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A CENTRALIDADE DO TRABALHO COM A FAMÍLIA SEGUNDO O

SUAS – SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Regina Célia Ribeiro do Nascimento

RESUMO

O Sistema Único de Assistência Social – SUAS tem passado pelo processo de


amadurecimento e consolidação, desde seu lançamento, em 2005, através da aprovação da
PNAS – Política Nacional de Assistência Social. As últimas normatizações como a
Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, o Protocolo de Gestão Integrada de
Serviços, Benefícios e Transferências de Renda, e os resultados de pesquisas avaliativas e do
Censo SUAS, resultaram na publicação das Orientações Técnicas sobre o PAIF, versão 2012.
O citado manual traz inovações em relação às atividades desempenhadas junto às famílias no
âmbito do CRAS, em consonância com a matricialidade sociofamiliar, cuja premissa na
centralidade familiar garante a prevenção, proteção, promoção e inclusão de seus membros
junto às políticas públicas propostas pelo SUAS. Uma dessas atividades se concentra na
realização de “Oficinas de Famílias”, anteriormente denominadas de “Reuniões
Socioeducativas”. Os profissionais destacados para desenvolver essas atividades, assistentes
sociais e/ou psicólogos, necessitarão de aprofundamento teórico a respeito do tema família,
motivo pelo qual nos lançamos à realização do presente artigo, uma vez que o conhecimento
sobre a história e as raízes da família brasileira se tornaram de fundamental importância ao
embasamento do trabalho, devido à diversidade dos agrupamentos existentes na atualidade,
após a ocorrência de mudanças de vários paradigmas.

