Engrenagens de dentes retos:

Tensões superficiais
Prof. Maurício de Moura Nilton
Resistência do dente de uma engrenagem

Modos de falha

1. Fratura por fadiga de flexão

na raiz do dente
2. Fadiga superficial das
superfícies do dente

3
Danos superficiais
1. Desgaste abrasivo
Causado pela presença de partículas estranhas. Ex.: engrenagens abertas, fechadas mas montadas
na presença de partículas abrasivas ou lubrificadas por uma fonte de óleo sem filtragem

2. Riscaduras
Lubrificação inadequada -> Calor em regiões localizadas -> Soldagem e rompimento

3. Corrosão superficial e subsuperficial

Falhas por fadiga de superfície e subsuperfície.

Maurício Nilton 5
Análise da durabilidade da superfície do
dente de uma engrenagem
ANÁLISE DE FADIGA SUPERFICIAL

Tensão de fadiga superficial

Resistência à fadiga
(Hertz)
superficial
𝜎𝑐

𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 = (𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎/𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜)^2

Usualmente da ordem de 1,1 a 1,5
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Análise da durabilidade da superfície do
dente de uma engrenagem
ANÁLISE DE FADIGA SUPERFICIAL

No livro do Norton: 𝐾𝑣 : Fator dinâmico

𝐾𝑎 : Fator de aplicação
𝑊𝑡 𝐶𝑎 𝐶𝑚 𝐾𝑚 : Fator de distribuição de carga
𝜎𝑐 = 𝐶𝑝 𝐶𝐶
𝐹𝑑𝐼 𝐶𝑣 𝑠 𝑓 𝐾𝑠 : Fator de tamanho
d: diâmetro da menor engrenagem do engrenamento
Mas os fatores 𝐶𝑎 , 𝐶𝑚 , 𝐶𝑣 𝑒 𝐶𝑠 são iguais a
𝐾𝑎 , 𝐾𝑚 , 𝐾𝑣 𝑒 𝐾𝑠 , então: Novos:
𝐶𝑝 : Coeficiente elástico
𝑾 𝒕 𝑲𝒂 𝑲𝒎 𝐼: Fator geométrico de superfície
𝝈𝒄 = 𝑪𝒑 𝑲𝒔 𝑪𝒇
𝑭𝒅𝑰 𝑲𝒗 𝐶𝑓 : Fator de acabamento superficial
7
 Análise da durabilidade da superfície do
dente de uma engrenagem
𝐶𝑝 : Coeficiente Elástico

1
𝐶𝑝 =
1 − 𝜈𝑝2 1 − 𝜈𝑐2
𝜋 +
𝐸𝑝 𝐸𝑐

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Análise da durabilidade da superfície do
dente de uma engrenagem
𝐼: Fator geométrico de superfície

𝑐𝑜𝑠𝜙
Para engrenagens externas: 𝐼 =
1 1
+ 𝑑
𝜌𝑝 𝜌𝑐 𝑝

2
1 + 𝑥𝑝 2 𝜋
𝜌𝑝 = 𝑟𝑝 + − 𝑟𝑝 𝑐𝑜𝑠𝜙 − 𝑐𝑜𝑠𝜙 𝜌𝑐 = 𝐶𝑠𝑒𝑛𝜙 − 𝜌𝑝
𝑝𝑑 𝑝𝑑

Onde 𝑥𝑝 = 0 para dentes padronizados; para dentes alongados 𝑥𝑝 é a porcentagem decimal do alongamento

9
Análise da durabilidade da superfície do
dente de uma engrenagem
𝐶𝑓 : Fator de acabamento superficial

Pode ser usado para levar em consideração acabamentos superficiais

extraordinariamente grosseiros.

A AGMA não estabeleceu ainda normas para os fatores de acabamento superficial

e recomenda 𝑪𝒇 = 𝟏 para engrenagens feitas por métodos convencionais.

10
11
Materiais para engrenagem
• Para transmitir potência em valores elevados devemos usar
engrenagens de: aços, ferros fundidos, nodulares e maleáveis.
• Endurecimento total ou superficial é recomendado para melhorar a
resistência ao desgaste
• Para ambientes corrosivos, bronzes podem ser utilizados

Maurício Nilton 12
Resistências à fadiga de flexão da AGMA
para materiais de engrenagem
ANÁLISE DE FADIGA POR FLEXÃO

𝑆𝑓𝑏 ′: é a resistência à fadiga de flexão publicada

pela AGMA
𝐾𝐿 𝐾𝐿 : Fator de vida
𝑆𝑓𝑏 = 𝑆𝑓𝑏 ′ 𝐾𝑇 : Fator de temperatura
𝐾𝑇 𝐾𝑅
𝐾𝑅 : Fator de confiabilidade
𝑆𝑓𝑏 : é a resistência à fadiga de flexão corrigida

Maurício Nilton 13
Resistências à fadiga de flexão da AGMA
para materiais de engrenagem
𝐾𝐿 : Fator de vida

Comerciais

Precisão

Maurício Nilton 14
Resistências à fadiga de flexão da AGMA
para materiais de engrenagem
𝐾𝑇 : Fator de temperatura

Para temperaturas próximas à ambiente, 𝐾𝑇 = 1

460+𝑇𝐹
Para temperaturas maiores que 250°F (121°C): 𝐾𝑇 =
620

Maurício Nilton 15
Resistências à fadiga de flexão da AGMA
para materiais de engrenagem
𝐾𝑅 : Fator de confiabilidade

Maurício Nilton 16
Resistências à
fadiga de flexão
da AGMA para
materiais de
engrenagem

Maurício Nilton 17
Resistências à
fadiga de flexão
da AGMA para
materiais de
engrenagem

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Resistências à fadiga de superfície da
AGMA para materiais de engrenagem
ANÁLISE DE FADIGA SUPERFICIAL

𝑆𝑓𝑐 ′: é a resistência à fadiga de superfície publicada

pela AGMA
𝐶𝐿 𝐶𝐻 𝐶𝐿 : Fator de vida de superfície
𝑆𝑓𝑐 = 𝑆𝑓𝑐 ′
𝐾𝑇 𝐾𝑅 𝐶𝐻 : Fator de razão de dureza
𝑆𝑓𝑐 : é a resistência à fadiga de superfície corrigida

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Resistências à fadiga de superfície da
AGMA para materiais de engrenagem
𝐶𝐿 : Fator de vida de superfície

Comerciais

Precisão

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Resistências à fadiga de superfície da
AGMA para materiais de engrenagem
𝐶𝐻 : Fator de razão de dureza

Multiplica apenas a resistência da engrenagem maior (coroa), devido a maior dureza do pinhão

𝐶𝐻 = 1 + 𝐴(𝑚𝐺 − 1)
𝐻𝐵𝑝
Se < 1,2 𝐴=0
𝐻𝐵𝑐
𝐻𝐵𝑝 𝐻𝐵𝑝
Se 1,2 ≤ ≤ 1,7 𝐴 = 0,00898 − 0,00829
𝐻𝐵𝑐 𝐻𝐵𝑐
𝐻𝐵𝑝
Se > 1,7 𝐴 = 0,00698
𝐻𝐵𝑐

Obs.: equações valem para engrenagens de aço endurecidas por completo. Para outras condições, verificar literatura.
Resistências à
fadiga de
superfície da
AGMA para
materiais de
engrenagem

Maurício Nilton 22
Resistências à
fadiga de
superfície da
AGMA para
materiais de
engrenagem

Maurício Nilton 23
Testar inicialmente o aço AGMA de grau 2 endurecido inteiramente a 250 HB

Maurício Nilton 24