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RESUMO

Para efectuar a analise de um equilíbrio financeiro de uma empresa é


importante começar por recolher informações que permitam realizar com
eficiência o referido diagnóstico. A informação constante no balanço e na
demonstração de resultados permite construir novos mapas para avaliar o
desempenho da empresa e o equilíbrio da sua estrutura financeira. A análise ao
balanço esquemático permitiu verificar que a empresa apresentou uma estrutura
financeira desequilibrada ao longo do triénio em análise.

Quando se constitui uma empresa é no pressuposto que a mesma tenha


uma duração ilimitada. Para que a empresa tenha uma duração ilimitada, é
necessário que os seus gestores tomem decisões correctas na determinação da
política financeira e da respectiva estrutura financeira da mesma. Efectivamente,
nas palavras de Gonçalves, “Quando uma empresa nasce é suposto que a sua
duração é temporalmente ilimitada. Este pressuposto sintetiza um dos princípios
básicos da constituição de uma empresa – o princípio da continuidade”,
(Gonçalves; 2009) diz que a empresa deverá assegurar constantemente o
equilíbrio da sua estrutura financeira, ou seja, a relação entre os recursos
financeiros aplicados e os recursos financeiros obtidos.

Palavras-chave: análise, equilíbrio e financeiro.

vi
1
OBJECTIVOS
Objectivo geral
 Analisar o equilíbrio financeiro da empresa em estudo.

Específicos

 Apresentar os fundamentos de analise de equilíbrio financeiro;


 Identificar a analise de equilíbrio financeiro da empresa;
 Destacar acções que desenvolvem a analise financeira.

vii
2
ÍNDICE
PENSAMENTO .................................................................................................. iii

DEDICATÓRIA ................................................................................................... iv

AGRADECIMENTO ............................................................................................ v

RESUMO............................................................................................................ vi

OBJECTIVOS.................................................................................................... vii

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4

I-CAPITULO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................... 5

1.- Enquadramento temático ............................................................................. 6

1.1.- Definição da palavras chaves .................................................................... 7

1.2.- Importância da analise de equilíbrio financeiro .......................................... 9

II CAPITULO – METODOLOGIA ...................................................................... 10

2.-METODOLOGIA .......................................................................................... 10

2.1.- Tipo de investigação ............................................................................... 10

2.2. Métodos e técnicas de pesquisa ............................................................... 10

2.3.- Métodos de Procedimentos...................................................................... 11

2.3.- Estruturação do artigo na análise de equilíbrio financeiro ........................ 12

II – CAPITULO CASO PRÁTICO .................................................................... 13

3.- A ANÁLISE FINANCEIRA – EQUILÍBRIO CONCEPTUAL ........................ 13

3.- Análise Financeira no processo de estruturação da empresa..................... 13

3.2.- DISPONIBILIDADE FINANCEIRA NA APLICAÇÃO DA ANÁLISE


FINANCEIRA.................................................................................................... 14

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 16

RECOMENDAÇÕES ........................................................................................ 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 18

viii
3
INTRODUÇÃO
Enquadramento temático quando se constitui uma empresa é no
pressuposto que a mesma tenha uma duração ilimitada. Para que a empresa
tenha uma duração ilimitada, é necessário que os seus gestores tomem decisões
correctas na determinação da política financeira e da respectiva estrutura
financeira da mesma. Efectivamente, nas palavras de Gonçalves, “Quando uma
empresa nasce é suposto que a sua duração é temporalmente ilimitada. Este
pressuposto sintetiza um dos princípios básicos da constituição de uma empresa
– o princípio da continuidade”, (Gonçalves; 2009).

A empresa deverá assegurar constantemente o equilíbrio da sua


estrutura financeira, ou seja, a relação entre os recursos financeiros aplicados e
os recursos financeiros obtidos, bem como a relação entre estes últimos. A visão
que inicialmente se tinha quanto à situação de equilíbrio financeiro da empresa
não é a mesma que hoje se tem.

