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Controlo da bola
Pegas
Os elementos das pancadas básicas
Rotação da Bola
Metabolismo Energético
Esforço Específico do Ténis
Treino das capacidades Físicas no Ténis
CAPÍTULO 5 - SAÚDE 1
Estado de Choque
Lesões várias do ténis
CAPÍTULO 6 - ARBITRAGEM 1
Regras do Ténis
Regras do Circuito Sub-10
METODOLOGIA E DIDÁCTICA 1
Controlo da bola
Pegas
Os elementos das pancadas básicas
Rotação da Bola
Direcção
Altura
Distância/Profundidade
Efeito
Velocidade
A reter:
1.1. DIRECÇÃO
A direcção da bola é definida
pelo ângulo horizontal da A direcção em que a bola se desloca é determinada por:
raquete no impacto e pela
O ângulo da face da raqueta no impacto
direcção da bola recebida.
A direcção da bola recebida relativamente à bola enviada.
No ténis, existem quatro direcções básicas para onde uma bola que é batida pode ir:
Esquerda, direita, para cima e para baixo
1.2. ALTURA
A altura da bola é determinada por:
O ângulo vertical da face da raqueta no impacto;
A trajectória do movimento da raqueta;
A reter:
A altura da bola é definida A velocidade da raqueta no impacto.
pelo ângulo vertical da
raquete no impacto, pela O efeito das mudanças do ângulo vertical da raqueta na altura está ilustrado em seguida:
velocidade e trajectória do
movimento da raqueta e
também pelo ponto de
contacto
Face da raqueta aberta. Esta posição envia a bola para
cima e transmite um efeito de rotação de recuo.
O ponto de contacto
O ponto de contacto afecta a direcção da bola. As três dimensões a ser consideradas ao analisar
o ponto de contacto são:
Altura da bola no contacto – alta/baixa;
Largura da bola no contacto – perto/longe;
Profundidade da bola no contacto – cedo/tarde.
Metodologia e Didáctica 1 - Manual do Curso de Treinadores de Ténis Grau 1 – FPT 5
1.4. ROTAÇÃO
Top-spin Top-spin
A reter:
Elevado Moderado
A rotação da bola pode ser:
para a frente (TOP SPIN) ou
para trás (BACK SPIN).
2. PEGAS
Nó do
Indicador
Duas mãos
Mais facilidade em gerar top-spin;
Maior força com duas mãos;
Maior flexibilidade/força para controlar o swing;
Maior flexibilidade/força para controlar a face da raqueta;
Ponto de contacto diferente da pega a uma mão;
Permite a utilização da pega a uma mão em emergência.
A reter:
A pega continental para Volei de direita Eastern de Direita; desencorajar a utilização de pegas
ambos os vóleis (esquerda e próximas de western ou semi-western
direita) permite que num
movimento rápido de Volei de esquerda Eastern de Esquerda
reacção não seja necessário u
ajuste da pega.
2.2.6. SMASH
Smash de direita
Regra geral utiliza-se a pega de serviço, como a continental. Os principiantes
geralmente começam com eastern de direita e progressivamente vão ajustando à
medida que a confiança aumenta.
Eastern de direita
Semi-western
Eastern de esquerda
DIREITA
VÓLEI DE DIREITA
VOLEI DE ESQUERDA
SMASH
A PEGA
A POSIÇÃO DE ATENÇÃO
Rotação de ombros
A FINALIZAÇÃO
Finalização 1
Pega semi-western Finalização 2
Open Stance
O POSICIONAMENTO
O esquema seguinte ilustra as diferentes posições dos membros inferiores que podem
ser utilizadas nas direitas. As áreas sombreadas determinam onde o peso do corpo está
colocado durante a fase do batimento.
A PEGA
A POSIÇÃO DE ATENÇÃO
A FASE DE PREPARAÇÃO
A FINALIZAÇÃO
A PEGA
A POSIÇÃO DE ATENÇÃO
A FASE DE PREPARAÇÃO
As mãos juntam-se;
A reter:
A esquerda a duas mãos O jogador avança para a bola imediatamente
necessita de um ponto de
contacto mais perto do
antes do início do movimento da raqueta para
corpo. a frente;
A FINALIZAÇÃO
Finalização 2
Acção contínua;
A reter: Acção simples;
Numa fase inicial de Bom equilíbrio e lançamento preciso;
aprendizagem é fundamental
que se tenha atenção ao
Uma pega razoável (pulso numa posição confortável).
ritmo e às rotações do tronco
e braços.
Pega Continental
A PEGA
A POSIÇÃO DE ATENÇÃO/POSICIONAMENTO
Alinhar de lado para a rede com os pés confortavelmente à largura dos ombros. O pé
direito está praticamente paralelo à linha do fundo. O pé esquerdo aponta para o poste
direito da rede;
A raqueta é segurada a frente do corpo com o pulso e braço relaxado. Deve ser apoiada
no coração com a mão esquerda. A linha diagonal formada pelas pontas dos pés deve
apontar para o alvo.
A reter:
Numa fase inicial de A ROTAÇÃO DE POTÊNCIA
aprendizagem é fundamental
que se garanta um Após o lançamento, o corpo começa a rodar
lançamento consistente e se
para a frente e a raqueta baixa, num
desenvolva uma acção
coordenada dos braços e um movimento circular, atrás das costas e de
ponto de contacto elevado seguida sobe até ao contacto.
