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Cristiano Nabuco de Abreu

Neomammalian

Paleomammalian

Reptilian

FONTE: Cozzolino, 2005.


(1) Cérebro reptiliano

Funções de sobrevivência e
de proteção:

1. Reprodução humana; Pássaros


Répteis
2. Regulação hormonal; Anfíbios
Peixes
3. Homeostase corporal.
(2) Cérebro Paelomamífero

Sistema límbico é a
unidade responsável
pelas emoções
primitivas e
comportamentos Todos os mamíferos
sociais (busca de
proteção,
comportamento
parental, etc.).
(3) Cérebro Neomamífero

Funções mentais
superiores: ele recebe Apenas nos
impulsos de todas as humanos
vias, sendo o
responsável pela
interpretação e
resposta de todas
essas informações.

Resum
Sistema de ap
“É um sistema comportamental pré-programado que regula os
comportamentos de busca de proximidade e a manutenção de
contato da criança com indivíduos específicos que forneçam
segurança física ou psicológica”.

Sistema de a
Bowlby entendeu, assim, conduta de apego como
“qualquer forma de comportamento que faça com que
uma pessoa alcance ou conserve a proximidade de
outro indivíduo diferenciado e preferido”.

Fot
Correlação entre
infância e vida adu
Existe uma grande correlação entre o tipo de
cuidado que as crianças recebem nas primeiras
fases de suas vidas e aquilo que elas se tornarão
em sua na vida adulta.

Quebr
O que oferecer en
Modelos de inter
(a) Pode-se ignorar o choro ou responder
agressivamente (“deixe a criança chorar”)

“Quando mostro o que sinto ou ignoram meus


sentimentos ou coisas ruins acontecem”.

Fake smi
Fake sm
Modelo de inte
(b) Pode-se demonstrar à criança um
comportamento imprevisível (responder,
não responder, ignorar).

A criança quer carinho de alguém que não pode


dar ou de alguém que não percebe as reações da
criança (muito ou nada).

Dilem
A criança percebe que não pode se afastar por
causa da necessidade de apego

ou

não pode se aproximar por causa da rejeição ou


agressão dos cuidadores.

Caminhos de desenvolvim
• Boas escolas;
• Temperamento fácil; Boa escolha
• Sucesso na escola; Boa autoestima
de parceiro
• Ânimo;
• Bons relacionamentos.
Estresse
diminuído
Nascimento
Privação Materna e
Discórdia Familiar
Escolha pobre de parceiro
• Temperamento difícil; Autoestima pobre ou nenhum parceiro
• Menos sucesso;
• Relacionamentos desordenados;
Estresse
• Os garotos se arriscam mais;
aumentado
• ‘Escolas fracas’.

Começo das pesq


Fo
Fo
Fo
Fo
Film
Tipo Seguro

Tipo Ansioso / Ambivalente A figura de apego Alegre, menos


Sentimento
(ou Preocupado) está suficientemente Sim inibido, sor-
de segurança,
perto, atenta, ridente,
amor,
receptiva, exploração
confiança
aprovadora, etc..? orientada,
sociável
Não

Hierarquia dos
comportamentos de
apego:
Manutenção de
1. Checagem visual proximidade
2. Assinalando o Medo, Defensivi- enquanto evita o
restabelecimento do ansiedade dade contato íntimo,
contato, chamamento, exploração defensiva
desculpa
3. Movendo-se para o
restabelecimento do
contato, apego Tipo Evitativo

FONTE Hazan & Shaver, 1990 Film


Padrões de ape
Padrões de Vinculação Descrição dos comportamentos de interação
Exploração independente da mãe (no início, separa-se da mãe para explorar o
ambiente; baixo compartilhamento de afetos; estabelece relação com estranho).
Padrão A:
Inseguro-Evitativo Evitação ativa da mãe após reunião (olha para o outro lado, movimenta-se noutra
direção; ignora; não evita o estranho).

