E-book

GESTÃO DE SAÚDE
Ánalise de dados sobre o uso dos planos de saúde nas empresas
Sumário

Sobre a parceria 5

Dados de Mercado | O uso dos planos de saúde 6

Peso dos planos de saúde no pacote de benefícios 7

O grande paradoxo 8

Grupos de risco | Informação por faixa etária 11

Estudo de caso | Gestantes 14

Considerações finais 16

Parceiro 17

Conteúdo extra 18
 COMEÇAMOS Você gosta de fazer trilhas?

POR AQUI O simples gosto por caminhar explorando a na-

tureza envolve muita tecnologia, mesmo que esta seja
uma das atividades mais antigas do mundo. Um país fa-
moso pelas trilhas exuberantes e pelo amor ao esporte
é a Suíça. Suas rotas somam mais de 65.000 quilôme-
tros de extensão e atraem cerca de 36 milhões de tu-
ristas todos os anos.
O que grande parte deles nem imagina é o tama-
nho da infraestrutura tecnológica que foi desenvolvida
para manter esse hobby vivo. Com o objetivo de proteger
a natureza e garantir a manutenção das marcações dos
trajetos, um software foi desenvolvido para administrar
as trilhas. Tudo é digital.
O governo também gera estudos frequentes sobre
o uso e o fluxo de pessoas pelas rotas e, para isso, usa dados
coletados por vários meios, câmeras, pesquisas de campo
e análises do giro da economia. Tudo está interligado.
É sabendo disso que damos nosso primeiro
passo no e-book: o futuro é movido pela combi-
nação entre informação e tecnologia.

Fotografia por:E-book
Roger Steinbacher
Gestão de Saúde | Carreira Muller Voltar ao sumário 3
 Esses avanços tecnológicos nos
garantem inúmeras oportunidades, não
só no nosso tempo livre, fazendo trilhas
e praticando esportes, mas também no
mundo corporativo.
O RH precisa olhar para esse
campo com sede de aprendizado
e inovação.
Duas áreas onde a informação
e a tecnologia têm caminhado juntas são
a medicina e a gestão de saúde. Ambas
existem dentro das empresas e são parte
da lista de atividades sob a supervisão do
RH.
Esse e-book traz dados e refle-
xões sobre esse universo: o uso dos pla-
nos médicos corporativos, ponderados
pela tecnologia da informação.
Especificamente nesse materi-
al, destacaremos a relevância de olhar
com atenção para a negociação e ad-
E-book Gestão de Saúde | Carreira Muller
ministração dos valores reservados à ma-
nutenção dos planos de saúde.
É de suma importância que dados
como esses cheguem ao RH e capacitem o
time de gestão para administrar melhor, não
somente os números e gastos, mas princi-
palmente a saúde dos colaboradores.
Os números apresentados aqui são
provenientes dos estudos desenvolvidos
pela empresa HealthBit, uma consultoria
especializada em gestão de saúde.
Boa caminhada!
As ideias transformam
as pessoas e sempre nos
provocarão a sair do lugar
comum. É impossível pensar
que amanhã essas pessoas, com
ideias e estímulos novos, sejam
engajadas da mesma forma
com que foram no passado.
Se os RHs não observarem a
rápida evolução do pensamento
associado ao trabalho,
simplesmente oferecerão
refeitórios luxuosos quando
toda a força de trabalho estará
em home office.
Robinson Carreira
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 SOBRE A
PARCERIA parceria com a HealthBit surge
da necessidade de debater a im-
portância da análise de dados de
saúde dentro das empresas.

Juntos, entendemos que é preciso valorizar

a geração de conteúdo e entrega de análises
para o RH, capacitando-o com informações
sólidas e atuais.

O foco da HealthBit é analisar dados provenientes

do uso dos planos médicos no país, aprimoran-
do assim, a fiscalização e a utilização dos recur-
sos das empresas que investem nesse tipo de
benefício, melhorando o serviço disponível para
os usuários e colaboradores.

