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Lean Healthcare
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Lean Healthcare
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Lean Healthcare
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O que é o Lean?
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O que é o Lean?
De acordo com a própria Toyota, o Lean consiste de duas partes fundamentais: a melhoria contínua e
o respeito pelas pessoas (valorizar seu cliente).
Melhoria Contínua: mais do que projetos ou eventos com uma semana de duração, o maior
potencial surge quando cada pessoa na organização se sente empenhada para gerar a melhoria
dos seus processos. A melhoria contínua permite a eliminação de desperdícios (muda), ou seja,
atividades que não agregam valor.
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O que é o Lean?
Respeito pelas pessoas: o Lean exige que os funcionários deem o melhor de si, que eles sejam
desafiados e estimulados a trabalhar melhor e de forma construtiva. Nos preocupamos em não
sobrecarregar (muri) os funcionários e que as cargas de trabalho não sejam desequilibradas
(mura).
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O que é o Lean Healthcare?
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O que é o Lean Healthcare?
Considerando o contexto da área da saúde, segundo a definição de Taiichi Ohno, o Lean deve olhar
de forma cronológica para o paciente, do momento em que ele é encaminhado por um médico para
realizar um exame ou tratamento, até o momento do atendimento realizado.
Nessa linha do tempo, onde mapeamos o fluxo percorrido pelo paciente, procuramos
eliminar desperdícios que não agregam valor.
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Lean Healthcare
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Lean Healthcare
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Como se iniciou o Lean Healthcare?
É difícil precisar onde e quando o Lean começou a ser utilizado na área da saúde, mas alguns
hospitais começaram a experimentar o método na década de 1990.
Nessa época, os desafios vivenciados na área da saúde deixaram claro que hospitais, laboratórios e
unidades de medicina diagnóstica precisavam encontrar soluções que já eram praticadas em outras
áreas de negócio.
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Como se iniciou o Lean Healthcare?
Redução de 60% do tempo de espera pelos resultados de exames clínicos laboratoriais. (Alegent
Health, Nebraska)
Redução de 29% do tempo de permanência dos pacientes e economia de US$ 1,25 milhão na
construção de novos departamentos de emergência. (Avera McKennan, Dakota do Sul)
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Por que a área da saúde precisa do Lean?
Na área da saúde existem processos com muito desperdício e diversas atividades que não agregam
valor atrapalham os profissionais da saúde a realizarem sua principal missão, que é proporcionar
a melhor assistência pessoal possível ao paciente e manter as pessoas saudáveis.
Os problemas associados aos desperdícios identificados no lean podem tomar muito tempo dos
profissionais da saúde, dificultando sua capacidade de criar um ambiente acolhedor para o
atendimento clínico.
Exemplo: o corpo de enfermagem poderia estar conversando com os pacientes e tirando suas
dúvidas, mas perde tempo tentado encontrar suprimentos e medicamentos.
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Por que a área da saúde precisa do Lean?
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Lean Healthcare
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Lean Healthcare
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Conceitos gerais da aplicação do Lean
Taiichi Ohno descreveu que o objetivo mais importante Lean tem sido o aumento da eficiência de
produção pela consistente e continuada eliminação de desperdícios.
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Conceitos gerais da aplicação do Lean
Para o Lean, a boa qualidade custa menos porque está associada à redução dos desperdícios
que ocorrem no processo. O menor custo deriva do fato de cometermos menor quantidade de
erros e de não gerar custos com atividades que não agregam valor.
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Conceitos gerais da aplicação do Lean
O triângulo Toyota (figura abaixo) indica que o Lean é um sistema que tem pessoas e o
desenvolvimento humano como parte central.
Isso cercado por uma abordagem equilibrada, que combina ferramentas técnicas (o que fazemos),
ferramentas de gestão (como administramos) e filosofia (aquilo em que acreditamos). Tudo isso em
conjunto forma a cultura organizacional ou cultura lean.
Desenvolvimento
humano
Filosófico
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Lean Healthcare
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As quatro competências organizacionais necessárias
para o Lean
1. O trabalho padronizado
O trabalho padronizado é o trabalho projetado tanto pelos funcionários quanto por seus líderes. Os
profissionais da área da saúde precisam padronizar processos e tarefas-chaves a fim de
aprimorar a segurança dos pacientes, evitar perdas de tempo, facilitar o trabalho para os funcionários
e reduzir custos.
