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1.SINTESE DA CONSULTA
DA FATURA E DO PAGAMENTO
Seção I
Art. 327. A fatura de energia elétrica deve conter, de forma clara e objetiva e observadas
as disposições do Módulo 11 do PRODIST, as seguintes informações:
V - tarifas aplicadas;
X - código para pagamento e linha numérica digitável ou, caso aplicável, mensagem
indicativa de que o pagamento será realizado por meio de débito automático.
§ 1º A distribuidora pode disponibilizar gratuitamente códigos de pagamento de
resposta rápida alternativos (QR Code ou outro), endereço digital ou informação
equivalente e, em caso de substituição do código usual, mediante prévio consentimento.
Art. 330. A segunda via da fatura deve ser emitida com todas as informações constantes
na primeira via e conter em destaque a expressão "segunda via".
A Lei nº 9.492/1997 dispõe que “protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a
inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros
documentos de dívida.” É ato formal porque atende a certas formalidades legais. É a
prova insubstituível da apresentação do título ao devedor.
Para todos os efeitos legais, o Protesto é um poderoso instrumento que o credor possui
para compelir o devedor ao adimplemento da obrigação contraída pelo devedor. Os
títulos de crédito, documentos particulares produzidos sem a chancela do Estado,
oferece-se o protesto como forma de colocar o devedor em mora. Além disso, o
Protesto causa efeito negativo na vida do devedor, gerando-lhe restrição de crédito.
Importante salientar que os títulos de crédito particulares, documentos particulares sem
chancela do Estado precisam do Protesto porque não estão municiados da publicidade
ou, então, para caracterizar, de modo mais claro, a inadimplência.
Possui também natureza de caráter social, pois visa resgatar a imensa coletividade de
consumidores da vulnerabilidade não apenas em face do poder econômico, como
também dotá-la de instrumentos adequados para o acesso à Justiça do ponto de vista
individual e coletivo.
Isto porque o citado art. 71 é mais amplo que o art. 42 e, em certo sentido, complementa
e esclarece a intenção da lei.
É que da leitura isolada do art. 42 poder-se-ia chegar a sentido oposto ao querido pela
norma, pois está escrito que, na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente “não
será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou
ameaça”.
Ser devedor de alguém, por si só, já implica uma situação de ridículo – pelo menos para
a maior parte das pessoas. Ser cobrado por essa dívida, quer seja por carta ou telefone,
constrange, também, a maior parte dos consumidores. E sofrer a “ameaça” de que seu
nome irá para o Cartório de Protesto a cobrança do débito não é, necessariamente,
caracterização de alguma ilegalidade. É preciso, pois, entender o sistema instituído.
Claro que o direito de propriedade é, também, uma garantia constitucional (art. 5º,
XXII, da CF), o que permite que a legislação infraconstitucional, por sua vez, garanta o
direito de o credor cobrar seu crédito.
Então, a interpretação das regras que permitem a cobrança deve levar em conta, de um
lado, o direito de o credor cobrar e, de outro, o direito de o devedor não ser atingido em
sua integridade de vida privada, honra e imagem.
A resposta é: sim. Mas há limites para a ação de cobrança, conforme ficará agora
explicitado.
Comecemos pelo lado do credor. Ele pode cobrar, dissemos. Aliás, isso é garantia legal
que já estava instituída na legislação civil.
Com efeito, o ato de cobrar uma dívida constitui exercício regular de um direito. E o art.
188, I, do Código Civil estabelece, in verbis:
E como já vimos no item (2) acima o credor tem a sua disposição a Lei nº 9.492/1997 –
Lei de Protesto.
É que, como vimos, existe a possibilidade real de o detentor legítimo de um direito dele
abusar no seu exercício.
A Lei n. 8.078, atenta a esse estado real de coisas, resolveu, então, limitar o exercício da
ação de cobrar do credor. Este continua podendo cobrar, porém as ações que ele está
autorizado a praticar somente podem ser aquelas que não configurem abuso do seu
direito. E é aí que entra o art. 71, para permitir a elucidação da norma que trata da
cobrança.
Então, é de estabelecer que o exercício regular do direito de o credor cobrar seu crédito
está garantido. Ele pode levar a Conta de Luz para Protesto. Pode, também, efetuar a
cobrança por telefone ou por carta (com os limites que explicitaremos na sequência).
Pode, ainda, “ameaçar”, desde que tal ameaça decorra daquele regular exercício de
cobrar: por exemplo, o credor remete carta ao devedor dizendo (ameaçando) que irá
ingressar com ação judicial para cobrar o débito caso ele não pague a dívida já vencida
no novo prazo que ele (credor) fixa.
