O documento apresenta as diretrizes para a avaliação multidimensional de idosos na Atenção Primária à Saúde. A avaliação deve considerar audição, mobilidade, cognição, humor, risco de quedas, atividades diárias, incontinência, nutrição e suporte social. Promove-se a imunização e exercícios físicos regulares para manter a independência e qualidade de vida do idoso.
O documento apresenta as diretrizes para a avaliação multidimensional de idosos na Atenção Primária à Saúde. A avaliação deve considerar audição, mobilidade, cognição, humor, risco de quedas, atividades diárias, incontinência, nutrição e suporte social. Promove-se a imunização e exercícios físicos regulares para manter a independência e qualidade de vida do idoso.
O documento apresenta as diretrizes para a avaliação multidimensional de idosos na Atenção Primária à Saúde. A avaliação deve considerar audição, mobilidade, cognição, humor, risco de quedas, atividades diárias, incontinência, nutrição e suporte social. Promove-se a imunização e exercícios físicos regulares para manter a independência e qualidade de vida do idoso.
CUIDADOS COM O IDOSO ■ Perguntar: alteração de audição que cause ○ Principais objetivos dificuldades OU teste do sussurro ■ Independência social, mobilidade e ■ Positivo: realizar otoscopia para verificar habilidades cognitivas presença de cerume. ○ Avaliação específica, dirigida ao estado ● Sem cerume ou sem melhora após sua funcional e ao grau de autonomia remoção: encaminhar ao ○ Promoção: otorrinolaringologista. ■ ↓ mortalidade prematura causada por ■ OBS: presbiacusia (perda progressiva de doenças agudas e crônicas audição de alta freq) é a mais comum ■ Manutenção da independência funcional ○ MOBILIDADE DE MEMBROS (MMII e MMSS) ■ Extensão da expectativa de vida ■ Ver se o paciente é capaz de ○ Grupos de idosos em situação de risco ● Tocar a nuca com ambas as mãos (OMS): (avalia função proximal dos MMSS) ■ muito idosos (idade ≥ 80 anos); ● Apanhar um lápis sobre a mesa - pinça ■ vivem sozinhos; digital - e colocá-lo ali de volta (função ■ mulheres idosas, sobretudo as viúvas ou distal dos MMSS) solteiras; ● “Get up and go”: levantar-se da ■ vivem em instituições; cadeira, caminhar 3 m, voltar e sentar-se ■ socialmente isolados; novamente ■ idosos sem filhos; ■ Positivo: realizar avaliação neurológica e ■ limitações graves ou disfunções; musculoesquelética → dor, fraqueza, ■ casais de idosos quando um deles é amplitude de movimento, equilíbrio, incapacitado ou está muito doente; marcha; considerar fisioterapia ■ poucos recursos econômicos OBS: fraqueza pode estar relacionada a risco AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO de quedas (AMI) ○ COGNIÇÃO ○ Geralmente multidisciplinar → tratamento, ■ Solicitar que o paciente repita as 3 reabilitação e seguimento palavras: mesa – maçã – dinheiro ○ Avalia aspectos físicos, nutricionais, ● Retomar retornar a avaliação da cognitivos, psicológicos, sociais, ambientais e evocação das palavras 1 a 3 min depois espirituais ● Anotar as palavras lembradas ■ Complementa a abordagem tradicional ■ Positivo (não conseguiu lembrar-se das 3 baseada na doença palavras): aplicar Mini-cog ■ Identifica riscos e auxilia no prognóstico ● DD comuns: desatenção, demência, ■ Adaptável a realidade de cada profissional transtornos de humor ○ AMI rápida: Visão e audição → MMSS e MMII ■ OBS: A avaliação rotineira do estado → estado mental e humor → quedas e AVD → cognitivo em idosos assintomáticos não é incontinência → nutrição eficaz, mas pode ser útil diante de ○ Dimensões dificuldades observadas e de preocupação ■ Clínica: história pregressa, comorbidades, pessoal/familiar medicações ○ HUMOR ■ Psicossocial: mini-mental, meio e ■ Perguntar: tristeza ou desanimação interações, cuidados com o cuidador, frequentemente?; Menor interesse ou suporte social, promoção de saúde prazer em realizar atividades? ■ Funcional: AVD, vulnerabilidade, ■ Positivo: aplicar GDS-15 (escala de mobilidade, visão, audição, nutrição, depressão geriátrica); aplica critérios DSM- continência 5; encaminhar ao especialista se depressão ACOMPANHAMENTO NA APS grave ○ VISÃO OBS: depressão associada a outras doenças é ■ Perguntar: alteração de visão que traga mais comum em idoso. É importante determinar dificuldades para AVD? se é exacerbação de uma condição ■ Positivo (↓acuidade ou campo visual - neuropsiquiátrica preexistente (depressão queixa ou escala de Snellen): encaminhar maior), se mimetizam doenças psiquiátricas ao oftalmologista. (hiperparatireoidismo), se secundárias a outras doenças ou tratamentos (hipotireoidismo, Positivo: investigar causas; orientação nutricional e corticoide) ou se primeira manifestação de uma encaminhamento se possível doença neuropsiquiátrica (Parkinson, OBS: Alzheimer) Causas frequentes de perda de peso – ○ RISCO DE QUEDAS pobreza, isolamento social, depressão, ■ Perguntar: queda nos últimos 12 meses? demência, dor, imobilidade, refluxo, ● Quantas vezes? constipação, alcoolismo, medicamentos, ● Conseguiu levantar-se sozinho? problemas dentários, xerostomia, não ● Teve alguma lesão quando caiu? reconhecimento de fome e sede, diminuição ■ Positivo: avaliar fatores intrínsecos do paladar (orgânicos) e extrínsecos (calçados, O indicador do estado nutricional mais útil medicamentos, ambiente...); controlar em idosos é a variação de peso em relação intrínsecos e instruir adaptações ao basal ou a presença de anorexia. Sua ○ ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVD) aferição deve ser rotineira ou anual ■ Habilidade para manutenção da ○ SUPORTE SOCIAL independência. Fator de risco para ■ Perguntar: institucionalização ● Alguém poderia ajudá-lo caso você fique ■ Perguntar “Sem auxílio, você é capaz de:” doente ou incapacitado? ● Sair da cama? ● Quem poderia ajudá-lo? ● Vestir-se? ● Quem seria capaz de tomar decisões de ● Fazer compras? saúde por você caso não seja capaz de ● Preparar suas refeições? fazê-lo? ■ Positivo (p/ qualquer atividade triada): ■ Positivo: identificar recursos e pessoas determinar razões (falta de motivação pode disponíveis; acionar serviço social se ser uma delas) e tempo de início, solicitar vulnerabilidade informações de familiares; instruir PROMOÇÃO DE SAÚDE NOS IDOSOS intervenções médicas, sociais e ambientais; ○ Exercícios físicos priorizar reabilitação; considerar aplicação ■ Inatividade é fator de risco para perda de de escalas Katz e Lawton independência funcional. ○ INCONTINÊNCIA ■ Modalidades: resistência, força, ■ Perguntar: “Você às vezes perde urina ou flexibilidade e equilíbrio. fica molhado?” ■ Melhora: condicionamento físico, ● Se sim: Quantas vezes? Provoca algum flexibilidade e mobilidade incômodo ou embaraço? ■ Reduz: risco de DCV, DM, osteoporose, ■ Positivo: pesquisar causas reversíveis obesidade, câncer de cólon e de mama, (delirium, medicamentos, infecção, distúrbios neuropsiquiátricos