Exemplo: em um laboratório padronizados as cores dos tubos de coleta por tipo de exame que será
realizado. Ao fazer um exame de tomografia, o técnico preenche um checklist padrão com
informações sobre o paciente para garantir a segurança do exame.
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As quatro competências organizacionais necessárias
para o Lean
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As quatro competências organizacionais necessárias
para o Lean
Exemplo: o enfermeiro esqueceu de encaminhar, juntamente com os pacientes que receberam alta, os
remédios que foram receitados pelo médico. A solução para que esse erro não seja mais cometido deve
ser discutida imediatamente. As possíveis soluções poderiam ser:
- modificar os pontos em que os medicamentos são armazenados;
- desenvolver um checklist que os enfermeiros devem responder a cada alta;
- imprimir uma lista de controle no envelope que é usado para levar informações aos pacientes.
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As quatro competências organizacionais necessárias
para o Lean
Exemplo: uma empresa de medicina diagnóstica identificou uma forma de reduzir o tempo de
espera dos pacientes em sua maior unidade. Nas semanas seguintes, a solução foi replicada pra as
outras 5 unidades da empresa.
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As quatro competências organizacionais necessárias
para o Lean
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As quatro competências organizacionais necessárias
para o Lean
IMPORTANTE LEMBRAR:
- Embora suas raízes estejam na produção industrial, o Lean pode ser aplicado em diversos setores,
incluindo a área da saúde.
- O Lean se desenvolve à partir de um conjunto de ferramentas, práticas de gestão e filosofia.
- Desenvolver os funcionários e demostrar respeito pelas pessoas é fundamental para o Lean.
- Eliminar desperdícios e o trabalho padronizado são conceitos importantes.
- É necessário ter coragem para aceitar a existência de problemas.
- Todos os funcionários precisam participar da solução de problemas e eliminação de desperdícios.
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Lean Healthcare
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Os primeiros passos pra implantar o Lean
Não existe uma abordagem única para implementar o Lean em empresas da área da saúde.
Podemos aprender observando exemplos de hospitais ou empresas de outros setores, mas sem
copiar cegamente o que foi feito nessas empresas.
Vamos avaliar 5 passos básicos que podem ser seguidos para implantar
o Lean.
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Os primeiros passos pra implantar o Lean
1. Não é nada prático implementar o Lean em toda a organização de uma só vez. Idealmente
escolhemos uma área ou cadeia de valor com a qual queremos começar.
Uma boa estratégia é analisar os motivadores estratégicos ou problemas que necessitem de soluções
mais imediatas. Os principais motivadores em uma empresa da área da saúde podem ser:
qualidade e custos da repetição do trabalho;
satisfação do paciente;
pressão dos custos;
segurança do paciente;
tempo de espera;
atrasos na alta do paciente, entre outros.
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Os primeiros passos pra implantar o Lean
Outra opção é a realização de uma seminário Lean para a alta gestão. O melhor é não impor o Lean a
um líder que não está pronto para admitir que os problemas existem ou que não acredita que os
métodos e as ferramentas Lean podem realmente ajudar.
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Os primeiros passos pra implantar o Lean
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Os primeiros passos pra implantar o Lean
3. Identificamos quais são as oportunidades de melhoria como, por exemplo, melhoria do tempo de
espera, melhoria em qualidade, aumento da segurança do paciente, economias em estoque,
redução de atrasos.
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Os primeiros passos pra implantar o Lean
Mas existem três tipos de kaizen que podemos utilizar: ponto kaizen, eventos kaizen e sistema
kaizen. Podemos utilizar os eventos kaizen como principais condutores da mudança, mas também é
importante incentivar funcionários a fazerem pequenas melhorias diárias através do ponto kaizen.
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Os primeiros passos pra implantar o Lean
Mas existem três tipos de kaizen que podemos utilizar: ponto kaizen, eventos kaizen e sistema
kaizen. Podemos utilizar os eventos kaizen como principais condutores da mudança, mas também é
importante incentivar funcionários a fazerem pequenas melhorias diárias através do ponto kaizen.
