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18/02/23, 12:11 Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa

Acórdãos TRL Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa


Processo: 2380/21.5T8VFX.L1-6
Relator: ANABELA CALAFATE
Descritores: ACÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO DE FACTO
TRIBUNAL COMPETENTE
JUÍZOS CÍVEIS
LEI DA NACIONALIDADE
Nº do Documento: RL
Data do Acordão: 23-06-2022
Votação: UNANIMIDADE
Texto Integral: S
Texto Parcial: N
Meio Processual: APELAÇÃO
Decisão: PROCEDENTE
Sumário: I - A acção para reconhecimento da situação da união de facto com
vista à aquisição da nacionalidade não é um processo de jurisdição
voluntária.
II – O tribunal cível é o competente em razão da matéria para
julgar essa acção.
(Pelo Relator)
Decisão Texto Parcial:
Decisão Texto Integral: Acordam na 6ª Secção do Tribunal da Relação de Lisboa
I – Relatório
S… e F…instauraram acção declarativa comum em 04/08/2021
contra o Estado Português no Juízo de Família e Menores de Vila
Franca de Xira, Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Norte,
pedindo que seja reconhecida situação da união de facto entre os
autores nos termos do art. 3º nº 3 da Lei 37/81 de 03/10 e para os
efeitos do art. 14º nº 2 e 4 do Regulamento da Nacionalidade
Portuguesa, Decreto Lei 237-A/2006 de 14/12.
*
O Ministério Público foi citado em representação do Estado
Português, tendo apresentado contestação em que concluiu:
«Deve a presente acção prosseguir os seus ulteriores termos, e ser
julgada em conformidade com os factos que se vierem a apurar em
sede de audiência de discussão e julgamento».
*
Após ouvidas as partes, foi oficiosamente proferida decisão sobre a
competência em razão da matéria em 18/12/2021, declarando
incompetente o Juízo de Família e Menores e absolvendo o réu da
instância. Mais foi ordenada a remessa dos autos, após trânsito em
julgado, aos juízes cíveis para distribuição.
*
Não foi interposto recurso e em 16/02/2022 foi proferida a seguinte
decisão pelo Juízo Local Cível de Vila Franca de Xira, Juiz 1:
«Conforme decorre da decisão de indeferimento liminar proferida
no processo nº 2054/21.7T8VFX deste Juízo, J1, que os AA.
Previamente instauraram com o mesmo objeto que os presentes, e
cujo teor consta de fls. 41- 41v, considera-se o presente Juízo
materialmente incompetente, remetendo-se para os respetivos
fundamentos e para os arestos naquela citados.

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A incompetência material é exceção dilatória que importa a


absolvição da instância, nos termos dos artºs 96º, al. a), 97º, nº 1,
576º, nºs 1 e 2, 577º, al. a) e 578º do C.P. Civil.
Termos em que, face ao exposto, julga-se o presente Juízo
incompetente em razão da matéria e, em consequência, absolve-se o
R. da instância.
Notifique e dê baixa.
Transitada a decisão acima referida conclua.».
*
Inconformados, apelaram os autores, terminando a alegação com
estas conclusões:
A) Os ora Apelantes intentaram ação declarativa, com processo
comum, no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Norte, Juízos
de Família e Menores de Vila Franca de Xira, tendo a ação sido
distribuída ao Juízo 2, pedindo o reconhecimento judicial da
situação de união de facto, com vista à obtenção da nacionalidade
portuguesa pelo Autor , ao abrigo do disposto no artigo 3.º, n.º 3, da
Lei da Nacionalidade.
B) No decorrer da ação o Juiz titular do processo deu-se conta de
que havia sido publicado o Acórdão do Supremo Tribunal de
Justiça proferido em 17/06/2021 no processo n.º
286/20.4T8VCD.P1.S1, acessível em www.dgsi.pt, que considera os
Juízos de Família e Menores incompetentes em razão da matéria e
competentes os Juízos Cíveis.
C) Depois de ouvir as partes, decidiu o Meritíssimo Juiz declarar a
incompetência do respetivo Juízo de Família e Menores em razão
da matéria absolvendo o Réu da instância e determinando a
remessa do processo para o Juízo Local Cível por ser este o
competente.
D) Distribuído o processo no Juízo Local Cível de Vila Franca de
Xira – Juiz 1 - veio o Meritíssimo Juiz proferir Douta sentença,
datada de 16/02/2022, na qual considera o Juízo Cível incompetente
em razão da matéria e, em consequência, absolve o Réu da
Instância.
E) Os Autores, ora Apelantes, não se conformam com tal decisão e
daí o presente recurso.
F) Não desconhecem os Apelantes, as dúvidas que se têm feito
sentir quer na jurisprudência, quer na doutrina, no que respeita à
competência dos tribunais em razão da matéria para efeitos do
reconhecimento judicial da situação de união de facto, com vista a
obtenção da nacionalidade portuguesa, ao abrigo do disposto no
artigo 3.º, n.º 3, da Lei da Nacionalidade.
G) Quer a jurisprudência, quer a Doutrina, se têm dividido, ora
considerando competentes em razão da matéria os Juízos de
Família e Menores, ora considerando competentes os Juízos Cíveis.
H) Recentemente os Tribunais da Relação e o Supremo Tribunal de
Justiça têm vindo a considerar que para a preparação e julgamento
de uma ação em que é pedido o reconhecimento da existência da
união de facto, com vista à obtenção da nacionalidade, são

