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NO TRIBUNAL DO FÓRUM DISTRITAL DO CONSUMIDOR EM TUMKUR

C.C.84/2009

QUERELANTE V/S ENTREVISTADOS

NAGARAJU O PRESIDENTE BESCOM


E OUTROS
MEMORANDO DE ARGUMENTOS ESCRITOS EM NOME DO
QUEIXOSO:-

Os principais conteúdos da denúncia são:

1. O queixoso é consumidor de electricidade fornecida pelos OP.


2. O queixoso foi acusado de furto em 24-04-2002 alegando utilização de
electricidade por "ter ligação directa a partir de poste eléctrico".
3. A mãe do reclamante tinha o número de IP: 2978 e essa conexão foi
transferida em nome do reclamante.
4. O queixoso solicitou igualmente uma nova ligação de electricidade em 17-
10-2001 com quatro recibos de pagamento de encargos.
5. Ao suprimir todos os fatos da posição do reclamante como consumidor,
alguns oficiais malandros das OP's, em conluio com alguns opositores
locais do reclamante, apresentaram falsas acusações de roubo.
6. Tais acusações de roubo não foram comprovadas por OP's no Juizado
Especial e durante seis anos o reclamante sofreu muito, como alegado em
memorando de denúncia.
7. Os OP cometeram práticas comerciais desleais ao cederem a atitudes
desleais em relação a um cliente.

As principais objecções dos PO são

1. Excede os limites pecuniários nos termos das seções 126 e 127 da lei de
eletricidade indiana (resposta do reclamante:- Não está de acordo com os
aspectos legais discutidos abaixo)
2. O queixoso não é um consumidor nos termos do artigo 2.º, n.º 1, alínea d), da
lei de defesa do consumidor. (Resposta do queixoso:- Não está de acordo
com os aspectos legais discutidos abaixo)
3. Reclamante está utilizando energia elétrica ampliando a ligação existente no
IP nº 2978. (Resposta do queixoso:- Não é verdade quando comparada com
a sua posição assumida em processo penal)
4. O reclamante era o ocupante do terreno e não o consumidor. (Resposta do
reclamante:- O reclamante é ocupante, proprietário e consumidor, é
divulgado a partir de documentos apresentados)
5. Reclamante conseguiu que as testemunhas hostilizassem em processo
criminal. (Resposta do reclamante:- Os próprios funcionários do OP se
tornaram hostis por incapazes de depor a verdade e incapazes de dizer
mentira, cabe aos OP's mostrar que atitude tomaram sobre a atitude de seus
funcionários ao depor perante o tribunal, se é realmente falso depoimento.)
6. O queixoso não tem legitimidade para apresentar queixa contra o poder
público. (Resposta do queixoso:- Não está de acordo com os aspectos legais
discutidos abaixo)

DOCUMENTOS APRESENTADOS PELO QUEIXOSO

1. Recibos de ter pago por nova ligação de electricidade em 17-10-2001.


2. Cópias FIR e Depoimento de ter acusado reclamante de roubo alegação de
que "diretamente ter conexão de poste elétrico".
3. Panchanama em 24-04-2002 os limites da Bomba de Irrigação apreendida é
escrito com como "¥ÀǪÀðPÉÌ: ¥À²ÑªÀÄPÉÌ: GvÀÛgÀPÉÌ: zÀQëtPÉÌ:
̧ÀÄvÀÛ®Æ UÁæºÀPÀgÀ vÉÆÃl«gÀÄvÀ ÛzÉ"
4. Cópia do acórdão do juizado especial.
5. Alteração do IP Nº 2978 DE 17-07-2002 DE Doddamma c/o Chikkasiddaiah
PARA Nagaraju s/o Chikkasiddaiah emitido por OP's.