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Os primeiros passos pra implantar o Lean
Dia Objetivos/Metas
Realizar eventos de treinamento lean e kaizen
Segunda-feira
Observar o processo atual de perto, colher dados, falar com os funcionários
Brainstorm, identificar e discutir oportunidades para melhorias
Terça-feira
Estabelecer metas de melhoria de desempenho
Começar a implementar mudanças no layout ou no processo
Quarta-feira
Experimentar com mudanças
Finalizar o que funciona e padronizar os novos processos
Quinta-feira
Projetar métodos de gerenciamento para sustentação da mudança
Documentar resultados e melhorias, comparar com o plano
Sexta-feira
Apresentar o evento à administração, celebrar o sucesso, planejar futuras mudanças
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Os primeiros passos pra implantar o Lean
Na abordagem do sistema kaizen trabalhamos com projetos maiores, que resolve um conjunto de
problemas realizando a transformação do processo de estado atual para um de estado futuro.
Quando Atividades
8 semanas antes Identificar a área de uma necessidade
6 semanas antes Documentar o processo atual, criar o mapa da cadeia de valor, colher dados
4 semanas antes Formar equipe, identificar parâmetros
2 semanas antes Finalizar os parâmetro-alvos, completar a observação do estado atual
1 semana antes Finalizar o planejamento
Semana do workshop Criar mudanças no estado atual e implementá-las, mensurar resultados
Após o workshop Redimensionar ganhos em intervalos de 30, 60 e 90 dias
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Os primeiros passos pra implantar o Lean
Alguns arriscam afirmar que 80% do desafio da implementação do Lean relacionam-se com a
dificuldade de aceitação da mudança. Os outros 20% são desafios relacionados à implementação de
ferramentas e dos métodos.
Mudar ou desativar processos antigos pode causar má impressão. Os funcionários podem passar por
um ciclo de negação, medo e estrese antes de acreditar que as melhorias acabarão realmente se
concretizando.
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Lean Healthcare
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O que é valor?
Apender a separar o que é movimento do que é valor constitui um passo crítico na jornada do Lean.
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O que é valor?
O que é valor?
Segundo Womack e Jones, valor só pode ser definido pelo consumidor final. Precisamos, portanto,
começar fazendo a pergunta “quem é esse consumidor?”.
O mais óbvio dos consumidores é o paciente, nosso consumidor final ou consumidor externo. Pode
haver ocasiões em que lidamos com um consumidor interno em um processo, a pessoa que recebe o
nosso trabalho.
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O que é valor?
Michael Porter sugeriu que os pacientes valorizam três níveis de cuidado: a sobrevivência e o nível
de recuperação, o tempo necessário para retornar às atividades normais e a sustentabilidade dos
tratamentos oferecidos.
De forma mais geral, o paciente pode valorizar um sistema de assistência à saúde que o ajude a se
manter saudável e que lhe proporcione uma vida mais longa com qualidade cada vez maior.
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O que é valor?
Todas essas regras precisam ser satisfeitas, ou então a atividade será considerada sem valor agregado
ou um desperdício.
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O que é valor?
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O que é valor?
Dependendo do hospital o produto pode ser o paciente, uma imagem radiológica, uma medicação
ou uma amostra de laboratório.
Se uma atividade transporta o paciente de um estado para outro, na direção do estado final
desejado (a alta hospitalar), podemos afirmar que o paciente foi modificado de uma forma com valor
agregado. Somente movimentar o paciente do ponto A para o ponto B é considerado algo que
não agrega valor.
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O que é valor?
Se algo for feito de forma errada, exigindo uma repetição da atividade e movimentações adicionais,
não teremos crédito de valor agregado pela realização da mesma atividade.
Exemplo: um médico pode emitir uma receita com um medicamento ao qual o paciente é alérgico ou
um erro ocorre na contagem e verificação de esponjas usadas durante um procedimento cirúrgico.
Esses erros levam à necessidade de correção e de realizarmos procedimentos extras para corrigir o
problema.
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O que é valor?
