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Reações seletivas são aquelas que sob certas condições tornam possível detectar alguns íons
na presença de outros.
Cada espécie química possui um espectro de absorção característico, por isso, esse pode ser
utilizado para auxiliar na identificação de substâncias moleculares ou átomos. A principal
vantagem da espectroscopia atômica, em relação a molecular é a largura das bandas,
constituídas por linhas finas. O espectro de absorção é o processo em que o equipamento varia
o comprimento de onda da luz incidente na amostra.
Determina tanto compostos orgânicos como inorgânicos. É necessário a análise de uma prova
em branco, e seu resultado será descontado das amostras. Tem o objetivo de eliminar o valor
acrescido ao resultado de cada amostra devido a presença de interferentes oriundos dos
reagentes utilizados.
É para soluções diluídas e o meio precisa ser homogêneo e estável e as radiações precisam ser
monocromáticas, ou seja, para um único comprimento de onda➔ Quando tem altas
concentrações, ocorre desvio da linearidade entre concentração e absorbância
É preciso que haja na molécula um grupo cromóforo (orgânicos insaturados), porém uma única
molécula pode conter vários grupos cromóforos, o que pode resultar em diferentes bandas de
absorção para uma mesma molécula.
O que acontece se vários compostos apresentarem o mesmo grupo cromóforo sem a presença
de heteroátomos?
Essas estruturas terão a mesma feição espectral e mostrarão quase o mesmo comprimento de
onda para a absorção da radiação ultravioleta. Clorofórmio absorve no início da região do
comprimento de onda.
Fonte de radiação: Emitir radiação com intensidade suficiente na região desejada, precisa ser
reprodutível e de fácil controle.
• Filtros: selecionam uma banda estreita de comprimento de onda selecionado e podem ser de
absorção que tem um baixo custo, mas são utilizadas apenas na região Vis ou de interferência
que são os mais utilizados e servem tanto na região UV quando na Vis, fornecem bandas
estreitas de radiação. Esses filtros possuem como diferença a largura das bandas, o de
interferência possui bandas mais estreitas e os de absorção bandas mais largas
• Monocromadores: permite fazer uma varredura espectral da amostra, o aparelho tem uma
construção robusta e seleciona apenas um comprimento de onda. Consiste em:
Detectores convertem a energia radiante em sinal elétrico, tem como requisitos: alta
sensibilidade, alta relação sinal/ruido, resposta constante e instantânea.
Os detectores mais modernos utilizam transdutores sensíveis para converter sinais baseados
em fótons em sinais elétricos, sendo os mais comuns os fototubos e os fotomultiplicadores.
A analise por injeção em fluxo (FIA) envolve a injeção rápida da amostra em um fluxo contínuo
de uma solução transporte, suas vantagens são mínima manipulação da amostra, pequeno
consumo de amostra, padrões e reagentes, grande velocidade de análise e elevada
sensibilidade, exatidão e precisão.
Boa sensibilidade, baixo custo, fácil operação e equipamentos robustos, aplicada tanto para
compostos orgânicos quanto para inorgânicos.
INFRAVERMELHO
Modelo do oscilador harmônico: os átomos são representados por bolas de tamanho variável e
as ligações são descritas como molas com elasticidades diferentes.
A forca das ligações e a massa reduzida do sistema altera as frequências vibracionais, quanto
maior a força de uma ligação maior a sua frequência vibracional e quanto menor a massa
reduzida maior a sua frequência vibracional
As ligações são mais fortes na ordem sp > sp^2 > sp^3, então a hibridização altera a constante
de força
Fonte de radiação: solido inerte que aquecido eletricamente entre 1500 a 2000K conduz
radiação continua a mais usada é a fonte de filamento incandescente pois praticamente não
precisa de manutenção: pode ser de níquel e cromo ou um fio de rodio enrolado de cerâmica
A maioria dos solventes absorvem na região IV, para as amostras em solução a concentração
precisa ser alta, pois elas têm caminho óptico curto
Cada tipo de ligação química possui uma frequência específica de vibração que corresponde a
um comprimento de onda no espectro do infravermelho. O espectro obtido é analisado para
identificar as bandas de absorção características das diferentes ligações e grupos funcionais
presentes na molécula. Essas vibrações podem ser do tipo estiramento ou deformação das
ligações químicas, e são influenciadas pela massa e pela forca dessa ligações.