O PONTO DE CONTACTO
À medida que o jogador se torna mais experiente, o pé direito pode ser movimentado para
diante após o impacto. No entanto, no início o pé direito deverá ficar em contacto com a linha
do fundo no chão. Isto ajudará a desenvolver o equilíbrio e força necessários para um
lançamento eficaz e consistente.
A POSIÇÃO DE ATENÇÃO
A PEGA
O PONTO DE CONTACTO
A PEGA
O PONTO DE CONTACTO
3.6. O SMASH
Os jogadores utilizam o smash como antídoto para o
lob, ou antes ou depois do ressalto. O movimento é em
tudo semelhante ao do serviço, com a diferença de um
recuo mais abreviado.
A reter:
O gesto do Smash é idêntico
O smash é um pouco mais difícil de executar que o
ao do serviço mas com uma serviço, uma vez que é uma bola de mais difícil leitura.
preparação mais compacta. No entanto o movimento é basicamente similar.
Este movimento obriga ainda É fundamental ensinar os alunos a:
a um deslocamento que deve
Virar-se de lado;
ser feito lateralmente
procurando colocar-se com a Preparar a raqueta cedo;
bola à sua frente. Colocar-se rapidamente debaixo da bola com
passos pequenos;
Manter contacto visual com a bola;
Usar uma pega de serviço;
Estender ao máximo até ao contacto;
Regressar rapidamente à posição de atenção
após o smash.
A reter: A PEGA
O Lob é uma pancada que
tem os seguintes objectivos:
Lob defensivo: é
As pegas usadas no lob são idênticas às das pancadas
normalmente executado do fundo.
numa situação de É fundamental ensinar os alunos a:
desequilíbrio, em “backspin” Colocar-se rapidamente em posição;
e com uma pega aberta.
Lob em contra-ataque: é
Encurtar o recuo;
normalmente executado Abrir a face da raqueta;
numa situação de maior Movimentar a raqueta para cima.
equilíbrio do que a anterior,”
com uma trajectória baixa e
em “topspin.
À medida que o jogador se aperfeiçoa, pode tentar
executar o lob ofensivo que tem uma trajectória mais
baixa e top-spin.
3.8. O APPROACH
O approach é uma situação de ataque, quando o jogador ataca uma bola a meio court que
A reter: permite o seu avanço para a rede (subida à rede). O approach permite a transição entre a linha
O Approach deve ser de fundo e a rede, entre as pancadas do fundo e as pancadas da rede (volei, smash). Numa
executado a partir de uma situação normal de troca de bolas ao fundo, os jogadores tentam procurar uma abertura (isto é
bola curta, que permita bater bater em profundidade e anglo aberto de forma forçar o erro ou providenciar uma bola curta).
dentro do court e
desequilibrar o adversário. A
Uma vez aparecendo a “aberta”, o jogador procura o winner directo ou então o approach. A
transição para a rede deve intenção inicial do approach não é ganhar o ponto directamente mas sim procurar ganhar
ser rápida e com apoios posição na rede para fechar o ponto com volei ou smash.
dinâmicos.
PASSING SHOTS
A resposta a um jogador que se encontra próximo da rede, é o lob (balão) ou o passing shot. O
passing shot requer os seguintes elementos:
Esta pancada pretende colocar, intencionalmente, uma bola curta com pouco ressalto, no
campo adversário. Pode ser utilizado pelas seguintes razões:
O que é um efeito?
Para o top-spin, a raqueta começa em baixo e termina acima do ponto de contacto. Exige
portanto um movimento debaixo para cima.
Imagem:
Ilustração dos dois tipos de
efeito e do movimento
necessário da raquete para
que estes existam.
TOP-SPIN SLICE
VANTAGENS DO TOP-SPIN
Ressalto Alto: O top-spin faz a bola baixar a trajectória, atingindo o chão com maior
ângulo de ataque, o que resulta num ressalto mais elevado.
Ressalto Rápido: Este efeito produz bolas que ressaltam mais rápido que bolas com slice
ou chapadas com o mesmo ângulo ou velocidade, o que faz com que a recepção seja
dificultada. Embora na maior parte dos gestos do ténis, a bola desacelere quando bate
no chão, as pancadas em top-spin não desaceleram tanto uma vez que a bola roda na
direcção da trajectória da bola. Em certas situações, a bola pode mesmo aumentar a sua
velocidade no ressalto, se a velocidade inicial da bola for relativamente lenta e o efeito
muito pronunciado (por ex. lob top-spin)
LIMITAÇÕES DO TOP-SPIN
Bolas Altas: Se o ponto de impacto for muito alto torna-se bastante difícil “escovar” a
bola com um movimento de baixo para cima, especialmente no caso da esquerda a uma
mão.
GRAU DE TOP-SPIN
VANTAGENS DO SLICE
Deslize: Se a bola for batida com uma trajectória baixa, promove o deslize da bola e um
consequente ressalto baixo, dificultando a devolução do adversário.
Timing: As pancadas curtas são mais fáceis de executar em slice porque a raqueta tem
um tempo de contacto mais longo com a bola.
