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Psicologia
Brasília – DF
2022
Estudo de Caso Freud – Presidente Schreber
Casado, o juiz apresentava frustração por não poder ter filhos, apesar
disso, tinha uma vida próspera e feliz. Era um homem responsável e bem
sucedido. Mas, foi no ano de 1884 que sua primeira doença começou. Segundo
Dr.Flechsig, diretor Psiquiatra da Universidade de Leipzing, tratava-se de um
distúrbio caracterizado por uma crise grave de hipocondria de quem recebeu alta
seis meses depois. Um certo período de tranquilidade pairou na vida do jurista
por oito anos, apesar disso alguns sonhos de retorno da sua enfermidade o
perturbaram juntamente a ideia de que poderia ser muito bom ser mulher e poder
submeter-se ao ato de cúpula. A segunda doença manifestou-se em 1893,
mesmo ano em que assumiu o cargo de juiz-presidente na corte de apelação na
cidade de Leipzig, caracterizada por uma torturante insônia, o que o forçou a
retornar à clínica Flechsing. No início de sua internação apresentava ideias
hipocondríacas, queixava-se de ter amolecimento do cérebro e afirmava que
morreria cedo. As ideias de perseguição, ilusões visuais vieram em seguida
juntamente com ilusões sensoriais e intensa sensibilidade a luz. Sentia-se
intensamente torturado e ansiava pela própria morte. Entre tais alucinações
começou a manifestar novos sinais de distúrbio manifestando a crença delirante
da emasculação, bem como a ideia de que ao tornar-se a mulher de Deus traria
a redenção ao mundo.
No que diz respeito aos níveis da vida mental, segundo Freud nas
relações ocultas existentes entre os atos conscientes, existe uma divisão
topográfica da mente. Nela, ele delimita três níveis mentais ou instâncias
mentais: consciente; pré-consciente; inconsciente. Tais níveis podem ser
observados concomitantemente diante da análise biográfica que descreve ações
por parte de Daniel, onde apesar de seus momentos de falta de lucidez, o mesmo
consegue acessar em seus níveis consciente e pré-consciente informações que
respondem pelo aspecto racional relacionando-se com o mundo exterior, ou
seja, a organização argumentativa do paciente consegue visualizar nas leis
jurídicas pontos que justifiquem sua liberação do tratamento psiquiátrico.