Departamento Função Atividades que agregam valor Atividades que não agregam valor
Sala de cirurgia Cirurgião Operar pacientes Esperar por procedimento atrasado
Reprocessar medicamentos
Preparar formulação
Farmácia Técnico farmacêutico devolvidos pelas unidades de
intravenosa
internação
Realizar uma ressonância
Unidade de Realizar o procedimento de
Técnico em radiologia desnecessária do ponto de vista do
internação ressonância magnética
médico
Interpretar o resultado de um Corrigir um resultado digitado
Laboratório Técnico de laboratório
teste errado
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O que é valor?
Departamento Produto Atividades que agregam valor Atividades que não agregam valor
Sala de
Paciente Ser avaliado ou tratado Esperar para ser avaliado
emergência
Laboratório Esperar para ser movimentada em
Amostra do paciente Ser centrifugada
clínico lotes
Farmácia Receita Medicamento em preparo Passar por múltiplas conferências
Serviços Instrumentos Tempo de esterilização dos Esterilização feita repetidas vezes
preparatórios esterilizados instrumentos no mesmo instrumento
Serviços de Repetição do trabalho pela
Bandeja de alimentos Montagem da bandeja
nutrição composição incorreta da bandeja
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O que é desperdício?
Na área da saúde, o desperdício (muda) pode ser definido como qualquer atividade que não ajuda
os pacientes ou que não os leva mais agilmente para os estágios de diagnóstico, tratamento ou
alta.
Exemplos: tempo gasto na espera por uma consulta ou pelo passo seguinte no tratamento do
paciente, erros que prejudiquem o paciente como a necessidade de refazer um exame.
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O que é desperdício?
O foco deve ser desperdício, qualidade e segurança para como consequência os custos desaparecerem.
Organizações que usam essa abordagem também têm como foco os consumidores (os pacientes) e o valor
que estamos entregando a eles.
A redução do desperdício também permite assumir mais trabalho sem a necessidade de aumentar o
pessoal. Também proporciona tempo às pessoas para que façam seu trabalho da forma mais correta.
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O que é desperdício?
Aprender a reconhecer o desperdício por meio de suas definições e ir ao gemba para identifica-lo
representa um bom ponto de partida.
Precisamos de ter a coragem de identificar os desperdícios, lançar ações e liderar esforços para
melhorar nossos processos.
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O que é desperdício?
Taiichi Ohno definiu sete tipos de desperdícios, mas publicações posteriores relacionaram oito tipos.
Os 8 desperdícios do Lean são:
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O que é desperdício?
Tipo de desperdício Descrição
Tempo gasto fazendo algo incorretamente, inspecionando erros ou consertando
Falhas /defeitos
erros
Fazer mais que o demandado pelo cliente ou produzir antes de surgir a
Superprodução
demanda
Movimento desnecessário do produto (paciente, tubos com material coletado,
Transporte
amostras)
Espera Espera pelo próprio evento ou pela próxima atividade de trabalho
Custo do estoque excessivo representado em custos financeiros, de
Estoque
armazenagem e transporte, desperdício ou estrago
Movimento Movimento desnecessário dos funcionários
Fazer trabalho que não é valorizado pelo cliente, ou gerado por definições de
Excesso de processamento
qualidade que não se alinham com as necessidades do paciente
Desperdício e perda advinda de funcionários que não se sentem engajados,
Potencial humano / ideias
ouvidos ou não percebem apoio a suas carreiras
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O que é desperdício?
Exemplos dos 8 desperdícios na área da saúde:
Tipo de desperdício Descrição
Carrinho cirúrgico faltando item, erro na dose de medicamento ministrado no
Falhas /defeitos
paciente
Superprodução Realização de procedimentos de diagnósticos desnecessários
Transporte Layout inadequado, laboratório do cateter localizado longe da emergência
Carga de trabalha mal distribuída deixa um funcionário ocioso, paciente à
Espera
espera da consulta
Estoque Suprimentos vencidos que precisam ser descartados
Movimento Layout obriga funcionários do laboratório caminhar em excesso
Dados sobre o pacientes coletados de hora em hora, mas nunca utilizados pelos
Excesso de processamento
enfermeiros
Potencial humano / ideias Funcionários param de apresentar sugestões de melhorias
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O que é desperdício?