Bolas baixas: É mais fácil bater uma bola baixa e curta com o slice.
Bolas altas: É mais fácil usar o slice em bolas altas devido essencialmente à relativa
fraqueza do ombro nesta posição.
Ritmo: É difícil bater uma bola com ritmo, mais “pesada”, uma vez que a bola tem
tendência para flutuar demasiado e sair fora.
Ressalto alto e lento: As bolas em slice, com um ângulo de ataque relativo ao solo mais
elevado, têm tendência para “parar” alto após o ressalto em certos tipos de piso,
tornando a bola mais fácil de devolver.
Flutuação: As bolas em slice têm tendência para “flutuar”, permitindo um volei mais
facilitado.
GRAU DO SLICE
A ESQUERDA EM SLICE
A PEGA
Continental ou eastern de esquerda.
O RECUO
FINALIZAÇÃO
A DIREITA EM SLICE
A direita em slice é geralmente utilizada como pancada de emergência quando, por variadas
razões, o jogador não se consegue posicionar para bater a bola em “drive”. É por vezes também
utilizada como bola de aproximação em superfícies muito rápidas. As pegas mais utilizadas são a
continental e eastern de direita.
Imagem:
Ilustração da vista lateral do
ressalto da bola após bater o
solo na execução do serviço.
Imagem:
Ilustração da trajectória de
voo da bola após serviço.
Imagem:
Ilustração do ponto de
impacto raquete/bola na
execução dos vários tipos de
serviço.
EXECUÇÃO
Em vez de atingir a bola com o braço em extensão total, a raqueta “escova” a zona
traseira da bola, com um ponto de impacto ligeiramente mais baixo, produzindo assim o
efeito de avanço;
O movimento da face da raqueta no contacto vai do lado esquerdo mais em baixo até
ao lado direito na parte de trás da bola, aproximadamente das “7 à 1 hora” na parte de
trás da bola;
UTILIZAÇÃO TÁCTICA
O serviço em top-spin é mais utilizado como segundo serviço ou como uma variação do
primeiro. Permite ao jogador bater a bola bem acima da rede e, mesmo assim, colocá-la
na zona de serviço. O top-spin faz com que a bola desça mais rápido do que o serviço de
chapa;
Alguns jogadores têm muita dificuldade em devolver serviços em top-spin porque a bola
tem tendência para ricochetear na face da raqueta se na resposta se tenta apenas
bloquear a bola. Isto é especialmente comum na resposta de esquerda;
Imagem:
Ilustração do serviço em top-
spin.
SERVIÇO EM SLICE
Imagem:
Ilustração do serviço em
slice.
FISIOLOGIA ESPECÍFICA 1
Metabolismo Energético
Esforço Específico do Ténis
Treino das capacidades Físicas no Ténis
METABOLISMO ENERGÉTICO
Imagem
Ilustração das várias
componentes de um
musculo.
Os estímulos nervosos que provocam a contracção muscular chegam ao músculo via neurónio
motor (também chamado de moto neurónio), células nervosas residentes na espinal-medula
que se encontram ligadas a um determinado número de fibras musculares. À totalidade de
fibras enervadas pelo axónio de um moto-neurónio chama-se unidade motora.
Quando um estímulo nervoso é enviado à unidade motora, as fibras musculares vão produzir
energia mecânica a partir de energia química. Para que o músculo entre em contracção terá
então que produzir energia. Essa energia encontra-se armazenada na própria célula muscular
sob a forma de Trifosfato de Adenosina (ATP). Cada molécula de ATP liberta 7300 calorias ao
transformar-se em ADP (ou Difosfato de Adenosina), conforme expresso na seguinte reacção:
A energia resultante desta reacção química é a única forma de utilizar directamente energia
química para o encurtamento da fibra muscular. As reservas intracelulares de ATP são, no
entanto, bastante reduzidas, permitindo apenas actividade muscular durante poucos segundos.
Deste modo, para permitir um trabalho muscular mais prolongado, existe formas de resintetizar
o ATP gasta em contracções musculares.
A fonte imediata para a resintetização do ATP encontra-se nos depósitos intracelulares de
fosfocreatina (CP), que através de uma reacção designada por tranfosforilação repõe os níveis
de ATP na célula, com o auxílio de uma enzima especializada, a creatina-quinase (CK). Este
processo expressa-se na seguinte reacção:
Fisiologia Específica 1 - Manual do Curso de Treinadores de Ténis Grau 1 – FPT 39
Também se denomina este tipo de metabolismo de anaeróbio alático, uma vez que se processa
sem intervenção do oxigénio e sem produção de ácido láctico. Em situação de repouso, os níveis
de CP são gradualmente repostos. As concentrações intracelulares de CP são de
aproximadamente 20 mol g-1 (Ribeiro, 1992), reserva essa que permite prolongar um esforço de
grande intensidade durante cerca de dez segundos. Esgotado esse reservatório, a energia
necessária à ressíntese de ATP será fornecida por reacções químicas mais complexas (e menos
rápidas), através da degradação de substratos energéticos como os hidratos de carbono e as
gorduras.