A primeira visão assumia que o activo fixo teria que ter valor igual ao
capital permanente, ou seja, a liquidez gerada pelo activo fixo deveria assegurar
a cobertura financeira dos capitais permanentes, assim como o activo circulante
teria de gerar liquidez com o mesmo valor que o passivo circulante, desta forma,
o equilíbrio financeiro era alcançado. O fundo de maneio exprime,
historicamente, uma margem de segurança, o que significa que parte dos
capitais permanentes financia uma fracção do activo circulante, cujo grau de
liquidez é de curto prazo. Dado que o valor fundo de maneio é reportado à data
de balanço, Caldeira Menezes refere que este é um indicador estático e “se não
ocorrerem quaisquer variações no imobilizado bruto total ou nos capitais
permanentes, a sua evolução, durante um certo exercício económico, dependerá
exclusivamente do auto financiamento anual”, (Menezes; 2001: 138).

Justificativa tema

A escolha deste tema justifica-se pelo facto de analisar o equilíbrio da


financeiro das empresas em estudo. Mas essa insuficiência é gerada por causa
do desempenho de muitos colaboradores que não têm dado seu contributo de
forma coerente, eficaz e eficiente no exercício da actividade da empresa
referente a produção, e isso faz com que vários aspectos do contexto da

4
empresa em estudo apresente debilidades, e geralmente essas debilidades
deve-se a mobilização da carreira profissional dos colaboradores, que alguns
reclamaram que trabalham á muito tempo na empresa e nunca foram
promovidos de suas funções. Com isso gostaríamos de saber qual tem sido
atitude dos gestores diante dessa situação. No contexto organizacional, a
avaliação tem-se ampliado no progresso dos colaboradores. O modo como os
colaboradores perspectivam a avaliação do desempenho terá influências
significativas na organização do seu trabalho.

I-CAPITULO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


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1.- Enquadramento temático

Para que a empresa tenha uma duração ilimitada, é necessário que os


seus gestores tomem decisões correctas na determinação da política financeira
e da respectiva estrutura financeira da mesma. Efectivamente, nas palavras de
Gonçalves, “Quando uma empresa nasce é suposto que a sua duração é
temporalmente ilimitada. Este pressuposto sintetiza um dos princípios básicos
da constituição de uma empresa – o princípio da continuidade”, (Gonçalves;
2009).

A empresa deverá assegurar constantemente o equilíbrio da sua estrutura


financeira, ou seja, a relação entre os recursos financeiros aplicados e os
recursos financeiros obtidos, bem como a relação entre estes últimos. A visão
que inicialmente se tinha quanto à situação de equilíbrio financeiro da empresa
não é a mesma que hoje se tem. A primeira visão assumia que o activo fixo teria
que ter valor igual ao capital permanente, ou seja, a liquidez gerada pelo activo
fixo deveria assegurar a cobertura financeira dos capitais permanentes, assim
como o activo circulante teria de gerar liquidez com o mesmo valor que o passivo
circulante.

Desta forma, o equilíbrio financeiro era alcançado. O fundo de maneio


exprime, historicamente, uma margem de segurança, o que significa que parte
dos capitais permanentes financia uma fracção do activo circulante, cujo grau de
liquidez é de curto prazo. Dado que o valor fundo de maneio é reportado à data
de balanço, Caldeira Menezes refere que este é um indicador estático e “se não
ocorrerem quaisquer variações no imobilizado bruto total ou nos capitais
permanentes, a sua evolução, durante um certo exercício económico, dependerá
exclusivamente do auto financiamento anual”, (Menezes; 2001: 138).