restrição de mobilidade); considerar encaminhamento a urologista ○ NUTRIÇÃO ■ Essencial na prevenção de doenças e do declínio funcional. Desnutrição se relaciona a ↑ morbidade, permanência hospitalar prolongada, readmissão frequente, suscetibilidade a lesões e aumento de mortalidade ○ Imunização ■ Perguntar: ■ Deve ser questionada de forma sistemática. ● Percebeu diminuição de apetite ou ■ A não adesão frequentemente está dificuldade para alimentar-se relacionada com a preocupação do paciente ultimamente? em relação aos efeitos colaterais e à não ● Apresenta engasgos ou dificuldade para prescrição médica engolir? ○ Atividade sexual ● Perdeu peso nos últimos 6 meses? Se ■ Questionar sobre a capacidade de desfrutar sim, quantos kg? do prazer nas relações (sua perda não deve ● Peso usual (kg); Altura (cm); Perda de ser considerada normal) peso ≥ 5% do peso usual? ■ Informar sobre alterações na sexualidade (ex: atrofia vaginal) ■ Identificar problemas fisiológicos ou ○ Acompanhamento nutricional psicológicos relacionados ○ Proteína ■ Distinguir transtornos de desejo, inibição ○ Calorias neurótica, disfunção erétil, dificuldade de ○ Vitamina D ejaculação, dispareunia e inibição cultural SARCOPENIA IDOSO FRÁGIL DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO ○ Redução de massa muscular, redução de força ○ O que é reserva? e piora do desempenho físico ■ Todos os órgãos possuem uma capacidade ○ Classificação funcional para lidar com insultos e, ■ Pré-sarcopenia: ↓ massa conforme a idade aumenta, a reserva ■ Moderada: ↓ massa + ↓ força ou funcional do indivíduo diminui. desempenho físico ○ O que é a Síndrome da Fragilidade? ■ Severa: ↓ massa + ↓ força + ↓ desempenho ■ Acelera a perda de reserva funcional → físico maior vulnerabilidade FRAGILIDADE E SARCOPENIA ■ Desfechos negativos → Aumenta ○ É um dos 3 declínios da Síndrome da probabilidade de iatrogenia: hospitalização, Fragilidade institucionalização ■ Acometimento da reserva funcional ■ Perda de Funcionalidade, Morte ● Sarcopenia ○ O que ocasiona a Síndrome da Fragilidade? ● Disfunção neuroendócrina ■ Vários fatores de risco: Demográficos; ● Alterações imunes Clínicos; Estilo de Vida; Fatores biológicos FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA ○ ↓ força, ↓ tolerância ao exercício, ↓ captação ○ Tríade: Alterações hormonais + alterações máxima de O2 → fraqueza, fadiga, ↓ imunológicas + sarcopenia = acelera a perda habilidade de realizar AVD → profundo de reserva funcional! impacto das habilidades funcionais DIAGNÓSTICO ○ ↓ massa muscular → ↓ taxa metabólica → ↓ ○ Critérios de FRIED → 1 ou 2 pontos = Idoso termorregulação → ↑ resistência à insulina → Pré-Frágil / 3 ou + pontos = Idoso Frágil desregulação de hormônios anabólicos ■ Força (redução do Hand Grip: teste de ○ Variações gênicas (estresse oxidativo, ↓ preensão palmar) mitocôndrias, ↓ telômeros, danos ao DNA, ■ Redução do peso (4,5 ou 5% do peso em envelhecimento celular) + disfunção imune → um ano) desregulação neuroendócrina e inflamação ■ Índice de atividade física (Inatividade) generalizada → sarcopenia, osteopenia, ↓ ■ Exaustão (sensação de cansaço) imunidade, ↓ cognitivo, problemas ■ Devagar (redução da velocidade de hematólógicos, problemas no metabolismo da marcha) glicose ○ Escore SOF: define-se fragilidade a partir da FATORES CAUSAIS/DE RISCO presença de pelo menos dois dos três ○ Origem Primária: associada somente ao componentes a seguir envelhecimento ■ Perda de peso de 5% no ano anterior ○ Origem Secundária ■ Incapacidade de se levantar da cadeira 5x ■ Inatividade física: repouso prolongado, sem ajuda dos braços sedentarismo ■ Resposta NÃO p/ a pergunta “você se sente ■ Nutrição: ingestão inadequada de proteína cheio de energia”? e de energia, desordens gastrointestinais ○ Escala FRAIL: frágil = 3 ou + pontos (mal absorção), medicações que causam ■ F (fadiga) anorexia ■ R (resistência) ■ Falência orgânica, distúrbios inflamatórios e ■ A (ambulação) endócrino: catabolismo (fonte de nutrientes ■ I (illnesses): alguma doença como HAS, em situações de debilidade orgânica), ↑ DM, CA, DPOC... degradação proteica ■ L (loss do peso): perda de peso mais de 5% ● Doenças crônicas: IRC, DPOC, ICC, no ano passado câncer, infecções TRATAMENTO ■ Insuficiências orgânicas ○ Atividade física resistida ● Caquexia cardíaca ○ Desnutrição e catabolismo acentuado ● Dinamômetro: quantitativo em IC terminal: coração não é capaz de ● Avaliação da força de preensão manual promover oxigenação e transporte de ○ Boa correlação com força dos MMII nutrientes ● Possui uma tabela de valores de ○ Dispneia, fadiga → ↓ consumo de referência para sexo e idade alimentos ○ Medida do Desempenho Físico ○ Congestão hepática e intestinal → ↓ ■ Teste de velocidade de marcha em 6 metros absorção de nutrientes ● Fácil realização ○ Toxinas e mediadores inflamatórios por ● Bom preditor de queda tecidos mal perfundidos → ↓ apetite ● Linha reta de 10 m em ambiente plano e ● Enfisema pulmonar reto: caminhar na maior velocidade ○ ↓ performance nas trocas gasosas → ↑ possível, mensurar o tempo gasto durante esforço respiratório → ↑ gasto de os 6 metros intermediários energia ● Calcular a velocidade ● Diálise ○ Se < 0.8 m/s → desempenho ruim ○ DRC: edema pode mascarar a RASTREAMENTO caquexia ○ Importância: detectar precocemente → EPIDEMIOLOGIA intervenções precoces ○ Prevalência: 3 a 30% em idosos comunitários ○ Indicação: idosos > 65a ou < 65a com fatores ○ 1/3 dos brasileiros > 60 anos apresentam ↓ de risco → Medida da Velocidade de Marcha massa muscular ■ Se > 0.8 m/s → Medir Força de Preensão ○ Frequência > 50% em > 80 anos ● Se normal → sem sarcopenia ○ Mais frequente em mulheres ● Se reduzida → Medir Massa Muscular ○ Maior risco de infecção nosocomial e ■ Se < 0.8 m/s → Medir Massa Muscular necessidade de cuidados de reabilitação ● Se normal → sem sarcopenia → outro INSTRUMENTOS DIAGNÓSTICOS problema (ex: parkinson, artrite…) ○ 3 variáveis ● Se reduzida → sarcopenia ■ Massa muscular esquelética ○ Única forma de diagnosticar Pré-sarcopenia é ■ Força muscular pela medida da massa muscular (↓ massa) ■ Desempenho físico TRATAMENTO ○ Medida da Massa Muscular ○ Exercício físico ■ RM e TC ■ Amenizar efeitos catabólicos da inatividade: ● Mais acurácia (padrão ouro) equilibrar degradação e síntese ● Determinam a qualidade do músculo, a ■ Idosos que praticam, têm ↓ chance de massa de gordura e o grau de desenvolver sarcopenia lipossubstituição ■ Treino de força ● Desvantagem: alto custo, necessidade de ● Musculação cooperação do paciente (claustrofobia, ● ↑ Intensidade do exercício de resistência imobilização, som alto) → respostas musculares ■ Densitometria - DEXA (RX) ● 12 semanas de treino 3x/semana → já ● Mais utilizado resulta em melhora força e massa ● Distingue bem gordura, tecido muscular e ● 1x/sem → já melhora força osso ● Treinamento de forma progressiva é ● ↓ custo, ↓ radiação recomendado ■ Bioimpedância ■ Treino Aeróbico ● Portátil, ↓ custo ● Contribuem menos para a hipertrofia ● A impedância dos tecidos indica a ● ↑ captação de O2 máximo, melhoram a composição dos tecidos qualidade e função muscular (↓ ● Desvantagem: não determina a lipossubstituição), melhor adaptação qualidade do músculo (lipossubstituição), neuromuscular → ↓ morbidade, não efetivo em edematosos independente da gordura ■ Antropometria ● Estimula síntese proteica e ↓ resist ● ↓ acurácia insulinica ● Medidas das pregas e cálculos: estimativa ● ↑ fibras musculares ○ Medida da Força Muscular ● ↓ gordura corporal total, inclusive a ■ Força Preensão Manual intramuscular ● Melhora equilíbrio, fadiga, apetite e dor ● 30 dias entre a primeira e a segunda dose e ● ↓ riscos cardiovasculares, PA, IMC, perfil 6 (seis) meses entre a primeira e a terceira lipídico dose ○ Nutrição ■ Não tem reforço e não tem idade ideal ■ Idosos que praticam exercícios tendem a ter ○ dT- difteria e tétano ↓ resposta anabólica ■ Quantas doses? 