Os primeiros passos da degradação da glicose (glicólise) processam-se no sarcoplasma,
culminando com a formação de ácido pirúvico e produzindo dois ATP, na chamada via de
Embden-Meyerhof. Em ausência de oxigénio forma-se constantemente ácido láctico a partir do
ácido pirúvico, subindo as suas concentrações até que exista oxigenação suficiente para a sua
reconversão em ácido pirúvico.
Existe ainda outro processo metabólico que necessita de abundância de oxigénio, designado por
-Oxidação dos ácidos gordos, processo este que é determinante uma vez que é o responsável
pela maior parte da produção de energia em repouso bem como nos esforços de longa duração
(em média superiores a 30 minutos). O exemplo em baixo expressa a -Oxidação do ácido
palmítico.
Não existe nenhuma via anaeróbia de produção de energia através dos ácidos gordos. Devido
provavelmente a adaptações hormonais, os atletas de fundo apresentam a capacidade de
mobilizar os ácidos gordos grandemente aumentada uma vez que esse é o substrato energético
determinante para a realização das suas provas competitivas. Pode-se ainda, em casos
extremos, obter alguma energia a partir de proteínas, representando sempre menos de 2% dos
valores totais de energia produzida.
Imagem
Ilustração do sistema versus
tempo de actuação.
Quanto maior for a velocidade de contracção, ou quanto maior for o número de fibras
recrutadas (basicamente quanto maior for a intensidade do esforço), maior será a necessidade
de energia por unidade de tempo.
Fisiologia Específica 1 - Manual do Curso de Treinadores de Ténis Grau 1 – FPT 41
TREINO DA RESISTÊNCIA
Definição
A resistência pode assumir várias formas consoante a variação de diferentes factores. Assim
Resistência a capacidade temos resistência geral e resistência local (ou específica) de acordo com a percentagem de
psicofísica do desportista em massa muscular solicitada. Quanto maior for essa percentagem mais generalizado será o
suportar a fadiga específica trabalho de resistência, não só em termos musculares mas também em termos
do seu desporto de eleição.
cardiovasculares. Por outro lado, no que respeita à forma da solicitação motora podemos
orientar a resistência em termos de força ou em termos de velocidade, entendendo em
qualquer dos casos a resistência como a capacidade de manter esforços específicos de força ou
velocidade pelo maior período de tempo possível. Podemos ainda classificar a resistência em
termos de duração do esforço como resistência de curta, média ou longa duração.
Estas noções não se encontram, no entanto, na mesma linha de raciocínio da definição de
resistência acima descrita que refere o afastamento da fadiga como ponto determinante. Assim
será mais correcto associar a resistência aos processos metabólicos de fornecimento de energia
ou sistemas fornecedores de energia.
Estes sistemas ou processos, descritos no ponto anterior, podem ser classificados da seguinte
forma:
Então temos:
1- Longa Duração – Trabalho contínuo;
2- Intervalado:
Extensivo – Longa duração fraccionado (menor intensidade);
Intensivo – Média e curta duração (maior intensidade);
3- Repetições – Intervalos de recuperação completa;
4- Competitivo - Ritmo de prova fraccionado.
TREINO DA FORÇA
Existem diversas noções de força, não só ao nível da bibliografia, mas também do senso comum.
Definição
- Força é a capacidade de Os factores envolvidos são diversos e é difícil apresentar uma única definição que satisfaça
mover ou suportar uma inteiramente todas as expressões da força no treino desportivo. De uma forma simples
resistência. podemos inferir que força é a capacidade de mover ou suportar uma resistência, podendo no
- Força como a capacidade entanto expressar-se de formas diversas. Podemos então definir força como a capacidade
neuro-muscular de suportar
uma resistência.
neuro-muscular de suportar uma resistência, que exprime, em termos maximais, de três formas
distintas:
Contracção máxima;
Máxima velocidade de contracção;
Nº máximo de contracções.
De acordo com estas três expressões maximais, define-se geralmente o treino da força
direccionado para a força maximal, a força resistente e a força veloz (de velocidade ou rápida).
Podemos ainda, de acordo com a percentagem de massa muscular solicitada, separar os
exercícios de força em duas modalidades distintas: força geral e força específica.
Variados factores condicionam a força. Excluindo os processos metabólicos atrás referidos,
podemos destacar os seguintes:
Quanto maior for a secção transversal do músculo maior será o número de miofilamentos que
constituem as suas fibras musculares, sendo naturalmente maior a capacidade contráctil de
cada fibra (ainda não foi concludentemente comprovado se o número de fibras aumenta com o
treino, enquanto que se encontra cientificamente provado que os miofilamentos aumentam em
grande número) de que é constituído. A importância do controlo nervoso da contracção
muscular é determinante sendo o número de unidades motoras (unidade motora = totalidade
de fibras enervadas pelo axónio de um moto neurónio) envolvidas directamente proporcional à
força desenvolvida pelo músculo. A sincronização entre essas unidades é fundamental para a
Fisiologia Específica 1 - Manual do Curso de Treinadores de Ténis Grau 1 – FPT 44
TREINO DA FLEXIBILIDADE
É comum verificar que esta capacidade é normalmente negligenciada nos planos de treino da
Definição
Por flexibilidade entende-se maioria das modalidades. A flexibilidade, no entanto, assume uma grande importância no treino
a capacidade de executar desportivo não só como estratégia de prevenção de lesões mas também como optimizador do
movimentos de grande movimento desportivo, melhorando a coordenação inter-muscular (relação contracção-
amplitude angular relaxamento entre grupos musculares agonistas e antagonistas). A capacidade de alongamento
voluntariamente ou com
auxílio externo.
do músculo é extremamente importante à medida que a capacidade contráctil do músculo
aumenta, permitindo a sua utilização de uma forma mais eficaz.