A mãe é uma base segura de exploração do ambiente (separa-se para brincar;


compartilha emoções enquanto brinca; estabelece relação com o estranho na
Padrão B: presença da mãe; conforta-se rapidamente após situação indutora de estresse).
Seguro
Procura ativamente contato e interação após reunião (quando agitada, procura
imediatamente o contato e este põe fim a agitação; quando não agitada, mostra-se
satisfeita por ver a mãe e dá início à interação.
Comportamento exploratório pobre (dificuldade de se separar para explorar o
ambiente; necessita sempre de contato, mesmo antes da separação; receio de
Padrão C: situações e pessoas diferentes).

Inseguro-Ambivalente Dificuldade em estabelecer contato após a reunião (existência simultânea de procura


e resistência ao contato, gritando, dando pontapés ou rejeitando brinquedos; pode
continuar a chorar e gritar ou aparentar grande passividade.
Caract. cuid
Estilo de apego Comportamento infantil Qualidade do cuidador
Evitativo Comportamentos de desapego; Rejeitante; rígido; hostil;
(Grupo A) evita o cuidador avesso ao contato
Exploração ativa; mal-estar com
Seguro
a separação; resposta positiva Disponível; confiável; afável
(Grupo B)
ao cuidador
Comportamentos de protesto;
Ansioso-
estresse com a separação; Insensível; invasivo;
Ambivalente
sentimentos ambivalentes em inconsistente
(Grupo C)
relação ao cuidador

Desenho ciclo segura


Três característ
comportamento a
Busca de proximidade: a criança tentará manter-se dentro do âmbito protetor de
seus pais. O âmbito protetor é reduzido em situações estranhas ou ameaçadoras.

Efeito de base segura: a presença de uma figura de apego favorece a segurança


para a criança. Isto resulta em desatenção às considerações de apego e na
exploração e desempenho confiantes.

Protesto de separação: a ameaça à contínua acessibilidade da figura de apego dá


surgimento ao protesto e ativa as tentativas de evitar a separação.

Figura patogen
Padrões Pato
Ausências persistentes de respostas de um ou ambos os pais ao comportamento
evocador de cuidados e de proteção da criança, depreciação ou rejeição marcada;

Descontinuidade da vinculação parental, ocorrendo em situações de hospitalização


ou internação em qualquer outra instituição;

Ameaças permanentes por parte dos pais de não amar a criança, usadas como
instrumentos coercitivos de controle;

Padrões Pato
Ameaças dos pais de abandonar a criança e a família, também como
tentativa de controle ou como uma maneira de coação do cônjuge;

Ameaças de um dos pais de abandonar ou matar o outro ou cometer o


suicídio; e, finalmente,

Induzir culpa à criança, alegando que seu comportamento é ou será


responsável por doença ou morte dos pais.

Pergunta: como fica


arquivadas experiênc
Internal work
models explica
Tais escritos normalmente são construídos por meio da
experiência repetida de cenários similares e então podem
ser usados para prever o próximo passo na sequência
normal de interações.

Modelos operativos

Figura retropro
Afinal, o que
teoria víncu
Resp
“O vínculo não diz respeito à felicidade”, (conforme afirma),
“mas, ao contrário, ele diz respeito às diferenças dos indivíduos
em lidar com a realidade que contém tanto a segurança quanto
a ameaça, tanto o prazer quanto a tristeza”.

FONTE: Crittenden, 1997, pp. 86.

Experiências amor
MEDIDA Seguro Evitativo Ansioso-ambivalente
Relacionamentos Mães percebidas
HISTÓRIA DE
afetuosos com os como frias e Pais percebidos como injustos.
APEGO
pais e entre os pais. rejeitantes.
Fácil de conhecer; Autoincertezas; incompreendido
Amor romântico
menos autoincertezas; pelos outros; fácil de se
MODELOS raramente duradouro,
outros bem apaixonar, mas com raro amor
MENTAIS pois perde a
intencionados; amor real; outros não dispostos a se
intensidade.
romântico duradouro. comprometer.
Obsessão e ciúme; desejo por
Medo de intimidade;
EXPERIÊNCIAS Felicidade; amizade; união e reciprocidade; forte
dificuldade em aceitar
AMOROSAS confiança. atração sexual; extremos
o parceiro.
emocionais

Single item mea


FONTE: Hazan & Shaver, 1990

Evitativo: Sinto-me pouco confortável estando próximo de outros; tenho dificuldade


em confiar nos outros completamente, dificuldade em permitir-me depender dos
outros. Fico nervoso quando alguém se aproxima muito e, muitas vezes, parceiros
românticos querem que eu seja mais íntimo do que me sinto confortável em ser.