Ao analisar o espectro, os cientistas procuram por bandas de absorção características que são
conhecidas como impressões digitais moleculares. Essas bandas são associadas a diferentes
grupos funcionais. A comparação dessas bandas observadas com as bandas de substancias
conhecidas permite identificar os compostos presentes na amostra. Além disso, as mudanças
nas intensidades relativas e nas posições das bandas ao longo do tempo fornecem informações
sobre as transformações químicas que acontecem durante uma reação. Essas alterações
podem indicar a formação ou o consumo de certos grupos funcionais, a quebra ou formação
de ligações químicas, bem como mudanças conformacionais na estrutura molecular.
ESPECTROMETRIA DE MASSA não envolve a luz com a matéria, é utilizada para obter
informações do peso molecular e de características estruturais da amostra
Gráfico de razão massa/carga em função da abundancia relativa do íon. Por meio da leitura
correta dos íons é possível deduzir a molécula em estudo. Normalmente os espcetros são
simples, únicos e de fácil interpretação
Desvantagens:
• Alto custo
• Passível de interferências
Impacto de elétrons: as moléculas são aquecidas em alta temperatura para produzirem vapor
molecular, aplicado para espécies voláteis e termicamente estáveis. Um feixe de elétrons
acelerado bombardeia a molécula causando a ionização.
Quais as desvantagens?
A necessidade de volatilizar a amostra pode resultar na degradação térmica de alguns analitos
antes de ocorrer a ionização; pode resultar no desaparecimento do pico
Ionização química: um gás é introduzido na fonte, reage com os feixes de elétrons para
produzir íons que podem interagir com as moléculas da amostra gerando uma molécula
protonada.
Contem apenas picos representando as espécies moleculares intactas com pouca
fragmentação, consequentemente os espectros são de pouca utilidade para a caracterização
estrutural
Ao contrario da EI, a IQ tende a produzir picos correspondentes aos ions moleculares intactos ,
fornecendo informações sobre a massa molecular.
O vácuo tem como objetivo manter as pressões baixas, de modo que a frequência das colisões
seja baixa, preservando os íons e elétrons livres
MS/MS
É cada vez mais comum encontrar instrumentos que tenham 2 analisadores de massa
acoplados e tem como vantagens o beneficio de ambos os analisadores em um instrumento,
fragmentação controlada, alta especificidade, precisão e exatidão
ICP-MS
ICP – fonte de ions MS – separação de íons (m/z)
Utiliza um plasma de argônio indutivamente acoplado como uma fonte de excitação para
ionizar a amostra e um espectrômetro de massa como um analisador para separar os ions
gasosos na razão massa carga e transmitir ao detector, através do transporte sob ação de
campos elétricos e magnéticos que modificam sua trajetória.
É um equipamento muito sensível (parte por trilhão) e funciona para a maioria dos elementos
da tabela periódica, sendo multielementar (simultânea ou sequencialmente).
É melhor a amostra ser líquida, pois sólidos podem cristalizar devido a alta temperatura do
plasma. A presença de sólidos grandes pode entupir os tubos capilares
A amostra líquida é sugada através do tubo capilar pelo fluxo de gás a alta pressão, que
dispersa a solução como um spray com gotículas de diversos tamanhos, a câmara de
nebulização separa as gotículas maiores das menores. As partículas maiores vão para um
sistema de dreno para não entrarem no plasma e são puxadas por uma bomba.
O plasma indutivamente acoplado (ICP) é um gás altamente ionizado gerado pela interação de
um forte campo magnético com o gás argônio fluindo através de uma tocha de quartzo.
Os ions positivos produzidos no plasma são extraídos para a interface através dos cones de
amostragem e skimmer, os cones são feitos de níquel
Após o skimmer, estão localizadas as lentes iônicas, que vão conduzir os íons positivos em
direção ao analisador de massas pela aplicação dos campos magnéticos, e as partículas neutras
são eliminadas pelas bombas de vácuo
O ICP-MS de baixa resolução usa detector quadruplo para a maioria das aplicações de química
analítica
O ICP-MS de alta resolução usa detector de dupla focalização para determinações analíticas
que envolvem medidas de razões isotópicas
Compostos que não são solubilizados em ácidos (óxidos e silicatos) precisam de fusão
Adição de grande excesso de reagente a amostra moída e aquecer na mufla por um certo
tempo
Reagentes normalmente aplicados: tetraborato de lítio e pirossulfato de potássio.
Porém existem riscos como: contaminação devido ao excesso de reagente, perdas por
volatilização devido a altas temperaturas e problemas de entupir os tubos capilares.