Existem dois tipos básicos de estiramento, estáticos ou dinâmicos. Os estiramentos estáticos são
caracterizados por uma actividade muscular mínima onde o músculo é estirado
progressivamente até próximo do seu limite. Os estiramentos activos podem ser passivos,
quando existe auxílio de forças externas (um companheiro por exemplo), ou activos quando se
utiliza uma contracção voluntária dos agonistas com estiramento dos músculos antagonistas.
Com os estiramentos passivos conseguem-se maiores aumentos de amplitude articular,
devendo-se evitar a utilização de estiramentos balísticos uma vez que podem dar origem a
rupturas devido ao reflexo miotático directo (contracção forte em resposta a um estiramento
súbito).
A flexibilidade é uma capacidade altamente treinável, regredindo, no entanto, rapidamente se
os níveis de treino não se mantiverem. Vários factores podem alterar o nível de flexibilidade e
TREINO DA VELOCIDADE
Definição
A velocidade constitui-se como uma capacidade da maior importância na performance
Podemos definir a velocidade desportiva sendo, para além dos factores que lhe são intrínsecos, resultante da conjugação de
como a capacidade do todos os factores relacionados com a resistência, a força e a flexibilidade.
sistema neuro-muscular e Como factores determinantes na velocidade podemos destacar:
locomotor de executar
acções motoras no mínimo
espaço de tempo. Expressão Fenotípica das Fibras Musculares;
Coordenação neuro-muscular (intra e intermuscular);
Metabolismo Energético;
Nível de Força Muscular;
Nível de Mobilidade;
Capacidade dos Processos Volitivos.
Considera-se geralmente que a velocidade é uma capacidade menos treinável do que todas as
outras, com base na importância determinante do potencial genético. Não podemos, no
entanto, falar de uma forma pura de velocidade mas sim de diferentes tipos de velocidade.
Assim temos:
Velocidade de Reacção: Capacidade do sistema neuro-muscular de reagir a um estímulo
no mínimo tempo; pode considerar-se simples quando o estímulo é conhecido (pré-
percepção), ou complexa quando o estímulo não é previsível.
Aceleração: Capacidade do sistema neuro-muscular e locomotor de aumentar
continuamente a sua velocidade o mais rapidamente possível.
Velocidade Maximal: Nível mais elevado de velocidade desenvolvido pelo sistema
neuro-muscular e locomotor.
Velocidade Resistente: Capacidade do sistema neuro-muscular de manter um nível de
velocidade próximo do máximo durante o maior espaço de tempo possível.
Velocidade de Execução: Capacidade de mobilizar um segmento ou cadeia cinética com
a máxima velocidade.
De forma a isolar quais os factores determinantes para a eficiência do treino em Ténis, deve-se
analisar atentamente o jogo, determinando quais as suas exigências específicas. Os elementos a
analisar incluem os factores técnico-tácticas, e as exigências físicas e psicológicas do jogo.
Devemos, acima de tudo, ter em conta o inter-relacionamento entre todos estes factores
CARACTERÍSTICAS TÉCNICO-TÁCTICA
O ténis é um desporto que encaixa na categoria dos jogos de bola e rede. O rico conteúdo do
ténis moderno coloca exigências de grande importância sobre os jogadores. Uma das suas
características é o voo rápido de uma pequena bola, existindo uma rápida alternância de
contacto com a bola entre cada jogador, cobrindo uma vasta área do court.
A reter Durante a duração de um ponto, quando têm controlos sobre a bola, os jogadores utilizam
Num jogo de ténis raramente
regularmente um vasto leque de pancadas. No entanto não é possível planear jogadas como
se planeiam jogadas pois a
imprevisibilidade do jogo num desporto colectivo, como o voleibol, uma vez que os seus planos podem ser
assim não o permite. Envés constantemente destruídos pela pancada do opositor. Existem, apesar disso, jogadas que
disso o jogador tenta podem ser apelidadas de ofensivas ou defensivas.
contrariar o adversário Um jogo de Ténis é um sistema dinâmico e complexo onde as preocupações estratégicas, as
utilizando a sua técnica para
construir a sua táctica de
tácticas utilizadas em situações individuais de jogo e a técnica individual do jogador, estão
jogo. constantemente em acção. O principal meio para vencer o adversário é, sem dúvida a técnica,
que deve ser avaliada quer sobre o ponto de vista biomecânico, quer sobre o ponto de vista de
eficiência táctica.
É óbvio que quanto mais rápida a superfície, mais rápidos são os serviços e mais frequente é o
jogo de rede, sendo a duração de cada ponto necessariamente mais curta.
CARACTERÍSTICAS DA MOVIMENTAÇÃO
Durante todo o encontro, o jogador corre para a frente cerca de 47% da distância total
percorrida no jogo, 48% para o lado, e 5% para trás. Em média, durante um jogo, um jogador
bate cerca de 17 vezes na bola (incluindo serviços) correndo aproximadamente 60 metros.