QUESTÕES DE DIREITO EM NOME DO QUEIXOSO:-

 Com a revolução industrial e o desenvolvimento do comércio internacional,


houve um aumento substancial dos negócios e do comércio, o que resultou em
uma variedade de bens de consumo aparecendo no mercado para atender às
necessidades dos consumidores. Com a globalização e com a economia de
livre mercado, a possibilidade de deficiência nos serviços prestados justificou
a promulgação da Lei de Defesa do Consumidor, de 1986, alterada de tempos
em tempos. Esta lei foi promulgada para o bem-estar dos consumidores e
para os proteger da sua exploração, para a qual a referida lei de 1986 previu
a criação de comissões para a resolução de litígios de consumo e questões
conexas. No caso da Skypak Couriers Ltd. etc. v. Tata Chemicals Ltd. etc.,
(2000) 5 SCC 294 A Suprema Corte decidiu que "as Comissões, nos termos da
Lei, são órgãos quase judiciais para fornecer reparação rápida e simples a
conflitos de consumo e, para esse fim, eles foram habilitados a dar alívio de
natureza específica e, de forma apropriada, para conceder compensação".

 Neste caso, estamos preocupados com o escopo e a extensão da jurisdição do


consumidor benéfico, De acordo com a Seção 2(c) da Lei de 1986,
"reclamação" é definida como a alegação por escrito feita por um reclamante
de que o provedor de serviços cobrou pelos serviços, um preço superior ao
preço fixado pela lei no momento em vigor [Ver: Secção 2, alínea c),
subalínea iv). Nos termos da alínea d) do ponto 2, entende-se por
"consumidor" qualquer pessoa que contrate ou utilize quaisquer serviços a
título oneroso, pago ou prometido, parcialmente pago e parcialmente
prometido. Nos termos da alínea g) do n.º 2 da referida lei de 1986, a palavra
"deficiência" é definida como qualquer falha, imperfeição, deficiência ou
inadequação na qualidade, natureza e modo de execução que deva ser
mantida por ou ao abrigo de qualquer lei em vigor ou ao abrigo de um
contrato ou de outra forma em relação a qualquer serviço. A palavra "bens" é
definida na seção 2(i) para significar bens conforme definido na Lei de Venda
de Mercadorias, de 1930. "Serviço" também definido na secção 2(o) da
referida Lei de 1986 como o serviço de qualquer descrição que é
disponibilizado aos utilizadores em ligação com a banca, financiamento,
seguros, transporte, processamento, fornecimento de energia eléctrica ,
entretenimento, etc. Por conseguinte, o fornecimento de energia eléctrica,
forma de execução, pelo BESCOM enquadra-se na alínea o) do n.º 2 da
referida Lei de 1986.

 No entanto, a questão que se coloca para determinação e que não foi


decidida é: se a competência do consumidor benéfico se estende à
determinação dos atos ilícitos e da responsabilidade daí decorrente pelo
Fórum do Consumidor.

 Confiamos na decisão da Suprema Corte no caso Municipal Cogrporation of


Delhi v. M/s Ajanja Iron & Steel Company (Pvt.) Ltd. AlR 1990 SC 882, foi
alegado que, antes de desligar o fornecimento de electricidade sob a alegação
de furto de electricidade pelo consumidor em causa, deveria ser dada uma
notificação razoável ao consumidor para que este possa pronunciar-se sobre
o assunto. E se isso não for feito, também equivaleria a violação de princípios
básicos de justiça natural.

 Que, no caso em apreço, o BESCOM não procedeu a qualquer notificação


ou inquérito antes de desligar as ligações eléctricas ou antes de alegar
acusações de furto contra o consumidor queixoso. Nem mesmo a Bescom
respondeu ao aviso de reclamação. A Bescom toma posição no processo
penal de que o queixoso tomou a ligação directa a partir do poste, agora
assume a sua posição de que a electricidade é estendida a partir da ligação
existente. Sendo um servidor público responsável, eles estão mudando seu
toungue muitas vezes para reprimir seus delitos.

