Atividade - Aceitação, Renúncia e Excluídos Da Sucessão

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Direito das Sucessões

Prof.ª Ms. Rosana dos Santos Martins

Atividade
1) Maria recebeu uma carta informando sobre o falecimento do seu pai.
Aquela nunca teve um bom relacionamento com este e afirma que não quer
nada da herança. Acontece que Maria foi a responsável por todos os
trâmites referente à cremação e funeral do pai. Nestes termos, pode-se
reconhecer a aceitação da herança por Maria? Justifique. A aceitação de
uma herança envolve diversos aspectos legais que podem variar de acordo com a
jurisdição. No entanto, em muitos sistemas legais, o simples ato de cuidar dos
trâmites do funeral ou cremação de um parente não é automaticamente
considerado como aceitação da herança. Isso geralmente não implica em aceitar
os ativos ou passivos do falecido. Para determinar se Maria aceitou a herança,
seria importante consultar um advogado especializado em direito sucessório na
jurisdição relevante. Em muitos casos, a aceitação ou renúncia de uma herança
requer procedimentos legais específicos, como a apresentação de documentos
formais ou uma declaração explícita de aceitação. Portanto, apenas cuidar dos
trâmites funerários em si normalmente não é suficiente para indicar aceitação
automática da herança. Recomenda-se buscar aconselhamento legal para lidar
adequadamente com questões de herança em situações como essa.
2) Leonel faleceu em decorrência de acidente automobilístico. Deixou cinco
filhos e cônjuge. Tendo em vista o relacionamento muito difícil com o pai
falecido, um de seus filhos resolve renunciar à herança. Os demais filhos
desejam aceitá-la. A cônjuge supérstite impõe como condição ao seu aceite à
herança que todos os filhos também aceitem. A respeito do assunto,
explique como ficará a situação da herança.
Em muitos sistemas legais, a renúncia de um herdeiro à herança é um direito que pode
ser exercido de forma independente. Nesse caso, se um dos filhos de Leonel deseja
renunciar à herança, geralmente ele tem o direito de fazê-lo, independentemente das
escolhas dos outros herdeiros.

No entanto, a condição imposta pela cônjuge supérstite, que exige que todos os filhos
aceitem a herança, pode complicar a situação. A aceitação da herança é geralmente uma
decisão pessoal de cada herdeiro, e eles têm o direito de tomar essa decisão
individualmente.

Portanto, se um dos filhos renunciar à herança, os outros filhos podem escolher


aceitá-la, a menos que haja disposições legais específicas em seu país que restrinjam
esse direito. A imposição de condições para aceitação da herança por parte da cônjuge
supérstite provavelmente não seria reconhecida legalmente na maioria dos sistemas
legais, a menos que existam circunstâncias excepcionais previstas na lei que permitam
tal imposição.

Recomenda-se consultar um advogado especializado em direito sucessório na jurisdição


relevante para obter aconselhamento específico e entender como as leis locais se
aplicam a esta situação.
3) Carlos e Sandra são casados e têm 2 filhos: Clara e Marcos. Marcos, na
época com 17 anos, ao limpar a arma do pai, efetuou 1 disparo acidental
que acabou por matar Carlos. Inconformados com o ocorrido, Sandra e
Clara resolvem ajuizar ação de indignidade contra Marcos. Como
advogado de Sandra, explique sobre a possibilidade ou não do seu pedido.
A possibilidade de Sandra e Clara ajuizarem uma ação de indignidade contra Marcos
dependerá das leis de herança e sucessões do país em que residem, uma vez que essas
leis podem variar significativamente de uma jurisdição para outra.
A ação de indignidade normalmente é uma medida legal que permite a exclusão de um
herdeiro da sucessão de um falecido se esse herdeiro cometeu certos atos graves contra
o falecido. Um disparo acidental que resultou na morte de Carlos é uma situação trágica,
mas a ação de indignidade geralmente se aplica a atos intencionais e graves, como
homicídio doloso contra o falecido, calúnia grave contra o falecido, entre outros.
Nesse caso, a natureza acidental do disparo, bem como a idade de Marcos (17 anos),
podem influenciar a determinação de se ele é ou não indigno de herdar. Em muitas
jurisdições, atos acidentais cometidos por menores de idade podem ser tratados de
maneira diferente do que atos intencionais cometidos por adultos.
Para determinar a viabilidade da ação de indignidade, é fundamental consultar um
advogado especializado em direito sucessório na jurisdição específica, uma vez que as
leis e precedentes legais podem variar significativamente de lugar para lugar. Esse
advogado poderá avaliar os detalhes do caso e fornecer orientações específicas sobre a
possibilidade de sucesso da ação.

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