Em termos de tempo, apenas durante cerca de um quinto do tempo total de um encontro é que
a bola se encontra em jogo (quadro em baixo).
As análises dos tempos de jogo dão-nos uma ideia precisa do tipo de esforço que exige uma
partida de Ténis. Fornece-nos acima de tudo pistas de grande relevância para o
direccionamento das cargas no planeamento do treino.
Um outro tipo de análise com dados recolhidos por este tipo de estudo pode revelar-se
extremamente frutuoso. Estudos comparados para diferentes pisos podem, conforme vimos no
quadro anterior, fornecer pistas importantes para o treino dos jogadores profissionais que
jogam em diferentes pisos nos vários torneis que disputam ao longo do ano. Podem também ser
estabelecidas comparações pertinentes a vários níveis como a comparação do Ténis feminino e
masculino ou entre o ténis com adultos e jovens. Conforme se pode verificar no quadro
anterior, os vários parâmetros considerados demonstram de uma forma bem patente as
diferenças entre as características do jogo em cada piso. Podemos também realçar a grande
relevância dos valores encontrados no item média de pancadas por segundo, que permite
analisar mais claramente quais as diferenças do ritmo de jogo entre cada piso e
consequentemente a sua intensidade.
Torna-se portanto óbvio que a orientação das exigências de velocidade vai em direcção da
aceleração e da velocidade de reacção.
Embora não sejam necessárias grandes amplitudes de movimento para jogar Ténis, a
importância da flexibilidade é determinante na prevenção de lesões, principalmente nas áreas
onde, como vimos anteriormente, a prática do Ténis conduz ao encurtamento muscular.
ANÁLISE TÉCNICA 1
Definição e enquadramento da temática
Aspectos relevantes
Ficha diagnostica
Técnicas de Correcção dos elementos de base
Pancada padrão
o Modelo oficial de referência
o Pontos chave ou de controlo e biomecânica pancadas base:
o Direita e esquerda
o Volley de direita e esquerda smash
o Serviço
Estilo
o Forma como os jogadores utilizam os seus recursos físicos e mentais para
exprimirem a interpretação do modelo referência e o executarem
o IMPORTANTE: estilo técnico não é ERRO!!!
Eficácia e Eficiência
o Eficiência: capacidade de realizar algo convenientemente, com o mínimo de
esforço, tempo e recursos. É uma competência - TÉCNICA
o Eficácia: capacidade de cumprir com os objectivos – TÁCTICA
FICHA DE DIAGNÓSTICO
ATITUDE
Nota
Os pontos fundamentais a - O jogador está motivado/concentrado na tarefa a realizar?
criação de uma ficha
diagnostico podem ser POSIÇÃO DE PARTIDA
alterados consoante a
necessidade do
treinador/observador. - A posição de partida está correcta?
PEGA
FOCALIZAÇÃO
PREPARAÇÃO DA RAQUETA
- A raqueta foi levada para trás suficientemente cedo? Antes da bola cruzar a
rede ou antes do ressalto?
- O recuo (backswing) é demasiado longo ou demasiado curto?
- A rotação dos ombros acontece cedo?
- De baixo para cima para liftar? De cima para baixo para cortar?
- O movimento é suave, harmonioso?
- Há suficiente velocidade da raqueta?
- Segue a linha da bola?
- A bola foi enviada para o local pretendido? Se não porquê? A posição da face
da raqueta no impacto determina para onde a bola vai?
- O ponto de contacto é apropriado para a pega utilizada?
EQUILÍBRIO/TRANSFERÊNCIA DE PESO
FINALIZAÇÃO
RECUPERAÇÃO
Mental – ex. o nervosismo excessivo pode levar ao aparecimento de erros não forçados.
Motivação Concentração; Auto – confiança; Controlo emocional
MÉTODO SANDWICH
Para assegurar que o aluno não sentir que faz tudo errado quando está
Definição a ser corrigido, deve-se inserir a correcção entre dois comentários
Diagnostico - é análise ou positivos. Por ex:
descrição analítica de um ou
mais elementos ou eventos
- “Boa preparação. É isso”;
de um jogo. - “Tenta avançar para a bola”;
- “Bem a terminar”;
GRAU DE ACEITABILIDADE
CONFORMIDADE E EFICIÊNCIA
Por ex. um jogador ao servir pode ter uma série de maneirismos pouco
usuais no início da acção que são meramente rituais que não afectam a
biomecânica do serviço (boa flexão dos membros inferiores, boa rotação
de ombros, rotação do tronco, etc.).
TÉCNICAS DE CORRECÇÃO
Quando observamos
Como Observar?
- Estabelecer prioridades
- Como recolher informação Iniciar a observação de baixo para cima:
- Observar de várias formas o 1.ª observação é o tipo de pega;
- Avaliar a informação
o Pontos chave ou de controlo;
recolhida.
o Estilo: interpretação pessoal do padrão tipo pelo jogador;
o Biomecânica: o respeito pela cadeia cinética
Análise Técnica 1 - Manual do Curso de Treinadores de Ténis Grau 1 – FPT 57
MÁ POSIÇÃO DE ATENÇÃO
LEITURA DA TRAJECTÓRIA
MUDANÇA DE PEGA
MÁ PREPARAÇÃO
Preparação tardia
- Pedir ao aluno para levar a raqueta atrás antes de a bola passar a
rede/ressaltar;
- Utilizar a palavra-chave virar antes da bola passar a rede.
