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1. Processo terapêutico
Premissa:
Informar acerca dos objetivos e
técnicas – ideias gerais, mas claras, Os clientes estão profundamente
acerca dos procedimentos e envolvidos na relação interpessoal e
objetivos, das possibilidades de têm o direito de esperar que tudo o que
mudança, custos pessoais, como eles disserem será mantido em
por exemplo o aumento da privado.
consciência poderá causar elevados Se procurarmos desenvolver o
níveis de dor e ansiedade, e sentimento de confiança e de
financeiros, … abertura, temos o dever e obrigação
2. Serviços prestados e experiência ética de manter a confidencialidade
profissional Informar caso a das relações e das transações de
intervenção seja assumida por um conteúdo.
psicólogo em formação. Contudo, existem circunstâncias em
3. Custos da terapia que a confidencialidade pode ser
4. Duração da terapia quebrada.
Complexidade do caso; Confidencialidade – responsabilidade
A decisão última do término do ética dos profissionais de saúde mental
processo terapêutico será sempre em proteger e salvaguardar os
do paciente. clientes da divulgação não autorizada
5. Consultoria com outros profissionais de informação dada no processo e
privacidade da sua identidade contexto terapêuticos.
6. Direito a aceder a relatórios e a
registos Código deontológico da OPP (2011):
7. Direito de refutar e discutir um “Os psicólogos têm a obrigação de
diagnóstico ou categorização clínica assegurar a manutenção da
partilhar a privacidade e confidencialidade de
informação/diagnósticos com toda a informação a respeito do seu
clientes, instituições, como escolas, cliente, obtida direta ou
tribunais, seguradoras, … indiretamente, incluindo a existência
8. Sessões gravadas ou filmadas da própria relação, e de conhecer as
dar a conhecer e explicar todo o situações específicas em que a
procedimento, como serão usadas, confidencialidade apresenta algumas
quem terá acesso a elas, … limitações éticas ou legais”.
direito à recusa.
9. Relações interpessoais American psychological association – apa
atendimento a pessoas conhecidas – (2003):
ou familiares; “Os psicólogos têm a obrigação
importância da “distância
primordial em respeitar a
terapêutica” e da objetividade. confidencialidade da informação
10.Alternativas terapêuticas obtida de uma pessoa no decurso do
seu trabalho como Psicólogos. A
informação somente deve ser revelada
com o consentimento do cliente ou do Importante salientar que o privilégio
seu representante legal, exceto nas pertence ao cliente e existe para a sua
circunstâncias em que a não revelação proteção, não para a proteção do
resulta num claro perigo para o cliente terapeuta.
ou outras pessoas. Oportunamente, os
Limites da comunicação privilegiada:
Psicólogos informam o cliente acerca
dos limites legais da confidencialidade” numa perícia judicial – ex.: numa
Privacidade - A liberdade dos avaliação psicológica. o quando
indivíduos em por eles próprios psicólogo faz uma avaliação de um
escolher o momento e as provável risco de suicídio.
circunstâncias, assim como a quando o cliente inicia um processo
extensão, em que as suas crenças, contra o terapeuta, por exemplo por
comportamentos e opiniões são má prática profissional.
partilhadas com os outros (Siegel, quando o cliente é menor e é vítima de
1979). um crime – ex.: abusos, maus-tratos.
Código deontológico da opp (2011): quando o/a psicólogo/a determina que o
cliente necessita de hospitalização por
“Os psicólogos recolhem e registam perturbação mental ou psicológica.
apenas a informação estritamente quando a informação é dada num
necessária sobre o cliente, de acordo contexto de processo judicial.
com os objetivos em causa”. quando o paciente revela a sua
American psychological association – apa intenção de cometer um crime ou
– (2003): quando podem ser avaliados como
perigosos para a sociedade ou para
A informação obtida (…) é discutida eles próprios.
somente em contextos que tenham fins
exclusivamente profissionais e com Quais as circunstâncias em que se quebra
pessoas que conheçam a problemática a confidencialidade? Não há uma
do cliente em causa. Os relatórios resposta absoluta para esta pergunta.
escritos ou orais apresentam apenas Contudo, o psicólogo deverá revelar
os dados importantes para serem certas informações quando:
avaliados e todo o esforço é feito para
evitar a invasão da privacidade provocar risco de danos para o
cliente;
há uma situação em que o cliente se
Comunicação privilegiada poderá tornar um perigo para si e
para os outros;
É um direito legal que protege o quando o próprio cliente pede a
cliente de não ser revelada anulação da confidencialidade;
informação confidencial num quando o tribunal requer informação
procedimento legal, sem a sua relativa à relação terapêutica.
autorização.