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competentes os tribunais / Juízos cíveis e não os Juízos de Família e


Menores – ver por todos Douto Acórdão do Tribunal da Relação de
Lisboa tirado no processo n.º 12142/20.1T8LSB.L1-2, datado de
16/12/2021, que teve como Relator o Excelentíssimo Juiz
Desembargador Carlos Castelo Branco, votado por unanimidade; e
ainda Douto Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça tirado no
processo n.º 286/20.4T8VCD.P1.S1 (2.ª Secção), datado de
17/06/2021, que teve como Relator o Excelentíssimo Juiz
Conselheiro João Cura Mariano, votado por unanimidade, ambos
acessíveis em acessível em www.dgsi.pt
I) Sobre a competência em razão da matéria para julgar a presente
ação, têm sido considerados diversos diplomas legais,
nomeadamente a Lei de Organização do Sistema Judiciário (LOSJ)
– Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, e a Lei da Nacionalidade,
aprovada pela Lei n.º 37/81, de 3 de outubro, sendo que o primeiro
dos diplomas é uma lei geral e o segundo uma é lei especial.
J) Conforme resulta do n.º 3 do artigo 7.º do Código Civil, “A lei
geral posterior não revoga a lei especial, exceto se outra for a
intenção inequívoca do legislador” e o n.º 2 e 3 do artigo 9.º do
mesmo diploma referem: “Não pode, porém, ser considerado pelo
intérprete o pensamento legislativo que não tenha na letra da lei
um mínimo de correspondência verbal, ainda que imperfeitamente
expresso” (n.º 2);
“A fixação do sentido e alcance da lei, o intérprete presumirá que o
legislador consagrou as soluções mais acertadas e soube exprimir o
seu pensamento em termos adequados” (n.º 3).
K) Na verdade impõe-se, além do mais, ao intérprete e ao aplicador
do direito o respeito pelo princípio geral de que “Lex posterior
generali non derogate legi priori speciali” (“norma geral posterior
não revoga norma especial anterior”, com a salvaguarda da
derrogação inequívoca referida anteriormente).
L) E se é verdade que dispõe o n.º 1, alínea b), do artigo 122.º da
LOSJ que “Compete aos tribunais de família e menores preparar e
julgar processos de jurisdição voluntária relativos a situações de
união de facto ou de economia comum”, é também verdade que a
Lei da Nacionalidade aprovada pela Lei n.º 37/81, de 3 de outubro,
com a alteração da Lei Orgânica n.º 2/2006, de 17/04 (aqui com
interesse), dispõe no n.º 1 do artigo 3.º que “O estrangeiro
casado há mais de três anos com nacional português pode adquirir
a nacionalidade portuguesa mediante declaração feita na
constância do matrimónio”; e no seu n.º 3 que: “O estrangeiro que,
à data da declaração, viva em união de facto há mais de três anos
com nacional português pode adquirir a nacionalidade portuguesa,
após ação de reconhecimento dessa situação a interpor no tribunal
cível.”
M) Ora, a opção do legislador ao atribuir expressamente ao
tribunal cível a competência material para preparar e julgar este
tipo de ação impõe-se ao intérprete-aplicador quer por via do
elemento literal, que expressamente refere tribunal cível, quer