3 doses ● ↑ lesão das miofibrilas, ↓ regeneração, ↓ ■ Reforço plasticidade das miofibrilas em resposta ● De maneira geral: reforço a cada 10 anos ao treino ● Reforço a cada 5 anos: ferimentos graves e ■ Nutrição adequada pode promover gestantes com comprovação vacinal de 3 anabolismo e minimizar alterações doses com comprovante tetânico, sendo a ■ Suplementação proteica isolada (ex: whey) última dose há mais de 5 anos ou associada ao exercício, sem ■ Intervalo entre as doses: 60 dias (mínimo-30) desnutrição, não demonstra benefício ■ Gestante: administrada a partir da expressivo no tratamento da sarcopenia comprovação da gravidez, em qualquer ● A alimentação correta é suficiente período gestacional. Completar o esquema ○ Medicações: não recomendadas!! vacinal, preferencialmente antes da data ■ Testosterona provável do parto ● Falta de evidências ○ dTpa- difteria, tétano e pertussis (acelular) ● Efeitos colaterais: ↑ PSA, ↑ Hematócrito, ↑ ■ Quantas doses? 3 doses risco cardiovascular ■ Gestante ● Não se recomenda para sarcopenia ● Esquema completo e atualizado: ■ Estrogênio administrar 1 dose a cada gestação, a partir ● Não eficaz em ↑ da força muscular da 20 semana ou no puerpério ■ GH ● Não vacinada: dT+ dT+ dTpa ● ↑ mortalidade ● Esquema incompleto: ● Efeitos colaterais sérios e frequentes ○ 1 dose de dT: completar com dT+ ● Não recomendado dTpa ○ 2 doses de dT: completar com dTpa IMUNIZAÇÕES ○ 3 doses de dT: administrar + 1 dose Esquema de vacina do adulto e do idoso (2022) de dTpa ○ Hepatite B ( 3 doses) ■ Intervalo: 60 dias, mínimo de 30. ○ dT (3 doses, reforço de 10 em 10 anos, em ■ Profissionais da saúde, parteiras/doulas: caso de ferimentos graves: antecipação) ● 1 dose de dTpa a considerar o histórico ○ dTpa (gestantes e profissionais da saúde) vacinal ○ Febre Amarela (1 dose ou 1+ reforço mediante ● Com esquema de vacinação completo: solicitação- viagem para área endêmica) Administração da dTpa como reforço a cada ○ Sarampo, Caxumba e Rubéola (2 doses ou 1 dez anos dose. Trabalhador da saúde deve ter 2 doses) ● Com esquema de vacinação incompleto: ○ Influenza e COVID-19 (campanhas) ○ Menos de 3 doses com a vacina dT: ○ HPV administrar 1 dose de dTpa e ○ Pneumo-23 completar o esquema com 1 ou 2 Principais Observações do esquema vacinal doses de dT de forma a totalizar 3 (informações slide + referências) doses da vacina contendo o ○ Hepatite B componente tetânico ■ Quem pode tomar? ○ Febre Amarela ● População em geral e gestante em qualquer ■ Esquema vacinal: faixa etária e idade gestacional ● Pessoas a partir de 5 a 59 anos, não ■ Quantas doses? 3 (igual para as gestantes) vacinadas: Administrar 1 dose única. ● Sem comprovação vacinal: administrar as ● Pessoas que nunca foram vacinadas: 3 doses ○ > 60 anos: vacinação de acordo com ● Incompleto: não reiniciar o esquema, critério do serviço apenas completá-lo com a vacina hepatite ○ Gestante: a vacinação está B, conforme situação encontrada contraindicada. Em caso de surto, o ■ Vacina recombinante serviço de saúde avalia a pertinência ■ Intervalo entre as doses ○ Mulheres amamentando criança < 6 meses: deve ser adiada até a criança completar 6m. Em caso de surto, avaliação do serviço. Recebeu a vacina, suspender o aleitamento por 10 dias ○ Viajantes internacionais: vacinação pelo menos 10 dias antes da viagem ○ Sarampo, caxumba e rubéola (atenuada) - ■ 40-59 anos (2 doses + 2 reforços) tríplice viral ■ Quantas doses? ● 1 dose da tretraviral + 1 dose da tríplice viral (até 15 meses de idade) ■ Indicada vacinação em bloqueio de casos suspeitos de sarampo e rubéola a partir dos 6 meses (dose zero) ■ Adultos até 29 anos e profissionais de saúde: recomenda-se 2 doses tríplice com intervalo de 30 dias ○ Reforço da vacina: vacinação bivalente para ■ Após a aplicação da vacina não recomenda- COVID para as cepas de huan e a omicron é se engravidar por um período de 30 dias realizada por meio de campanhas, grupos ■ Esquema: prioritários. ● Completo: 2 doses de vacina tríplice ou ● Vacina raiva (inativada) tetraviral ○ Profilaxia da raiva humana (pré, pós e ● Até 29 anos e esquema incompleto: reexposição). completar o esquema de duas doses de ○ Pós-exposição: depende de vários aspectos tríplice viral. Intervalo de 30 dias (acidentes leves e graves). ● Pessoas de 30 a 59 anos de idade não ○ Quadros dos Slides: vacinadas: devem receber uma dose da tríplice viral. ○ Vacina do HPV ■ Estendida para pessoas com imunodeficiência: homens e mulheres (9-45 anos): ● 3 doses (0, 2m, 6m) → necessidade de prescrição médica ■ é contraindicada durante a gestação ○ Vacina pneumo-23 ■ Administrar 1 dose a partir de 60 anos, não vacinados que vivem acamados e/ou em instituições fechadas, como casas geriátricas ■ Reforço: Administrar 1 dose, uma única vez, respeitando o intervalo mínimo de 5 anos da dose inicial. ● Covid-2023 ○ As vacinas recomendadas até o momento são: ● Nos casos de agressões por ■ Vacina adsorvida Covid-19 (inativada) morcegos e outros mamíferos ● Coronavac (Butantan) silvestres* (inclusive os ■ Vacina Covid-19-RNAm Cmirnaty: Pfizer/ domiciliados), o acidente é sempre wyeth classificado como grave. ■ Vacina Covid-19-recombinante: ● Acidentes Leves Oxford/Covishield (Fiocruz e astrazeneca) ○ Cães e gatos sem suspeita clínica: ■ Vacina Covid-19-recombinante: Janssen observar o animal por 10 dias se Vacine permanecer sadio, encerrar o caso; ○ Covid-19 de acordo com a idade: ○ Cães e gatos clinicamente suspeitos no ■ 18-19 anos (2 doses + 1 reforço) momento do acidente/desaparecidos/mortos e mamíferos domésticos de interesse ATENÇÃO À DOR CRÔNICA econômico: iniciar esquema com 4 doses Componentes da dor (0, 3d, 7d e 14d); ○ Nocicepção: detecção de lesão pelas fibras A ○ Morcegos e demais mamíferos delta (mielinizadas) e C (amielinizadas) silvestres: iniciar o esquema com ○ Dor: resposta à nocicepção/ pode