Recuo recto
- Obrigar o aluno a recuar a raqueta, passando por cima de outra raqueta que o
professor segura à altura da sua cintura e passar por baixo durante o swing
(cima da ponte, baixo da ponte).
Demasiado recuo
- O jogador fica perto da linha do fundo. O treinador lança uma série de bolas
em sucessão rápida. O jogador é forçado a encurtar o recuo.
SWING INCORRECTO
MÁ TRANSFERÊNCIA DE PESO
MAU EQUILÍBRIO
Pedir ao jogador para “posar para a fotografia” até a bola bater no outro
lado do campo;
Manter a cabeça estável durante a execução da pancada, colocando um
boné virado para baixo na cabeça;
Dizer, cabeça quieta quando o jogador bate a bola.
Colocar uma capa de uma raqueta aos pés do servidor. Isto assegura
que o jogador está de lado e com os pés a uma distância confortável;
Assegurar que o pé esquerdo está a apontar para o poste direito da
rede;
Desenhar uma seta no campo que os jogadores utilizem para se
direccionarem melhor.
LANÇAMENTO ERRÁTICO
PREPARAÇÃO
FINALIZAÇÃO INCORRECTA
DEMASIADO RECUO
AUSÊNCIA DE SLICE
DEMASIADO RECUO
ENFRENTANDO A REDE
MOVIMENTAÇÃO FRACA
PEDAGOGIA ESPECÍFICA 1
Exigências Técnicas do Ténis
Elementos Base de uma Aula
Ensino de Progressões
Fala-se por vezes de métodos mistos que, nada mais é do que formas de coordenar os métodos
descritos acima.
O respeito por determinados princípios metodológicos do ensino da técnica garante um
desenvolvimento apurado de competências e a sua consequente consolidação.
Desta forma podemos enumerar os seguintes princípios:
É determinante no ténis procurar desde cedo a consistência e para tal é fundamental garantir
condições de sucesso para o aluno que dá os primeiros passos na modalidade. O trabalho
A Reter técnico deve ser dirigido em primeiro lugar para a consistência e para o controlo, ficando o
Numa fase inicial de desenvolvimento da potência para uma altura em que estes aspectos estejam suficientemente
aprendizagem devemos dar consolidados.
prioridade a consistência. A racionalização do processo de treino não é mais do que a definição e determinação de forma
qualitativa e quantitativa, dos parâmetros que permitem estabelecer a utilidade e
especificidade do exercício, e que devem ser observados durante o treino. A racionalização
Aplicação Prática conduz à estandardização dos exercícios (exercícios que se aplicam em condições similares e em
Podemos conseguir a que se conhece aproximadamente os resultados da sua eficácia) e à redução do número de
consistência com jogos de exercícios e o aumento do número de repetições em cada exercício.
competição entre grupos.
Os exercícios definem-se como instrumentos ou tarefas do treino que objectivam o
desenvolvimento das diferentes componentes do rendimento desportivo.
Existem três tipos distintos de exercícios, cuja utilização varia consoante a etapa de
desenvolvimento desportivo do atleta ou da altura da época em que se encontra. Obviamente
que as opções do professor/treinador desempenham um papel preponderante nos exercícios a
utilizar nas sessões de treino. Assim temos os exercícios gerais, que são aqueles que apresentam
uma estrutura diferente da competição; os exercícios específicos, que são os que apresentam
elementos da competição mas de uma forma fraccionada; caracterizando-se por uma acção
selectiva; e, por fim, os exercícios de competição, os que possuem o mais elevado grau de
semelhança com a competição nos seus gestos e acções.
Estas preocupações devem encontrar-se bem presentes na altura de seleccionar os exercícios a
utilizar na elaboração das unidades de treino. Será extremamente importante nessa etapa
observar alguns princípios a que o planeamento da sessão de treino deve obedecer:
Na estruturação da sessão de treino deve ser também objectivado qual o tipo de intervenção
que se pretende por parte do professor. O caso do ténis é bastante específico no que se refere a
intervenção do professor, devido ao facto de ela se revelar determinante no processo de
ensino/treino de um atleta. Podemos dividir a intervenção do professor em dois campos
distintos: a intervenção directa quando o professor participa activamente no exercício, e
indirecta quando a sua intervenção se expressa ao nível da orientação do atleta, na correcção e
Aplicação Prática
Quando trabalhamos com na demonstração dos conteúdos. A intervenção directa é uma realidade à qual o
grandes grupos de alunos professor/treinador não pode fugir, ao contrário da maioria das outras modalidades,
devemos conseguir introduzir principalmente durante as fases iniciais de aprendizagem. Esse tipo de intervenção é sem dúvida
esquemas organizativos que determinante, mas coloca diversos problemas quando o professor/treinador é confrontado
nos permitam mudanças
rápidas entre os exercícios com a realidade no clube. As maiores dificuldades surgem na orientação de grandes
sem necessidade de muita grupos, onde a escolha dos exercícios e da forma de intervenção do professor é
organização. É nas primeiras fundamental para evitar situações de monotonia, por vezes conducentes ao abandono
aulas que esses esquemas
têm de ser adquiridos. da modalidade.