 O Tribunal Apex deixou claro em vários acórdãos que as disposições da Lei


de Defesa do Consumidor devem ser interpretadas da forma mais ampla
possível e que os fóruns ao abrigo da Lei também teriam competência para
apreciar uma reclamação, apesar do facto de que outros fóruns/tribunais
teriam competência para julgar o referido caso. A tendência das decisões é
que a competência do Fórum do Consumidor não deve e não será
restringida, a menos que haja uma disposição expressa que proíba o Fórum
do Consumidor de abordar a questão que é da competência do tribunal civil
ou de qualquer outro foro estabelecido em algum decreto. A Corte chegou ao
ponto de dizer que, se duas instâncias diferentes tivessem competência para
julgar o litígio sobre o mesmo assunto, a competência do Fórum do
Consumidor não seria barrada e o poder do Fórum do Consumidor de julgar
o litígio não poderia ser negado. [Re: Kishore Lal vs. Presidente, ESI
Corporation (2007) 4 SCC 579]

 No caso do Secretário, Thirumurugan Cooperativa Sociedade de Crédito


Agrícola Vs. M.Lalitha (Morto) através de LRs & Ors. (2004) 1 SCC 305 , a
alegação suscitada foi a de que, tendo em conta o artigo 90.° da TN
Cooperative Societies Act de 1983, os Consumer Fora não eram competentes
para decidir os litígios entre os membros da sociedade cooperativa. Esta
alegação foi rejeitada, depois de considerar as várias disposições da Lei das
Sociedades Cooperativas, ao considerar que o simples facto de os direitos e
responsabilidades serem criados entre os membros e a gestão da sociedade ao
abrigo da Lei das Sociedades Cooperativas e dos Fóruns não pode retirar ou
excluir a competência atribuída aos fóruns ao abrigo da Lei de Defesa do
Consumidor, uma vez que não estão excluídos os recursos adicionais
previstos na Lei do PC. Assim, os Fóruns do Consumidor teriam jurisdição. O
Tribunal de Justiça remeteu para a Fair Air Engineers (P) Ltd. Vs. N.K. Modi,
(1996) 3 SCC 385, e considerou que a questão do conflito de decisões pode
não surgir e se as partes se aproximam tanto dos fóruns criados sob a Lei
quanto da Lei do CP, cabe ao Fórum sob a Lei do PC deixar que as partes
procedam ou aproveitem os recursos perante os outros fóruns, dependendo
dos fatos e circunstâncias do caso.

 No caso State of Karnataka v. Vishwabharathi House Building Coop.


Society [(2003) 2 SCC 412], o Tribunal de Justiça que se pronunciou sobre a
competência dos Fóruns de Consumidores considerou que as disposições da
referida Lei devem ser interpretadas da forma mais ampla possível e que os
fóruns ao abrigo da Lei do PC têm competência para apreciar uma
reclamação, apesar de outros fóruns/tribunais também serem competentes
para julgar sobre o lis. Estes acórdãos foram citados com aprovação nos n.os
16 e 17 do acórdão inSecy., Thirumurugan Coop. Agricultural Credit Society
v. M. Lalitha [(2004) 1 SCC 305]. A tendência das decisões desta Corte é que
a competência do Fórum do Consumidor não deve e não será restringida, a
menos que haja disposição expressa proibindo o Fórum do Consumidor de
tratar da matéria que é da competência do juízo cível ou de qualquer outro
foro estabelecido em algum decreto. A Corte chegou ao ponto de dizer que, se
duas instâncias diferentes tivessem competência para julgar a controvérsia
sobre o mesmo assunto, a competência do Fórum do Consumidor não seria
barrada e o poder do Fórum do Consumidor de julgar a controvérsia não
poderia ser negado."

 A Lei de Defesa do Consumidor foi promulgada para prever uma melhor


proteção dos interesses dos consumidores e, para esse efeito, prever a criação
de conselhos de consumidores e outras autoridades para a solução de litígios
de consumidores e para questões conexas. Não nos foi apresentada qualquer
controvérsia de que as disposições da referida lei não são aplicáveis.
"Deficiência" foi definida na Secção 2(g) como "qualquer falha, imperfeição
ou deficiência na qualidade, quantidade, potência, pureza ou padrão que seja
exigido para ser mantido por ou sob qualquer lei por enquanto em vigor ou
sob qualquer contrato, expresso ou implícito ou como é reivindicado pelo
comerciante de qualquer forma em relação a quaisquer bens". "Serviço" é
definido na alínea o) da secção 2 como "serviço de qualquer descrição que
seja disponibilizado aos utilizadores potenciais e inclua o fornecimento de
facilidades relacionadas com a banca, o financiamento, os seguros, os
transportes, a transformação, o fornecimento de electricidade ou outra
energia, o alojamento ou o alojamento ou ambos, a construção de habitações,
o entretenimento, a diversão ou a divulgação de notícias ou outras
informações, mas não inclui a prestação de qualquer serviço a título gratuito
ou ao abrigo de um contrato de prestação de serviços pessoal".