Nos E.U.A, o cliente adquire autoridade
legislativa - adquire autoridade em O dever ético de proteger o cliente
decidir se a informação será divulgada
ou não. Dever de proteger as outras pessoas
de pacientes potencialmente perigosos
e os pacientes de si próprios, por
exemplo, no comportamento de já não fala tanto nisso, não
suicídio. verbaliza, não expressa
já é uma coisa adquirida;
1. Dever de proteger potenciais vítimas já não pede ajuda.
Normalmente, o psicólogo incorre Explorar os planos e as fantasias
em questões éticas (de certo modo suicidas, porque há planos sem
graves) quando: lógica
não diagnostica corretamente a E. Se tem comportamento alcoólico ou
perigosidade do cliente; abuso de drogas.
não avisa as potenciais vítimas Aumenta o risco de suicídio de 1/3
do comportamento perigoso do a 1/4 dos casos.
cliente; F. Estar atento aos chamados
confia em pacientes perigosos; comportamentos de finalização:
dá altas prematuramente a quando os sujeitos se despedem dos
pacientes perigosos. amigos,
quando se afastam de coisas
Procedimentos: Counseling center
pessoais, rever os amigos
procedures for dealing with threats &
Muito associado à alínea D) – já está
Issues and ethics in the helping professions
o plano orquestrado
2. Dever de proteger pacientes suicidas G. Género masculino. Segundo Pope,
o psicólogo tem obrigação ética em através de estudos epidemiológicos, o
proteger o cliente de si próprio suicídio é três vezes mais bem
sucedido no homem.
Linhas gerais/guia que possibilitam
H. Viver sozinho.
diagnosticar o comportamento suicida
Nos E.U.A., ocorre o dobro dos
Comportamento de alerta é o suicídios em indivíduos solteiros.
comportamento que normalmente leva I. Desemprego.
o sujeito ao suicídio (Fugimuna, 1985; J. História de internamento ou
Pope, 1986) tratamento psiquiátrico.
A. Expressões verbais diretas e abertas K. Clientes sem uma boa rede social de
(dizer que se quer matar). apoio.
B. Tentativas prévias de suicídio: 80% Relaciona-se com a alínea H. Além
dos suicidas já tentaram pelo menos da existência, avaliar a qualidade.
uma vez
Importante:
C. Diagnóstico claro de depressão:
Pelo menos, 20% de maior O psicólogo deve conhecer todos os
probabilidade. mecanismos e procedimentos comuns
Estar atento a, por ex., a utilizar para prevenir o suicídio
dificuldade ao nível do sono, (internamento).
desesperança, desespero, Não tomar o caso sozinho - trabalhar
autoconceito e autoestima baixos, se possível em equipa ou pedir
D. Indagar ou investigar se tem um opinião a outros profissionais.
plano de suicídio:
quanto mais claro e definitivo for o
plano, mais séria será a situação. Valores do psicólogo
Quando a pessoa já tem um plano
Valores
definitivo:
Etimologicamente a palavra provém de Propõe um conjunto de 10 valores base
“valere”, ou seja, o que tem custo ou que se encontram distribuídos numa
valor. matriz em função da proximidade ou
Podem ser considerados como distância entre si
internalizações de representações ou Não é aconselhável que o psicólogo
crenças morais, que regulam o coloque de parte os seus valores na
indivíduo e o guiam nas suas ações prática profissional.
Conceito ligado à noção de preferência Os valores são intrínsecos e difíceis de
ou de seleção dissociar e fazem parte da nossa
Das várias definições propostas, forma de estar e agir, influenciando
constatam-se algumas caraterísticas direta e indiretamente o nosso
frequentemente utilizadas para definir comportamento, quer a nível pessoal
valores, nomeadamente: como profissional.
1. Os valores são crenças, indissociadas Os psicólogos devem refletir acerca do
muitas vezes das emoções. seu quadro de valores e de que forma
2. Os valores são uma constructo estes podem colidir clientes (Corey et
motivacional – metas desejáveis que al., 2015)
as pessoas se esforçam para alcançar Seymour (1982) refere que devemos
3. Os valores transcendem ações e estar cientes, admitir, e tentar
situações específicas – são objetivos compreender totalmente o impacto
abstratos. dos [nossos] valores pessoais
Diferente de normas e atitudes, que
geralmente se referem a ações
específicas, objetos ou situações. Relações duais, gestão de limites e
4. Os valores orientam a seleção ou a conflitos de interesse
avaliação de ações, políticas, pessoas
Relações duais
e eventos. Ou seja, os valores servem
como padrões ou critérios. Uma relação dual ou múltipla ocorre
5. Os valores são ordenados por quando o psicólogo assume dois ou
importância - sistema ordenado de mais papéis, simultânea ou
prioridades de valor que nos sequencialmente, junto de um cliente
caracterizam como indivíduos ou de alguém que lhe é próximo.
