”com nome dos pais.
Ora bem, vamos estar 6 sessões juntos, vamos partilhar opiniões, certamente situações mais
difíceis e pessoais, que regras entendem que devemos ter para o podermos fazer com
segurança e para nos sentirmos bem neste grupo?
Agora vamos passar a um dos tópicos do dia “Razões para os problemas dos adolescentes”.
Para isso vamos mostrar-vos 1 problema. Vamos ver uma família: 1 pai, uma mãe e 1 filho
adolescente. Ele está a baixar as notas na escola. Pensem, ao visualizar, quais poderão ser
algumas das razões que podem estar a contribuir para o Tó estar a baixar as notas na escola.
DANIELA – FAZ QUADRO DOS PRINCÍPIOS E APRESENTA, após isto, envia pelo bate papo
documento das pág. 10, 11 e 12 dizendo que o mesmo documento apresenta 7 razões para os
problemas dos comportamentos dos adolescente.
INTERVALO
Vamos passar ao 2º tópico do dia: Princípio de uma parentalidade positiva FOICES. O que
significa o foices? Ceifar para crescer de novo – renovar
Para se ser um pai ou mãe eficaz há algumas competências que temos de desenvolver, mesmo
que já as tenhamos. Nesse sentido, vamos apresentar-vos um exercício (DANIELA MOSTRAR
QUADRO a ser preenchido na hora, em tempo real)
Em que vos vou pedir para ajudarem a preencher. Vou pedir-vos para pensarem nos vossos
tempos de estudantes, e que pensassem em professores vossos que vos marcaram, um
positivamente e outro de forma negativa.
Refletindo, sobre o que indicaram, vemos que afinal o que os torna de “maus” professores ou
ineficazes são poucas características.
Agora, pedia que pensassem, sem partilharem connosco, pensem só para vocês, onde é que
nessa linha o v/ filho vos colocaria como pai ou mãe, tendo em conta quais dessas
características os v/ filhos vos iriam reconhecer.
Pedia também que tentassem chegar ao objetivo deste exercício. Isto é agora, que partilhem o
que é que esta atividade vos permitiu compreender.
(o objetivo é que os pais reconheçam que, c/ os filhos nem sempre usamos as estratégias que
gostamos que os outros usem connosco e que um pai / mãe positivo a um pai ou mãe modelo.
Então, o PRINCIPIO é o de que nós somos os principais MODELOS dos nossos filhos e não lhes
podemos pedir aquilo que nós próprios não fazemos. E que ser POSITIVO se resume a um
conjunto muito pequeno de características que nos vamos esforçar ao longo deste programa e
3
que podem ser elencadas no FOICES. A DANIELA vai enviar-vos um documento pelo bate pap o
para poderem descarregar e ler durante os próximos dias acerca do FOICES.
De seguida, e por forma a focarmos nesta temática de PAIS enquanto modelos, vamos
mostrar-vos o PROBLEMA 3.
E a cena é a seguinte: a mãe está à espera da Ana que está a voltar tarde para casa. A Ana não
telefonou à mãe para avisar que iria chegar tarde.
DANIELA MOSTRA LOGO A SOLUÇÃO 3 e diz: Vou pedir-vos que pensem quais poderão ser as
algumas das consequências do comportamento da mãe no futuro da Ana.
A Daniela vai enviar vos o desafio para a semana (descarregar no bate papo)
E para terminar, ia pedir-vos que no bate papo colocassem algumas palavras ou frases acerca
do que levam para casa ou para a vossa família, hoje, da sessão.
4
SESSÃO 2
Vamos começar
Não sei se o Duarte quer fazer alguma partilha do que levou da última sessão, de alguma
situação que durante a semana o tenha despertado para esta temática da parentalidade
positiva…
Retomando a situação que vimos da mãe e da filha que chega tarde, e da atitude da mesma
perante o seu desespero pela falta de notícias, é fácil perceber que se perdermos o controlo e
insultarmos os n/ filhos, é um exemplo de mau modelo de comportamento.