Imagem: Rawpixel
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 DADOS DE
MERCADO
O USO DOS PLANOS DE SAÚDE

uso dos planos de saúde dentro

das empresas exige um cuida-
do estratégico, não somente por
conta da concorrência no merca-
do de seguradoras e prestadoras desse tipo de
cobertura, mas principalmente porque eles im-
pactam, diretamente, os pacotes de benefícios.

Fotografia por:E-book
Pina Messina
Gestão de Saúde | Carreira Muller Voltar ao sumário 6
PESO DOS PLANOS DE SAÚDE NO PACOTE DE BENEFÍCIOS

Nivel
Pl an o Pr e vidência Me dica- Al ime n -
Odon to Ve ícul o Se gur o Re fe ição Tr an spor te
Médico privada mentos tação

Diretores 22,9% 1,6% 20,8% 45,6% 4,7% 0,6% 1,7% 2,2%

Gerentes 31,3% 2,1% 16,9% 35,7% 4,8% 1,2% 3,5% 4,5% 0,0%

Coordenadores 43,9% 2,4% 22,4% 6,6% 2,8% 8,0% 10,3% 3,7%

Analista 46,6% 3,4% 9,0% 3,6% 3,9% 11,3% 14,5% 7,8%

Operacionais 43,4% 4,2% 3,4% 2,2% 4,8% 13,8% 17,7% 10,6%

Dados Carreira Muller

Acima, é possível visualizar o impacto financeiro de cada um dos benefícios por nível.

Os dados apresentados demostram a importância do alinhamento dos benefícios (concessões e formatos corretos), pois o custo destes
itens, principalmente dos planos médicos, são significantes.

E-book Gestão de Saúde | Carreira Muller Voltar ao sumário 7

 O GRANDE
PARADOXO
s planos de saúde pertencem
ao pacote de itens que, ano a
ano, ficam cada vez mais caros.
Você já se perguntou por quê?
A HealthBit têm trabalhado para levantar dados
que expliquem essas mudanças de cenário.
A seguir, confira os números daquilo que pode-
mos chamar de grande paradoxo.

Fotografia por:E-book
ChristinGestão
Hume de Saúde | Carreira Muller Voltar ao sumário 8
 Já podemos começar apresentando um paradoxo que gira em torno dos planos de saúde, porque é sobre eles que falaremos nas
próximas páginas: muito se especula sobre o encarecimento dos planos e, quase sempre, esse aumento é justificado pelos investimentos
em tecnologia, mas se há tanto avanço técnico, por que a eficiência dos atendimentos também não acompanha esse desenvolvimento?

O gráfico ao lado pode ilustrar melhor o que acontece. Nele, temos a evolução do Valor do Custo Médico Hospitalar (VCMH) comparado
com a variação do IPCA, em um intervalo de oito anos.

MAS O QUE ISSO SIGNIFICA

Série histórica da VCMH/IESS

Apesar das variações, perceba que as barras do VCMH não acom-
19,4
panham o IPCA e, mesmo que os gastos hospitalares aumentem 20% 19,2
17,2
devido aos investimentos em tecnologia e inovação, a diferença 13,2
15,8
14,8
15%
11,6
entre os dois índices não poderia ser tão discrepante assim. 10,7
10,4
10% 8,3
7,3 8,9 8,5
6,3 5,9
Mais do que números, esse gráfico nos indica que não prestamos 4,3
4,7 5,3
5%
a atenção realmente necessária nos sinistros de saúde e toda essa
0%
variação entre IPCA e VCMH significa apensas uma coisa: Ainda há

set/08
jan/09
mai/09
set/09
jan/10
mai/10
set/10
jan/11
mai/11
set/11
jan/12
mai/12
set/12
jan/13
mai/13
set/13
jan/14
mai/14
set/14
jan/15
mai/15
set/15
jan/16
mai/16
set/16
uma margem financeira para investimentos em saúde, mas antes
disso, é preciso uma análise mais profunda para correção de va- Variação do IPCA VCMH

lores e prevenção de gastos.

