Você está na página 1de 3

UFABC

Universidade Federal do ABC

Eloiza Zanetti Ferreira


RA: 11202321937
Paula Hayao de Araujo
RA: 11202321294

Pesquisa: Uma Análise Comparativa dos Estudos de B.F. Skinner e Michel


Foucault sobre Psicologia Comportamental: Punição e Recompensa em Poder e
Disciplina

Dois importantes pensadores que


contribuíram para a compreensão da área de
psicologia comportamental são B.F. Skinner
e Michel Foucault. Embora possuam
abordagens teóricas distintas, ambos
exploraram a dinâmica das interações entre
punição, recompensa e o comportamento
humano. Este trabalho tem como objetivo
realizar uma análise comparativa dos
estudos de Skinner e Foucault, focalizando
especificamente a influência da punição e
recompensa no contexto da psicologia
comportamental.

Tópicos Contemporâneos em Educação e Filosofia


Reflexão e produção escrita: corpo (parte 1/1 da matéria)

2023
Burrhus Frederic Skinner, conhecido como B. F. Skinner, foi um psicólogo
behaviorista, inventor e filósofo estadunidense, natural da Pensilvania, nascido em 1904
que contribuiu para os estudos de psicologia no meio de psicologia comportamental no
início do século XX. Através de experimentos, foi possível constatar que
comportamentos, não apenas humanos, podem ser estudados e “calculados”. Ademais,
em colaboração aos seus estudos, utilizou-se dos conceitos de reforço positivo e
negativo durante os processos de aprendizagem.
A teoria em que Skinner realizou suas contribuições seria a Behaviorista. O
termo behavior vem da língua inglesa e significa “comportamento”, logo seus estudos
foram voltados para o estudo de nossos comportamentos - por que fazemos o que
fazemos? - a partir de análises fundamentadas e da observação de fatos práticos como,
por exemplo, reações a estímulos.
Para Foucault e Skinner, o homem é um produto de um somatório de ideologias
e significações produzido por uma raiz dominante, tornando-o completamente exógeno
e apesar das diferenciações de ambas as carreiras de pesquisas (trabalho de história
geral em um e experimentos animais em outro), nesse ponto, essas duas mentes
pensadoras convergem.
Tanto Skinner quanto Foucault estão interessados no estudo do comportamento
humano e na análise das ações dos indivíduos onde consideram o comportamento como
um objeto central de investigação. Em soma, ambos reconhecem a influência do
ambiente nas ações e no comportamento humano. Skinner enfatiza a importância do
condicionamento operante, em que o comportamento é moldado por meio de reforços e
punições no ambiente. Foucault, por sua vez, destaca o papel das instituições sociais e
das estruturas de poder na regulação e no controle do comportamento.
A relação conceitual de aproximação entre os sujeitos do corpo disciplinar e do
corpo ético pode ser encontrada na teoria behaviorista de B.F. Skinner, que enfatiza o
controle do comportamento por meio de recompensas e punições e tenta moldar o
comportamento dos alunos de acordo com as normas e expectativas estabelecidas pela
escola. Nessa abordagem, o corpo é disciplinado e controlado para se adequar às regras
e padrões estabelecidos.
Skinner argumenta que o comportamento humano é determinado por
contingências ambientais, ou seja, as consequências que se seguem a um
comportamento influenciam a probabilidade de sua ocorrência futura. O mesmo aborda
a punição como uma forma de controle do comportamento que pode ser eficaz para
suprimir comportamentos indesejados, mas ressalta que ela não é a melhor estratégia
para promover mudanças duradouras no comportamento.
Em relação às teorias de punição de Foucault em "Vigiar e Punir", há uma
conexão interessante entre os dois autores. Foucault analisa o sistema prisional e as
práticas punitivas ao longo da história, argumentando que a punição não é apenas uma
forma de retribuição, mas também uma maneira de exercer controle e disciplina sobre
os indivíduos.
Ambos os autores concordam que a punição tem um papel importante na
sociedade, seja como forma de controle social ou como estratégia para modificar
comportamentos indesejados. No entanto, suas abordagens diferem em relação à
eficácia e aos efeitos a longo prazo da punição. Enquanto Foucault destaca os aspectos
disciplinares e de controle social da punição, Skinner enfatiza a importância do reforço
positivo na modificação do comportamento.

d. Uma referência bibliográfica para a teoria behaviorista de B.F. Skinner é o


livro "Ciência e Comportamento Humano" (1953), onde Skinner apresenta os princípios
do behaviorismo e sua aplicação na modificação do comportamento humano.
Skinner discute amplamente a importância do condicionamento operante, que
envolve o uso de reforços e punições para moldar o comportamento. Ele explora como a
punição pode ser usada como uma forma de controle do comportamento e descreve os
efeitos e limitações desse tipo de contingência.
No livro, Skinner examina as diferentes formas de punição, como a punição
positiva (aplicação de algo aversivo) e a punição negativa (remoção de algo positivo).
Ele discute os efeitos da punição no comportamento, incluindo a supressão do
comportamento indesejado, a aprendizagem de respostas de esquiva e a possibilidade de
efeitos colaterais indesejáveis, como respostas emocionais negativas e comportamentos
agressivos.
Além disso, Skinner explora outras estratégias de modificação do
comportamento, como o reforço positivo, que se concentra em recompensar
comportamentos desejados em vez de punir os indesejados.
No geral, o livro de Skinner "Ciência e Comportamento Humano" aborda a
questão da punição como um dos tópicos centrais na análise do comportamento humano
e oferece insights sobre a utilização e os efeitos da punição no controle comportamental.

e. Uma experiência ou prática escolar relativa à teoria behaviorista pode ser a


utilização de reforços positivos, como elogios e prêmios, para incentivar
comportamentos desejados e a utilização de punições, como advertências ou
suspensões, para desencorajar comportamentos indesejados.

Você também pode gostar