acontecer ● Acidentes graves sem o estímulo nóxico. ○ Cães e gatos sem suspeita clínica: ○ Sofrimento: resposta afetiva sobreposta observar o animal por 10 dias se ○ Comportamento doloroso: pode ser permanecer sadio, encerrar o caso; descrito/medido (grau de incapacidade) ○ Cães e gatos clinicamente suspeitos no ○ Qual dos componentes mais influi? Ponto de momento do resiliência? acidente/desaparecidos/mortos e Classificação: mamíferos domésticos de interesse ○ Dor nociceptiva: estímulos de nociceptores econômico: iniciar esquema com 4 doses ascendentes por nervos periféricos normais. (0, 3d, 7d e 14d) + soro/imunoglobulina; ○ Somática: bem localizada sobre a superfície ○ Morcegos e demais mamíferos cutânea ou nas estruturas silvestres: iniciar esquema com 4 doses musculoesqueléticas. Ex. dor muscular aguda. (0, 3d, 7d e 14d) + soro/imunoglobulina. ○ Visceral: costuma ser mal localizada, atribuída ● Vacinação a estruturas profundas. ○ Via intradérmica (inserção do deltóide ou ○ Dor inflamatória: lesão leva à ativação de antebraço) mediadores que potencializam a dor. Ex: ○ IM (vasto lateral ou deltoide) artropatias, feridas pós-operatórias ○ Observação: não fazer no glúteo ○ Dor Neuropática: causada por área lesionada ● Soroheterólogo (SAR) e IGHAR do sistema nervoso periférico ou central. ○ A dose indicada é de 40UI/kg; deve-se Percebida como característica elétrica infiltrar o máximo possível nas lesões (ou (choque, queimação, punhalada, ao redor). formigamento). Ex: neuralgia pós –herpética; ○ IGHAR ⇨ 20 UI/kg radiculopatia lombar. ○ No caso de lesões extensas, diluir a dose ○ Dor Nociplástica: em SF 0,9%. ■ Surge de uma nocicepção alterada, ○ Pode ser feita IM (glúteo), não fazer nos apesar de não haver evidência clara, ou mesmos sítios da VAR. ameaça, de lesão tecidual real ○ Geralmente: cada SAR tem 5ml1000UI provocando a ativação de nociceptores (ou seja, cada 1ml200UI) periféricos, ou evidência de doença ou lesão no sistema somatossensitivo que cause a dor. Ex: fibromialgia e cefaleia ■ Hiperalgesia: aumento da resposta a um estímulo normalmente doloroso. ■ Alodinia é a dor ocasionada por um estímulo que normalmente não causa dor. Avaliação da dor e síndromes dolorosas ○ Dor aguda: lesão tissular imediata e de duração limitada a ela; Ativação de nociceptores - aviso e ativação do SN Simpático; geralmente responde ao tto. ○ Dor crônica: persiste depois que a lesão tissular foi resolvida ou não tem boa relação causa-efeito com a lesão tissular; Sensibilização central (ativação do sistema nociceptivo), pode ser considerada uma doença isolada; Mais complexa e resistente ao tto. Anamnese ○ início e duração; localização; intensidade; características; fatores agravantes ou atenuantes; tratamentos prévios; impacto na ■ Celecoxibe (Celebra ®) – inibidor COX2- funcionalidade. 200mg - 2x/d; 400mg ○ Exame físico SEGUNDO DEGRAU: Alterações de coloração ou temperatura local, ○ Tratamento da dor moderada: AINE + edema; palpação para reprodutibilidade e analgésicos simples + opioides fracos localização; atrofia ou perda de pêlos; fraqueza ou ○ Opioides fracos hipotrofia do grupo muscular associado. ■ Codeína: pró-fármaco da morfina ○ Avaliação interdisciplinar ● Atua sobre os receptores opioides μ ○ Avaliação psicológica/ psiquiátrica + (encéfalo e medula) avaliação social + avaliações espirituais e ● Ativado pelo citocromo P450 – fármacos religiosas + avaliação cultural que o inibem (paroxetina) ↓ sua ação Princípios do tratamento ● Fármaco: Codeína + Paracetamol ○ Controle da dor e melhora da função (Tylex®, Paco®) 30 a 60mg a cada 4h/ ○ Titulação 500mg paracetamol; Limitada pelo ○ Monitorização paracetamol (4g – 2,6g ou 5 doses) ○ Rodízio de medicação ■ Tramadol ○ Polifarmácia racional ● Receptores opioides μ ○ Analgesia multimodal ● Aumenta liberação de serotonina, inibe ○ Eficácia x Segurança x Tolerância recaptação de serotonina e nora ○ SIFE (=tricíclico): primeira linha do 2o Degrau, PRIMEIRO DEGRAU se dor neuropática ○ Tratamento da dor leve: Analgésico simples ● Metabólito no fígado mais ativo que o + AINE original: O-demetiltramadol ○ Significado clínico? ● Risco de dependência – abstinência com ■ AINES não seletivos x seletivos da COX2: interrupção abrupta ■ Não há um benefício analgésico dos ● Ef. colaterais: náuseas, tontura, seletivos sonolência, constipação, reduz limiar ■ A proteção gástrica pode ser feita com bloq. convulsivo. bomba H+ ● Fármaco: Tramadol (Tramal®) 50 a ■ Seletivos não têm atividade antiplaquetária, 100mh a cada 4 ou 6h; máxima 400mg/dia seletivos podem aumentar risco TERCEIRO DEGRAU: cardiovascular ○ Tratamento da dor intensa ■ Ambos podem diminuir a TFG (inibir a ○ Opioides Fortes vasodilatação) ■ Morfina oral 10mg, 4h; morfina venosa 2- ○ Analgésico simples: 5mg, 2-4h; oxicodona 10mg, 8-12h; ■ Acetaminofeno/ Paracetamol (Tylenol)- hidromorfona, metadona e fentanil inibe cox3; efeito analgésico e antipirético transdérmico 72h. via central - 500 a 1000mg até 4x/d, máximo ■ Agonistas dos receptores opioides μ: 4g ● 1→bloqueia os canais de cálcio→reduz ■ Dipirona - inibe prostaglandinas; possível liberação de neurotransmissores inibição da cox3; risco: agranulocitose de ● 2→maior condutância de origem imunoalérgica - 500 a 1000mg até K+→hiperpolariza neurônio→diminui 4x/d, máximo 4g. transmissão elétrica da dor ■ Hidroxibenzoato de viminol (Dividol ■ Metadona (2,5-5mg, VO, 8/8h): 70mg) - age a nível subcortical de SNC, ● 1→ receptores opioides μ permitindo potência analgésica, superior à (equianalgésica com a morfina) dos salicilatos e dos pirazolônicos e ● 2→ antagonista NMDA (N-metil-D- comparável aos produtos mais potentes em aspartato: receptor da dor neuropática) analgesia; sem ativ. antiinflamatória; ● 3→bloqueia recaptação de serotonina ○ + AINEs ○ dor neuropática refratária a opioides / boa ■ Diclofenaco 50mg Vo 3x/d; 200mg relação custo-eficácia/ meia vida longa ■ Ibuprofeno 200 a 800mg a cada 4 ou 6h; EFEITOS COLATERAIS: 3.200mg Comuns: ■ Cetorolaco 10mg a cada 4 ou 6h; 40mg ■ Constipação intestinal→não tem dose de ■ Meloxicam 7,5 a 15mg /dia; 15mg tolerância ■ Náuseas/vômitos Sedação ■ Boca seca ■ Atividade física: reativação funcional, Incomuns: Delírio Mioclonias/convulsões evitar restrições, encorajar retorno ■ Prurido/urticária precoce ao trabalho ■ Retenção urinária ■ Fisioterapia ■ Depressão respiratória (tolerância rápida) x ○ Estimulação Transcraniana por Corrente dor Contínua (ETCC) ● MEDICAMENTOS ADJUVANTES ○ Medidas Psicoemocionais: Psicoterapia - ○ ANTIDEPRESSIVOS TCC ■ Efeito analgésico é independente do efeito ○ Medidas Educativas: Educação em antidepressivo. neurofisiologia da dor (o conhecimento ■ Doses menores em relação ao tto reduz a ameaça associada à dor). antidepressivo ○ Terapias complementares: Acupuntura; ■ Tricíclico - Amitriptilina : eficaz na dor Pilates; Musicoterapia neuropática por antagonizar