 Nos termos do n.o 1, alínea r), alínea x), e n.o 5, da secção 2 da Lei de
Defesa do Consumidor, entende-se por "prática comercial desleal" uma
prática comercial que, para efeitos de promoção da venda, utilização ou
fornecimento de quaisquer bens ou para a prestação de qualquer serviço,
adopta qualquer método desleal ou prática desleal ou enganosa, incluindo
qualquer uma das seguintes práticas: a saber: A prática de fazer qualquer
declaração, seja oralmente ou por escrito ou por representação visível que,
Dê fatos falsos ou enganosos depreciando os bens, serviços ou comércio de
outra pessoa; Permite o açambarcamento ou a destruição de bens, ou
recusa-se a vendê-los ou a disponibilizá-los para venda ou a prestar qualquer
serviço, se esse açambarcamento, destruição ou recusa aumentar ou tende a
aumentar ou se destinar a aumentar o custo desses ou de outros bens ou
serviços similares." NA SUPREMA CORTE DA ÍNDIA COMPETÊNCIA
RECURSAL CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL Nº 1866 DE 2002 LUDHIANA
IMPROVEMENT TRUST, LUDHIANA & ANR. ... APELANTES VERSUS
SHAKTI CO-OPERATIVE HOUSE BUILDING SOCIETY LTD. ...
RECLAMADO Acórdão datado de 13 DE ABRIL DE 2009. A Suprema Corte
observou: "É verdade que a Lei de Defesa do Consumidor sendo uma
legislação benevolente destinada a proteger os consumidores da exploração,
as suas disposições devem receber uma construção liberal; As questões
técnicas devem ser evitadas e as queixas dos consumidores merecem ser
corrigidas rapidamente. No entanto, sendo o poder exercido pelos três fóruns
de consumidores para a reparação de reclamações de consumidores de
natureza quase judicial, eles são obrigados a levar em consideração todos os
fatores relevantes e o material trazido aos autos por ambas as partes. As
afirmações da reclamação por parte do consumidor não podem ser tomadas
como uma verdade evangélica. Para apoiar uma conclusão de "prática
comercial desleal", tem de haver algum material convincente perante a
Comissão e qualquer conclusão inferencial não é suficiente para atrair a
alínea r) do artigo 2.o da lei. O ônus da prova, a natureza da prova e sua
adequação dependem dos fatos e circunstâncias de cada caso." No caso
concreto em que a prática comercial desleal é praticada pelos OP's para a
sua prestação de serviço, estes adotaram método desleal e prática desleal ou
enganosa, fazendo declaração de que é queixoso como ladrão por,
oralmente e por escrito e por representação visível perante os moradores do
queixoso que, Deu factos falsos e enganosos depreciando os serviços
agrícolas e ocupação e estatuto do Queixoso.