Várias relações podem ocorrer quer
durante a intervenção ou depois da
São adotados pessoal e socialmente relação terapêutica ter terminado (Zur,
numa conduta que tende a persistir e a 2014).
durar ao longo da vida. Os papéis em causa podem ser apenas
Base dos nossos compromissos e lutas profissionais (e.g., terapeuta e colega
pois expressam os sentimentos e os de trabalho) ou envolver uma
propósitos da vida de cada um. combinação com papéis não
Diferentes posições discutem se os profissionais (e.g., terapeuta e amigo
psicólogos deverão trazer para a prática da esposa).
da psicologia os seus próprios valores. As relações múltiplas podem ser de
Schwartz (1992, 1994) elaborou uma vários tipos, incluindo as de natureza
teoria de valores humanos, conhecida e sexual, social, familiar, institucional,
validada em mais de 50 países. financeira ou de negócios; e podem
ocorrer entre terapeuta e clientes, c.estabelece outra relação no futuro
estudantes ou supervisionandos. com o paciente ou uma pessoa
aproximada deste.
Relações múltiplas - OPP
O psicólogo restringe-se de entrar
5. Prática e intervenção psicológicas numa relação múltipla se esta não vier
5.8. Relações múltiplas. Os psicólogos não a melhorar a objetividade, a
devem estabelecer uma relação competência ou efetividade no
profissional com quem mantenham ou desempenho das suas funções como
tenham mantido uma relação prévia de psicólogo, ou arrisca a explorar ou
outra natureza. Do mesmo modo, não causar dano ao paciente com o qual
devem desenvolver outro tipo de tem uma relação profissional
relações com os seus clientes ou com A ética das relações duais
pessoas próximas dos seus clientes. Em
qualquer circunstância a relação Os vários códigos de ética advertem
profissional deve ser salvaguardada em para os potenciais problemas de uma
relação a qualquer outra entretanto relação múltipla advertindo contra
estabelecida, sendo os psicólogos qualquer envolvimento que possa:
Prejudicar o julgamento e a
responsáveis por qualquer prejuízo que
possa vir a ocorrer nesse contexto. objetividade;
Afetar a capacidade de prestar
6. Ensino, formação e supervisão serviços eficazes;
psicológicas Resultar em prejuízo ou em
6.7. Relações múltiplas. Os docentes, exploração dos clientes.
formadores, supervisores ou Todavia, as relações múltiplas não-
orientadores não se envolvem em sexuais não são não éticas, a não ser
relações românticas ou sexuais com os que explorem ou prejudiquem o
estudantes, formandos, supervisionados cliente (Corey et al., 2011).
ou estagiários com os quais possam ser Diferentes perspetivas
uma autoridade em termos avaliativos. Do
mesmo modo, devem evitar outro tipo de Zur (2008) considera que as relações
relações que possam diminuir a múltiplas são comuns, inevitáveis e
objetividade do processo de avaliação. normais em muitos contextos.
Zur (2011) concebe as relações duais
Relações múltiplas - APA como casos particulares de quebra de
3. Relações humanas limites - “Boundary crossings” - uma
vez que implicam desvios do quadro
3.05 .Relações múltiplas habitual de intervenção, podendo
Uma relação múltipla existe quando configurar:
o/a psicólogo/a: i. Abusos - casos em que passam a
a. estabelece um papel profissional considerar-se violações dos limites;
com o cliente e ao mesmo tempo ii. Meros incidentes com
tem outro papel com mesma consequências variáveis;
pessoa; iii. Parte integrante e intencional de
b. tem uma relação com uma pessoa uma intervenção eficaz, em que os
próxima daquela com quem o implicados devem estar conscientes
psicólogo tem uma relação dos novos contornos da relação, e
profissional;
clarificar os seus papéis e os escolares e alunos/as (recreio, festas
objetivos da intervenção. escolares, visitas de estudo).
Já Herlihy e Corey (2006) concluem Na opinião de Orchin (2004), uma
que não existe um claro consenso em sessão fora do setting terapêutico,
relação às relações múltiplas não- pode ser uma maneira apropriada
sexuais. de criar rituais para marcar
As relações duais têm sido olhadas transições, celebrar as conquistas,
com prudência e, genericamente, e incentivar a transformação do
tendem a ser desencorajadas nos cliente.
códigos de ética das diversas profissões Também segundo Zur (2008) existem
ligadas à saúde mental e devem ser vantagens das experiências fora do
evitadas, a não ser que haja alguma contexto terapêutico, tais como as
justificação clínica. visitas domiciliárias, terapia em
Os motivos principais parecem ser o contexto aventura e/ou outdoor (e.g.,
risco de que o diferencial de poder acompanhar viagem de avião num
inerente à relação terapêutica e à cliente com fobia a aviões)
situação de vulnerabilidade de quem a Segundo Corey et al. (2011) estas
procura potenciem violações dos situações de realização de atividades
limites terapêuticos – tais como, a não tradicionais com os clientes
exploração do cliente em termos devem ser devidamente informadas e
sexuais e/ou comerciais discutidas aquando da realização do
consentimento informado.