Os filhos procuram nos pais modelos de bom comportamento e por vezes isso exige muita
paciência e sensatez, características que o Duarte realçou que tem e que reconhece como
importante para ultrapassar alguns desafios da adolescência da sua filha.
Portanto, voltando à cena da mãe e filha a DANIELA VAI MOSTRA A SOLUÇÃO 2 onde vamos
observar as características do FOICES.
Agora pensando num dos comportamentos que o Duarte identificou como querer ver mudado
( POR ex. participar nas tarefas domésticas de forma autónoma, sem que os pais tenham que
estar de forma repetida a pedir) que mudanças acha que pode fazer no seu comportamento
tendo em conta as características do FOICES.
Fazendo esta ponte com aquele exercício do professor bom e mau, se pensássemos num bom
patrão, qual era a característica ou características que podia elencar num bom patrão.
Portanto, “bom patrão” à luz do FOICES caracteriza-se por aquele que dá atenção positiva
frequente às coisas bem feitas.
Muitas vezes, os pais sentem-se inseguros sobre a forma e o momento em que devem elogiar
os seus filhos.
Reconhecem que devem ser elogiados por coisas especiais, mas sentem que é desnecessário
elogiar as coisas simples que eles fazem todos os dias.
Estes comportamentos são, muitas vezes, dados como certos.
Muitos pais acham que os filhos “devem saber” comportar-se sem serem elogiados ou
recompensados.
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Se o comportamento positivo foi reforçado ou valorizado pelos pais é mais provável que ele
volte a acontecer.
Mas se ele foi ignorado será menos provável que ele volte a ocorrer no futuro.
Então, nenhum comportamento deve ser tomado como certo, ou não tardará a desaparecer.
Por vezes, os pais têm receio de que o elogio em excesso seja mau.
Ás vezes pensam que, quando o filho recebe muitos elogios, fica mimado ou presunçoso, ou
que passe a depender tanto de reforços exteriores que os peça a toda a hora e precise cada
vez de mais.
De facto, o que é verdade é exatamente o contrário.
As investigações mostram que os pais bem sucedidos não poupam nos elogios e incentivos.
As crianças/adolescentes que são elogiados interiorizam o reforço positivo e desenvolvem uma
autoestima positiva, sentem-se competentes confiantes e parecem precisar menos de elogios.
Elogiar é a forma de mostrarmos aos n/ filhos que apreciamos os seus esforços e isso motiva-
as para continuarem e contribui para aumentar a qualidade da relação com eles e uma
vinculação mais segura.
A Daniela agora vai mostrar uma cena. Trata-se de 1 pai e uma adolescente em que este lhe dá
uma ordem.
Pedia ao Duarte pense em qual o comportamento que o pai devia elogiar, quando acontecer?
(portanto, deveria elogiar o facto de ter a música baixa enquanto faz as tarefas domésticas)
Portanto, qual o risco do pai punir o comportamento negativo antes de começar a elogiar o
comportamento positivo?
O pai entra na cozinha ao voltar do trabalho. A música está de novo com o volume no máximo.
Portanto, o pai origina mais do que um problema ao agir de forma zangada com a filha desde o
princípio. Ele exige e ameaça em vez de ter uma conversa com ela. Ele criou as condições para
a resposta mal educada que teve da parte dela.
O castigo que ele lhe deu é demasiado severo e ao mesmo tempo demasiado vago. O pai não
lhe diz durante quanto tempo vai ficar sem a aparelhagem, nem a tinha avisado antes que isso
ia acontecer.
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Relativamente aos elogios, a DANIELA VAI PASSAR UM QUADRO Exemplos de elogios ou seja,
de como tornar o elogio mais eficaz.