1. Introdução

Em decorrência da atuação como psicóloga do CRAS II – Centro de Referência da


Assistência Social do Município de Barretos-SP e na intenção de aliar a teoria à prática,
apresentamos este artigo como forma de refletir sobre a família, na perspectiva de um trabalho
atual, de acordo com o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF, versão
2012, previsto no SUAS – Sistema Único de Assistência Social.
Em relação ao tema família, pretendemos destacar as principais crenças cultuadas
sobre sua origem, desenvolvimento e formatação atual, objetivando facilitar a visão das
características que assumiram esse grupamento de pessoas em nossa época.
A palavra paradigma se origina do grego parádeigma (Wikipédia, on line, 2012), cujo
significado implica em modelo, percepção, diretriz, pressuposto, padrão de referência ou até
mesmo um ideal. Também é designado como o conjunto de teorias de uma abordagem dentro
da ciência.
O vocábulo paradigma se encontra presente em diversos segmentos, podendo a busca
pela sua compreensão levar o pesquisador a interessantes achados no passado.
Também pode ser identificado como regras de se ver e entender o mundo, que
funcionam como filtros que se impõem à nossa percepção, sem a necessidade de falar. Os
paradigmas rodeiam, permeiam nossas vidas no dia-a-dia, não somente em abordagens
teóricas.
Logo abaixo refletimos sobre paradigma, segundo alguns autores:
Ruffino (2012) afirma que paradigma representa um conjunto de conceitos, valores e
crenças altamente compartilhados por uma comunidade, com a forte “sensação de verdade”
porque está relacionado às nossas sensações, intuições. Delimita o que vemos, fazemos,
pensamos e sentimos. Lidamos com eles como se fossem o mundo. Um paradigma é a
percepção geral e comum - não necessariamente a melhor - de se ver determinada coisa, seja
um objeto, seja um fenômeno, seja um conjunto de idéias. Ao mesmo tempo, ao ser aceito,
funciona como critério de verdade, de validação e reconhecimento nos meios onde é adotado.
De acordo com Stigar (on line, 2010), paradigma pode ser definido como uma matriz
disciplinar que sustenta uma concepção de mundo numa determinada época. Um paradigma
possui um modelo de racionalidade no qual se incluem todas as esferas, quer científicas,
filosóficas, teológicas ou de senso comum.
Thomas Khun (apud Stigar, on line, 2012) foi o primeiro cientista a utilizar paradigma
como um termo científico em seu livro “A Estrutura das Revoluções Científicas”, publicado
em 1962. Trata-se, portanto, de um vocábulo recente e moderno.
Segundo Khun, (1996, p.121, apud Stigar) paradigma sugere que "certos exemplos da
prática científica atual - tanto na teoria quanto na aplicação - estão ligados a modelos
conceptuais de mundo dos quais surgem certas tradições de pesquisa". Ou seja, uma visão de
realidade atrelada a uma estrutura teórica, aceita, que estabelece uma forma de compreender e
interpretar intelectualmente o mundo, segundo os princípios constantes do paradigma em
vigor.
Ainda segundo Khun,(1996, apud Stigar), um dos acontecimentos mais marcantes da
história da humanidade utilizado para exemplificar o significado de paradigma, refere-se ao
domínio exercido na ciência pelo pensamento geocêntrico (ptolomáico), segundo o qual toda
a produção intelectual coerente com esta visão de mundo estabelecia a terra como o centro do
universo. Logo, quem afirmasse que "a Terra é apenas um dentre milhões de outros planetas,
e nem mesmo é o mais significativo deles", seria considerado louco, ignorante ou algo
parecido. Posteriormente, observações demonstraram que esta visão era falha e foi sendo
substituída, após intensa e violenta resistência dos sábios defensores do antigo paradigma do
sistema heliocêntrico de Copérnico.
Segundo Stigar (on line, 2012), um novo paradigma precisa ser construído para a
ciência, educação, tecnologia e sociedade. A fragmentação é viável e aceitável na medida em
que se pense no todo, porém, não é o que vem acontecendo no meio cientifico, social, cultural
e político. Cada esfera de conhecimento defende suas próprias verdades, porém, deixam de
efetuar o entrelaçamento do pensamento, a transdisciplinaridade. As idéias se apresentam
soltas, sem um elo que as integrem.
Pensando na força de expressão que os paradigmas impetram aos fatos do passado,
ocorridos em todas as esferas do desenvolvimento, pretendemos focalizar a família sob esse
aspecto, na intenção de apontar as várias mudanças de configuração pela qual passou no
decorrer do tempo.
Além da proposta de efetuar o levantamento dos paradigmas existentes sobre a
família, pretendemos, também, trazer à baila as atuais formas de se viver em família,
destacando a importância do conhecimento teórico abordado na prática profissional.
Enquanto psicóloga do CRAS II de Barretos-SP, responsável pelo trabalho com as
famílias referenciadas, temos como objetivo primordial, através do levantamento histórico do
percurso da família, compreender como se chegou às formatações atuais, no sentido de
adquirir maior facilidade no trato com seus componentes e sua diversidade.
A nova versão do PAIF – Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família,
lançada em 2012, pelo Ministério de Combate à Fome e à Miséria, responsável pela
implantação do SUAS – Sistema Único da Assistência Social, por intermédio dos CRAS e
CREAS, apresenta as mais recentes orientações sobre o trabalho a ser desenvolvido com as
famílias, denominadas “Oficinas de Famílias”, que procura atender às diversas demandas
dessa nova cara que o agrupamento familiar assumiu.
Portanto, a proposta desse trabalho acompanhará duas vertentes que, ao final, se
cruzarão com um único objetivo: a ampliação dos conhecimentos teóricos na área da
Assistência Social, como psicóloga integrante do CRAS, bem como a efetivação da teoria na
prática com a implantação das oficinas de famílias.
2. Reflexões históricas sobre a família