Serão todas as relações duais
Violações de limites vs Quebra de limites
prejudicais?
Violações de limites - “Boundary
As relações duais não são, por si só,
violations”
prejudiciais e não constituem má
As relações duais que envolvem
prática; ao contrário, o inadequado
relações sexuais e de exploração
uso do “poder”, prejudicando,
são consideradas violações graves
causando dano ou explorando o cliente
de limites (APA, 2002; Zur, 2014).
não é ético
São sempre prejudiciais para o
Em certas circunstâncias, podem ser
cliente e, por consequente, são
admitidas com baixo risco ou mesmo
antiéticas e representam más
com vantagens para a intervenção,
práticas profissionais
mas devendo ser evitadas quando
Violação de limites ≠ quebra de
desnecessárias e, principalmente,
limites.
sempre que exista motivo para crer que
possam ser prejudiciais
Quebras de limites -“Boundary
As relações múltiplas frequentemente,
crossings”
decorrerem do desejo explícito ou
Traduzem-se em alterações no
implícito do cliente e da vontade
papel profissional.
genuína do profissional de ajudá-lo,
As quebras de limites podem ser
transporta o problema para lá do
benéficas para o cliente, em certas
plano meramente ético ou deontológico,
circunstâncias (Orchin, 2004; Zur,
remetendo para as dinâmicas
2008):
transferenciais e contratransferências.
Exemplo: Encontros fora do setting
terapêutico entre psicológos/as
Relações múltiplas de natureza desconfortos inerentes à quebra de
romântica ou sexual com clientes em limites com os clientes.
terapia são sempre antiéticas e Diferentes formas de relações
causam graves danos ao cliente múltiplas
B. Troca pelos serviços profissionais
Tomar decisões sobre relações
Quando um cliente é incapaz de pagar
múltiplas...
a terapia, é possível que possa existir
Gottlieb e Younggren (2004) um acordo de troca, troca de bens ou
recomendam que os profissionais serviços em vez de valores monetários.
reflitam acerca das seguintes questões A troca deve ser avaliada dentro de
antes de tomar decisões sobre relações um contexto cultural, dado que em
múltiplas: algumas culturas, e especialmente,
Iniciar um relacionamento, além do em meios rurais, a troca é uma
profissional é necessário, ou devo prática aceitável.
evitá-lo? - Avaliar a necessidade da A troca deve ser satisfatória para
relação dual. ambas as partes.
Pode a relação múltipla causar danos Seria capaz de aceitar uma colcha
ao cliente? – Avaliar os riscos. feita pela sua cliente que não tendo
Há algum risco da relação múltipla como pagar a terapia e sentindo um
interferir na relação terapêutica? – grande desconforto com essa
Avaliar os riscos. realidade, insiste em oferecer-lha?
Se parece improvável causar danos, ✓ Esta pode ser uma forma de manter
será a relação adicional benéfica? - a dignidade da pessoa.
Avaliar os benefícios. Segundo o código deontológico da
Posso avaliar esta questão APA (2002):
objetivamente? – Refletir sobre a
sua capacidade para ser objetivo. 6.05. Permutar com clientes. Permutar é a
Qual o parecer de outros/as colegas? aceitação dos bens, serviços, ou outras
– Consultar os colegas remunerações não monetárias dos
clientes em troca de serviços
Diferentes formas de relações múltiplas psicológicos. Os psicólogos poderão
A. Gestão das relações múltiplas em permutar apenas se isso (1) não for
pequenas comunidades clinicamente contraditório, e (2) o
Os profissionais que trabalham em resultado do acordo não for explorativo.
pequenas comunidades, incluindo as C. Dar ou receber presentes
comunidades rurais, muitas vezes tem
de misturar vários papéis e funções São poucos os códigos éticos e
profissionais - ser psicólogo, vizinho, deontológicos que se referem ao dar e
amigo, ser cliente de mercearia, ser receber presentes no âmbito da relação
doente do médico do centro de saúde terapêutica. A maioria dos autores
que é seu cliente, etc... prefere avaliar individualmente estas
Nestas circunstâncias, podemos situações ao invés de estabelecer regras
considerar que a relação múltipla é gerais.
evitável? É consensual que pode ser
Em pequenas comunidades, o problemático aceitar presentes em
profissional deve antecipar a fases iniciais do processo terapêutico
frequência, e até os possíveis
dado que pode ser um precursor para terapêutica incluem: surpresa, culpa,
a criação de limites débeis. ansiedade, medo de perder o
Todavia, em algumas culturas, controle, medo de ser criticado,
pequenos presentes são sinal de confusão sobre limites, funções e
respeito e demostram gratidão ações.
