Introdução - Os lubrificantes sólidos podem ser a única opção para controlar o atrito e o desgaste dependendo das condições de serviço.
(Modern Tribology Handbook, Bhushan, 2000)
Introdução
- As principais deficiências dos lubrificantes sólidos
incluem: - A maioria dos lubrificantes sólidos são maus condutores térmicos e, portanto, não podem dissipar o calor das interfaces deslizantes; - Dependendo do ambiente seus coeficientes de atrito podem ser altos ou flutuar significativamente; - Possuem vida útil finita e seu reabastecimento é difícil comparado aos lubrificantes líquidos; Classificação de Lubrificantes Sólidos - Os lubrificantes sólidos podem ser categorizados em várias subclasses. - Por ter um caráter sistêmico, possuem uma ampla variação do coeficiente de atrito no mesmo material. Ex: Dissulfeto de molibdênio (MoS2).
(Modern Tribology Handbook, Bhushan, 2000)
Lubrificantes Sólidos Lamelares - Os lubrificantes sólidos lamelares ou em camadas são a classe mais estudada pelos cientistas e amplamente utilizada na indústria. - Os principais são o (MoS2), grafite, Nitreto de Boro hexagonal (hBN) e o Adaptado de (Modern Tribology Handbook, Bhushan, 2000).
Ácido bórico (H3Bo3).
- Proporcionam um acabamento superficial liso. Práticas Modernas - Havendo demanda crescente por mais desempenho, a ‘’dopagem’’ se tornou uma solução para trazer benefícios. Grafite - Clássico exemplo de sólidos lamelares que proporcionam baixo atrito e alta resistência ao desgaste por deslizamento. - Possui boa lubricidade e baixo custo. - Em ar úmido, o coeficiente de atrito do grafite se encontra entre 0,07 a 0,15. - Em ar seco ou vácuo, a lubricidade do grafite degrada-se rapidamente, o coeficiente de atrito aumenta para até 0,5. (Modern Tribology Handbook, Bhushan, 2000)
- O grafite fornece lubrificação até 500 °C.
Mecanismo de lubrificação sólida. - Representação esquemática de três maneiras pelas quais o deslizamento pode ser realizado.
(STACHOWIAK, Engineering tribology)
(Modern Tribology Handbook, Bhushan, 2000)
Lubrificante sólido para altas temperaturas - Para aplicações em temperaturas acima de 500°C, a maioria dos sólidos lamelares perdem sua lubricidade. - Porém, finas películas de óxido que se formam na superfície deslizante podem, por sua vez, dominar o comportamento de atrito e desgaste. - Portanto, foram realizados estudos sobre o baixo cisalhamento de óxidos para formar ligas compostas. Chamados de óxidos lúbricos. Óxidos Lúbricos - Certos óxidos tornam - se altamente cisalhantes em temperaturas elevadas e podem ser usados como lubrificantes. - Aplicados como revestimentos, podem ser também misturados com outros lubrificantes sólidos aumentando a faixa de temperatura de trabalho. - Os principais óxidos são os de Rênio(Re), Titânio (Ti), Níquel (Ni), Tungstênio (W). (Modern Tribology Handbook, Bhushan, 2000) - Desvantagens: - Quebradiços; - A maioria não fornece lubrificação em temperatura ambiente; Compostos autolubrificantes
- Produzidos a partir de técnicas de metalurgia do pó.
- Podem ser estruturas com o núcleo feito do material matriz e as regiões próximas da superfície serem enriquecidas com pó. - Ex: Grafite-alumínio são adequados para rolamentos, pistões e cilindros. Metais macios - Os principais são Índio (In), Ouro (Au), Prata (Ag), Estanho (Sn), etc. - Contém atrativos não disponíveis em outros lubrificantes sólidos. - Ex: Prata tem um excelente condutividade elétrica e térmica, resistência à oxidação e ponto de (Modern Tribology Handbook, Bhushan, 2000) fusão relativamente alta. Seu coeficiente de atrito varia entre 0,1 a 0,4. - Geralmente produzidos como finos filmes nas superfícies a serem lubrificadas (0,5 a 1 μm).
(STACHOWIAK, Engineering tribology)
Metais macios - No entanto, filmes muito finos tendem a desgastar mais rápido. - O coeficiente de atrito tende a diminuir à medida que a temperatura aumenta.
(Modern Tribology Handbook, Bhushan, 2000)
Polímeros - Leves, relativamente baratos e fáceis de fabricar. - Os principais são Politetrafluoretileno (PTFE), Poli-imida, Nylon, etc. - Devido às moléculas longas e cadeias altamente emaranhadas proporcionam resistência ao desgaste. - O mais comum é o PTFE, seu coeficiente de atrito varia entre 0,04 a 0,2. Podendo ser usado em elevadas temperaturas, cerca de 250 °C. Lubrificação gasosa - Lubrificante no estado gasoso: ar, dióxido de carbono(CO2), Hélio (He). - Escoamento do gás entre superfícies. - Vantagens: - Estabilidade em altas temperaturas; - Disponibilidade e preço; - Limpeza; - Desvantagens: - Suportam baixas cargas; - Estanqueidade; - Eles são particularmente úteis para (STACHOWIAK, Engineering tribology) aplicações de alta velocidade e onde a precisão é necessária. Ex: Brocas odontológicas.