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MERITISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE

DIREITO DO TRIBUNAL DA PROVÍNCIA


DE CABO DELGADO

=CABO DELGADO=

VANISSE MOMEDE, maior, solteira, natural de Pemba, de nacionalidade


Moçambicana, portador do Bilhete de Identidade número 020100822463N, Residente
na Cidade de Pemba no Bairro Cimento, quarteirão Nº 02, Casa Nº 128 em
representação a sua filha Senira Camila Ribeiro Filho, menor, em diante designada
por Exequente, vem por intermedio de seu mandatário judicial, Dr. Ekan Madeira,
Advogado com a carteira profissional número 1138, contactável pelos números 82 04
78 761 e 84 75 35 757, e localizável na Avenida Eduardo Mondlane – em frente a feira
dominical, onde é seu domicílio profissional, vem pelo presente instrumento legal,
requerer,

EXECUÇÃO ESPECIAL POR ALIMENTOS, onde move contra o senhor,

ALTAIR RIBEIRO FILHO, maior, de nacionalidade Moçambicana, residente na


cidade de Pemba, em diante designado por Executado.

DOS FACTOS

Apriori, importa salientar que, Pelo poder de representação que a lei confere aos pais, a
exequente Vanisse Momede em representação a Senira Camila Ribeiro sua filha fruto
da relação conjugal entre se e o aqui executado senhor Altair Ribeiro Filho.

O poder de representação abrange o exercício de todos os direitos e o cumprimento de


todas as obrigações respeitantes aos filhos com excepção dos actos estritamente
pessoais daqueles que o menor pode praticar livremente.

Ad dicendum, que por motivos não conhecidos a relação matrimonial teve o seu
término, onde as partes optaram pela dissolução do vínculo conjugal, portanto importa
também fazer alusão que, a exequente sempre desempenhou as suas obrigações para o
seu filho menor, mesmo sendo divorciada nunca deixou faltar o bem e o melhor para o
seu estimadíssimo filho.

A dissolução do vínculo matrimonial não obsta a obrigação dos pais de zelar e participar
na gerência e administração da vida os seus filhos, porém o que se depreende no caso
em questão desde que as partes, ou seja a senhora Vanisse Momede a aqui exequente e
o senhor Altair Ribeiro Filho o aqui executado, romperam com o vínculo de
matrimónio nunca mais proveu alimentos a sua filha menor.

Consta nos autos que foi feita uma denúncia ao senhor Altair Ribeiro Filho, sob o
número de processo 162/16, a denúncia cingiu-se essencialmente na obrigação do
pagamento das prestações vencidas e os seus retroactivos.

Outrossim, consta nos autos uma cópia de sentença extraída nos autos de Acção de
Alimentos número 162/2016 a folhas 36 e verso em que requerente curador de menores
e o requerido Altair Ribeiro Filho, onde o executado é condenado a revelia e a
comparticipar nas despesas do sustento da sua filha Senira Camila Ribeiro Filho, no
valor de 10.000.00Mts, por mês a ser depositado na conta a ordem da requerente e os
talões de depósitos apresentados ao Tribunal.

Cabe-nos fazer referência que a decisão tem efeitos retroactivos nos termos do 410º,
desta feita, sendo que as partes separaram-se em Maio de 2016 e o valor de alimentos é
de 10.000.00Mtn, multiplicando os meses em falta o executado tem a obrigação fazer o
pagamento de 230.000.00Mtn.

DO DIREITO

A Lei de Família no seu artigo 407º, número 1. Por alimentos entende-se tudo que é
indispensável a satisfação das necessidades da vida do alimentado, designadamente o
seu sustento, habitação, vestuário, saúde e lazer. 2. Compreendem também a
instrução e educação do alimentado no caso de este ser menor ou, ainda que maior,
se encontrar na situação descrita no artigo 286 da mesma lei.

De acordo com o artigo 118º do CPC no seu número 1. A execução por prestação de
alimentos segue os termos do processo sumário, qualquer que seja o valor, com as
seguintes especialidades:

a) A nomeação dos bens a penhora pertence exclusivamente ao exequente, que a


fará logo no requerimento inicial;
b) Só depois de efectuada a penhora é citado o executado;
c) Os embargos em caso nenhum suspendem a execução;
d) O exequente pode requerer a adjudicação de parte das quantias ou pensões
mencionadas nas alíneas e) e f) do número 1 do artigo 823º, que o executado
esteja percebendo ou a consignação de rendimentos pertencentes, a este, para
pagamento das prestações vincendas, fazendo-se a adjudicação ou a
consignação independentemente de penhora.

Por conta da legitimidade que é dada ao exequente nos termos previstos na lei,
concretamente na alínea a) do artigo supracitado, vem o exequente requerer que sejam
cativas as contas do executado com a vista se efectivar o pagamento das prestações
vencidas.

DO PEDIDO
Nestes termos e nos demais de direito ao caso aplicáveis, requer com a devida vénia e
consideração que seja julgada procedente a Execução Especial por Alimentos em
consequência disso seja decretada a Execução condenando o executado no pagamento
das prestações vencidas no montante de 230.000.00MTn, cativando as suas contas
bancárias. Outrossim pedimos a V.Excia que se digne autorizar que, a exequente fique
isenta do pagamento de qualquer taxa referente ao processo por não ter possibilidades
para tal.

Valor da causa: 230.000.00Mtn

Junta: Acta de audiência de discussão e julgamento, cópia de sentença, cópia da


Denúncia feita a Procuradoria.

Nampula, aos 17 de Abril de 2018

O advogado

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C.P. 1138

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