Segundo o autor acima citado, “o fundo de maneio necessário total é um


conceito mais dinâmico” pois é mais sensível às variações do nível de actividade
da empresa e a toda a sua envolvente (conjuntura económica e financeira),
especialmente através das oscilações do fundo de maneio necessário de
exploração, (Menezes; 2001: 139). O activo circulante de exploração (composto
por existências de mercadorias e matérias; existências de produtos acabados,
semi-acabados, e em vias-de-fabrico; crédito concedido aos clientes e

6
adiantamentos a fornecedores de exploração) e o passivo circulante de
exploração (constituído por fornecedores de exploração; fornecedores de
matérias e de serviços e Estado e outros entes públicos) deverão traduzir as
políticas de gestão corrente da empresa: política de existências de matérias e de
produtos, política de crédito concedido aos clientes e política de crédito obtido
dos fornecedores de exploração. As necessidades financeiras cíclicas
correspondem às necessidades que a empresa possui para o regular
funcionamento do seu ciclo de exploração e englobam, essencialmente, o crédito
concedido aos clientes, adiantamentos a fornecedores e stocks de matérias e
produtos, (Carrilho et al.; 2005: 83). Os recursos financeiros cíclicos decorrem
directamente do ciclo das operações de exploração e abrangem
fundamentalmente ao crédito obtido dos fornecedores, o crédito obtido do
Estado e da Segurança Social e aos adiantamentos de clientes, (Carrilho et al.;
2005: 84).

1.1.- Definição da palavras chaves


 Análise

7
Segundo (Carrilho et al.; 2008: 53) diz que a análise consiste no exame
detalhado sobre determinada matéria ou assunto, observando todos os
pormenores que formam cada parte de um todo. Em suma, uma análise é o
mesmo que um estudo detalhado sobre algo, podendo ser aplicada em
diferentes áreas do conhecimento como forma de observar minuciosamente
determinado tema. Do ponto de vista sociológico e artístico, por exemplo, a
análise corresponde ao comentário crítico e avaliativo que alguém faz sobre
certa obra, como filme, livro, peça teatral e etc. O objetivo dessa análise é
esmiuçar o conteúdo, interpretando as informações contidas nas entrelinhas do
trabalho. Este tipo de análise também é conhecido como exegese.

Equilíbrio
(Carrilho et al.; 2007: 23). Equilíbrio é o nome dado ao estado de um corpo
qualquer em que a força resultante sobre ele é nula. A força resultante é o
resultado da soma de todas as forças que actuam sobre um determinado corpo.
Quando essa soma é igual a zero, dizemos que o corpo se encontra em estado
de equilíbrio, que pode ser classificado em:

Equilíbrio estático: quando o corpo em equilíbrio está em repouso;

Equilíbrio dinâmico: quando o corpo está em movimento uniforme, ou seja, com


velocidade constante.

 Financeiro
O dicionário Aurélio define o termo Finanças como sendo a “ciência e a
profissão do manejo do dinheiro, particularmente do dinheiro do Estado”. De uma
forma mais ampla, dizemos que ela trata do processo, instituições, mercados e
instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e
governos. O departamento financeiro é o sector responsável pela administração
dos recursos financeiros da empresa. Ou seja, tudo o que é relacionado a
finanças passa por essa área. Seu papel é garantir uma boa gestão de
património, a fim de que a organização possa reduzir seus gastos e maximizar
seus lucros.

8
1.2.- Importância da analise de equilíbrio financeiro
Segundo Correia, Paulo (2004), O equilíbrio é um factor de grande
importância para o ser humano, pois sem ele seria difícil ou até impossível a
realização de algumas tarefas. Trata-se de habilidades das articulações que as
fazem retornar ao seu estágio inicial após a realização de um movimento que
provoca instabilidade.

O ponto de equilíbrio financeiro nas empresas é o ponto em que as


receitas se igualam as despesas e os custos, ou seja, a conta fica zerada, sem
lucros e sem prejuízos. O ponto de equilíbrio financeiro nas empresas também
é chamado de Breakeven Point e é essencial para entender melhor o
funcionamento da sua empresa. Gonçalves, Carlos (2009) Por se tratar de uma
ação gerencial estratégica, o acompanhamento constante é indispensável
verificar a real situação do negócio através de uma análise financeira. É ela que
ajudará a identificar as fragilidades e prevenir problemas em curto, médio ou
longo prazo. A análise das demonstrações contábeis é uma ferramenta de
grande utilidade na gestão de empresas. Através dela, o gestor poderá ter
conhecimento da real situação financeira da organização, e a partir daí ter mais
informações para poder tomar suas decisões.