 O BESCOM é uma autoridade estatutária. É um «Estado» na acepção do


artigo 12.° da Constituição da Índia. Enquanto Estado, espera-se que o
BESCOM desempenhe as suas funções estatutárias num prazo razoável, tendo
em conta o facto de realizar um importante serviço de utilidade pública. Suas
ações, além de serem regidas pela Lei de Eletricidade (Abastecimento) e pelas
normas nela enquadradas, também devem cumprir o teste de razoabilidade
previsto no artigo 14 da Constituição da Índia.
 Em decisão proferida pela Comissão Nacional de Reparação de Litígios de
Consumo Nova Deli Petição de Revisão n.º 1347 DE 2003 (do despacho
datado de 17.2.03 no Recurso n.º 464/2000 da Comissão Estadual, Punjab)
Ruby Mushroom & Canning Pvt. Ltd. Vs Punjab State Electricity Board "Em
nossa opinião, este é um caso adequado em que a lei estabelecida pelo
Tribunal Apex deve ser aplicada com pleno vigor e em verdadeiro espírito. Os
cidadãos de uma República Socialista Democrática não devem sentir-se
impotentes contra o funcionamento indesejável do governo ou dos
funcionários semigovernamentais. Por causa desse tipo de assédio, o crime e
a corrupção prosperam e prosperam na sociedade devido à falta de
resistência pública, ou, em outras palavras, sucumbem à pressão do
funcionamento indesejável dos oficiais em vez de se posicionarem contra
isso. Esta parte discutida sucintamente pela Corte Apex em Lucknow
Development Authority Vs. M.K.Gupta, (1994) 1 SCC 243 em 262-263, nas
seguintes palavras: "A jurisdição e o poder dos tribunais para indenizar um
cidadão por danos sofridos devido ao abuso de poder por autoridades
públicas é fundada como observado por Lord Hailsham em Cassell & Co. Ltd.
v. Broome 1972 AC 1027 : (1972) 1 Todos os ER 801 com base no princípio
de que «uma indemnização exemplar pode servir um propósito útil para
justificar a força da lei». Um cidadão comum ou um homem comum
dificilmente está equipado para corresponder ao poder do Estado ou de seus
instrumentos. Isso está previsto no Estado de Direito. Funciona como um
freio ao exercício arbitrário e caprichoso do poder. Em Rookes v. Barnard
1964 AC 1129 : (1964) 1 Todos ER 367, 410 foi observado por Lord Devlin,
"os servidores do governo são também os servos do povo e o uso de seu poder
deve estar sempre subordinado ao seu dever de serviço". Um funcionário
público se age de forma maliciosa ou opressiva e o exercício do poder
resulta em assédio e agonia, então não é um exercício de poder, mas seu
abuso. Nenhuma lei oferece proteção contra isso. Aquele que é responsável
por ela deve sofrê-la. A indenização ou o dano, conforme explicado
anteriormente, podem surgir mesmo quando o oficial cumpre seu dever de
forma honesta e de boa-fé. Mas quando surge devido a um comportamento
arbitrário ou caprichoso, perde seu caráter individual e assume significado
social. O assédio de um homem comum por parte das autoridades públicas é
socialmente abominável e juridicamente inadmissível. Pode prejudicá-lo
pessoalmente, mas o dano à sociedade é muito mais grave. O crime e a
corrupção prosperam e prosperam na sociedade devido à falta de resistência
pública. Nada é mais prejudicial do que a sensação de impotência. Um
cidadão comum, em vez de reclamar e lutar, sucumbe à pressão de funções
indesejáveis em vez de se posicionar contra ela. Portanto, a concessão de
indenização por assédio por parte do poder público não só compensa o
indivíduo, satisfaz-o pessoalmente, mas ajuda na cura do mal social. Isso
pode resultar na melhoria da cultura de trabalho e ajudar na mudança de
perspectiva. Wade, em seu livro Direito Administrativo, observou que é mérito
das autoridades públicas que existam simplesmente poucas decisões inglesas
relatadas sobre essa forma de imperícia, a saber, prevaricação em cargos
públicos que inclui uso malicioso do poder, má administração deliberada e
talvez também outros atos ilícitos que causem prejuízo. Uma das razões para
isso parece ser o desenvolvimento do direito que, além de outros fatores,
conseguiu manter um controle salutar sobre o funcionamento no governo ou
nas repartições semigovernamentais, responsabilizando pessoalmente os
oficiais por sua ação caprichosa ou mesmo ultra vires que resultou em lesão
ou prejuízo a um cidadão, concedendo-lhes indenização.

 Em Veriyamto Naveen v. Government of Andhra Pradesh (2001) 8 SCC


344, a Suprema Corte observou: "Quando a quebra de contrato envolve
violação de obrigação estatutária quando a ordem reclamada foi feita no
exercício do poder estatutário por uma autoridade estatutária, embora a
causa de pedir surja ou pertença a contrato, a coloca na esfera do direito
público porque o poder exercido é diferente do contrato. A liberdade do
Governo de fazer negócios com quem quiser está sujeita à condição de
razoabilidade e fair play, bem como ao interesse público. Após a celebração
de um contrato, ao rescindir o contrato que está sujeito aos termos das
disposições legais, como no presente caso, não se pode dizer que a questão se
insere puramente em um campo contratual."

