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O artigo 482 da CLT, que trata das hipóteses para a configuração da chamada “justa
causa” e traz um conceito de estabilidade.
Assim, a CLT previu um procedimento judicial especial para apurar se houve ou não o
cometimento de falta grave apta a ensejar a dispensa do empregado que goze de
estabilidade provisória.
É o denominado inquérito para apuração de falta grave, previsto nos artigos 853 a 855 da
CLT. Vejamos:
Maria Gabriela foi contratada pela empresa Segurança Nacional LTDA, para exercer a
função de recepcionista, e logo após eleita dirigente sindical, foi dispensada, pela suposta
pratica de falta grave, por ser desidiosa e insubordinada, faltava de forma constante ao
trabalho, descumpria com suas funções e, ainda, se portava de forma não condizente
com o ambiente de trabalho.
Por conta de sua conduta, a Sra. Maria Gabriela recebeu uma advertência por haver
descumprido as normas estabelecidas no contrato de trabalho quanto a utilização correta
do uniforme de trabalho. Fato este que se repetia, haja vista que a obreira costumava
utilizar o uniforme de forma indevida.
Porém, não houve a suspensão da funcionária e nem inquérito judicial para apuração de
falta grave, por ser portadora de estabilidade provisória por ser dirigente sindical com
mandato vigente (súmula 197 do STF e 379 do TST). Não lhe foi garantido o direito à
ampla defesa e contraditório, conforme dispõe a legislação pátria.
Assim, a legislação é clara ao estabelecer que para dispensar o empregado estável por
justa causa, é imprescindível o inquérito judicial para apuração de falta grave, assim a
jurisprudência em tela entendeu por reintegrar o funcionário e dar continuidade no
contrato de trabalho.
REFERÊNCIAS