D. Relações sociais com clientes ou ex- Haverá alguma distinção entre o
clientes psicólogo se sentir sexualmente atraído
São poucos os códigos éticos e pelo cliente e estar preocupado com
deontológicos que se referem às essa atração?
relações sociais com os clientes ou ex- Há diferença entre sentir uma
clientes. atração sexual pelo cliente e estar
Será que as relações sociais com preocupado com essa atração.
clientes interferem necessariamente Importância de monitorizar esses
com a relação terapêutica? sentimentos - se ocorrem
A maioria dos autores defende que o frequentemente, será necessário
acompanhamento psicológico e a discuti-los no âmbito da terapia
amizade não devem coexistir e que pessoal ou da supervisão.
aceitar amigos como clientes ou Terapeutas que tenham dificuldade
envolver-se socialmente com clientes em estabelecer limites apropriados
pode ter um efeito negativo no na sua vida pessoal, estão mais
processo terapêutico, na amizade, ou propensos a deparar-se com
em ambos. problemas no estabelecimento
Estabelecer uma relação de amizade adequado de limites com os
com ex-clientes pode impossibilitar, clientes.
no futuro, e se necessário a realização Para minimizar a probabilidade de
do acompanhamento profissional. transgressões sexuais, implica que o/a
E. Atrações sexuais na relação cliente- terapeuta:
terapeuta Aprenda a reconhecer as atrações
Serão as atrações sexuais expectáveis sexuais e de que forma deve lidar
em terapia? com esses sentimentos de forma
Um estudo pioneiro sobre o tema, Pope construtiva.
et al. (1986) concluiu que: Conheça a diferença entre ter uma
Somente 13% terapeutas nunca atração sexual e atuar em
tinham sido atraídos por qualquer conformidade com essa atração.
cliente. Termine a relação terapêutica
A maioria (82%) nunca havia quando os sentimentos sexuais
considerado o envolvimento sexual ocorrem objetivamente
real com o cliente. F. Contato sexual com clientes e ex-
A maioria (93,5%) relataram nunca clientes
ter tido relações sexuais com os seus A questão do contacto erótico em
clientes. terapia não é uma simples questão de
A tendência para tratar esse assuntos ter ou não ter relações sexuais com um
como tabu torna difícil para os cliente.
terapeutas reconhecer e aceitar Os terapeutas podem:
atrações para com os clientes Ter fantasias sexuais com os seus
As reações mais comuns dos clientes;
terapeutas perante a atração na relação Seduzir os clientes;
Influenciar os clientes a focarem-se Julga que valerá a pena o risco de tocar
em sentimentos sexuais em relação os/as clientes?
a eles/as; Apesar de ser uma das mais
Estabelecer aproximações e controversas formas de “quebra de
contatos físicos. limites”, o contato físico é muitas
Pode ser também considerado uma vezes apropriado e pode ter valor
violação da lei. terapêutico significativo
As consequências mais comuns nos O toque do psicólogo pode ser uma
clientes perante o envolvimento sexual expressão genuína de carinho e
com o/a terapeuta são devastadoras e compaixão, ou pode ainda ser uma
incluem: falta de confiança no sexo forma de satisfazer necessidades
oposto e na psicoterapia, depressão, próprias do terapeuta.
raiva, devastação, rejeição, A necessidade do toque deve ser
sentimentos de exploração e/ou avaliado tendo em conta: o cliente,
abandono. o setting profissional, a orientação
As características do/a profissional teórica do psicólogo e a qualidade
que inicia contatos sexuais com da relação terapêutica.
clientes remete-nos para a existência de O toque deve ser um ato
um ou mais problemas pessoais: espontâneo, uma forma de
vulnerabilidade, crises na sua vida expressar suporte emocional e uma
pessoal a nível sexual ou afetiva, honesta expressão dos sentimentos
sentimentos de fracasso, necessidade do psicólogo.
de amor, dificuldade de controlar Conflitos de interesses
impulsos, isolamento, depressão, etc...
O contato sexual entre psicólogos e De acordo com o códido
clientes é visto como claramente deontológico da OPP (2011):
antiético e sinónimo de má prática 5.Prática e intervenção psicológicas
profissional.
Todos os códigos de ética profissional 5.7. Conflitos de interesse. Os psicólogos
contemplam proibições específicas ao devem prevenir e evitar eventuais
contato sexual com clientes: conflitos de interesse.
5.9. Relações românticas ou sexuais.
De acordo com o código de ética da
Os psicólogos não se envolvem em APA (2002):
relações românticas ou sexuais 3.relações humanas.
com os clientes (OPP, 2011). 3.06. Conflitos de interesses. Os
10.05. Intimidades sexuais com
psicólogos restringem-se a
clientes ainda em terapia. Os desempenharem um papel
psicólogos não se envolvem profissional quando interesses ou
sexualmente com clientes em relações pessoais, científicas,
terapia (APA, 2002). profissionais, legais ou financeiras
G. Contactos físicos não eróticos com os podem: (1) danificar a sua
clientes objetividade, competência ou
efetividade no desempenho das suas
Será que o contato físico com os/as funções como psicólogo; (2)
clientes é apropriado, podendo ter um danificar a sua relação
valor significativo? profissional, expondo o paciente
ou a organização.
