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Aula09_Economia_Teórica_2/11/21

Capítulo III – pág. 103 a 174.

Interdependência e trocas.

Trocas como um jogo de soma positiva.

Interdependência que é gerada pelas trocas – vamos ao mercado adquirir bens.

Interdependência económica também espelhada entre mercado dos fatores e mercado dos
produtos.

Trocas vão promover divisão do trabalho e especialização. Cada um dedica-se à atividade


onde é mais produtivo. Individuo produz bens em excesso, coloca-os no mercado e vende-os.
Dessa especialização decorrem ganhos? Ou é mera conveniência?

Ex. do manual: agricultor e pescador – pimentos e sardinhas.

10 toneladas totais se não houver especialização/divisão do trabalho. Com


Divisão/especialização: 12 toneladas. Justifica que a especialização seja boa – produz-se mais.

Comércio internacional – também há especialização. Qual é o padrão de trocas entre os


países? Até meados do séc. XVIII – Adam Smith, o comércio internacional tinha duas teorias
para o justificar – mercantilistas que acreditavam que o comércio internacional trazia
prosperidade porque gerava a acumulação de materiais preciosos. Fisiocratas eram adeptos do
laisser faire/passer – liberalismo económico alem das teorias mercantilistas. Achavam que não
deveria haver barreiras, deveria haver livre circulação de pessoas e bens, não acumulação
como os mercantilistas.

Adam Smith - Teoria das vantagens absolutas tenta explicar como é que deveria ocorrer o
comércio internacional e sendo ele, um adepto das trocas e economia das trocas, achava que
os países deviam produzir aquilo que fazem melhor/mais. E com esses excedentes, participar
no comércio. Se apenas um país fosse melhor a produzir dois bens, à partida, havia países
excluídos do comércio porque eram menos eficientes. Ex.: caso do agricultor que tem
vantagem sobre o pescador em ambos os bens – sardinhas e pimentos. Insuficiências da sua
abordagem: A sua teoria não conseguiria explicar o padrão de trocas relativamente aos países
menos eficientes. Não conseguia teorizar como esses países podiam participar no comércio.

David Ricardo - desenvolve a teoria das vantagens comparativas – avaliação de custos de


oportunidade – preço relativo. Países devem especializar-se na atividade onde são
relativamente melhores, onde o custo de oportunidade é menor. Devem abandonar a
atividade onde são menos eficientes comparativamente com outra atividade. Serve de
explicação ao padrão de trocas de hoje em dia.

Ex: Tratado de comércio entre Portugal e Inglaterra – 1703. Tratado de lãs por vinhos. Portugal
produz vinho do Porto e Inglaterra produz têxteis. Tratado de Mitween.

Portugal era melhor a produzir tanto os têxteis como o vinho. Primórdios da revolução
industrial. Inglaterra impôs taxas aos vinhos franceses. O tratado era benéfico para ambos os
países porque, feitos os cálculos do custo de oportunidade, este era menor para produção de
vinhos. Efeitos colaterais – terras canalizadas para produção de vinho, agricultura abandonada
– fome.
Ex.: Médico é mais eficiente a ver pacientes e a escrever relatórios que a datilógrafa. Tempo
dedicado à atividade menos produtiva que pode ser facilmente desempenhada por outra
pessoa é tempo retirado à sua atividade mais produtiva. Devem concentrar-se na área onde
são mais produtivos.

Exportações – venda de bens ao exterior.

Importações – compra de bens ao exterior.

O que determina o padrão de especialização de cada país?

Condições naturais/inatas – condições geográficas, matérias-primas, clima, praias (turismo) –


não são condicionantes.

Condições/capacidades adquiridas: infraestruturas existentes, trabalho - capital humano,


tecnológico. Permite superar limitações das condições naturais.

Não são limitações.

Suíça – produz chocolates, mas compra o cacau. Condições adquiridas permitiram à Suíça
especializar-se na produção de cacau.

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