Não podemos esquecer dos desperdícios necessários, que não é possível elimina-los mas
podemos sempre tentar reduzi-los. Essas são atividades exigidas no ambiente da empresa mas
que não agregam valor.
- Verificação das prescrições por um farmacêutico, para garantir a dosagem correta.
- Controle feito por farmacêuticos em relação ao trabalho dos técnicos de farmácia que
preparam medicamentos.
- Verificação dos enfermeiros ao confirmar se a medicação está sendo ministrada
corretamente.
Todos os exemplos acima, na visão do lean, são desperdícios necessários já que representam pontos
de inspeção.
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Valor e desperdício
IMPORTANTE LEMBRAR:
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Lean Healthcare
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Mapeamento da Cadeia de Valor
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Mapeamento da Cadeia de Valor
Na área da saúde, a cadeia de valor costuma ser a jornada do paciente da porta de entrada à
de saída. Em um hospital, pode ser a chegada do paciente á emergência, passando pelos
departamentos necessários para o tratamento, até a sua liberação.
A cadeia de valor também abrange o tempo decorrido e os passos dados entre a baixa do
paciente para tratamento e o momento do recebimento do pagamento pelo tratamento realizado.
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Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM)
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Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM)
O VSM começa pelo desenho do Estado Atual, de acordo com os seguintes passos:
1. Listar os processos principais, pacientes, clientes, fornecedores internos e externos. Rascunhar o
estado atual utilizando os ícones padrão do VSM.
2. Percorrer o processo para obter dados reais e avaliar o processo.
3. Determinar tempo de espera entre cada processo.
4. Determinar o que é feito com o trabalho após o término do processo.
5. Desenhar todas as formas de comunicação (eletrônica, manual).
6. Evidenciar os tempos de ciclo e tempos de espera (agregação de valor versus não agregação).
7. Calcular o tempo de espera total.
8. Assegurar o consenso da equipe.
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Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM)
Paciente ortopédico – Mapa do Fluxo de Valor Atual – Departamento de Emergência
O Lean na área da saúde. Hadfield, Debra; Holmes, Shelagh; Kozlowski, Sue; Sperl, Todd
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Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM)
Paciente ortopédico – Mapa do Fluxo de Valor Futuro – Departamento de Emergência
O Lean na área da saúde. Hadfield, Debra; Holmes, Shelagh; Kozlowski, Sue; Sperl, Todd
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Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM)
Internação do paciente – Mapa do Fluxo de Valor Atual
O Lean na área da saúde. Hadfield, Debra; Holmes, Shelagh; Kozlowski, Sue; Sperl, Todd
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Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM)
Internação do paciente – Mapa do Fluxo de Valor Futuro
O Lean na área da saúde. Hadfield, Debra; Holmes, Shelagh; Kozlowski, Sue; Sperl, Todd
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Lean Healthcare
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As principais ferramentas do Lean Healthcare
As ferramentas isoladas não definem o Lean com precisão, mas elas fazem parte da implementação
da cultura lean na empresa. As ferramentas mais utilizadas no Lean Healthcare são:
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Diagrama Espaguete
Diagramas espaguete são uma ótima maneira de visualizar o fluxo em um processo e ilustrar os
desperdícios envolvidos no transporte ou movimentação do percurso mapeado.
dos funcionários.
5S 71
1º Senso – Utilização/Descarte
Devemos ter apenas o que necessitamos, distinguindo o que é necessário do que não é, evitando o
desperdício de coisas materiais e de nosso próprio esforço.
Devemos arrumar o que for necessário utilizando uma metodologia eficiente para facilitar o acesso
e manuseio. Arrumar simplesmente não basta, devemos estabelecer critérios para ordenação pois só
assim, conseguiremos organizar tudo com eficácia.
Possíveis Ações:
Padronizar objetos;
Utilizar cores nas identificações de tubos;
Identificar armários e estantes;
Numerar os documentos;
Identificar locais de riscos.
3º Senso – Limpeza
Manter o local de trabalho e equipamentos limpos e adequados para uso imediato, assim, dá
oportunidade para identificar o motivo da sujeira e mau funcionamento do equipamentos. A limpeza
deve ser encarada como uma forma de inspeção, pois, se houver sistemática poderemos detectar e
corrigiras falhas nos equipamentos e máquinas.