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II CAPITULO – METODOLOGIA

2.-METODOLOGIA
2.1.- Tipo de investigação
A metodologia que sustentou o progresso deste trabalho passou por
distintas fases e métodos de investigação. Assim, numa primeira fase, foi
redigido o enquadramento temático. Na fase subsequente foram analisados os
documentos financeiros da empresa e, a partir destes, construíram-se os
quadros de indicadores necessários para obter conclusões relativamente à
situação de equilíbrio estrutural da empresa. Após análise dos dados obtidos,
enunciaram-se procedimentos que a empresa poderia seguir, face à situação de
equilíbrio financeiro verificada.

Ao longo das diversas fases, redigiu-se o respectivo texto. O formato de


projecto escolhido foi o de estudo de caso, dada a natureza qualitativa da
informação. A escolha incidiu sobre esta modalidade de projecto porque o estudo
de caso permite caracterizar a situação da empresa e identificar o seu problema
em concreto. Um estudo nestes moldes efectua-se com o intuito de recolher
informação de uma empresa, a qual deverá ser uma amostra representativa da
realidade.

A análise da documentação foi a primeira fonte utilizada para recolha de


informação, a qual foi consultada nas diversas fases deste trabalho e foi
efectivada através da leitura de livros e diversos working papers. Numa primeira
fase, a análise documental constituiu-se como o instrumento a utilizar de modo
a recolher informações do trabalho já efectuado nesta área, ou seja, localizaram-
se os documentos e efectuou-se uma selecção dos mesmos. Na fase posterior,
analisaram-se os documentos seleccionados de modo a reduzir os dados e a
reunir a informação necessária. A análise da documentação foi uma fonte de
informação secundária.

2.2. Métodos e técnicas de pesquisa

ARCHER, S.H. & DAMBROSIO (São Paulo, Atlas, 1969). As técnicas de


pesquisa tem como primeiro esforço realizado foi procurar uma empresa cuja
estrutura financeira se encontrasse actualmente desequilibrada e que este

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mesmo desequilíbrio se tenha verificado em vários anos. Embora não seja difícil
encontrar empresas com uma classificação de ARCHER, S.H (2010) estrutura
financeira desequilibrada (prova disso são os vários contactos que me foram
facultados), não foi fácil concretizar uma parceria com uma dessas empresas.
Após formalizar essa mesma parceria, foi iniciado o trabalho de cooperação com
a empresa, foram estudadas as suas demonstrações financeiras e elaborados
os cálculos necessários para encontrar as causas desse mesmo desequilíbrio
financeiro.

2.3.- Métodos de Procedimentos

Segundo FAVA, Ivete.1989, tem como ideia que estes métodos


esclarecem as fontes primárias de informação foram as entrevistas, as quais
permitiram a recolha de informação específica sobre a empresa estudada. As
diversas entrevistas foram realizadas com o Supervisor do Departamento de
Planeamento e Controlo Financeiro da empresa Solua, nas quais foram
facultadas as demonstrações financeiras da empresa, as políticas de gestão
corrente da mesma e ainda alguns esclarecimentos adicionais que foram
solicitados.

Analítico - Sintético – (Neves; 2003: 122). Avaliar e interpretar a situação


económica da empresa é um processo fundamental para os diversos
intervenientes no ciclo de exploração da mesma. Os gestores carecem de
acompanhar a evolução da empresa e controlar os planos para agir com o
pensamento no futuro, os credores antes de concederem crédito necessitam de
conhecer a situação actual e a tendência futura, os trabalhadores pretendem
assegurar o seu emprego, os investidores exigem conhecer o valor da empresa
para decidirem realizar ou não o investimento ou para desinvestirem, o Estado
tem interesse na situação da empresa pelo contributo que esta poderá dar para
as suas contas e os clientes (e os fornecedores) têm a intenção conhecer o poder
da empresa.