 Em State of Arunachal Pradesh VS Nezone Law House, Assam AIR 2008


SC 2045, a Suprema Corte observou: Quando um determinado modo é
prescrito para fazer um ato e não há impedimento na adoção do
procedimento, o desvio para agir de maneira diferente que não revele
qualquer princípio discernível que seja razoável em si mesmo deve ser
rotulado como arbitrário. Toda ação estatal deve ser informada pela razão e
daí decorre que um ato desinformado pela razão é, por si só, arbitrário.

 Em West Bengal State Electricity Board Vs Dilip Kumar Ray AIR 2007 SC
976 , a Suprema Corte observou: Abuso malicioso do processo. Má aplicação
dolosa do processo judicial para obter objeto não pretendido por lei. O uso
doloso ou mal aplicado do processo para cumprir uma finalidade não
justificada ou comandada pelo writ. Uma ação por abuso malicioso de
processo consiste nos seguintes casos: Uma petição maliciosa ou
procedimento para julgar uma pessoa insolvente, para declarar uma pessoa
lunática ou para encerrar uma empresa, para fazer ação contra o advogado
sob a Lei dos Profissionais da Justiça, maliciosamente obter prisão ou
penhora em execução de um decreto ou antes do julgamento, ordem ou
liminar ou nomeação de destinatário, prisão de um navio, busca nas
instalações do autor, prisão de uma pessoa pela polícia.

 Em Harijana Thirupala & Others v. Public Prosecutor, High Court of A.P.,


Hyderabad (2002) 6 SCC 470, a Suprema Corte observou: " Em nossa
administração da justiça criminal, um acusado é presumido inocente, a menos
que tal presunção seja ilidida pela acusação, produzindo as provas para
mostrá-lo culpado do crime pelo qual é acusado. Além disso, se forem
possíveis dois pontos de vista sobre as provas produzidas nos autos, uma
indicando a culpa do acusado e a outra sua inocência, a opinião favorável ao
acusado deve ser aceita. Nos casos em que o tribunal tenha dúvidas razoáveis
quanto à culpa do acusado, o benefício dessa dúvida deve ir em favor do
acusado. Ao mesmo tempo, o tribunal não deve rejeitar as provas da
acusação, considerando-as falsas, não confiáveis ou não confiáveis por
motivos fantasiosos ou com base em conjecturas e suposições. O caso da
acusação deve ser julgado como um todo, tendo em conta a totalidade das
provas. Na apreciação das provas, a abordagem do tribunal deve ser
integrada, não truncada ou isolada. Em outras palavras, o impacto da prova
na totalidade no caso da acusação ou na inocência do acusado deve ser
levado em conta para se chegar à conclusão quanto à culpa ou não do
acusado. Ao chegar a uma conclusão sobre a culpa do arguido, o tribunal tem
de apreciar, analisar e avaliar as provas que lhe são apresentadas pelo
critério das probabilidades, do seu valor intrínseco e do animus das
testemunhas. Acrescente-se que, em última instância e por fim, a decisão em
cada caso depende dos fatos de cada caso."

 Em Smt. S.R. Venkataraman Vs. Union of India, [AIR 1979 SC 49 : (1979)


2 SCC 491] A Suprema Corte observou: "Não é, portanto, o caso da
recorrente que houve real intenção maliciosa por parte do Governo em fazer
a suposta ordem indevida de sua aposentadoria prematura de modo a
equivaler a malícia de fato. A malícia na lei, no entanto, é bem diferente. O
Visconde Haldane descreveu-o da seguinte forma em Shearer v. Escudos:
"Uma pessoa que inflige uma lesão a outra pessoa em violação da lei não
pode dizer que o fez com uma mente inocente; Ele é levado a conhecer a lei, e
deve agir dentro da lei. Ele pode, portanto, ser culpado de malícia na lei,
embora, no que diz respeito ao estado de espírito, ele aja de forma ignorante
e, nesse sentido, inocente." Assim, dolo em seu sentido jurídico significa
malícia tal que pode ser presumida a partir da prática de um ato ilícito
intencionalmente, mas sem justa causa ou desculpa, ou por falta de causa
razoável ou provável."