Ansioso-Ambivalente: Acho que os outros ficam relutantes em ser tão próximos


quanto eu gostaria. Muitas vezes me preocupo que o meu parceiro não me ame de
verdade ou não queira ficar comigo. Eu quero ter mais intimidade com meu parceiro e
isto algumas vezes afasta as pessoas.

Seguro: Acho relativamente fácil estar próximo dos outros e sinto-me confortável em
depender deles. Não me preocupo em ser abandonado ou que alguém seja muito
próximo de mim.
Vínculo vida a
A pessoa busca estar com o cônjuge nos períodos caracterizados por uma alta
intensidade de estresse, assim como a criança procura sua mãe nos momentos
de tensão;

A pessoa associa o cônjuge ao conforto e à segurança, buscando-o sempre que


necessário, semelhante à busca pela criança de uma “base segura”; e

A pessoa experimenta ansiedade quando a separação ocorre, assim como a


criança o sente.

Vínculo adulto: m
característica
Memórias
Seguro Evitativo Ansioso-Ambivalente

Pais carinhosos e afetivos Mães frias e rejeitantes Pais injustos

Vínculo: mo
Crenças e atitudes relacionadas ao apego
Seguro Evitativo Ansioso-Ambivalente
Poucas autoincertezas; alta Suspeita dos motivos Outros complexos e difíceis
autovalorização humanos de entender

Geralmente ligados a outros Os outros não são dignos de As pessoas têm pouco
confiança ou leais controle sobre suas próprias
Outros geralmente bem- vidas
intencionados e de bom Duvida da honestidade e
coração integridade dos pais ou dos
outros
Outros geralmente dignos de
confiança, leais e altruístas Falta de confiança em
atitudes sociais
Interpessoalmente orientado
Não-orientado
interpessoalmente
Vínculo: mo
Metas e necessidades relacionadas ao apego
Seguro Evitativo Ansioso-Ambivalente
Desejo de relacionamentos Necessidade de manutenção Desejo extremo de intimidade
íntimos da distância
Busca baixos níveis de
Busca de equilíbrio de Limite de intimidade para autonomia
intimidade e autonomia nos satisfazer necessidade de
relacionamentos autonomia e independência Medo de rejeição

Coloca grande peso em


metas, tais como a aquisição

Vínculo: mo
Planos e estratégias
Seguro Evitativo Ansioso-Ambivalente
Reconhecimento do Administra o estresse Alta mostra de estresse e
desconforto estancando a raiva raiva para obter respostas

Modulação do afeto negativo Minimiza o estresse com Solícito e submisso para


de uma maneira construtiva amostras emocionais; nega ganhar aceitação
revelações íntimas

Vínculo: mo
Natureza do relacionamento
Grupo de Apego
Amigos Membros da família Par romântico Total
Pessoa mais próxima
Seguro 12.9% 16.1% 71% 100%
Evitativo 41.2% 17.6% 41.2% 100%
Ambivalente 40.8% 25.9% 33.3% 100%
Controlador 44.4% 20.0% 35.6% 100%
Segunda pessoa mais próxima
Seguro 83.9% 16.1% 0.0% 100%
Evitativo 47.1% 35.3% 17.6% 100%
Ambivalente 70.4% 25.9% 3.7% 100%
Controlador 60.5% 30.2% 9.3% 100%

Amigo mora
Grupos de apego
Seguro Evitativo Ambivalente Controlador
Morando sozinho ou com
32 18 59 29
um companheiro de quarto
Morando com um par
42 38 15 42
romântico