Exemplos de conflitos de interesse Na psicoterapia, a relação psicólogo-
que dão origem a problemas éticos: cliente adquire características
Quando o psicólogo usa em seu particulares e constitui a base da
benefício o papel de cuidador dado prática profissional.
pelo cliente, criando assim, Apesar das diferentes abordagens
dependência emocional e efetiva, terapêuticas, o papel da relação
diminuindo a autonomia, a terapêutica na prática profissional
responsabilidade e o processo de ocupa um lugar central.
individualização do cliente. Poucas relações humanas atingem, de
Quando o psicólogo usa e abusa da uma forma rápida, um nível de
fragilidade e vulnerabilidade proximidade tão grande como ocorre
física, emocional e psicológica da/o na psicoterapia, ainda que essa
cliente, nomeadamente através de caraterística seja de sentido único, pois
contatos sexual, satisfazendo desta é do cliente que se espera que partilhe
forma as suas fantasias íntimas. os seus sentimentos, comportamentos e
Quando o psicólogo usa a carência pensamentos íntimos, pelo menos
efetiva do/a cliente para alcançar aqueles se relacionam com a resolução
envolvimentos românticos e do problema
encontros íntimos dentro e fora do O paciente expõe a sua intimidade e o
contexto terapêutico, criando falsas terapeuta usa a sua pessoa como o
expetativas para o cliente, sempre e principal instrumento de trabalho.
só com o intuito de satisfazer as suas Quais as questões éticas que podem
necessidades. emergir?
Quando o psicólogo usa as relações Privacidade (terapeuta e cliente)
sociais com os seus clientes com o Valores pessoais
intuito de aumentar a diminuta Dependência
rede de amigos que possui. Processos de transferência e
Quando o psicólogo faz todo o tipo contratransferência
de investimentos inoportunos para Disponibilidade interna do terapeuta
manter o cliente em terapia …
mesmo sabendo que ele já não
necessita, com interesses
económicos e financeiros Uma intervenção malconduzida
poderá ter um potencial altamente
nocivo, exigindo uma
Ética na Psicoterapia responsabilidade e uma atenção
redobradas por parte do profissional.
Psicoterapia – processo de intervenção
Ricou (2004) refere os seguintes
complexo e exigente, implicando
aspetos a ter em especial atenção no
formação específica, supervisão e
âmbito da psicoterapia:
terapia pessoal de acordo com o
Consentimento informado.
modelo no qual se pretende
Intervenções em crianças e
especializar.
adolescentes - consentimento e
O psicoterapeuta deverá intervir
confidencialidade
utilizando as técnicas e saberes às
Neutralidade
quais se encontra devidamente
Relação com clientes difíceis
formado e preparado, adequando-as a
cada caso (Ricou, 2004).
Relações duais e conflitos de relação às problemáticas com que se
interesses depara, deve garantir a isenção de
Psicoterapia familiar e de grupo preconceitos, valores pessoais e
Intervenção à distância sociais e opções individuais (Rosa,
2010).
Muitas vezes os clientes pretendem
Consentimento informado alguém que os encoraje na sua
decisão, com um propósito
Momento e espaço para que sejam
inconsciente de partilha de
colocadas as questões sobre o
responsabilidade.
processo de avaliação/tratamento,
Respeitar a autonomia do cliente
assim como receber informações sobre
significa reconhecer que ninguém
o setting terapêutico, tratamento,
melhor do que o próprio poderá saber
potenciais riscos e tratamentos
qual a melhor opção a tomar.
alternativos, limites da
confidencialidade, honorários, ... Quando questionar os valores do
cliente?
Intervenções em crianças e adolescentes
Art.º 38, número 3, do Código Penal
(2002): “o consentimento só é eficaz se Relação com clientes difíceis
for prestado por quem tiver mais de 16 Clientes intimidantes ou mesmo
anos e possuir o discernimento perigosos, aqueles que faltam
necessário para avaliar o seu sentido e sistematicamente às consultas ou não
em que o presta alcance no momento”. pagam os honorários correspondentes,
↘ Devemos mesmo assim pedir o os que passam ao ato com facilidade, os
consentimento à criança? E no que são muito dependentes e
adolescente será diferente? constantemente fazem contactos
Sendo legítimo o direito aos menores de telefónicos com preocupações
aprovarem ou não a intervenção, assim urgentes, ou mesmo que ameaçam a
como o direito à privacidade, o que família do terapeuta.
deverão fazer os profissionais em Que questões éticas podem emergir?
situações onde os interesses das Terapeuta deve tomar consciência
crianças não vão ao encontro dos dos seus limites pessoais e
interesses dos pais? profissionais;
Ricou (2004) refere “o que estamos a Deve estar consciente que podem
discutir é o processo de descortinar o emergir sentimentos negativos
melhor para a pessoa, naquela para com os clientes;
circunstância” Quando confrontado com estas
Importante definir as regras da relação situações, abordar o cliente, o mais
com a criança/adolescente e com os cedo possível, por forma a
pais, informando-os e discutindo, se explorarem, em conjunto, as
possível separadamente, sobre a motivações e soluções possíveis.
importância da privacidade e as
regras da confidencialidade.