Indutivo - Dedutivo – Segundo (Neves, João Carvalho (2003), “ Em sua


inspiração pode afirmar-se que a análise do equilíbrio financeiro da empresa é
particularmente importante para que o gestor possa tomar decisões quanto à
estrutura financeira da empresa, ou seja, para poder decidir acerca da forma de
financiamento do activo: capitais próprios e alheios. Esta análise assenta
11
sobretudo na apreciação das demonstrações financeiras da empresa e nos
mapas elaborados a partir das mesmas. Efectivamente, segundo Neves, “ Para
além das decisões de gestão que têm efeito sobre os resultados operacionais, o
gestor deverá tomar decisões sobre a estrutura financeira, isto é, sobre a forma
de financiamento do activo: capitais próprios e alheios”.

2.3.- Estruturação do artigo na análise de equilíbrio financeiro


Segundo Neves, João Carvalho das (2007) diz o equilíbrio financeiro é um
conceito utilizado em administração e finanças para análise da estabilidade de
uma empresa e não é mais do que um ajustamento do fluxo de caixa. A
estruturação dentro da análise financeira tem-se constatando uma situação de
equilíbrio financeiro quando os capitais permanentes (os capitais próprios +
capitais alheios a médio e longo prazo) são iguais ao investimento em activos
fixos (equipamentos e outro imobilizado). Quando esta situação não ocorre a
empresa está desequilibrada financeiramente, já que está a financiar
investimentos de médio e longo prazo, com capitais de curto prazo.

Tem-se uma situação de equilíbrio financeiro quando o activo corrente for


superior as contas a pagar a curto prazo ou seja quando os capitais permanentes
forem suficiente para cobrir o activo não corrente. O equilíbrio financeiro implica
também que o activo circulante seja superior ao passivo circulante. Como este
último diz respeito às obrigações que a empresa tem no prazo de um ano e os
activos circulantes os direitos de propriedade e créditos que se transformam em
dinheiro no prazo de um ano, a empresa está em equilíbrio no curto prazo se:
Activo corrente > Passivo corrente.

Os artigos da análise do equilíbrio tem como diferença entre Activo


corrente e Passivo corrente representa o Fundo de Maneio:

Fundo de Maneio = Activo corrente - Passivo corrente

Se a empresa conseguir efectuar esse ajustamento, estará em condições


de, a todo o momento, satisfazer as dívidas que se vencem, mantendo em
simultâneo um certo volume de disponibilidades.

Assim, o equilíbrio financeiro consegue-se com uma correcta harmonização


entre os tempos de transformação dos activos em dinheiro e o ritmo de
transformação das dívidas em passivo circulante exigível.

12
II – CAPITULO CASO PRÁTICO
3.- A ANÁLISE FINANCEIRA – EQUILÍBRIO CONCEPTUAL
A análise financeira é um elemento fundamental para todos aqueles que
pretendem fazer algum tipo de avaliação à saúde financeira de uma dada
organização (FMT, 2005). Esta engloba um conjunto de instrumentos e de
métodos que permitem uma avaliação da situação financeira e, também, do
desempenho de uma empresa, e tem vindo a ser aplicada cada vez mais às mais
diversas organizações dotadas de autonomia financeira (Cohen, 1990).

A análise financeira está vocacionada para a recolha, tratamento e


análise de informação de índole económico-financeira, com o intuito de fornecer
dados e informações financeiras fidedignas, que possibilitem uma tomada de
decisão fundamentada por parte dos gestores (Fernandes et al, 2012). Em traços
gerais, a análise financeira visa aferir a evolução da situação financeira e de
rendibilidade da empresa, detectar tendências futuras de evolução, facultar
informações fidedignas e importantes para a gestão e, ainda, propor medidas
correctivas (Fernandes et al, 2012). Partindo da análise de informação
contabilístico-financeira, esta metodologia pretende aferir a solidez e o equilíbrio
financeiros da empresa, a sua eficiência e rendibilidade, o risco a que a empresa
está exposta e o seu potencial de crescimento e desenvolvimento (Moreira,
2001; Martins, 2002; Neves, 2012).