INTERVALO
Tópico do dia: Comunicação positiva com os adolescentes: “escuta ativa” e “mensagens
EU”
Isto é, Quais as vantagens de os pais, quando conversam com os adolescentes sobre algo
que os preocupa ou sobre um problema, o fazerem de forma calma, mostrando que
compreendem o que o adolescente lhes está a dizer mas também, e ao mesmo tempo,
fazendo-o saber o que estão a sentir, sem o julgar ou culpar?
Duarte lembra se de alguma que nos queira dizer?
DANIELA MOSTRA QUADRO COM vantagens (pag. 2 sessão 4)
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O pai está a conversar com o Michael sobre como estava a correr a escola e o filho diz-lhe que
está tudo a correr bem. O pai vê o boletim de notas do Michael na mochila e tira-o enquanto o
Michael vai buscar água. Vê que baixou as notas a 3 disciplinas e que não tem feita as tarefas e
os trabalhos de casa.
Vamos pensar no seguinte.
- Como é que o pai se está a sentir?
- Qual o risco de não procurar compreender a versão do filho sobre o que está a acontecer e ter
uma conversa positiva com ele sobre as razões para que isso esteja a acontecer, na qual o
Michael se sinta escutado e compreendido e o pai consiga explicitar o que está a sentir de forma
clara e positiva?
Agora a Daniela vai passar uma cena em que o pai pensa que o filho lhe está a mentir.
Repreende-o e põe-no de castigo até que ele melhore as notas.
Vamos ver o que as “acusações” de mentira fazem o filho sentir e quais as implicações dessas
acusações?
Agora a Daniela vai mostrar a solução 3 em que o pai conversa com o Michael sobre as
notas e fazem um plano. Vamos ver como é que o pai mostra ao Michael que compreende o
que ele lhe está a dizer e como é que mostra ao filho o que está a sentir com a situação.
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DANIELA MOSTRA A 1ª PARTE DA SOLUÇÃO 3 DO PROBLEMA 4 ( A 2ª PARTE
VAI SER NA PROXIMA SESSÃO QD ABORDARMOS AS RECOMPENSAS)
- Como é que o pai se mantém calmo em vez de reagir a “quente” como fez na solução anterior?
(Usa “pensamentos calmantes”: Estou zangado, mas tenho de manter a calma e de lhe dizer
como isto me fez sentir."; Reenquadra a situação procurando outras razões: "Talvez ele não
perceba bem os prazos dos trabalhos de casa ou as tarefas que tem de fazer." "Não é a criança
mais organizada do mundo." "Como eu, quando tinha a idade dele...)
- Como é que o pai diz ao filho o que está a sentir, sem o acusar? (Usa uma mensagem Eu: “Eu
confesso que estou um pouco desapontado por algumas das notas terem baixado”)
- E como é que o pai nesta conversa mostra ao filho que o está a ouvir e a compreender o que
ele lhe diz? (Usa Escuta ativa ao procurar identificar o que ele lhe está a dizer: Também estás
surpreendido por as tuas notas terem baixado)
- Porque é que foi importante o pai ter ignorado quando o filho lhe disse “Está bem, mas não me
envergonhes!” depois de o pai ter dito que quer ir falar com a professora? (Porque o importante
é o pai fazer o filho saber que valoriza a comunicação com a escola e com a professora e que vai
supervisionar; e porque quando o filho diz isso não é porque tenha vergonha do pai, não é algo
de pessoal com o pai, mas porque se sente inseguro)
A ESCUTA ATIVA é empregue quando queremos demonstrar a outra pessoa que lhe estamos
realmente a prestar atenção. Assim a pessoa sente-se importante, e saberá que nos interessamos
por ela e pelo que diz.
É útil quando estamos zangados e a precisar da sua atenção e compreensão. Ficarão mais
predispostos a falar consigo no futuro se usar a EscuAta Ativa com frequência.
DANIELA MOSTRA QUEDRO COM VANTAGENS E E COMO USAR A ESCUTA
ATIVA (PAG. 5 SESSÃO 4)