Inviável para amostras com elementos-traços
O preparo da amostra, sempre que possível, precisa ter mínima manipulação, ser simples e
rápido
Cuidados ao quantificar elementos na faixa ppb/ppt por causa da pureza do reagente
empregado, frascos e diluição
O analisador de massa mais comum é o analisador setor magnético. Nesse sistema os ions são
acelerados em uma região de alta pressão em forma de funil e direcionados para um campo
magnético. O campo magnético faz com que os ions descrevam trajetórias curvas, onde a
magnitude da sua curvatura depende da sua razão m/z. isso permite a separação de diferentes
ions com base na sua carga.
Técnica poderosa para analise de elementos traços.
O cone skimmer desempenha um papel na redução abrupta da pressão, é projetado para criar
uma rápida transição de pressão e permitir que os ions sejam direcionados para a região com
menor interferência possível.
Separação de misturas por interação diferencial dos seus componentes entre uma fase
estacionaria (fase fixa de alta área superficial) e uma fase móvel (um fluido que se movimenta
através dela numa direção definida)
Destaque na separação, identificação e quantificação de espécies.
Como funciona?
A fase móvel liquida (eluente) se desloca para cima por uma fina camada da fase estacionaria
adsorvente estendida por um suporte. Ao aplicar a amostra na base, a mesma é colocada
verticalmente em uma cuba cromatográfica contendo. A medida que a placa cromatográfica é
eluida a amostra é arrastade pela FM sobre a FE. Durante o processo, os componentes da
mistura são separados de acordo com suas propriedades de solubilidade e adsorção. Cada
“mancha” que aparece na placa corresponde a um componente presente na mistura original.
Quanto menor o Rf maior a afinidade pela FE, são retidos por mais tempo
Quando maior o Rf maior a afinidade pela FM, se movem mais rapidamente
CROMATOGRAFIA
Fase estacionaria: sólida ou líquida
Fase móvel líquida: cromatografia líquida
Fase móvel gás: cromatografia gasosa
CROMATOGRAFIA LÍQUIDA
Cromatografia liquida clássica (CLC): na qual a fase móvel é arrastada através da coluna apenas
pela força da gravidade.
Cromatografia Liquida de alta eficiência (CLAE): na qual são utilizadas fases estacionarias de
partículas menores, sendo necessário o uso de uma bomba de alta pressão para forçar a
passagem do solvente através de colunas que contem partículas muito finas capazes de
propiciar separações muito eficientes. A amostra é introduzida por uma válvula de
amostragem, as substancias são separadas e detectadas através de computadores que
interpretam os dados.
Emprega-se uma mistura de solventes, denominada como eluente para a FM. Os principais são:
metanol, acetonitrila, agua e etc.
Pode separar compostos não voláteis e termicamente estáveis.
A amostra precisa ser solúvel na FM, ser solida ou liquida, e tem sensibilidade de 10^-9 a 10^-
15.
Por que o método da CLAE é mais complexo que da CG?
Ao contrário da cromatografia gasosa, onde a FM se comporta como um gás carreador e não
contribui para o processo de separação, a FM líquida da CLAE interage com os componentes da
amostra tanto quanto a FE.
Injetores:
Microseringas ou válvulas de injeção
Para evitar a saturação dos sítios de interação da coluna, o que pode causar uma piora na
resolução cromatográfica, não se deve injetar um volume maior do que 1% da coluna vazia.
Calculo do volume máximo = pi.r^2.comprimento.0,01
Colunas cromatográficas:
São geralmente de ácido inox, inercia química e baixa solubilidade em solventes.
Resistentes a altas pressões e corrosão, e temperatura estável
Podemos utilizar uma pré coluna antes da coluna, pois ela custa bem mais barato que uma
coluna e aumenta sua vida útil. As vezes a filtração da FM e da amostra não são suficientes
para a eliminação de purezas prejudiciais a coluna, que pode provocar perda de eficiência e
aumento da pressão. Ao perceber os sintomas de contaminação (aumento da pressão e nível
de ruído) o analista pode trocar a pré coluna.
Fase estacionária:
São constituídas de material sólido, granulado, finamente dividido e densamente empacotado
dentro de um tubo de material inerte, normalmente aço inox. Normalmente utilizamos a sílica,
pois é um material estável a altas pressões e comercialmente disponível em uma grande
variedade de tamanho de partículas.
A sílica pode reagir com a FM, sofrendo dissolução e causando perdas na FE instabilidade
em soluções de pH alto ou baixo. Podemos ajustar isso com a introdução de uma camada
quimicamente ligada ao suporte.