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porque no conflito de normas gerais e especiais em que prevalece a


lei especial.
N) Ademais, dispondo o artigo 3.º, n.º 3, da Lei da Nacionalidade,
específica e expressamente, que a competência pertence aos
tribunais cíveis, não é possível aplicar a regra geral constante do
artigo 122.º, n.º 1, alínea g), da LOSJ, e considerar competentes os
Juízos de Família e Menores, pois sendo o artigo 3.º, n.º 3, da Lei da
Nacionalidade uma norma especial ela prevalece sobre uma norma
geral, razão suficiente para concluir que se mostra vigente a
atribuição aos tribunais cíveis a competência material para julgar
as ações de reconhecimento de união de facto, com duração
superior a 3 (três) anos, como requisito de aquisição da
nacionalidade portuguesa.
O) Também não pode considerar-se que a norma especial foi
tacitamente revogada pela alteração que ocorreu na distribuição de
competências pela lei geral de enquadramento e organização do
sistema judiciário (LOSJ).
P) Como se retira do Douto Acórdão do Supremo Tribunal de
Justiça “O legislador quando previu a possibilidade de a união de
facto com cidadão nacional ser fator de aquisição da nacionalidade
portuguesa, optou por definir expressa e inequivocamente, a
competência para o reconhecimento dessas situações de união de
facto, atribuindo-a aos tribunais cíveis”
Assim sendo, o disposto no referido artigo 3.º, n.º 3, da Lei da
Nacionalidade mantém-se vigente e aplicável, definindo uma
competência específica dos tribunais, em razão da matéria, para o
julgamento das ações de reconhecimento das situações de facto,
com duração superior a três anos, como requisito de aquisição da
nacionalidade portuguesa, por declaração, passando a constituir
uma exceção às novas regras gerais da distribuição de
competências dos tribunais judiciais entretanto aprovadas.
Ora, dispondo este preceito, especificamente que a competência
pertence aos tribunais cíveis, não é possível aplicar a regra geral
constante do artigo 122.º, n.º 1, g), da LOTSJ, e considerar
competente os juízos de família e menores, uma vez que o disposto
numa norma especial prevalece sobre uma norma geral”.
Q) É pois, o Juízo Local Cível – Juiz 1 (Tribunal a quo) o Tribunal
competente, em razão da matéria, para apreciar e decidir da ações
de reconhecimento judicial da situação de união de facto, para
aquisição de nacionalidade portuguesas, a que se referem o artigo
3.º, n.º 3, da da Lei n.º 37/81, de 3 de outubro (Lei da
Nacionalidade), na sua atual redação, e o artigo 14.º, n.ºs 2 e 4, do
Regulamento da Nacionalidade Portuguesa, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 237-A/2006, de 14 de dezembro.
R) A decisão recorrida, violou o artigo 3.º, n.º 3, da Lei n.º 37/81, de
3 de outubro (Lei da Nacionalidade), na sua atual redação, o artigo
14.º, n.ºs 2 e 4, do Regulamento da Nacionalidade Portuguesa,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 237-A/2006, de 14 de dezembro, e o
artigo 122.º, n.º 1, alínea g), da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto na

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interpretação e aplicação que fez de tais preceitos.


Violou ainda os artigos 96.º, alínea a), 97.º, n.º 1, 99.º, n.º 1, 576, n.ºs
1 e 2, 577.º , alínea a) e 578.º do C. P. C.
S) Destarte, por errada interpretação e aplicação da lei, a sentença
recorrida que declarou o Juízo Cível de Vila Franca de Xira – Juiz
1 - incompetente em razão da matéria e, em consequência, absolveu
o Réu da instância, deve ser revogada e determinada a devolução
do processo àquele Juízo Cível, pois que é o Tribunal a quo o
competente para preparar e julgar a presente ação.
Nestes termos,
Deve dar-se provimento ao presente recurso, revogando-se a Douta
sentença recorrida que declarou o Juízo Cível de Vila Franca de
Xira – Juiz 1 - incompetente em razão da matéria e, em
consequência, absolveu o Réu da instância, e determinada a
devolução do processo àquele Juízo Cível, pois que é o Tribunal a
quo o competente para preparar e julgar a presente ação.
*
Não há contra-alegação.
*
Colhidos os vistos, cumpre decidir.
II – Questões a decidir
O objecto do recurso é delimitado pelas conclusões da alegação dos
apelantes, sem prejuízo de questões de conhecimento oficioso, pelo
que a questão a decidir é:
- qual o tribunal competente em razão da matéria
*
III – Fundamentação
O art. 3º nº 3 da Lei da Nacionalidade (Lei 37/81 de 03/10) estatui:
«O estrangeiro que, à data da declaração, viva em união de facto há
mais de três anos com nacional português pode adquirir a
nacionalidade portuguesa, após ação de reconhecimento dessa
situação a interpor no tribunal cível.».
Por sua vez, o art. 14º do Regulamento da Nacionalidade
Portuguesa (DL 237-A/2006, de 14/12) estabelece, na parte que ora
interessa:
«(…)
2 - O estrangeiro que coabite há mais de três anos com português
em condições análogas às dos cônjuges, independentemente do
sexo, se quiser adquirir a nacionalidade deve declará-lo, desde que
tenha previamente obtido o reconhecimento judicial da situação de
união de facto.
(…)
4 - No caso previsto no n.º 2, a declaração é instruída com certidão
da sentença judicial, com certidão do assento de nascimento do
cidadão português, sem prejuízo da dispensa da sua apresentação
pelo interessado nos termos do artigo 37.º, e com declaração deste,
prestada há menos de três meses, que confirme a manutenção da
união de facto.
(…).».

