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ALIMENTOS
Introdução
Hortaliças consistem em vegetais, geralmente cultivados na horta, dos
quais algumas partes são utilizadas como alimento. De maneira geral,
compreendem as partes comestíveis das plantas, como raízes, tubérculos,
caules, folhas, flores, frutos e sementes. São popularmente conhecidas
por verduras, legumes, tubérculos e raízes. As hortaliças são plantas
anuais, bianuais ou perenes, cultivadas em campo aberto ou sob cultivo
protegido; se incluem nesse grupo plantas classificadas como cereais
ou da família das leguminosas (grãos e/ou vagens), cujos produtos são
colhidos verdes (tenros ou imaturos). Algumas hortaliças são utilizadas
unicamente como tempero ou condimento em razão de seu aroma e
sabor. Em relação ao valor nutricional, varia de acordo com a parte da
planta. A maioria das hortaliças favorece o preenchimento das necessi-
dades vitamínicas e minerais (ORNELLAS, 2007).
Neste capítulo, você vai estudar a composição química das hortaliças,
compreendendo a importância das suas características na alimentação,
bem como as principais técnicas de pré-preparo, a fim de garantir a
qualidade nutricional das hortaliças.
2 Hortaliças: definição, composição química e classificação
Proteínas
As hortaliças apresentam em torno de 1 a 3% de proteínas em sua compo-
sição, sendo as proteínas mais comumente encontradas as globulinas. Além
disso, podem ser encontrados também peptídeos e aminoácidos livres, como
aspargina e glutamina (ORNELLAS, 2007).
Lipídios
Os lipídios, assim como as proteínas, costumam aparecer em pequenas quan-
tidades. Podem ser obtidos por meio de extratos etéreos de vegetais. Esse tipo
de extração costuma trazer clorofila e outros pigmentos solúveis em solventes
orgânicos. Por serem pequenas quantidades, as gorduras de vegetais se tornam
insignificativas na alimentação habitual (ORNELLAS, 2007).
Carboidratos
As hortaliças apresentam em torno de 4 a 24% de carboidratos em sua compo-
sição. Os carboidratos presentes são encontrados de formas químicas variadas
e em quantidade mais abundante que as proteínas e os lipídeos. Veja a seguir
os carboidratos encontrados (ORNELLAS, 2007).
Vitaminas
Encontra-se ampla distribuição de vitaminas nas hortaliças.
Vitaminas lipossolúveis
Vitaminas hidrossolúveis
Minerais
As hortaliças verdes e folhosas contêm grande quantidade de potássio, magné-
sio, sódio, cálcio, ferro, zinco, cromo, selênio e outros minerais indispensáveis
ao organismo, podendo sua composição variar de acordo com o solo cultivado.
Perdas minerais acontecem principalmente por dissolução, sendo a quantidade
de minerais dissolvidos proporcional ao tempo de cocção. Durante a cocção,
pode-se perder 20 a 50% do ferro, 15 a 45% do fósforo e 10 a 30% do cálcio.
Pela superfície de contato com a água, a batata cozida com casca perde apenas
2% dos minerais e sem casca perde 17%. A cenoura em pedaços grandes perde
25% e em pedaços pequenos perde 50%. Portanto, a superfície de contato com
água aumenta as perdas (ORNELLAS, 2007).
Classificação botânica
Folhas: são ricas em fibra, ferro, cálcio e pró-vitamina A. São pobres em calo-
rias (média de 20 kcal por 100 g). As folhas tenras podem ser ingeridas cruas,
8 Hortaliças: definição, composição química e classificação
Armazenamento de hortaliças
As hortaliças são alimentos muito perecíveis: além da proliferação microbiana,
a ação enzimática natural dos alimentos não cessa após a colheita, por isso há
amadurecimento dos vegetais depois da colheita. As hortaliças são fonte de
nutrientes como vitaminas sensíveis aos diversos fatores (calor, oxigênio, luz).
Com isso, o cuidado deve ser redobrado no armazenamento (ORNELLAS,
2007). Algumas técnicas que auxiliam nesse processo são descritas a seguir
(DOMENE, 2011).
(Continua)
Hortaliças: definição, composição química e classificação 11
(Continuação)
Por
Hortaliças Parte usada Vapor Pressão
ebulição
Leituras recomendadas
DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L.; FENNEMA, O. R. Química de los alimentos. 3. ed. Zaragoza:
Editorial Acribia, 2010.
MOURÃO, D. M. et al. Biodisponibilidade de vitaminas lipossolúveis. Revista Nutrição,
v. 18, n. 4, p. 529-539, jul./ago. 2005.
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