A análise financeira é uma ferramenta útil a diversos intervenientes


(investidores, credores – entre os quais as instituições bancárias – clientes,
fornecedores, colaboradores, gestores e o próprio Estado). No entanto, numa
perspectiva muito prática, assume especial importância no apoio à gestão e
tomada de decisão (Neves, 2012).

Nesse sentido, a análise financeira está vocacionada para a recolha,


tratamento e estudo de informação de cariz predominantemente económico-
financeiro, com o intuito de obter dados e informações financeiras que sirvam de
base para a tomada de decisão dos gestores financeiros (Fernandes et al, 2012).

3.- Análise Financeira no processo de estruturação da empresa


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Hoje, mais que nunca, a gestão financeira e a gestão estratégica são
como as duas faces de uma moeda. A gestão financeira tem que ser englobada
num planeamento estratégico global, que direccione a organização num caminho
que assegure, a médio e longo prazo, vantagens competitivas, configurando os
seus recursos num ambiente de mudança contínua, de modo a satisfazer as
necessidades do mercado e a corresponder às expectativas dos interessados
(proprietários, investidores e parceiros, por exemplo) (Silva e Queirós, 2009).

Actualmente, o nível de risco financeiro das empresas é, de uma forma


geral, elevado, pelo que a busca da estabilidade e da sustentabilidade a
médio/longo prazo obriga a uma gestão muito rigorosa, de forma a garantir que
os recursos disponíveis são suficientes para atender às necessidades da
organização e financiar as actividades de desenvolvimento e crescimento
(Neves, 2012).

Por esse motivo, o conhecimento verdadeiro e real da situação financeira


da empresa é fundamental para efectuar as escolhas adequadas, face à
conjuntura que se verifica (Bessa, 2008). A Análise Financeira disponibiliza,
então, a informação que está na base do processo de tomada de decisão,
conferindo-lhe um carácter racional, sustentado na análise profunda da
informação disponível (Moreira, 2001). No entanto, esta informação não assume
todo o seu potencial quando analisada de forma isolada e fragmentada. É
necessário contextualizá-la e interpretá-la num quadro global, de acordo com a
própria dinâmica organizacional interna.

Assim, torna-se necessário recorrer, adicionalmente, a variáveis de


carácter qualitativo relativas à gestão da empresa em questão, de forma a
consolidar a informação obtida com base na análise financeira (Menezes, 2001).
Por outro lado, na análise de uma organização, não deve ser esquecido o
contexto específico em que esta se insere, pelo que se torna essencial explorar
as interacções dessa organização com o meio que a envolve, de forma a
perceber as implicações daí decorrentes (Neves e Rodrigues, 2008).

3.2.- DISPONIBILIDADE FINANCEIRA NA APLICAÇÃO DA


ANÁLISE FINANCEIRA
14
Do ponto de vista estritamente financeiro, as actividades desenvolvidas
numa empresa traduzem-se num fluxo de entradas e saídas de fundos, que é
necessário equilibrar (Neves, 2004). É facilmente perceptível que o fluxo de
entradas deve, pelo menos, igualar o fluxo de saídas, sob pena da empresa se
desequilibrar financeira e economicamente:

ENTRADAS ≧ SAÍDAS

Num sentido lato, a gestão financeira consiste no conjunto de decisões e


medidas que, no seio de uma determinada organização, e em função dos seus
objectivos específicos, convergem para a regulação dos fluxos financeiros (de
aplicação e de origem) (Fernandes et al, 2012). Esta perspectiva simplificada
poder-se-ia facilmente confundir com as funções tradicionais de tesouraria:
efectuar pagamentos e recebimentos, com a preocupação de manter um saldo
de disponibilidades suficiente para o normal funcionamento da empresa. No
entanto, a gestão financeira é muito mais abrangente, implicando, por exemplo,
decisões mais estratégicas, como a definição das políticas de financiamento ou
de investimento.