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O art 130º da Lei 62/2013, de 26 de Agosto/Lei da Organização e


Funcionamento do Sistema Judiciário, estabelece, na parte que ora
interessa:
«1- Os juízos locais cíveis, (…) possuem competência na respetiva
área territorial, tal como definida em decreto-lei, quando as causas
não sejam atribuídas a outros juízos ou tribunal de competência
territorial alargada.
2 - Os juízos locais cíveis, (…) possuem ainda competência para:
(…)
f) Exercer as demais competências conferidas por lei.
(…)».
E o art. 122º dessa Lei dispõe, na parte que ora interessa:
«1 - Compete aos juízos de família e menores preparar e julgar:
a) Processos de jurisdição voluntária relativos a cônjuges;
b) Processos de jurisdição voluntária relativos a situações de união
de facto ou de economia comum;
(…)
g) Outras ações relativas ao estado civil das pessoas e família.
(…)».
Os processos de jurisdição voluntária relativos aos cônjuges estão
previstos no Título XV (Dos Processos de Jurisdição Voluntária) do
Livro V (Dos Processos Especiais) do Código do Processo Civil,
estabelecendo o art. 990º nº 1:
«Aquele que pretenda a atribuição da casa de morada de família,
nos termos do artigo 1793.º do Código Civil, ou a transmissão do
direito ao arrendamento, nos termos do artigo 1105.º do mesmo
Código, deduz o seu pedido, indicando os factos com base nos quais
entende dever ser-lhe atribuído o direito.».
E no que respeita às situações de união de facto, temos a considerar
que a Lei 7/2001 de 11/05 consagra a protecção da casa de morada
de família em caso de ruptura nestes termos:
«O disposto nos artigos 1105.º e 1793.º do Código Civil é aplicável,
com as necessárias adaptações, em caso de ruptura da união de
facto.».
Portanto, a acção para atribuição da casa de morada de família em
caso de ruptura da união de facto é um processo de jurisdição
voluntária.
Ora, a acção para reconhecimento da situação da união de facto
com vista à aquisição da nacionalidade não é um processo de
jurisdição voluntária, pelo que é evidente que não se enquadra na
previsão do art. 122º nº 1 al. b) da LOFSJ (Lei da Organização e
Funcionamento do Sistema Judiciário), sendo certo também que
não respeita ao estado civil das pessoas.
Portanto, a LOFSJ não atribui competência aos juízos de família
para julgar as acções para reconhecimento da situação da união de
facto com vista à aquisição da nacionalidade.
Mas ainda que o contrário se entendesse, impõe-se ter presente que
o art. 3º nº 3 da Lei da Nacionalidade é lei especial e atribui
expressamente a competência ao tribunal cível.

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Ora, o art. 7º nº 3 do Código Civil estatui: «A lei geral não revoga a


lei especial, excepto se outra for a intenção inequívoca do
legislador». Por isso, também por esta razão, a competência em
razão da matéria para julgar esta acção cabe ao juízo cível, como
aliás se decidiu no Ac do STJ de 17/06/2021 (P.
286/20.4T8VCD.P1.S1- in www.dgs.pt).
*
IV – Decisão
Pelo exposto, julga-se procedente a apelação, revogando-se a
decisão recorrida e decidindo-se que o juízo local cível de Vila
Franca de Xira, Juiz 1, é competente em razão da matéria para
julgar esta causa.
Custas pela parte vencida a final.
Lisboa, 23 de Junho de 2022
Anabela Calafate
António Manuel Fernandes dos Santos
Ana de Azeredo Coelho

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