*A variação do IPCA é calculada utilizando-se o índice médio de 12 meses relativamente aos 12 meses anteriores
Dados fornecidos pela HealthBit

E-book Gestão de Saúde | Carreira Muller Voltar ao sumário 9

A essa altura, precisamos fazer um alerta ao leitor:

Muito mais do que apenas considerar os dados deste e-book,

o profissional de RH precisa perceber o imenso campo de atuação
que tem para otimizar a gestão da empresa, sugerindo um olhar
mais criterioso para o tema e destacando a importância do debate.

Interpretar os dados desse mercado pode ajudar a identificar em que o siste-

ma nos permite melhorias, tanto para poupar recursos, quanto para atender
mais pessoas de forma mais eficiente.

Outro grupo que preci-

sa estar atualizado so-
bre os dados de saúde
são os profissionais de
Medicina do Trabalho.
Nós desenvolvemos
um estudo para apresentar práticas e informações exclusivas
para esse universo. Clique na imagem acima e saiba mais.

E-book Gestão de Saúde | Carreira Muller Voltar ao sumário 10

 GRUPOS
DE RISCO
INFORMAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA

s dados disponibilizados pela

HealthBit nos possibilitam analisar
diversos cenários, inclusive, dividir
as informações por faixas etárias,
identificando assim, os grupo de risco dentro
das empresas.

Fotografia por:E-book
Olu Eletu
Gestão de Saúde | Carreira Muller Voltar ao sumário 11
Esse próximo gráfico é bem interessante, porque divide a intensidade do tipo de atendimento médico por faixa etária, identificando assim os
grupos de risco. Como é de se esperar, o volume de exames cresce conforme a idade aumenta, porém a quantidade de internações merece
um destaque importante.

0-18
A partir dos 34 anos até os 48, no-
19-23 ta-se um aumento gradativo no
volume de internações. Nessa
24-28
fase da vida as mulheres costum-
29-33 am engravidar, algumas doenças

34-38
começam a surgir, o número de
cirurgias mais complicadas au-
39-43 Nota: sem caso mais grave, valor de R$ 1.043,00
menta e assim por diante.
44-48

49-53 Já nessa faixa, muitos casos de

oncologia surgem, o que en-
54-58
carece os custos dos planos de
+59
saúde e eleva, exponencialmente,
0 800 1800 2400 3200 4000 o volume de internações e trata-
CONSULTA EXAME EXAME COMPLEXO INTERNAÇÃO TRATAMENTO
mentos.

O levantamento ainda contabilizou o número de atendimentos clínicos e outras modalidades, mas a contabilização Dados fornecidos pela HealthBit
de dados, nesses dois casos, não foi expressiva.

E-book Gestão de Saúde | Carreira Muller Voltar ao sumário 12

Ainda pensando na faixa etária de risco (entre os 30 a 48 anos), perceba no gráfico abaixo que os gastos com plano de saúde tendem
a aumentar radicalmente.

Observando esse tipo de informação, o RH pode interferir no

aprimoramento das políticas de prevenção de doenças nas ZOOM ATÉ R$ 500 MIL ANO
R$500.000
faixas de idade já identificadas como sendo mais propensas
a gastos e prejuízos com saúde. R$450.000

R$400.000
Lembrando que a prevenção de danos não deve envolver
somente aqueles colaboradores que trabalham expostos às R$350.000

condições consideradas perigosas, como à radiação, agrotóxi- R$300.000

cos, poeira, substâncias químicas, etc.
R$250.000

A promoção mais eficiente de saúde deve atuar na qualidade R$200.000

de vida dos funcionários com ações simples:

R$150.000

Programas de alimentação saudável; R$100.000

Incentivo da prática de exercícios físicos; R$50.000

Prevenção de hipertensão, diabetes, obesidade;
Programas de saúde mental para alívio de estresse, 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
cansaço, entre outros.
Dados fornecidos pela HealthBit

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 ESTUDO
DE CASO
GESTANTES edicamos esse espaço do
e-book para destacar um case
interessante. Quando a empre-
sa não dá a atenção devida às
medidas preventivas e aos cuidados com
o pré-natal, as gestantes podem sobrecarregar
o sistema de saúde da empresa.