Assim, pode afirmar-se que uma adequada gestão financeira se alicerça


em decisões que, por um lado, garantam que a empresa consegue os meios de
financiamento no timing adequado, ao menor custo possível e, por outro lado,
contribuam para a maximização da sua rendibilidade, sem colocar em perigo a
sua sustentabilidade (Fernandes et al, 2012). Na prática, a gestão financeira
engloba decisões a curto prazo e a médio e longo prazos. As decisões a curto
prazo estão mais directamente relacionadas com a operacionalidade da
empresa, focando-se essencialmente na gestão do activo circulante
(disponibilidades, contas-correntes de clientes, stock’s) e dos débitos a curto
prazo (fornecedores, défices temporários de tesouraria).

3.3.- Localização dos artigos


https://blog.contaazul.com › formula-ponto-de-equilib...
https://blog.pagseguro.uol.com.br › o-que-e-ponto-de...
https://agilize.com.br › blog › ponto-de-equilibrio-fin
Análise do Equilíbrio... - Economista: Josemar Quindai
https://www.facebook.com › posts › análise-do-equilíb...
15
https://blog.bcntreinamentos.com.br › entenda-o-que-...
https://comum.rcaap.pt › Luis_Oliveira
3.4.- Critério de inclusão e exclusão
Artigos que vimos e exploramos:

Cardoso, Jaime Fidalgo; Rodrigues, Jorge Nascimento (Março 2006); Peter


Drucker – O essencial sobre a vida e a obra do homem que inventou a gestão;
1ª Edição; Centro Atlântico; V. N. Famalicão.

Carrilho, José Manuel; Laureano, Luís; Pimentel, Luís Vilela; Prates, Manuel Luís
(Outubro 2005); Elementos de Análise Financeira – Casos Práticos; Publisher
Team; Lisboa.

Esperança, José Paulo; Matias, Fernanda (Setembro 2005); Finanças


Empresariais; 1ª Edição; Publicações Dom Quixote; Lisboa.

Felício, J. Augusto e Esteves, J. Cantiga (1996); Gestão Financeira – Dominar a


Tesouraria, IAPMEI

Menezes, H. Caldeira (2001); Princípios de Gestão Financeira; Editorial


Presença; Lisboa.

O que vimos e não usamos:

ALMEIDA, Rui; ALMEIDA, Maria; DIAS, Ana; ALBUQUERQUE, Fábio;


CARVALHO, Fernando; PINHEIRO, Pedro (2010) - SNC – Casos Práticos e
Exercícios Resolvidos. Vol. 2. ATF – Edições Técnicas.

Coimbra. BORGES, António; GAMELAS, Emanuel; RODRIGUES, José;


MARTINS, Manuela; MAGRO, Nuno; FEREIRA, Pedro (2009) – Sistema de
Normalização Contabilística: Casos Práticos. Áreas Editora. Lisboa.

BORGES, António: RODRIGUES, Azevedo; RODRIGUES, Rogério (2010) -


Elementos de Contabilidade Geral.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pois pesquisa feita concluímos que a análise de equilíbrio financeiro
Reflectindo acerca de todo o exposto anteriormente neste trabalho, é possível

16
verificar que, financeiramente, as empresas enfrenta sérias dificuldades: falta de
liquidez, diminuta capacidade de solvabilidade, reduzida autonomia financeira e
um endividamento bem superior ao que se considera aceitável. Por tudo isto, a
performance global da empresa não é satisfatória, facto que, em conjunto com
um sector de actividade (Termalismo) que apresenta, de uma forma global, numa
quebra acentuada, coloca a empresa numa posição pouco confortável. Já foi
demonstrado neste trabalho que, após um período inicial de grande
irregularidade, os últimos anos (2009, 2010 e 2011) correspondem a um período
de alguma estabilidade na empresa, no que respeita aos resultados obtidos nos
diversos indicadores estudados. No entanto, verifica-se que esta estabilidade
está fixada num patamar muito distante da solidez e segurança económica e
financeira desejáveis.