Relações duais e conflitos de interesses
Neutralidade
Lidar com relações múltiplas tendo por
O terapeuta deverá manter a
base que o psicólogo intervém com o
neutralidade e uma certa distância em
cliente a partir da informação que este Outros aspetos relevantes e cruciais, e
lhe transmite. Numa relação múltipla, o até exigência da OPP e da FEAP, em
psicólogo múltipla as fontes de psicoterapia:
informação. É uma das melhores formas de
Como agir caso o psicólogo tenha enriquecer a competência
conhecimento por um dos seus clientes profissional;
que um outro corre algum tipo de É um espaço para analisar as
perigo (e.g., risco de suicídio)? crenças, atitudes, características
Presentes? Aceitar ou não? Quais as de personalidade e
motivações subjacentes? Gratidão ou comportamentos que podem afetar
manipulação? E dar presentes ao os clientes e o processo
cliente? terapêutico.
Ser um profissional competente
exige formação contínua e
Psicoterapia familiar e de grupo supervisão periódica.
Importante contextualizar o processo, Outros aspetos relevantes e cruciais, e até
esclarecer o papel do terapeuta (de exigência da OPP e da FEAP, em
mediador) na relação com cada um dos psicoterapia
indivíduos, o uso da informação,
Objetivos:
questões da privacidade e
(1) Promover o crescimento e o
confidencialidade,...
desenvolvimento do supervisando;
(2) Proteger o bem-estar dos clientes;
(3) Monitorizar o desempenho do
Psicoterapia e outras formas de
supervisionando;
intervenção à distância
(4) Empoderar o processo de auto-
As obrigações dos serviços prestados supervisão do supervisionando.
deverão ser as mesmas da terapia Um processo de supervisão eficaz e
face a face. eticamente responsável implica um
Contudo, há maiores dificuldades: balanço adequado por parte do
comunicação; perde-se a supervisor entre criar oportunidades
comunicação não verbal – de desenvolvimento profissional para o
fundamental nas relações humanas; supervisionando e proteger o bem-
maior tempo para o estar dos clientes (Corey et al., 2015).
estabelecimento de uma relação de
confiança;
limites da disponibilidade do Terapia pessoal
terapeuta;
Quanto melhor o terapeuta se conhece
confidencialidade (e.g., quem
e resolve os seu conflitos e problemas
poderá ver os e-mails);
pessoais, mais capaz estará de lidar
avaliação psicológica;
com sentimentos, emoções e
em situações de risco como
experiências mais dolorosas.
proceder?
Maior consciência dos processos
..
transferenciais.
Supervisão O estar ou ter estado no lugar do
cliente aumentam consideravelmente a
empatia e, consequentemente, o e memórias podem ser manuseados e
sucesso terapêutico. explorados.” (Gabbard, 2005, pp. 60 e
Questões práticas na psicoterapia e 61)
possíveis dilemas éticos: Devemos estar sempre dispostos a
O que se diz ao paciente quando ele atender o cliente?
está na sala de espera? Dizemos o Anotações ao longo da consulta?
seu nome? Falamos com os familiares?
O que fazer face a perguntas Cumprimentamos o paciente no caso de
inesperadas (ou não)? o encontrarmos em outros contextos?
Importante estar preparado para
este tipo de questões e, nalguns
casos, até as antecipar. Ética e Avaliação Psicológica
Respondemos a perguntas pessoais?
Explorar a importância da O psicólogo precisa de ter consciência
resposta para o paciente – o do poder e da influência que pode
próprio terapeuta tem direito à sua exercer sobre a vida do cliente, seja
privacidade. indivíduo, casal, família, grupo,
Como proceder nas faltas? instituição, empresa, comunidade
Qual a duração? Ficar mais (Luepnitz, 1998).
tempo? Como proceder quando a A avaliação psicológica é um ato
paciente se atrasa? exclusivo da psicologia e um elemento
Honorários? distintivo da autonomia técnica dos
Terapeutas mais inexperientes Psicólogos relativamente a outros
tendem a ter dificuldades em cobrar. profissionais, devendo a sua
Porquê? divulgação junto do público ser
O que não é pago não vale muito? evitada (acesso e uso de instrumentos
São um lembrete que o relacionamento
de avaliação psicológica são restritos a
terapêutico não é uma relação de psicólogos).
amizade. Um processo de avaliação psicológica
A terapia deve envolver alguma medida
obedece a procedimentos específicos
de sacrifício por parte do cliente. que implicam:
(1) a competência para escolher os
Contacto físico?