Morando com os pais 26 44 26 29

Total 100% 100% 100% 100%

Ativação padrões de a
Padrões de apego
Dimensões de resultado
Extensão da ativação Senso de autoeficácia e
Orientação aos
das necessidades de de ser apreciado
objetos ou pessoas
apego autoestima +

Inseguro-ambivalente alto baixo pessoas

Inseguro-evitativo baixo moderado-alto objetos

Inseguro-controlador baixo moderado-alto pessoas

Seguro intermediário alto pessoas

Gol
Diferença dos mo
Sendo o Tipo B (seguro) tão bom, por que a
evolução não o desenvolveu em nossos cérebros?
Comunicação, aberta e direta, de intenções e
sentimentos junto com transparência e compromisso
pode vir a ser uma desvantagem, especialmente sob
circunstâncias perigosas.

# apego a
Qual a diferença entre relação apego e relação afetiva?

Grande esquema e est


Apego Sistema
Uso Inefetivo do
Patológico Comportamental
Apoio Social
Exploratório
Acontecimentos Respostas Desadaptativas
da Vida Inadequação Percebida

Sistema Expectativa de
Comportamental Falha no Apoio
de Apego Social

Fatores de
Estresse
Vulnerabilidade

Sistema Expectativa de
Comportamental Sucesso no Apoio
de Apego Social
Apego
Normal Respostas Adaptativas
de Enfrentamento
Sistema
Uso Efetivo do
Comportamental
Apoio Social
Exploratório
Ocitoc
Estát
Última frase Bo
Desta forma, verificamos que cada paciente está
confinado em um sistema mais ou menos fechado,
e que só lentamente, muitas vezes, passo a passo,
poderemos ajudá-lo a escapar.

“From the cradle to the grave”

Fotos crianças desampa


Outras implic
História Negativa de Vínculos Familiares e Crianças com Problemas na
Escola (Erickson, Sroufe e Egeland, 1985; Cohn, 1990; Greenberg, Speltz,
Dklyen, Endriga, 1991; LaFreniere e Sroufe, 1985).

História Negativa de Vínculos e Psicopatologia (Hopkins, 1987;


McDermott, 1985; Burnett, 1984; Bowlby, 1983)

História Negativa de Vínculos e Depressão (Marton e Maharaj, 1993;


Papini, Roggman e Anderson, 1991)

História Negativa de Vínculos e Delinquência (Liska e Reed, 1985)

História Negativa e Drogadição (Cook, 1991)


Perguntas sobre mud
Efetivamente poderíamos falar de mudança pessoal? Família?

“Aquilo que um dia foi adaptativo em nossa estrutura cognitiva ‘jamais’


desaparecerá” (Mahoney).

Figura elef
Plasticid
Outras pergun
Visão de Deus;

Visão de Governo;

Visão de vida pessoal;

Visão das possibilidades de ser feliz;

Visão das possibilidades de confiança nos outros e em si mesmo

(...)

Carta final d
“Então eu estou aqui e você também.

Me permite ser o seu espelho e cantar em mim o teu encanto, tua estranheza e teu espanto, como
quem sabe no fundo que não há distância neste mundo, pois somos uma só alma.

Me permita ser a voz que te canta e te encanta de si, que te faz sentir-se e parar, como quem volta para
casa e resolve se amar.

Somos livres e não possuímos as pessoas. Temos apenas o amor por elas e nada mais.

E é preciso ter coragem para ser o que somos, sustentar uma chama no corpo sem deixar a luz se apagar.

É preciso recomeçar no caminho que vai para dentro, vencendo o medo imaginado, assegurar-se no
inesperado, confiando no invisível, desprezando o perecível na busca de si mesmo.

Ser o capitão da nau no mais terrível vendaval na conquista de um novo mundo, mergulhar bem fundo,
para encontrar nosso ser real.

E rir, pois tudo é brincadeira. Pois cada drama é só nosso modo de ver, a vida só está nos mostrando
aquilo que estamos criando com nosso poder de crer.”
Laag
Construa o vínculo
Cristiano Nabuco de Abreu
cristianonabuco27@gmail.com

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