São vários os aspectos relacionados à família que compõem a análise dos paradigmas
existentes no decorrer da história. Um dos principais consiste no papel da mulher e do homem
enquanto líder do agrupamento, caracterizando a superioridade da mulher - matriarcado e a do
homem, o patriarcado. Houve alterações durante o desenvolvimento da família, em que ora
imperava o matriarcado, ora o patriarcado, dependendo das atribuições mais importantes
desempenhadas por um deles.
Segundo Xavier (1998), a família pode ser considerada como um lugar de
adestramento para a adequação social, consequentemente, responsável pelos conflitos
surgidos. Também se apresenta multifacetada, em decorrência das mudanças sociais.
Lispector apud Xavier (1998) enfatiza a historicidade da família como produto do
sistema social, refletindo o estado de cultura desse sistema.
O papel econômico da família exerceu predomínio, principalmente após o advento do
Capitalismo, pois, tornava-se essencial o nascimento dos filhos, que, representavam a futura
mão-de-obra a ser empregada nas fábricas.
A religião, com destaque para a Católica, influenciou sobremaneira a efetivação da
família através do casamento religioso, como forma de garantir a duração da união entre os
pais e seus filhos, outorgando à figura masculina, a autoridade, o “pátrio poder”.
O adultério representa um forte paradigma a envolver a história da família,
principalmente se for praticado pela mulher, pois, culturalmente, apenas o homem teria o
direito de possuir outras mulheres, enquanto a mulher deveria se manter fiel.
Morgan (apud Porreca, 2008), antropólogo, etnólogo, advogado e escritor norte-
americano, em seu estudo sobre a evolução das sociedades humanas de 1877, parte dos
sistemas de parentesco para reconstituir as formas de família, segundo três estados de
evolução da humanidade: a selvageria, a barbárie e a civilização.
Nas cinco espécies de família classificados pelo autor, a consangüínea, a punaluana, a
sindiásmica, a patriarcal e a monogâmica, foram desenvolvidas características próprias,
paradigmas considerados como verdade absoluta naquele determinado momento.
A característica da família consangüínea referia-se ao casamento entre irmãos e
irmãs, carnais ou colaterais no interior de seus grupos, o que marcou a promiscuidade sexual
no meio das tribos, onde ainda não existia a idéia de casamento. Não eram conhecidas as
relações de parentesco posteriormente criadas.
A família punaluana se destacava pela proibição do incesto, do casamento entre
irmãos e irmãs e a coabitação entre mãe e filho, por pertencerem ao mesmo totem, ou seja,
por terem nascido da mesma mãe. No entanto, permitia a coabitação entre pai e filha porque
predominava a matrilinearidade, o que implicava que pai e filha não pertenciam ao mesmo
totem. Essa proibição ainda é observada em povos da sociedade atual.
A família sindiásmica se originou da família punaluana, permitindo ao homem o
direito à poligamia e à infidelidade. Nessa configuração os vínculos eram frágeis, levando à
dissolução, com os filhos permanecendo sob os cuidados da mãe.
Percebemos que desde essa época a mulher assume a responsabilidade pelos filhos,
enquanto o homem adquire direitos de adultério e infidelidade, legitimados pela sociedade, de
forma paradigmática.
Dessa forma de constituição familiar surge uma nova dinâmica de convivência, nasce
a cumplicidade entre os parceiros e a proibição do pai em se casar com a própria filha. Tal
mudança diminui o direito materno com a instauração do domínio do homem, originando a
família patriarcal.
No período denominado por Morgan(apud Porreca, 2008) como civilizatório, o
termo família passou a significar um grupo social em que o chefe mantinha sob seu poder a
mulher, os filhos e certo número de escravos, com direito de vida e de morte sobre todos eles.
A partir do direito romano clássico a família passa a ser considerada “família
natural”, ou seja, baseada no casamento e no vínculo de sangue, cujo agrupamento é
constituído pelos cônjuges e filhos, caracterizado pela privacidade.
Podemos observar que, o incesto, considerado como algo natural no passado,
transformou-se num crime hediondo, contradizendo o paradigma aceito anteriormente.
Almeida apud Xavier (1998. p. 16), relata que a origem da monogamia segundo
Engels, está relacionada com a transmissão da herança do patrimônio. De forma alguma a
monogamia foi fruto do amor sexual individual, pois, o casamento assumia puramente o