A relação terapêutica é assimétrica? instrumentos apropriados ao
Os limites devem ser rígidos ou objetivo da avaliação,
(2) o conhecimento e a experiência ao
flexíveis?
nível da aplicação e da cotação dos
Limites instrumentos selecionados e
(3) a competência para interpretar e
“…criam um invólucro dentro do qual o
terapeuta pode ser empático, caloroso integrar os resultados de uma
e responsivo, e estabelecer um forma útil e compreensiva;
ambiente de acolhimento onde o Os testes psicológicos devem ser
paciente se sinta compreendido e entendidos como instrumentos
validado. (…) de modo semelhante, os auxiliares de recolha de dados que
limites na terapia criam um contexto juntamente com os outros dados
seguro no qual terapeuta e paciente recolhidos e organizados pelo
podem entrar em uma área de ação onde psicólogo auxiliem na compreensão da
sentimentos, perceções, pensamentos problemática a estudar, de forma a
facilitar a tomada de decisões. Não
podem nunca substituir a relação legitimidade ao processo, e torna mais
entre o profissional e o cliente. complexa a obtenção de um
A avaliação psicológica resulta da consentimento realmente informado.
interpretação dos resultados dos Os resultados da avaliação pertencem,
instrumentos utilizados em função de por direito, à pessoa que foi objeto da
um conjunto de variáveis como sejam mesma. Se solicitado, o psicólogo
o objetivo da avaliação, variáveis que deverá entregar ao seu cliente os
os testes implicam, características da resultados das suas provas, mas sem
pessoa avaliada (incluindo diferenças incluir o enunciado das mesmas, de
individuais linguísticas, culturais ou forma a limitar a sua utilização
outras) e situações ou contextos que abusiva, colocando ênfase no facto de
podem reduzir a objetividade ou estas só terem utilidade se interpretadas
influenciar os juízos formulados, pelo por um profissional de psicologia.
que apenas podem ser levados a cabo À organização a que pertence o sujeito
por psicólogos qualificados com base avaliado, apenas diz respeito saber o
em formação atualizada, e em parecer do psicólogo quanto à
experiência e treino específico; adequação, ou não, da pessoa para a
Os instrumentos utilizados foram função destinada, garantindo a melhor
objeto de investigação científica qualidade possível do processo
prévia fundamentada e incluem avaliativo.
estudos psicométricos relativos à A primeira pessoa a tomar
validade e fiabilidade dos seus conhecimento dos resultados de uma
resultados; avaliação deve ser o próprio, devendo
O propósito fundamental é de que um ser discutida e autorizada toda a
profissional competente utilize os informação que se pretende revelar a
testes de forma apropriada, com qualquer outro profissional, ainda que
profissionalismo, respeito pela ética e tenha sido este último a solicitar a
direitos do cliente. avaliação.
A ênfase da avaliação psicológica deve É impossível a avaliação psicológica
ser colocada na interpretação proporcionar certezas, pelo que
realizada pelo profissional, pelo que quaisquer que sejam os resultados, eles
não poderão ser inquestionáveis e são baseados em dúvidas. Logo, a
absolutos. informação deve ser comunicada ao
A avaliação psicológica obriga a cliente com extrema cautela!
obtenção de um consentimento
informado, livre e esclarecido, no qual
sejam discutidas todas as limitações Relatórios psicológicos
inerentes ao processo, incluindo todas
Os relatórios psicológicos resultantes
as questões relacionadas com a
de um processo de avaliação
confidencialidade.
psicológica, devem ser documentos
São poucos os instrumentos de
escritos objetivos, rigorosos e
avaliação psicológica adaptados,
inteligíveis para o destinatário;
estandardizados, e aferidos para a
Do relatório de avaliação psicológica
população portuguesa, o que pode
deve fazer parte a identificação dos
levar o profissional a cair na tentação
instrumentos utilizados, os resultados
de utilizar instrumentos não
objetivos, a respetiva interpretação,
adaptados e aferidos, o que retira
bem como o prognóstico e um
conjunto De sugestões no sentido da
promoção do bem-estar do sujeito
avaliado;
A linguagem a utilizar deve ser
cuidada, rigorosa e objetiva, de forma
a evitar a possibilidade de
interpretações erradas (evitar rótulos
estigmatizantes)
Os relatórios de avaliação psicológica
incluem sempre como elemento de
identificação o nome do Psicólogo e o
número da respetiva cédula
profissional, no seio da Ordem dos
Psicólogos Portugueses, bem como
será sempre aconselhável a utilização
da vinheta identificativa (OPP, 2019).