 Em Estado de A.P. e Outros Vs. Goverdhanlal Pitti [(2003) 4 SCC 739], a


Suprema Corte observou: "12. O significado jurídico de dolo é "má vontade
ou despeito para com uma parte e qualquer motivo indireto ou impróprio para
tomar uma ação". Isso às vezes é descrito como "malícia de fato". "Malícia
jurídica" ou "malícia jurídica" significa "algo feito sem desculpa legal". Em
outras palavras, "é um ato praticado de forma ilícita e dolosa sem causa
razoável ou provável, e não necessariamente um ato praticado por mal-estar e
rancor. É um ato deliberado em desrespeito aos direitos alheios".
 Em Punjab State Electricity Board Ltd. VS Zora Singh & Ors. AIR 2006 SC
182 STF observou: As empresas eléctricas adquirem o carácter de serviços
públicos em razão da sua posição praticamente monopolista e da sua
profissão ao serviço do público. O Estado, no exercício de seu poder
legislativo, tinha o direito de obrigar os licenciados a prestar serviço de
forma eficiente, rápida e imparcial aos membros do público, como foi feito ao
promulgar a Seção 22 da referida Lei. Mesmo no direito comum, tais serviços
públicos que tenham obtido uma licença ao abrigo de um estatuto estão
sujeitos a uma obrigação automática devido ao facto de os bens de uma
utilidade pública serem dedicados ao serviço público e impressionados com o
interesse público para servir o público e qualquer obrigação legal desse tipo
estar em vigor e constituir uma declaração de direito comum. Após a
dedicação da utilidade pública ao uso público e em troca da concessão de
uma franquia pública, a utilidade pública tem a obrigação legal de prestar um
serviço adequado e razoavelmente eficiente, sem discriminação injusta e a
preços razoáveis a todos os membros do público a quem seu uso e escopo de
operação se estendam e que se candidatem a tal serviço e cumpram regras e
regulamentos razoáveis do público utilidade. Embora a Seção 22 da Lei de
Eletricidade da Índia, de 1910, por si só, não se aplique ao Conselho, tendo
em vista as disposições do Electricity (Supply) Act, de 1948, as disposições
nele contidas indicam que o Conselho também tem o dever de prestar tais
serviços.

 No acórdão Lucknow Development Authority vs. M. K. Gupta [1994 (1) SCC


243], referindo-se à natureza e ao objeto da Lei, a Suprema Corte observou:
"A começar pelo preâmbulo da Lei, que pode fornecer assistência útil para
determinar a intenção legislativa, ela foi promulgada 'para prover a proteção
do interesse dos consumidores'. O uso da palavra "proteção" fornece a chave
para as mentes dos criadores da Lei. Várias definições e disposições que
tentam atingir este objectivo devem ser interpretadas a esta luz, sem se
afastarem da opinião assente de que um preâmbulo não pode controlar o
sentido claro de uma disposição. De fato, a lei atende à necessidade há muito
sentida de proteger o homem comum de tais males para os quais o remédio
sob a lei ordinária, por várias razões, tornou-se ilusório. Várias legislações e
regulamentos que permitem ao Estado intervir e proteger os interesses dos
consumidores tornaram-se um refúgio para os inescrupulosos e o mecanismo
de execução ou não se move ou move-se de forma ineficaz, ineficiente e por
razões que não são necessárias de serem declaradas. A importância da lei
reside na promoção do bem-estar da sociedade, permitindo que o consumidor
participe directamente na economia de mercado. Tenta eliminar o desamparo
de um consumidor que enfrenta contra empresas poderosas, descritas como
"uma rede de extorsão" ou uma sociedade em que "os produtores têm
garantido o poder" para "roubar o resto" e o poder de organismos públicos
que estão a degenerar em armazém de inacção onde os papéis não passam de
uma secretária para outra por uma questão de dever e responsabilidade, mas
por consideração alheia deixando o homem comum desamparado,
desnorteado e chocado. A doença está se tornando tão desenfreada,
generalizada e profunda que a sociedade, em vez de incomodar, reclamar e
lutar por ela, está aceitando-a como parte da vida. A encenação nessas
realidades inacreditáveis, mas duras, parece ser um lado positivo, que pode,
com o tempo, conseguir controlar a podridão. Um exame de várias definições,
como «consumidor», «serviço», «comerciante», «prática comercial desleal»,
indica que o legislador tentou alargar o alcance da lei. Cada uma dessas
definições está dividida em duas partes, uma explicativa e outra expansiva. A
parte explicativa ou a parte principal em si usa expressões de ampla
amplitude, indicando claramente sua ampla amplitude, então seu âmbito é
ampliado para coisas que, de outra forma, estariam além de sua importação
natural."