aspecto convencional. O autor considerava a monogamia como a primeira forma de família
não baseada em condições naturais, mas, econômicas, do triunfo da propriedade privada sobre
a propriedade comum primitiva.
Na história da família brasileira, há que se destacar o autor Gilberto Freyre e sua obra
Casa Grande e Senzala, de 1933, que definiu a família patriarcal rural como célula mater na
formação da sociedade brasileira. Nessa época imperava o paradigma em que a família se
apresentava como agrária, escravocata e híbrida. Em sua obra o autor destaca a importância
da casa grande e da senzala na formação sociocultural brasileira.
Segundo Antonio Cândido apud Porreca (2008), a família brasileira era constituída por
um núcleo central e outro periférico, em que o central era ocupado pelo casal e os filhos
legítimos e o periférico pelos agregados, negros, as concubinas e seus filhos ilegítimos.
Porreca (2008) relata que o modelo de família patriarcal, oriundo da colonização e
adaptado às condições brasileiras, foi disseminada pelo país por força do pensamento social
da época, principalmente no nordeste açucareiro.
Acrescentamos que, como resultado da aceitação desse modelo familiar pela
sociedade, instalou-se o paradigma assentado na condição de “sensação de verdade”,
consolidando-se a chamada família matrifocal (Porreca, 2008), em que o pai só está presente
como genitor, mas não como pai. Ainda perdura em nosso país essa forma de família.
Já na classe trabalhadora assalariada o modelo familiar era centrado na liderança do
pai de família e na dona-de-casa, com o padrão hierárquico centrado no pai. (Porreca, 2008).
Dessa forma, a família brasileira se originou da tradição colonial e patriarcal, com
destaque ao domínio masculino e submissão feminina, e que a formação da raça mestiça
(hibridismo) ocorreu com grande dose de abuso.
Com o advento da industrialização o paradigma da família assume nova forma, pois os
membros precisam abandonar a convivência em busca do trabalho, uma vez que a produção
doméstica deixa de ser a fonte de subsistência.
Ocorre, então, o declínio do poder patriarcal e as fortes mudanças dos paradigmas,
principalmente os religiosos, provocando transformações nas relações de gênero, aumento da
autonomia dos componentes da família, maior abertura para as práticas sexuais, desmembrada
do compromisso com a reprodução.
De acordo com levantamentos efetuados em Pires (2004) et al, distinguimos algumas
definições a respeito de família considerada multiproblemática:
- Famílias isoladas (Powell & Monahan): com ênfase ao retraimento social e ausência
de apoio nos momentos difíceis da vida familiar, independente da classe social;
- Famílias excluídas (Thierney 1976): caracterizadas pela separação em relação aos
contextos parental, institucional e social;
- Famílias suborganizadas (Aponte 1976): designadas como aquelas com alguma
lacuna nos graus de constância e diferenciação da organização estrutural do sistema familiar,
diferente das desorganizadas, referentes a formas inadequadas de organização;
- Famílias associais (Voiland 1962): apresentam comportamentos sociais desviantes;
- Famílias desmembradas (Minuchin et al. 1967): são pontuadas por limites difusos ou
indefinidos;
- Famílias diluídas (Colapinto 1995): dificuldades em respeitar os limites de vários
subsistemas e na relação com o exterior;
- Famílias multiparentais (Fulmer 1989): dispersamento da função parental por várias
figuras.
Além dessa classificação organizada por Pires, existe uma variedade de denominações
a respeito das configurações atuais de família, retratando a liberdade de escolha das pessoas
ou necessidade de sobrevivência, em que os papéis do homem e da mulher assumem posições
diversas.
A NOB-SUAS (Brasil, 2009) destaca as mudanças radicais ocorridas na organização
das famílias, relacionadas à ordem econômica, à organização do trabalho, à revolução na área
da reprodução humana, à mudança de valores e à liberalização dos hábitos e dos costumes,
bem como ao fortalecimento da lógica individualista em termos societários. Dentre essas
mudanças observa-se um enxugamento dos grupos familiares (famílias menores), uma
variedade de arranjos familiares (monoparentais, reconstituídas), além dos processos de
empobrecimento acelerado e da desterritorialização das famílias gerada pelos movimentos
migratórios.
Diante dessas reflexões históricas, apresentamos, a seguir, o Serviço de Proteção e
Atendimento Integral à Família –PAIF.