Possíveis Ações:
Levantamento dos matérias necessários à limpeza;
Definição de equipes e responsabilidades;
Utilizar limpeza como forma de inspeção.
4º Senso – Saúde
Possíveis Ações:
Estabelecer condições para controle visual;
Manter o clima organizacional agradável;
Reduzir os ruídos;
Cuidar da saúde dos colaboradores;
Elaborar Plano de Manutenção para os 3 primeiros sensos.
5º Senso – Autodisciplina
Tem como objetivo criar maior respeito e comprometimento em relação a empresa, cumprindo-se
disciplinadamente o que foi determinado.
Possíveis Ações:
Reconhecer a importância da existência e do cumprimento de regras;
Elaborar normas e procedimentos claros;
Saber criticar e receber críticas de maneira construtiva;
Compartilhar os valores do Programa 5S;
Criar mecanismos de avaliação e motivação;
Participar de treinamentos;
Realizar as tarefas com responsabilidade.
5S
(1) Balcão de um laboratório possui lugares marcados para (2) Documentos dispostos com uma faixa para indicar a falta de
armazenamento de amostras. qualquer um deles.
Figuras retiradas do livro Hospitais Lean: melhorando a qualidade, a segurança dos pacientes
e o envolvimento dos funcionários. Graban, Mark
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A Gestão Visual
É importante termos um sistema de comunicação visual para assegurar uma aderência aos padrões,
de forma a completar o trabalho de acordo com a programação e sem erros.
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A Gestão Visual
Após a definição dos locais e dos padrões que serão utilizados, é muito comum a definir das
quadros de informações ou quadros de gestão à vista. Os quadros reúnem um conjunto de
padrões de controle à vista para ajudar a apresentar os resultados de alguma área ou departamento.
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A Gestão Visual
Na área da saúde podemos utilizar a gestão visual para: definir escala de trabalho, apresentar
resultados de produtividade, apoiar a gestão de leitos, criar sinais visuais para o departamento de
emergência, entre outros.
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A Gestão Visual
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Fluxo Contínuo e Kanban
O fluxo contínuo é usado na movimentação, com pacientes ou para fornecer um serviço entre
processos com o mínimo ou nenhum tempo de espera.
Na área da saúde tipicamente utilizamos ferramentas como o supermercado, FIFO e Kanban para
criar um fluxo contínuo.
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Fluxo Contínuo e Kanban
FIFO: é um método de trabalho que garante que o primeiro item ou primeira peça a entrar em
um processo ou local de armazenamento será também a primeira a sair. Isso reduz o risco de
alguma peça se tornar obsoleta ou algum item perder a sua validade.
Ao utilizar o FIFO podemos contribuir para a redução nos tempos de espera e para a identificação
mais fácil e correção de problemas quando acontecem.
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Fluxo Contínuo e Kanban
Figuras retiradas do livro O Lean na área da saúde. Hadfield, Debra; Holmes, Shelagh; Kozlowski, Sue; Sperl, Todd
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Fluxo Contínuo e Kanban
Kanban: é uma forma de comunicação entre dois processos através de uma sistema de cartões
(etiquetas, códigos de barra, pastas, e-mails, etc.) dizendo exatamente o que é necessário e o
prazo. O kanban é utilizado para criar um sistema puxado, garantindo que um material ou
documento fornecido pelo processo anterior será utilizado no processo atual.
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Fluxo Contínuo e Kanban
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Poka Yoke
O Poka Yoke ou à prova de erros é uma forma de pensarmos em mecanismos que façam a
prevenção de erros nos processos. O objetivo é sempre buscar o estágio de “defeito zero”.
Essa ferramenta deve abordar os processos que geram maior quantidade de erros, podendo ser:
faturamento, prontuários, programação de exames, geração de laudos, etc.
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Poka Yoke
1. Busque oportunidades de eliminar os erros assim que eles ocorrem. Motive a equipe a tratar os
erros de forma imediata criando uma cultura de que o erro tem sua causa-raiz no processo e não nas
pessoas.