Detectores:
3 tipos: índice de refração, espectrofotometria UV-Vis e eletroquímico
Indice de refração: no momento da passagem do analito pelo detector, pode ocorrer uma
alteração do índice de refração e essa alteração é detectada.
Só é possível quando o índice de refração do analito é diferente do IR da FM, é utilizado
normalmente quando não absorvem na região do uv-vis
Tem baixa sensibilidade e não permite a utilização em análises por gradiente
Espectrofotometria no UV-Vis: baseia-se na absorbância da luz pelo analito ao passar pelo
detector
É seletivo pois so detecta os compostos que absorvem no comprimento de onda em que ele foi
ajustado
É o mais utilizado, pois a grande maioria das substâncias absorvem radiação no UV
A FM utilizada não pode absorver no comprimento de onda selecionado
A pureza da FM é muito importante pois traços de impurezas podem absorver na região UV
CROMATOGRAMA:
É um gráfico de tempo de retenção por resposta do detector. Diferentes espécies saem da
coluna em tempos diferentes.
O ideal são picos separados e simétricos.
Cada estágio de equilíbrio é chamado de prato teórico e pode ser calculado pela fórmula
N = 16. (tr/wb)^2
É o melhor parâmetro para se medir a qualidade de um sistema, quanto maior o numero de
pratos teóricos maior a eficiência da coluna.
Altura equivalente de um prato teórico H = L/N , as colunas capilares são maiores que as
colunas empacotadas e por isso são mais eficientes.
CROMATOGRAFIA A GÁS:
A cromatografia é uma técnica muito versátil que possui como vantagem trabalhar em
moléculas complexas requerendo pequenas quantidades.
Forno da coluna:
Precisa ter uma ampla faixa de temperatura de uso, tem que ser independente dos seus
demais módulos e ser uniforme
SPLIT: não aplicável em amostras traços, para amostras com alta concentração, menor
sensibilidade, divisão da amostra raramente é uniforme.
SPLITLESS: pode ser usada no nível traço, semi-voláteis
ON-COLUMN: amostra introduzida diretamente na coluna, mínima decomposição da amostra.
Analise com programação de temperatura na CG produz efeitos similares aos produzidos pela
eluição por gradiente na CLAE.
As colunas podem ser empacotadas ou capilares, mas atualmente todas foram substituídas
pelas capilares pois as análises são mais rápidas e eficientes. As capilares possuem uma parede
interna recoberta com um filme fino, as empacotadas são recheadas com um sólido
pulverizado.
Capilares mais rápida, melhor separação, maior eficiência, separa misturas complexas
Empacotadas mais econômica, maior quantidade de amostra
Para minimizar a perda da FE líquida por volatilização, normalmente ela é entrecruzada (as
cadeias são cruzadas entre si) ou quimicamente ligada (as cadeias são presas ao suporte por
ligações químicas), as mais utilizadas são as de silicone pois cobrem ampla faixa de polaridade
e propriedade químicas diversas.
Quando temos picos fantasmas, ruídos excessivos, quais são as causas e os cuidados que
deveremos ter?
As causas são impurezas, contaminantes no injetor e detector e os cuidados são não
sobreaquecer as colunas, usar amostras puras e trocar os filtros de gases
Detectores:
Precisam ter boa estabilidade e reprodutibilidade, alta confiabilidade, não destrutivo, tempo
de resposta curto, etc
Porem não existe detector perfeito, temos que nos adequar de acordo com a analise
DCT: baseado na medida das mudanças de condutividade térmica do gás de arraste causado
pela presença de substancias eluidas., uma pequena quantidade de amostra gera uma
diminuição significativa na condutividade térmica, são universais, simples, não destrutivos e
baixo custo, porem tem baixa sensibilidade, e requer controle de fluxo e de temperatura
DCE: quando no gas de arraste tem uma substancia que é capaz de capturar elétrons, ocorre
diminuição da corrente elétrica gerando um sinal proporcional a concentração da substancia. É
sensível e não destrói a amostra. Depende do gas de arraste e requer limpeza periódica.
CG-EM:
Aplicabilidade limitada a gases ou compostos voláteis com massa molecular relativamente
baixa e amostras com alta estabilidade térmica. É muito sensível. EM acoplado no final da
coluna, os componentes previamente separados emergem para a câmara de ionização.
CLAE-EM:
A CLAE opera em fase liquida e altas pressões e o EM opera em fase gasosa e alto vácuo.
Interface é necessária.