NMDA. ■ IRSN – Duloxetina : eficaz para neuropatia Bandeiras Vermelhas diabética. ○ >50 anos com história de trauma ou > 70 anos ■ Fármacos: Amitriptilina 10 a 150mg/dia; ○ Febre, calafrios, ferida próxima à coluna, ITU máx. 150mg, Duloxetina 60mg/dia; máx. ou infecção de pele recentes; 60mg ○ Uso de fármaco intravenoso. ○ ANTICONVULSIVANTES: ○ Trauma moderado a grave. ■ Eficazes na dor neuropática por ○ Dor à noite ou ao deitar. estabilização de membrana Gabapentina- ○ Déficit motor ou sensitivo progressivo. atuam nos canais de cálcio / dor ○ Anestesia em sela, ciatalgia bilateral, fraqueza neuropática nas pernas, retenção urinária, incontinência ■ Topiramato: inibe canais de sódio; aumenta fecal: Sd Cauda Equina. atividade GABA (neurotransmissores ○ Perda de peso inexplicada; História de câncer inibitórios da dor); inibe receptores NMDA ou suspeita de câncer. ■ Fármacos: Gabapentina 100 a 1.200 mg ○ História de osteoporose; 3x/d; máx. 3.600mg, Topiramato 25 a ○ Uso crônico de corticoide 200mg 2x/d; máx. 400mg ○ Imunossupressão ○ AGONISTA α2: clonidina e dexmedetomidina ○ Abuso de substância psicoativa ■ Efeito semelhante a opioide na medula, mas ○ Falha terapêutica após 6 semanas de em receptor diferente tratamento (manutenção ou piora do quadro) ■ Vasodilatação – hipotensão Bandeiras Amarelas ○ CORTICOSTERÓIDES ○ Humor deprimido ou negativo (principal fator ■ Efeito anti-inflamatório potente→ bloqueiam de risco para cronicidade), isolamento social. a fosfolipase A2, que inibe a ○ Crença que a dor e a manutenção da atividade ■ conversão de fosfolipídeos em ác. são lesivas. Araquidônico. ○ “Comportamento doentio" (insistência em ficar ■ Reduz a inflamação, o que também pode de repouso por longo período). diminuir compressão neural. ○ Tratamento prévio que não se adequa às ■ Sequelas a longo prazo. melhores práticas. ■ Uso em peridural: ○ Indícios de exagero na queixa e esperança de ■ Nas lesões compressivas, há ↓ do fluxo recompensa. História de abuso de atestado sanguíneo local = menor ação VO médico. QUARTO DEGRAU ○ Problemas no trabalho, insatisfação com o ○ TÉCNICAS INVASIVAS Procedimentos emprego. Trabalho pesado com poucas horas anestésicos: de lazer. ● Bloqueios regionais – radiculopatias e ○ Superproteção familiar ou pouco suporte lombalgia pós laminectomia familiar. ● Bloqueios de troncos nervosos – síndrome de túnel do carpo, disfunção de CUIDADOS COM O CUIDADOR ATM CONCEITOS ● PRÁTICAS INTEGRATIVAS E O cuidado COMPLEMENTARES ■ Porque cuidamos das pessoas idosas da nossa ○ Medidas físicas e reabilitadoras: família? ● “porque é minha obrigação” – Trata-se de um ■ Eleito pela família e normalmente tem pouca ou dever moral e que existe uma nenhuma experiência em cuidar de pessoas responsabilidade social e familiar e normas doentes. sociais que devem ser respeitadas; ■ Geralmente tem poder decisório. ● Motivação altruísta, ou seja, para manter o ■ Constantemente há vínculo afetivo que interfere bem estar da pessoa idosa, com quem nos positiva ou negativamente com o indivíduo identificamos; cuidado. ● Reciprocidade, já que fomos antes cuidados ■ Muitas vezes assume responsabilidades pela por ela; pessoa cuidada e também pelas tarefas ● Gratidão que recebemos daqueles que domésticas, sobrecarregando-se e cuidamos; abandonando o autocuidado. ● Sentimento de culpa do passado; ○ Competências ● Evitar a censura da família, de amigos e de conhecidos, caso não cuidemos dos nossos familiares idosos. ○ Atenção domiciliar ○ A família ■ Na maior parte das famílias, um único membro assume a maior parte da responsabilidade do cuidado. Geralmente, as mulheres: ● Esposas, filhas, noras, irmãs. ● Entre 45 e 65 anos de idade. ■ Em cada família há um cuidador principal; Consequências de ser cuidador: ● ■ No início, o cuidador pensa ser temporário, mas Relações familiares ○ descobre que é para muito tempo e que a ■ desacordo entre cuidador e outros familiares, responsabilidade tende a aumentar; geram conflitos. ■ Os cuidadores, atendem também às ■ Inversão de papéis: a filha se transforma na necessidades do resto da família, e pode tornar- cuidadora da mãe. se difícil dar conta de todas as ○ Reações emocionais responsabilidades. ■ Positivas: satisfação por contribuir; O CUIDADOR ■ Negativas: impotência, culpa, solidão, ○ O cuidador é um ser humano de qualidades preocupação, tristeza. especiais, expressas pelo forte traço de amor ○ Consequências sobre a saúde à humanidade, de solidariedade e de doação. ○ Consequências sobre a vida profissional ○ CBO (Classificação Brasileira de Ocupações): ■ Diminuir horas ou abandono de emprego ■ “Cuida a partir dos objetivos estabelecidos por ■ Dificuldades econômicas instituições especializadas ou responsáveis ○ Diminuição de atividades de lazer diretos, zelando pelo bem estar, saúde, A RELAÇÃO DE CUIDADO alimentação, higiene pessoal, educação, ○ Sentimentos diversos e contraditórios: cultura, recreação e lazer da pessoa assistida” ■ Raiva, culpa, medo, angústia, confusão, ○ Formal: cansaço, estresse, tristeza, nervosismo, ■ Contratado e remunerado para exercer tal irritação, choro, medo da morte e da invalidez. função. ■ São parte da relação do cuidador com a ■ Tem capacitação e exerce a função de cuidador pessoa cuidada. como profissão. CUIDANDO DE QUEM CUIDA ■ Poder decisório reduzido, já que cumpre tarefas ○ Quando os cuidadores devem cuidar de si delegadas pela família. mesmos: ■ Pode ou não haver vínculo afetivo que interfere ■ Para e pensar; na relação com o indivíduo cuidado. ■ Prestar atenção nos sinais de ALERTA: ■ Tem responsabilidades fixas e acordadas com ● Problemas de sono os contratantes (família). ● Sensação de cansaço contínuo, isolamento, ○ Informal: etc ■ Emerge das relações interpessoais que se ● Consumo excessivo de cafeína, álcool, constroem no cotidiano familiar e social. medicamentos para dormir, etc ● Problemas físicos: palpitações, tremor das mãos, moléstias digestivas. ● Problemas de memória e dificuldades para ● Relacionamentos (amigos e comunidade) concentrar-se. ● Controle do estresse ● Menor interesse por atividades e pessoas ■ Escala de Zarit que antes gostava. ● Tem por objetivo avaliar a sobrecarga dos ● Aumento ou diminuição de apetite. cuidadores de idosos. ● Atos rotineiros repetitivos, como fazer ● Esta escala não deve ser realizada na limpeza continuamente. presença do idoso. ● Aborrecer-se facilmente ● 7 perguntas para delimitar a autopercepção ● Dar muita importância a pequenos detalhes de sobrecarga pelo cuidador: (respondida ● Mudanças de humor ou de estado de ânimo com: 1-nunca, 2-quase nunca,3-às vezes, 4- ● Tendência a acidentar-se. frequentemente, 5-Quase sempre) ● Dificuldade para superar sentimentos de ○ Sente que, por causa do tempo que utiliza depressão ou nervosismo com o seu familiar/doente já não tem ● Não admitir a existência de sintomas físicos tempo suficiente para você mesmo? ou