2. Faça um trabalho de análise de prevenção de falhas. Crie uma lista de falhas potencias nas
atividades realizadas de forma a antecipar alguns problemas. O trabalho preventivo será mais eficiente
que o reativo.
3. Padronize o trabalho. Os padrões criados em equipe ajudam evitar erros.
4. Crie condições de alerta. Controles visuais podem ajudar a identificar condições que geram erros.
5. Crie dispositivos / mecanismos à prova de erros. Utilize indicadores, sinais visuais ou controles
físicos.
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Poka Yoke
Exemplos da área da saúde:
Em um laboratório de análises clínicas são utilizados tubos de coletas com tampas que possuem cores
e formatos diferentes para evitar erros na coleta do sangue.
Identificação da posição correta das etiquetas nos tubos (seta e frase indicando posição para cima),
permitindo que o leitor de código de barras fizesse a leitura correta da informação.
Sistema de entrega automatizado dos medicamentos, onde cada unidade de enfermagem tinha um
módulo de dispensação conectado ao computador do hospital e ao sistema de informação da
farmácia.
Alerta visual e sonoro na tela dos computadores da recepção em uma clínica de medicina diagnóstica
que alertava as atendentes sempre que um paciente estivesse esperando mais de 9 minutos. O objetivo
do alerta era garantir o atendimento em até 13 minutos (considerado o tempo máximo aceitável).
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Poka Yoke
Figuras retiradas do livro Hospitais Lean: melhorando a qualidade, a segurança dos pacientes e o envolvimento dos funcionários. Graban, Mark
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Como chegar à causa-raiz dos problemas
Nunca vamos perguntar “quem foi o culpado” e sim “como o erro aconteceu”.
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Como chegar à causa-raiz dos problemas
Ao fazermos a primeira pergunta (o que permitiu que o erro acontecesse?), somos conduzidos a
identificar uma solução para a causa-raiz do problema.
A causa-raiz é um aspecto do processo que leva ao erro, precisando-se enxergar além dos
sintomas de superfície do problema.
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Como chegar à causa-raiz dos problemas
Para trabalharmos corretamente com a resolução de problemas, devemos seguir 4 passos básicos
que passam pela necessidade da identificação da causa-raiz.
1. Vá ao gemba!
2. Converse com as pessoas que trabalham no processo ou na área em questão.
3. Vá além dos problemas superficiais e encontre a causa-raiz.
4. Melhore o processo e verifique os resultados.
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Como chegar à causa-raiz dos problemas
Vá ao gemba!
O Lean ensina que qualquer problema é sempre resolvido com maior eficiência no gemba, em vez
de em salas de reuniões.
Ir ao gemba nos permite ver com os próprios olhos e conversar com outras pessoas
diretamente envolvidas no processo. Podemos começar preguntando “por que” na tentativa de
descobrir o que pode ter permitido a ocorrência do problema.
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Como chegar à causa-raiz dos problemas
Encontre a causa-raiz!
Um método simples e poderoso para chegarmos nas causas-raiz é o método dos cinco porquês.
Fazemos uma série de perguntas com “por quê?” até conseguirmos uma resposta que possa ser a
causa-raiz passível de correção.
O importante é ir além da resolução mais corriqueira do problema, que poderia ser de um sintoma
superficial e não de uma causa-raiz.
O método funciona melhor em um ambiente de grupo, em que pessoas possam construir ideias umas a
partir das outras.
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Os 5 porquês Os 5 porquês – Clínicos não seguem práticas de higienização das mãos
Hospitais Lean: melhorando a qualidade, a segurança dos pacientes e o envolvimento dos funcionários. Graban, Mark
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Como chegar à causa-raiz dos problemas
IMPORTANTE LEMBRAR:
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A3 – método de resolução de problemas
Um método de resolução de problemas mundialmente utilizado é o A3, que possui esse nome por
documentar as informações em um formato padrão de papel tamanho A3.
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A3 – método de resolução de problemas
Do lado esquerdo do A3 definimos o problema, a condição atual que combina dados baseados
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A3 – método de resolução
de problemas
1. Definimos o problema;
obtidas no gemba;
3. Investigamos a causa-raiz.
ajustes.
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