3. O entendimento da família segundo o serviço de proteção e atendimento integral a


família - PAIF

No passado o patriarcado predominou nas famílias, ocasião em que ao homem era


permitido constituir a família natural, composta pela esposa e filhos, como também manter
relações extra-conjugais fora do casamento, principalmente com as escravas de seu domínio,
gerando filhos ilegítimos (híbridos).
Hoje observamos junto aos usuários do CRAS, principalmente com as famílias de
maior vulnerabilidade, muitas histórias em que a mulher assume seus filhos, originários de
pais diferentes, sem a companhia de um esposo. A mulher acaba assumindo a maternidade e a
paternidade, legitimando, dessa forma, a liberdade sexual para ambos os sexos, sem a
responsabilidade paterna com a prole resultante desses relacionamentos passageiros.
Percebemos, dessa forma, como o papel masculino no contexto das famílias de maior
vulnerabilidade tem se tornado de menor importância, contrastando com o aumento da
responsabilidade feminina na proteção e educação dos filhos.
Com base nas pesquisas realizadas junto ao tema família, podemos dizer que o
trabalho social com famílias do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF,
desenvolvido no CRAS II de Barretos-SP, procura buscar a compreensão do histórico e das
mudanças de paradigmas ocorridos, traçar paralelos entre as convergências e os contrastes
inerentes àquilo que é novo e o que é velho, objetivando facilitar o alcance dos resultados
propostos.
As características estruturais e funcionais das famílias atendidas pelo PAIF
representam um desafio aos profissionais do CRAS, em decorrência das exigências pela maior
compreensão do modus vivendi desses grupos sociais.
Segundo definição da PNAS (2008), família representa o conjunto de pessoas unidas,
seja por laços consangüíneos, seja por laços afetivos e/ou de solidariedade. Diante dessa
definição, observamos a família moderna em sua configuração totalmente diferenciada
daquela de pouco tempo atrás. Alguns paradigmas foram transformados e adaptados às
exigências culturais e sociais do mundo contemporâneo.
Anteriormente o trabalho desenvolvido com as famílias no âmbito do CRAS
denominava-se reuniões socioeducativas, porém, a partir do lançamento do manual de
Orientações Técnicas sobre o PAIF, versão 2012, passaram a ser chamadas de “Oficinas de
Famílias”, cujo objetivo está centrado no conjunto de procedimentos efetuados com a
finalidade de contribuir para a convivência, reconhecimento de direitos e possibilidades de
intervenção na vida social de um grupo social, unido por vínculos consangüíneos, de
afinidade e/ou solidariedade.

4. Considerações finais

Trabalhar com a família sob a ótica aprimorada do PAIF – Serviço de Proteção e


Atendimento Integral à Família – nos CRAS, representa novos desafios aos profissionais
envolvidos nessa tarefa.
Será preciso se aliar o conhecimento teórico à prática, e somente os resultados
alcançados servirão de base para nos mostrar qual o caminho correto, pois, o “aprender
fazendo” será a tônica dessa nova proposta.
Acreditamos que o SUAS e todos os trabalhadores da Assistência Social ganharão
muito com a nova sistemática, pois, os paradigmas existentes sobre os formatos das reuniões
socioeducativas foram modificados. Os grupos anteriormente montados para se trabalhar, de
acordo com o benefício recebido, transformaram-se em pequenos grupos de 7 a 15 pessoas,
reunidas para a discussão de temas de seu interesse, como a busca pelo conhecimento ou um
espaço de fortalecimento de vínculos e convivência, sem a conotação terapêutica.

REFERÊNCIAS

BRASIL. MDS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações


Técnicas Sobre o PAIF. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família. Vol.2, 1ª. ed.,
Brasília: 2012.

__________. Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Norma Operacional Básica


(NOB/SUAS). Brasília, 2005, Reimpressão: 2009.

JOSÉ FILHO, Mário. A família como espaço privilegiado para a construção da cidadania.
Franca: Ed. UNESP/FHDSS, 2002. (Série dissertações e teses, n. 5).

PIRES, Susana; MATOS, Ana; CERQUEIRA, Margarida; FIGUEIREDO, Daniela; SOUSA,


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PORRECA, Wladimir. Família: sujeito social geradora de capital social familiar. Franca:
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http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/o-que-e-paradigma-705722.html. Autor: Robson


Stigar. Comentários: Jeremias Oberherrl Negócios & Admin. Gestão 10/02/2010. Acesso em
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www.aulete.com.br/híbrido. Acesso em 12/04/2012.

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