psicológicos ou justifica-los com causas, ○ Sente-se estressado/angustiado por ter alheias ao cuidado que cuidar do seu familiar/doente e ao ● Passar a tratar as outras pessoas da família mesmo tempo ser responsável por outras com menos consideração tarefas? O bem-estar do cuidador depende de: ○ Acha que a situação atual afeta a sua ■ Da saúde do cuidador; relação com amigos ou outros elementos ■ Da ajuda que recebe de outros familiares; da família de uma forma negativa? ■ Da ajuda que recebe da rede de apoio ○ Sente-se exausto quando tem de estar (atendimento domiciliário, centro-dia; unidades junto do seu familiar/doente? de saúde); ○ Sente que sua saúde tem sido afetada por ■ Do apoio emocional, agradecimento e ter que cuidar do seu familiar/doente? reconhecimento de outros familiares; ○ Sente que tem perdido o controle da sua ■ Da informação que tem sobre como cuidar e vida desde que a doença o seu familiar/ resolver problemas do cuidado; doente se manifestou? ■ Da sua capacidade para atuar diante de ○ No geral, sente-se muito sobrecarregado comportamentos difíceis, aborrecimento ou por ter que cuidar do seu familiar/ doente? passividade que pode manifestar a pessoa cuidada; SAÚDE MENTAL DO IDOSO ■ Da sua forma de enfrentar a situação de Chat GPT cuidado e superar situações difíceis. ● Entrevistas clínicas: Profissionais de saúde Importante: mental, como psicólogos e psiquiatras, podem ■ O cuidador deve contar com a ajuda de outras conduzir entrevistas clínicas com os idosos para pessoas, como a ajuda da família, amigos ou avaliar sintomas de transtornos mentais, níveis vizinhos, definir dias e horários para cada um de ansiedade, depressão, cognição e assumir parte dos cuidados. funcionamento psicossocial. ■ É fundamental que o cuidador reserve alguns ● Questionários e escalas: Existem várias momentos do seu dia para se cuidar, escalas e questionários validados que podem descansar, relaxar e praticar alguma atividade ser utilizados para avaliar diferentes aspectos da física e de lazer. saúde mental dos idosos, como a Escala de ■ É importante colocar limites ao cuidado Depressão Geriátrica (GDS), a Escala de quando lhe pedem mais atenção do que a Ansiedade Geriátrica (GAI), o Mini Exame do necessária. Saber dizer NÃO. Estado Mental (MMSE) para avaliação AVALIAÇÃO DO CUIDADOR cognitiva, entre outros. ○ Escalas de autopercepção ● Avaliação neuropsicológica: Envolve a ■ Pentáculo administração de testes que avaliam as funções ● Nutrição (Refeições, balanceadas, de cognitivas, como memória, atenção, linguagem qualidade, nutrientes, variadas e bem e habilidades visuoespaciais, permitindo distribuídas) identificar alterações cognitivas que podem ● Atividade física estar associadas a condições como a doença de ● Comportamento preventivo (HAS, DM, Alzheimer e outras demências. Alcoolismo, Tabagismo, Acidentes de ● Observação clínica: Profissionais de saúde trânsito) podem observar o comportamento, a expressão emocional e a interação social dos idosos local definir estratégias de acompanhamento durante as sessões clínicas para obter insights dos casos e dar suporte aos profissionais sobre sua saúde mental. ■ Fuxo do VIVA/ SINAN: ● Avaliação da rede de apoio social: Avaliação Em 2006, o Ministério da Saúde criou o Sistema de da rede de apoio social e familiar do idoso, Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA). Um dos investigando seu grau de apoio social, componentes do VIVA é o Sistema de Informação interações familiares e conexões sociais. de Agravos de Notificação (Sinan), que é formado ● Avaliação do risco: Identificação de fatores de pela vigilância contínua de violência doméstica, risco para transtornos mentais e sexual, e/ou outras violências interpessoais e comportamentos suicidas, especialmente autoprovocadas importante nos casos de idosos vulneráveis. ● Imagens cerebrais: Exames de imagem, como a ressonância magnética (RM) e a tomografia computadorizada (TC), podem ser usados para avaliar estruturas cerebrais e identificar possíveis alterações associadas a condições neuropsiquiátricas. ● Exames médicos: Avaliação física e exames laboratoriais podem ser realizados para descartar causas médicas subjacentes dos sintomas mentais. ● Avaliação de qualidade de vida: A avaliação da qualidade de vida dos idosos pode incluir questionários que avaliam sua satisfação com vários aspectos da vida, como saúde física, relações sociais e bem-estar emocional. ● Entrevistas com familiares e cuidadores: Além de avaliar diretamente o idoso, entrevistar familiares e cuidadores pode fornecer informações valiosas sobre o comportamento, a função cognitiva e emocional do idoso no ambiente cotidiano.
ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO EM VIOLÊNCIA
Conceito de violência contra o idoso: Ato (único ou ○ A Denúncia é ralizada pelo disque- denuncia repetido) ou omisso que lhe cause dano físico ou (181 e 100) aflição e que se produz em qualquer relação na qual ● Tipos de violência: exista expectativa de confiança 1- Violência Física: O que diz o estatuto do idoso? ● Conceito: Uso de força física contra os idosos, nem sempre o agressor irá cometer agressões que sejam tão perceptíveis como situações de espancamento que promovam lesões ou traumas que possam chamar a atenção das pessoas próximas. Em algumas situações os abusos são realizados na forma de beliscões empurrões, tapas, ou agressões que não evoluem com sinais físicos ● Sinais: ○ Cortes; ○ Manchas escuras; Diferença entre Notificação e Denúncia: ○ Queimaduras; ○ A notificação é uma obrigação institucional, ○ Feridas no corpo; cabendo aos serviços, gestores e/ou ○ Feridas não tratadas; profissionais a responsabilidade de realizar a ○ Membros quebrados ou acidentados; notificação compulsória em conformidade com ○ Diminuição de capacidade cognitiva e física. a legislação vigente ao SINAN. Cabe à gestão 2- Violência sexual ● Conceito: ato ou jogo sexual de carater homo ●Conceito: É o ato de violência que implica ou hetero relacional que visa obter excitação dano, perda, subtração, destruição ou ou satisfação sexual do agressor retenção de objetos, documentos pessoais, ● Inclui: e estupro, abuso incestuoso, assédio instrumentos de trabalho, bens e valores da sexual, sexo forçado no casamento, jogos pessoa atendida/vítima sexuais e práticas eróticas não consentidas, ● Ex: exploração imprópria ou ilegal, ou no uso impostas, pornografia infantil, pedofilia, não consentido de seus recursos financeiros e voyeurismo; manuseio, penetração oral, anal patrimoniais. ou genital, com pênis ou objetos, de forma ● Sinais: forçada ○ Desaparecimento inexplicado de bens ● Sinais: valiosos (joias, arte, heranças de família…); ○ O idoso tem medo de ser tocado; ○ Aquisição de bens inexplicados ou ○ O idoso não quer ser despido; inapropriados; ○ O idoso não quer tomar banho; ○ Doações repentinas e/ou contínuas a ○ Manchas