Não há nenhuma ilegalidade nesse tipo de ameaça, já que ela apenas aponta que o
credor irá exercer um direito que é seu (ingressar com ação judicial). Na realidade se
trata de ameaça de exercício regular de direito, o que é permitido. O direito de cobrar é
garantido pela adequação com o exercício. Assim, são válidas as ações legais que
impliquem cobrança. A atitude do dono da padaria que coloca ao lado do caixa o cheque
devolvido sem suficiente provisão de fundos é ilegal não porque ele não possa cobrar o
emitente do cheque, mas porque aquela afixação não implica exercício regular de
cobrança: trata-se de verdadeira expiação pública. Tem como única função (e intenção)
denegrir a imagem do consumidor emitente do cheque, colocando-o em situação
vexatória. Até se compreende que o dono da padaria fique irritado com o calote. Mas
isso não lhe confere o direito de atacar a pessoa do consumidor. O dono da padaria tem
o direito de protestar o cheque, ingressar com ação de execução, mas colocar o cheque
na parede da padaria é abuso, agora proibido.
4.3.C AS AÇÕES PROIBIDAS
Mas nenhum abuso é permitido. Vejamos item por item as ações proibidas.
Infelizmente, tem sido comum nos hospitais. O administrador ou seu agente coage o
consumidor a assinar uma nota promissória ou a entregar um cheque para o pagamento
da dívida, sob pena de não liberá-lo do hospital ou não liberar pessoa de sua família.
Já tivemos oportunidade de comentar que o corte desses serviços é vedado pela Lei n.
8.078. É claro que o consumidor e seus familiares que com ele vivem, que ficam sem
luz, sofrem com a falta, correndo risco de saúde e padecendo de toda sorte de perda
material e de dano moral.
Como o corte é proibido, sua ameaça de Protesto pesa como uma espada de Damocles
sob a cabeça dos Consumidores, pois como fins de cobrança, por mais força de razão,
também é ilegal, e o efetivo corte, por maior motivo ainda, também implica modo
abusivo de pretender receber o crédito através do Protesto em Cartório.
Diga-se, inicialmente, mais uma vez, que é da natureza do direito o não admitir a
inverdade. Aqui ela surge outra vez para tornar abusiva a cobrança , via Protesto em
Cartório com a designação de decorrer de afirmação falsa, incorreta ou enganosa.
A questão volta aqui. Todavia, há que buscar identificar a intenção da lei. O que ela
pretende é impedir que por qualquer artifício o consumidor seja iludido quanto aos
elementos apresentados em qualquer tipo de cobrança e também na prática da cobrança
em si tratando-se da cobrança via Protesto em Cartório.
Por isso, parece correto dizer que as expressões “afirmação falsa”, “incorreta” e
“enganosa” são tomadas como sinônimas. Os exemplos deixam tal circunstância clara.
Referimo-nos acima ao caso do dono da padaria que coloca o cheque na parede ao lado
do caixa, apenas para “se vingar” do emitente, que lhe passou cheque sem fundos.
Aquela situação, como não tem caráter de cobrança, é tida como abusiva por expor o
consumidor a ridículo, vexame público, constrangimento.
Tal ação torna-se ilegal por importar em exposição do consumidor inadimplente sem
qualquer conexão com o ato de cobrar.
Portanto, a exposição ao ridículo, sem decorrer do ato legal de cobrar, torna a cobrança
abusiva. Está proibida, por exemplo, a remessa de correspondência “aberta”, fazendo
cobrança; ou o envio de envelope com carta de cobrança, tendo-se colocado por fora do
envelope em letras garrafais “cobrança” ou tarja vermelha com o termo “cobrança” ou
“devedor”. É ilegal, também, a colocação de lista na parede da escola ou na sala de aula
com o nome do aluno inadimplente etc.
■ exposto a ridículo;
Assim, o CDC considera como infração penal a prática das seguintes condutas típicas
utilizadas na cobrança de dívidas pelo fornecedor:
■ ameaça;
■ coação;
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COBRANÇA DE DÍVIDA
O Código deixa claro que o consumidor inadimplente não será́ exposto ao ridículo ou
submetido a constrangimento ou ameaça. Essa proibição não é novidade, uma vez que é
longa a tradição contraria ao abuso de direito no ordenamento nacional, mas é louvável
a opção de deixar clara tal proibição, em linguagem simples e objetiva.
A EXPOSIÇÃO AO RIDÍCULO
Se isso fosse permitido ainda assim Em 2012, alteração legislativa incluiu entre títulos
passíveis de protesto as Certidões de Dívida Ativa (CDA) da União, dos estados, do
Distrito Federal, dos municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas.
CONCLUSÕES: