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PEDIDO DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS A CARGO DO FUNDO DE GARANTIA DE

ALIMENTOS DEVIDOS A MENORES

Proc. nº

Exmº Senhor
Juiz da …Secção de Família e Menores
da Instância Central
do Tribunal Judicial da Comarca de …

José Carlos …, natural de …, casado, residente em …., e Margarida …, natural de …,


casada, residente em …, vêm, em representação da menor Ana Isabel …, nascida a
21/04/2004, ao abrigo do disposto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 75/98, de 19 de
novembro, e 3º e 4º do D.L. nº 164/99, de 13 de maio, instaurar

Incidente para fixação de prestação alimentar a cargo do Fundo de Garantia dos


Alimentos Devidos a Menores,

Nos termos e com os fundamentos seguintes:


A menor Ana Isabel nasceu a 2 de abril de 2010, conforme certidão do assento de
nascimento que se junta como Doc. 1.


A menor encontra-se entregue à guarda e cuidados dos ora Requerentes, seus tios
maternos, com quem reside e a quem foi atribuída a respetiva guarda, por sentença
proferida a 13 de junho de 2013 nestes autos de alteração de regulação do poder
paternal, já transitada em julgado.


Por essa mesma sentença, ficou cada um dos progenitores obrigado a prestar
alimentos à filha no montante de € 75,00 mensais, que deveriam remeter aos tios
maternos da menor, por qualquer meio idóneo de pagamento, até ao dia 8 de cada
mês.


Os pais da menor, Fernando Jorge … e Ana Patrícia …, nunca efetuaram a entrega de
qualquer prestação de alimentos até à presente data.


Não foi possível proceder ao seu desconto, nos termos do art. 48º do RGPTC, visto o
progenitor se encontrar em parte incerta, não tendo sido possível averiguar o seu atual
paradeiro, apurando-se que o mesmo não desconta para a Segurança Social desde
setembro de 2000, nem consta que receba subsídio de desemprego, rendimento social
de inserção ou qualquer outro.

Por seu turno, a progenitora encontra-se integrada em família de acolhimento em
virtude da doença de que padece, não recebendo qualquer subsídio e sendo as suas
despesas suportadas pela Segurança Social.


O Requerente encontra-se reformado, recebendo cerca de € 550,00 mensais a título de
pensão de reforma e a Requerente é doméstica, recebendo um subsídio social de cerca
de € 100,00 mensais (Cfr. Docs. nºs 2 e 3 tidos como integrados).


A menor vive com os Requerentes, cujos rendimentos são apenas os que acima se
encontram descritos, sendo com eles que fazem face a todas as despesas.


É, pois, com grandes dificuldades que os Requerentes conseguem fazer face às
despesas do agregado familiar, uma vez que a capitação do rendimento do agregado
familiar, calculada nos termos do D.L. nº 70/2010, de 10 de junho, é inferior ao valor do
indexante dos apoios sociais (IAS).

10º
Com efeito, a menor não tem qualquer rendimento, sendo os tios que suportam as
despesas inerentes à sua sobrevivência, designadamente alimentação, vestuário e
saúde.

11º
Assim, deverá ser fixada uma prestação de alimentos à menor de valor mensal nunca
inferior a € 200,00 mensais.

Nestes termos requer a V.Exª que se digne apreciar o presente


incidente e fixar o montante da prestação de alimentos a cargo
do Estado, por via do Fundo de Garantia de Alimentos Devidos a
Menores, em substituição dos devedores, notificando-se o
Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, nos termos
do nº 3 do art. 4º da Lei nº 75/98, de 19 de novembro.

Junta: Procuração forense, três documentos, cópias e duplicados legais.

Valor: €12.000,00 (Doze mil euros).

A Advogada
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