Neste contexto, é ainda mais pertinente questionar seriamente os


investimentos efectuados, as fontes de financiamento, a organização estrutural
da empresa, os objectivos delineados, as estratégias de marketing, entre outros
aspectos. É, pois, fundamental reflectir e tentar discernir se estes aspectos
específicos estão ajustados às necessidades da empresa e ao contexto
envolvente. Do ponto de vista estritamente financeiro, a informação obtida
permite verificar com clareza que as despesas decorrentes do financiamento
contraído no ano de 2008, aquando da aquisição do Balneário D. Afonso
Henriques e respectivo equipamento termal, são um elemento que tem pesado
negativamente e de forma muito acentuada nos resultados globais obtidos.
Nesse sentido, seria de todo aconselhável que a empresa conseguisse
renegociar as condições de pagamento da dívida contraída, de forma a diminuir
o impacto resultante destas obrigações.

RECOMENDAÇÕES
Tendo em conta o tipo de projecto realizador recomendamos que:

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 A estudo de caso, e que este é aplicado a um caso concreto de uma
empresa, fará todo o sentido continuar a desenvolver trabalho neste
âmbito, uma vez que a estrutura financeira varia de empresa para
empresa, assim como as decisões que influenciam a determinação da
mesma e da política financeira da empresa. Estudar o equilíbrio da
estrutura financeira de uma dada empresa assenta nos mesmos
princípios, quanto às condições de equilíbrio e controlo da tesouraria, mas
as conclusões e as possíveis soluções dependerão das diferentes
estruturas que cada empresa tem.
 Como sugestão para futura investigação salienta-se a possibilidade de
replicação deste estudo a outras empresas, tendo em vista uma
comparação posterior entre os resultados
 Equilíbrio Financeiro obtidos no presente projecto e os obtidos num
possível estudo numa outra empresa. A comparação permitirá obter a
percepção de que as soluções apontadas, para a empresa estudada
neste projecto e uma outra empresa estudada num outro projecto,
poderão não ser as mesmas e que dependerão da estrutura de cada
empresa e das decisões que foram tomadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

18
Cardoso, Jaime Fidalgo; Rodrigues, Jorge Nascimento (Março 2006); Peter
Drucker – O essencial sobre a vida e a obra do homem que inventou a gestão;
1ª Edição; Centro Atlântico; V. N. Famalicão.

Carrilho, José Manuel; Laureano, Luís; Pimentel, Luís Vilela; Prates, Manuel Luís
(Outubro 2005); Elementos de Análise Financeira – Casos Práticos; Publisher
Team; Lisboa.

Esperança, José Paulo; Matias, Fernanda (Setembro 2005); Finanças


Empresariais; 1ª Edição; Publicações Dom Quixote; Lisboa.

Felício, J. Augusto e Esteves, J. Cantiga (1996); Gestão Financeira – Dominar a


Tesouraria, IAPMEI

Menezes, H. Caldeira (2001); Princípios de Gestão Financeira; Editorial


Presença; Lisboa.

Mota, António Gomes e Custódio, Cláudia (2006); Finanças da Empresa –


Manual de Informação, Análise e Decisão Financeira para Executivos;
Booknomics; Lisboa.

Neves, João Carvalho (2003); Análise Financeira – Técnicas Fundamentais (Vol.


I); 14ª Edição; Texto Editora; Lisboa.

Neves, João Carvalho (1994); Análise Financeira – Métodos e Técnicas; Texto


Editora; 7ª Edição; Lisboa.

Working Papers:

Correia, Paulo (2004); Equilíbrio Financeiro – Abordagens Tradicional e


Renovada Gonçalves.

Carlos (2009); O Equilíbrio Financeiro.

Neves, João Carvalho das (2007) "Análise Financeira", Lisboa: Texto Editora

Aguinaldo Luís Cafaia

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