Você está na página 1de 3

INCIDENTE DE INCUMPRIMENTO DE ALIMENTOS

Proc. nº …

Exmº Senhor
Juiz da … Secção de Família e Menores
da Instância Central
do Tribunal Judicial da Comarca de …

Maria Manuela …, divorciada, natural de…, residente em …, na qualidade de legal


representante do menor Bruno Filipe … vem por apenso ao processo identificado em
epígrafe, ao abrigo do disposto nos arts. 41º do Regime Geral do Processo Tutelar Cível,
aprovado pela Lei nº 141/2015, de 8 de setembro, 3º, nº 1, da Lei nº 75/98, de 19 de
novembro, e respetivo diploma regulamentar - D.L. nº 164/99, de 13 de maio -
requerer o presente incidente de incumprimento do acordo de regulação do exercício
das responsabilidades parentais, contra:

Rogério Miguel …, divorciado, eletricista, nascido a 18.03.1959, natural da freguesia de


…, concelho de …, residente em …

Nos termos e com os seguintes fundamentos:


No processo de divórcio por mútuo consentimento identificado supra foi homologado,
por sentença proferida em 23 de fevereiro de 2014, já transitada em julgado, o acordo
respeitante à regulação do exercício das responsabilidades parentais em relação ao
menor Bruno Filipe…


Nos termos do qual foi determinado que o Bruno Filipe ficaria a residir com a mãe,
sendo as responsabilidades parentais exercidas em comum por ambos os progenitores.


Reconhecendo-se ao ora Requerido o direito a visitar o menor uma vez por semana,


Obrigando-se o mesmo a pagar a quantia de €100,00 mensais, a título de prestação de
alimentos para o menor Bruno Filipe,


A qual seria entregue à mãe do menor, com quem este reside, até ao dia 8 de cada
mês, através de transferência bancária para a conta com o NIB … (Cfr. Doc. nº 1).


O Requerido pagou a quantia de € 200,00, correspondente a duas prestações, uma
referente ao mês de março e outra ao mês de abril de 2014.


Não tendo pago, desde essa data, qualquer quantia, a título de pensão de alimentos ao
menor;


Encontra-se em dívida, até hoje, a importância global de €2.400,00;


Fazendo recair apenas sobre a mãe a obrigação de sustentar o filho de ambos;

10º
O que representa um manifesto incumprimento do acordado na sentença proferida
nestes autos;

11º
Com tal comportamento, o Requerido tem lesado os interesses do menor, acarretando
consequências negativas para o mesmo, atentas as dificuldades económicas que a
Requerente enfrenta.

12º
Com efeito, a Requerente aufere cerca de € 450,00 mensais, sendo exclusivamente
com essa quantia que vem sustentando o Bruno;

13º
Já que também o menor não possui qualquer outro tipo de rendimento (cfr. Doc. nº 2
tido como integrado).

14º
O Requerido só não tem cumprido pontualmente com as suas obrigações porque não
quer;

15º
Já que até ao presente momento nunca deixou de trabalhar, como serralheiro
mecânico, para diversas entidades patronais.

Termos em que requer a V. Exª que se digne ordenar o cumprimento do


disposto no nº 3 do art. 41º do Regime Geral do Processo Tutelar Cível,
aprovado pela Lei nº 141/2015, de 8 de setembro, ou em alternativa,
que seja apurada a situação pessoal e económica do requerido,
decretando-se, a final, e através do mecanismo previsto no art. 48º do
referido diploma legal, as medidas necessárias ao cumprimento coercivo
da quantia em dívida, bem como a condenação do requerido em multa e
em indemnização a favor do menor.
Caso se conclua pela inviabilidade no prosseguimento do presente
incidente, por o requerido não se encontrar em alguma das situações
previstas no art. 48º do Regime Geral do Processo Tutelar Cível que
possibilitem determinar o cumprimento coercivo da quantia devida,
requer-se a determinação das diligências destinadas à fixação do
montante que o Estado, em substituição do devedor, deva prestar, nos
termos da Lei nº 75/98, de 19 de novembro e do respetivo diploma
regulamentar.

Valor: € 2.400,00 (Dois mil e quatrocentos euros)

Junta: Dois documentos, cópias e duplicados legais.

A Advogada
_____________________________________

Você também pode gostar