 NA SUPREMA CORTE DA ÍNDIA COMPETÊNCIA DE APELAÇÃO CIVIL


APELAÇÃO CÍVEL Nº 1879 DE 2003 Karnataka Power Transmission Corpn.
& Anr. ... Apelantes Contra Ashok Iron Works Pvt. Ltd.... Recorridos Acórdão
datado de 9 de fevereiro de 2009 Supremo Tribunal Observou: "Se o
fornecimento de eletricidade pela KPTCL a um consumidor é venda e compra
de bens na aceção do artigo 2.º, n.º 1, alínea d), subalínea i), da Lei de 1986?
Pensamos que não. Embora o título da Seção ou nota marginal fale de "venda
de energia elétrica pela Junta a pessoas que não sejam licenciados", mas a
nota marginal ou título da Seção não pode conceder qualquer auxílio legítimo
à construção da Seção. A Seção 49 fala de fornecimento de eletricidade a
qualquer pessoa que não seja um licenciado nos termos e condições que um
Conselho considere adequado e para fins de tal fornecimento tarifas
uniformes gratuitas. Esta Corte já decidiu no Setor Petroquímico do Sul
(supra) que fornecimento não significa venda. Com efeito, a sociedade
intentou uma acção abrangida pelo artigo 2.o, n.o 1, alínea d), subalínea ii), e
não pelo n.o 1, alínea d), subalínea i), do artigo 2.o, uma vez que o litígio
suscitado pela sociedade diz respeito à não prestação dos serviços a título
oneroso dentro do prazo. Por conseguinte, para efeitos da manutenção da
reclamação, importa verificar se existe uma deficiência na citação ou
notificação na aceção do artigo 2.°, n.° 1, alínea d), subalínea ii). Nos termos
do artigo 2.°, n.° 1, alínea o), da Lei de 1986, entende-se por «serviço» o
serviço de qualquer descrição que seja disponibilizado aos potenciais
utilizadores e inclua o fornecimento de instalações relacionadas com o
fornecimento de energia eléctrica ou outra. "Deficiência" nos termos da
alínea g) do n.o 1 da secção 2 significa qualquer falha, imperfeição,
deficiência ou inadequação na qualidade, natureza e modo de execução que
deva ser mantida por ou ao abrigo de qualquer lei actualmente em vigor ou
que tenha sido assumida para ser executada por uma pessoa no âmbito de um
contrato ou de outra forma em relação a qualquer serviço. Tal como indicado
na definição de «serviço», o fornecimento de instalações relacionadas com o
fornecimento de energia eléctrica é um serviço. O fornecimento de
electricidade pelo Conselho de Administração ou pela KPTC a um
consumidor seria abrangido pelo artigo 2.º, n.º 1, alínea o), como «serviço» e,
se o fornecimento de energia elétrica a um consumidor não for fornecido
atempadamente como acordado, então, nos termos da secção 2, n.º 1, alínea
g), pode haver um caso de deficiência no serviço".
Nas circunstâncias acima citadas e na lei estabelecida, reza-se humildemente para
que a denúncia seja admitida como se reza na reclamação.

ADVOGADOS DO QUEIXOSO

NOME: SRIDHARA BABU N (SBN)

NOME: RAGHAVENDRA. Y

PH: 9880339764 & 9448661073


LOCALIZAÇÃO: TUMKUR E-MAIL :
adv_sbn@aol.in
DATA: http://sridharababu.blogspot.com

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