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=CABO DELGADO=
DOS FACTOS
1º
Apriori, importa salientar que, Pelo poder de representação que a lei confere aos pais, a
exequente Vanisse Momede em representação a Senira Camila Ribeiro sua filha fruto
da relação conjugal entre se e o aqui executado senhor Altair Ribeiro Filho.
2º
Ad dicendum, que por motivos não conhecidos a relação matrimonial teve o seu
término, onde as partes optaram pela dissolução do vínculo conjugal, portanto importa
também fazer alusão que, a exequente sempre desempenhou as suas obrigações para o
seu filho menor, mesmo sendo divorciada nunca deixou faltar o bem e o melhor para o
seu estimadíssimo filho.
4º
A dissolução do vínculo matrimonial não obsta a obrigação dos pais de zelar e participar
na gerência e administração da vida os seus filhos, porém o que se depreende no caso
em questão desde que as partes, ou seja a senhora Vanisse Momede a aqui exequente e
o senhor Altair Ribeiro Filho o aqui executado, romperam com o vínculo de
matrimónio nunca mais proveu alimentos a sua filha menor.
5º
Consta nos autos que foi feita uma denúncia ao senhor Altair Ribeiro Filho, sob o
número de processo 162/16, a denúncia cingiu-se essencialmente na obrigação do
pagamento das prestações vencidas e os seus retroactivos.
6º
Outrossim, consta nos autos uma cópia de sentença extraída nos autos de Acção de
Alimentos número 162/2016 a folhas 36 e verso em que requerente curador de menores
e o requerido Altair Ribeiro Filho, onde o executado é condenado a revelia e a
comparticipar nas despesas do sustento da sua filha Senira Camila Ribeiro Filho, no
valor de 10.000.00Mts, por mês a ser depositado na conta a ordem da requerente e os
talões de depósitos apresentados ao Tribunal.
7º
Cabe-nos fazer referência que a decisão tem efeitos retroactivos nos termos do 410º,
desta feita, sendo que as partes separaram-se em Maio de 2016 e o valor de alimentos é
de 10.000.00Mtn, multiplicando os meses em falta o executado tem a obrigação fazer o
pagamento de 230.000.00Mtn.
8º
DO DIREITO
A Lei de Família no seu artigo 407º, número 1. Por alimentos entende-se tudo que é
indispensável a satisfação das necessidades da vida do alimentado, designadamente o
seu sustento, habitação, vestuário, saúde e lazer. 2. Compreendem também a
instrução e educação do alimentado no caso de este ser menor ou, ainda que maior,
se encontrar na situação descrita no artigo 286 da mesma lei.
9º
De acordo com o artigo 118º do CPC no seu número 1. A execução por prestação de
alimentos segue os termos do processo sumário, qualquer que seja o valor, com as
seguintes especialidades:
Por conta da legitimidade que é dada ao exequente nos termos previstos na lei,
concretamente na alínea a) do artigo supracitado, vem o exequente requerer que sejam
cativas as contas do executado com a vista se efectivar o pagamento das prestações
vencidas.
DO PEDIDO
Nestes termos e nos demais de direito ao caso aplicáveis, requer com a devida vénia e
consideração que seja julgada procedente a Execução Especial por Alimentos em
consequência disso seja decretada a Execução condenando o executado no pagamento
das prestações vencidas no montante de 230.000.00MTn, cativando as suas contas
bancárias. Outrossim pedimos a V.Excia que se digne autorizar que, a exequente fique
isenta do pagamento de qualquer taxa referente ao processo por não ter possibilidades
para tal.
O advogado
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C.P. 1138