Imagem: freestock
E-book Gestão de Saúde | Carreira Muller Voltar ao sumário 14
 GESTANTES

Independentemente da faixa etária desse grupo, algumas medidas preventivas precisam ser tomadas no caso das gestantes. Este é um
grupo de risco e também é responsabilidade da empresa zelar pela saúde e bem estar dessas mulheres.

Pensando na administração dos planos de saúde corporativos, a internação durante a gravidez pode sobrecarregar o sistema da empresa
porque, geralmente, os procedimentos e tratamentos costumam ter alto custo.

GESTANTES - Qtd. eletivas X Gastos em internação

16

14
Qtd. eletivas antes do parto

12
Note que, conforme o número de consultas
Mínimo
10 de pré-natal aumenta, menos gastos com
recomendado internação são registrados.
8
pelo Ministério
da Saúde
6

4 As grávidas que visitaram o médico até

quatro vezes, sobrecarregaram o plano de
2
saúde com gastos acima de R$80.000.
0
20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000

R$ gastos em internações

*Amostra composta por 495 gestantes, com dados pregressos analisados durante mais de seis meses Dados fornecidos pela HealthBit

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 CONSIDERAÇÕES
FINAIS Em nossas publicações, costumamos reforçar que o RH precisa se atualizar estratégica
e tecnologicamente, sempre amparado pelo trabalho da inteligência de dados. É com o intuito de
valorizar essa nova habilidade do setor de Recursos Humanos que desenvolvemos este estudo
e caminhamos até aqui.

Agora que chegamos ao final da leitura, esperamos que o RH busque se conectar com os demais
setores dentro da própria empresa, afim de conhecer e debater o assunto tratado aqui, afinando
o olhar para questões de saúde - e muitas podem ser as aplicações dessa percepção.

Por exemplo, ao detectar high users (colaboradores que sobrecarregam os planos de saúde ao in-
vestigar uma doença ou ao fazer uma bateria de exames que não são, necessariamente, urgentes),
é preciso que o gestor de RH atue o mais rápido possível, juntamente com a equipe médica, para
orientar o colaborador de forma assertiva, reduzindo gastos com absenteísmo e atestados.

Outra vantagem que precisa ter ficado clara até aqui, é a capacidade de conhecer as áreas da
empresa com maior propensão à determinada doença. Isso ajudará identificar alguns focos. Por
exemplo, pode ser que o setor operacional tenha mais problemas ortopédicos, enquanto os times
de tecnologia adoeçam por conta da obesidade. Saber disso, poupa recursos financeiros e preser-
va a saúde da equipe.

RH, inteligência de dados é o futuro!

Imagem: Rawpixel
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PARCEIRO

Consultoria que alia tecnologia e análise de dados, para trazer transparência

e atualidade para a gestão dos planos de saúde nas empresas
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todas as necessidades de um gestor de saúde: análises personalizadas,
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 CONTEÚDO
EXTRA
POR QUE O DEBATE É ATUAL?

ados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas

por Inquérito Telefônico (Vigitel) revelam que 53,7% da população, que tem plano
de saúde, está com excesso de peso.

No geral, o número de pessoas obesas cresceu 60% em 10 anos (De 11,8% em 2006
para 18,9% em 2016). Também cresceu em 61,8% o número de pessoas diagnosticadas com diabe-
tes, e em 14,2% o número de hipertensos.

O Ministério da Saúde divulga dados como esses, anualmente, nas publicações do Vigitel Brasil.

Imagem: Rawpixell
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