escuras na zona do peito/seios; “causas sociais” ou de caridade; ○ Infecções genitais recorrente 5- Violência institucional 3- Violência psicológica ● Conceito: é aquela exercida nos/pelos próprios ● Conceito: Abuso psicológico praticado com serviços públicos, por ação ou omissão. Pode atos, tais como, agressões verbais, tratamento incluir desde a dimensão mais ampla da falta com menosprezo, desprezo, ou qualquer ação de acesso à má qualidade dos serviços que traga sofrimento emocional como 6- Abandono/ Negligência: humilhação, afastamento do convívio familiar ● Conceito: falta de atenção para atender às ou restrição a liberdade de expressão; bem necessidades da pessoa idosa como submeter a pessoa idosa a condições de ● Abandono X Negligência: o abandono é uma humilhação, ofensas, negligência, forma extrema de negligência promovendo insultos, ameaças e gestos que ● Ex: privação de medicamentos; falta de afetem a autoimagem, a identidade e a cuidados necessários com a saúde; descuido autoestima do ofendido, é considerado com a higiene; ausência de proteção contra as violência psicológica é crime passível de pena inclemências do meio, como o frio e o calor; de detenção ausência de estímulo e de condições para a ● Sinais: frequência à escola ○ Comportamentos anormais; ● Sinais: ○ O idoso parece ter medo dos seus ○ Sinais de desidratação e/ou desnutrição cuidadores/não os quer “chatear”; ○ Feridas no corpo; ○ O idoso passa a ter medo de coisas que ○ Cabelo por lavar; antes não tinha; - Não quer ficar sozinho; ○ Unhas dos pés e mãos por cortar; ○ Implora que não vá embora depois de uma ○ Odores corporais; visita habitual; ○ Casa por limpar; ○ Deixa de conversar como antes; ○ Cheiro a urina/fezes em casa; ○ Sinais de depressão, nervosismo, ansiedade; 7- Autonegligência ○ O idoso chora com facilidade; ● Conceito: violência da pessoa idosa contra si ● Enfrentamento: mesma (conduta) ameaçando sua propria saúde ○ Observar a alteração de humor, sentimentos ou segurança depressivos externalizado pela pessoa idosa seguido de sentimento de desvalorização e ● Como identificar a violência contra idoso? rejeição; Gestos e ações que demonstrem ○ História clínica detalhada: atentando- se aos impaciência e nervosismo ocasionados com sinais de cada tipo de violência a situação de fragilidade e dependência da ○ Equipe multiprofissional: pessoa idosa ○ Busca ativa de sinais ● Consequências dessa violência: ○ AMI ○ Desenvolvimento de processos depressivos ● O que fazer para prevenção? e autodestrutivos, por vezes levando à ○ Ações contínuas para identificação dos ideação, tentativas de suicídio ou mesmo ao abusos suicídio consumado ○ Ações de prevenção primária de agravo: 4- Violência econômica/ Financeira/ Patrimonial ■ Educação em saúde ■ Treinamento de cuidadores ■ Fortalecimento do vínculo com idosos saúde na alta complexidade em oncologia no ● O que fazer para proteção à pessoa idosa no âmbito do sus. contexto de violência: ○ Resolução CN CES 3 de nov de 2022: ○ Capacitar os profissionais de saúde para ■ Incorpora os cuidados paliativos nos currículos desenvolver um olhar qualificado na dos cursos de medicina identificação precoce dos casos de violência Modalidades do atendimento: no contexto doméstico e intrafamiliar; ○ Não existe um único local em que se pode ○ Acolhimento, atendimento, notificação, realizar cuidados paliativos. O local mais acompanhamento e assistência em saúde; - indicado é onde estiver o paciente que necessita Encaminhamento para o serviço desse tipo de cuidado, especializado da Política de Assistência Indicação da paliação: Social ou para delegacia especializada. ○ TTO para a doença de base; ○ Em caso de situações relativas a saúde ○ Condição física do paciente; mental deve-se encaminhar para os CAPS; ○ Condição psicossocial; ○ Os serviços de saúde devem assumir uma ○ Avaliação do prognóstico postura de responsabilização, bem como ○ Doenças crônicas e progressivas; desenvolver uma estrutura de atendimento Quem deve decidir sobre a finitude da vida? voltada à identificação e acompanhamento ○ Para avaliar o paciente: terapêutico das situações de violência. ■ Nível de consciência. ○ Notificar por meio da Ficha de Notificação a ■ Capacidade funcional de acordo com o Vigilância Sanitária do Município os casos de Karnofsky Performance Status . violência contra o idoso. ■ Principais queixas e sintomas. ○ Comunicar a autoridade policial, o Ministério ■ Presença de estoma, cateter, dreno. Público e o Conselho Municipal do Idoso ■ Comparecimento à consulta sozinho, com familiar ou cuidador, ou a presença apenas do CUIDADOS PALIATIVOS ■ familiar na consulta. Cuidados paliativos X cuidado curativo: ■ Classificação de sinais e sintomas. ○ Cuidados paliativos: ○ Escala de Performance de Karnofsky ■ Melhorar a qualidade de vida dos pacientes ■ Indica prognóstico, mto subjetiva; e seus familiares diante de uma doença que ■ Score: >30%, grupo B e C indicações para ameace a vida, por meio de prevenção e cuidados paliativos alívio do sofrimento e de identificação Plano de cuidado: precoce, avaliação e tratamento de dor e ○ Multidisciplinar; demais sintomas físicos, sociais, psicológicos ○ Metas claras e divididas; e espirituais. ○ Participação do paciente; ■ Podem ser prestados por todos os ○ Participação dos familiares; profissionais de saúde formados e ○ Maleabilidade; qualificados por meio de treinamento ○ Reavaliação apropriado Ética ■ À medida que a doença avança, mesmo em ○ Autonomia; vigência do tratamento com intenção curativa, ○ Beneficência; a abordagem paliativa tende a ser ampliada. ○ Não maleficência; ■ A transição do cuidado com objetivo de cura ○ Justiça para o cuidado com intenção paliativa é um Procedimentos invasivos: como avaliar e indicar? processo contínuo ○ Alívio de sintomas desconfortáveis, a melhoria ■ Principais doenças q requerem cuidados da função de diversos órgãos e a manutenção paliativos: da autonomia, buscando a melhoria da cardiovasculares, as neoplasias, a doença qualidade de vida e a preservação da dignidade pulmonar obstrutiva crônica, a aids e o diabetes humana dos pacientes portadores de doença mellitus oncológica incurável; Diretrizes e resoluções: Cuidado integralizado ○ Resolução 41, out de 2018- comissao ○ É importante ressaltar que o tratamento em tripartite:Cuidados paliativos no sus cuidados paliativos não se restringe ao ○ Portaria SAES 1.399 de 17 de dez de 2019: paciente: o cuidado com a família é um dos ■ Redefine critérios e parâmetros referenciais critérios relevantes para a habilitação de estabelecimentos de ○ O paciente: ■ Ter clareza sobre a situação da doença e do ○ Na progressão da doença. prognóstico. D ○ Na piora da funcionalidade. ■ Discutir e definir suas preferências de Revisitar esse plano periodicamente tratamento e realização do plano de cuidados Como fazer a comunicação: ○ Plano de cuidado: ○ SBAR: Situation (situação), Background ■ Etapas: (história prévia), Assessment (avaliação) e ● Avaliação; Recommendation (recomendação) ● Identificação de demandas; ■ Envolvendo condições do paciente e/ou ● Recursos necessários; alteração clínica desse, de forma breve e Medidas invasivas e suporte de vida: concisa, visando a evitar falhas nas ○ Definir qual o tratamento mais adequado no comunicações verbal e escrita contexto das perspectivas biológicas do Prevenção de quedas paciente e suas circunstâncias pessoais e Prevenção de lesões por pressão sociais; Sedação Paliativa ○ Procedimentos de suporte avançado de vida → ○ Doença terminal ≥ 1 sintoma refratário para uso em doenças agudas ou condições ○ Esgotamento dos ttos aos sintomas (incluindo agudas em indivíduos com doenças crônicas depressão, delírio, ansiedade) para ajudá-los durante a crise inicial ○ Deve haver consentimento livre e esclarecido ■ Tratamentos em pacientes que estão ○ Ordem, por escrito, de não reanimar irreversivelmente perto da morte são ● OBS: CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA: geralmente inadequados → malefícios > ○ É vedado ao médico: benefícios potenciais ■ Art. 31.Desrespeitar o direito do paciente ou ○ Diálogo contínuo ajuda na adesão do paciente de seu representante legal de decidir ao plano de cuidados e na diminuição de livremente sobre a execução de práticas suportes inadequados diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de Estratégias para elaboração do plano de cuidado: iminente risco de morte. ○ Comunicação ■ Art. 32. Deixar de usar todos os meios ○ História natural da doença de base e disponíveis de promoção de saúde e de prognóstico prevenção, diagnóstico e tratamento de ■ O paciente deve ser orientado sobre a sua doenças, cientificamente reconhecidos e a seu doença e a expectativa de evolução dessa alcance, em favor do paciente doença → organizar suas prioridades e ■ Art. 34. Deixar de informar ao paciente o adaptar-se para os cenários futuros; diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os ■ Verificar se saber o prognóstico vai gerar ou objetivos do tratamento, salvo quando a não ansiedade e sofrimento no paciente e na comunicação direta possa lhe provocar dano, família, para ter a melhor abordagem possível, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a sem comprometer a informação oferecida seu representante legal. ■ Nunca fale previsões de sobrevida precisas, ■ Art. 35. Exagerar a gravidade do diagnóstico como “três meses”. Isso pode criar uma ou do prognóstico, complicar a terapêutica expectativa em torno de um dia específico ou exceder-se no número de visitas, consultas ● A estratégia “torcer pelo melhor, ou quaisquer outros procedimentos médicos. preparar-se para o pior” é muito eficaz ■ Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda ○ Valores do paciente que a pedido deste ou de seu representante ■ A prioridade pode ser a manutenção da legal. autonomia, para outros, a funcionalidade, ou ■ Parágrafo único. Nos casos de doença ainda a convivência com a família. incurável e terminal, deve o médico oferecer ■ Valor deve ser diferenciado de vontade. todos os cuidados paliativos disponíveis sem ■ Definir previamente o representante legal empreender ações diagnósticas ou ○ Identificação de prioridades e necessidades terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando ■ Questões sociais e psicológicas sempre em consideração a vontade expressa Quando fazer plano de cuidado? do paciente ou, na sua impossibilidade, a de ○ Vontade do paciente seu representante legal ○ Por ocasião de eventos sentinelas com OBS: CFM mudança do prognóstico. ○ Resolução 1805 ○ Com a necessidade de hospitalização. ■ Ementa: Na fase terminal de enfermidades ○ No caso de complicações clínicas. graves e incuráveis é permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e Permanência no solo após queda: tratamentos que prolonguem a vida do Até 50% dos mais velhos, mesmo sem lesões, doente, garantindo-lhe os cuidados podem não conseguir levantar sem auxilio. necessários para aliviar os sintomas que levam Tem propensão a desidratação, pneumonia, ao sofrimento, na perspectiva de uma úlceras e rabdomiólise. assistência integral, respeitada a vontade do Medo de cair: paciente ou de seu representante legal. Também chamado de Síndrome de ■ art. 5º, inciso III, da Constituição Federal, que ansiedade pós-quedas estabelece que “ninguém será submetido a Há perda de confiança do paciente, mais tortura nem a tratamento desumano ou comum em pacientes que sofreram fratura de degradante”. bacia, perda de confiança na capacidade de deambular com segurança, aumentando o QUEDA EM IDOSOS declínio funcional e depressão, com Definição: Evento em que o paciente vai de sentimentos de inutilidade e isolamento social. encontro ao solo ou nível mais baixo que o Morte: Menos frequente, porém acidentes são a anteriormente ocupado, sendo consciente ou não, 5ª causa de morte em idosos. Em >65 anos as havendo lesão ou não. complicações pós quedas são a principal causa de Avaliação: morte. Determinar a contribuição para queda, se Fatores associados a quedas: haveria a possibilidade para derrubar alguém Idade e função cognitiva são saudável e mais jovem. interdependentes, maior idade, maior risco de Investigar pacientes que sofreram 2 ou mais queda. quedas. Baixo IMC, comprometimento cognitivo, AVE Classificar a intensidade de movimento da prévio, Incontinência urinária se correlacionam queda. com o risco de quedas graves. Epidemiologia: Benzodiazepínicos e miorrelaxantes também Em torno de 30% de quedas são em >65 anos. aumentam a chance de queda, enquanto o uso 35% > 70 anos. moderado de álcool diminui o risco. 32 a 42% > 75 anos. A maior parte de queda é durante o dia (80%). Estudos mostram que entre 30 a 60% dos idosos sofrem quedas anualmente, e metade enfrenta quedas múltiplas. Doenças específicas que contribuem para A taxa de queda é inversamente proporcional queda: Epilepsia, parkinson, miopatia, síncope à saúde do paciente. cardiogênica espondilose cervical, hidrocefalia, Se houve queda, a chance de recorrência no demências. ano seguinte é alta. Consequências da queda: Lesões, permanência Medicações: prolongada no solo após a queda, medo de cair e Residentes de asilo em uso de >4 medicações morte. apresentam risco 3x maior de queda, a Lesões: probabilidade de queda aumenta também em uso Ocorrem em ⅓ a ¾, mesmo que seja de de sedativos, hipnóticos, neurolépticos, pequena gravidade, não costumam procurar antidepressivos e benzodiazepínicos. atendimento. OBS: Álcool é dose dependente Maior parte das lesões graves e fraturas nos pacientes mais velhos são decorrentes de Avaliação e conduta: quedas. Padrão de força e marcha, equilíbrio e sensorial. 83,3% das fraturas em indivíduos com >60 Avaliar as circunstâncias da queda, boa HDA e anos foi causado por quedas. exame físico.