Existem três estratégias básicas para lidar com grandes grupos de alunos em aulas de
ténis em situações de intervenção directa do professor, nomeadamente com a
utilização de cestos, baldes ou carros com bolas:
Existem obviamente formas mistas de organizar os exercícios, onde uma vez definidos
os objectivos, a imaginação desempenha um papel importante. Duas coisas são
fundamentais, por um lado alcançar os objectivos propostos por outro lado utilizar
meios o mais motivantes possível para concretizar esses objectivos.
Em atletas de alta competição a intervenção directa não é tão determinante e o
professor/treinador pode libertar-se para conseguir realizar tarefas de observação e
correcção de uma forma muito mais precisa. É, desta forma, importante, à medida que
os alunos vão evoluindo tecnicamente, reduzir progressivamente a utilização dos meios
que requerem a intervenção directa do professor.
PREPARAÇÃO
1. Escrever
O professor deve ser encorajado a preparar sempre as suas lições com antecedência. Esta
preparação deve incluir a definição de objectivos básicos da sessão, quais as habilidades a ser
desenvolvidas, o método de progressão, a organização da turma, jogos, e a gestão do tempo
para cada actividade prevista.
Este material deve ser guardado para posterior uso ou análise.
4. Planear os exercícios
Preparar com antecedência os exercícios para o desenvolvimento das habilidades que vão ser
utilizados. Determinar quais vão ser os sistemas de rotação dos alunos (e bolas). Também
determinar os tipos de bolas que vão ser lançadas, o papel do instrutor e o tempo dedicado a
cada exercício.
Prever como se lida com situações com o número dos alunos para e ímpar.
5. Preparar um jogo
Elaborar um jogo que ponha em actividade as habilidades recentemente adquiridas, estando
preparado para explicar e demonstrar o jogo.
SEGURANÇA
Assegurar que a aulas sejam seguras é uma das mais importantes responsabilidades de um
professor. As lições em grupo podem ser particularmente propensas a acidentes, uma vez que
existem várias pessoas em acção simultaneamente numa área relativamente confinada.
Colocar os cestos de bolas para que os alunos não tropecem neles ou outros acidentes
Aplicação Prática que possam acontecer quando estão colocar ou retirar bolas;
O Professor é o responsável Colocar os canhotos de maneira a evitar que os alunos se atinjam uns aos outros com as
pela segurança e deve pensa- raquetas;
la de forma sistemática Afastar os alunos uns dos outros sempre que possível, para evitar que os alunos sejam
analisando todos os pontos
onde o perigo possa atingidos por bolas ou raquetas;
espreitar. A preparação da Criar situações em que as bolas sejam regularmente retiradas para que os alunos não as
aula pode colmatar esses pisem;
possíveis erros de segurança. Manter os campos livres de sujidade ou humidade para evitar que as pessoas
escorreguem;
Prestar uma atenção cuidadosa a toda a classe a todo o momento – nunca virar as
costas aos elementos da aula;
Não abandonar o court durante a duração da aula;
No momento das demonstrações assegurar que os alunos não pratiquem o movimento
para não atingirem os colegas;
Saber onde se encontra ou providenciar um telefone para casos de emergência;
Ter um kit de primeiros socorros disponível;
Se possível, frequentar alguma acção de formação ou curso para saber quais os
procedimentos em caso de emergência.
É necessário que o professor seja capaz de providenciar uma demonstração visual clara de cada
gesto técnico. No nível, é necessário ser capaz de demonstrar a versão clássica do serviço, a
A Reter direita, a esquerda os voleis e o smash.
O ditado diz, “uma imagem
vale mais do que mil Utilizar as seguintes linhas orientadoras para demonstrar os gestos técnicos e progressões:
palavras” é particularmente
adequado para o ensino do
ténis. Antes de iniciar qualquer demonstração explicar sempre para que situação esta
habilidade ou pancada é necessária e como pode ser utilizada;
Fazer todas as demonstrações de uma forma lenta;
Utilizar formas clássicas das pancadas nas demonstrações;
Demonstrar o movimento completo antes de o separa em diferentes partes;
Identificar o relacionamento da bola, raqueta e corpo;
Assegurar que todos os alunos vêem claramente a demonstração;
Repetir as demonstrações várias vezes;
Complementar as demonstrações com uma breve explicação verbal da habilidade;
utilizar palavras-chave em simultâneo com o movimento;
Quando apropriado, fazer com que as exemplificações simulem situações de jogo;
Deixar que os alunos observem demonstrações em diferentes ângulos;
Aproveitar o facto de poder utilizar os alunos nas demonstrações.
Importante:
Imagem
Ilustração da posição que o
professor deve adoptar no
momento de realizar uma
demonstração.
O professor tem de ter a capacidade de “alimentar” os alunos com bolas, isto é, lançar ou bater
a bola de uma forma suave para que os alunos possam praticar uma habilidade específica. Esta
“alimentação” deve ser apropriada para a capacidade do aluno e para as características da
habilidade a ensinar.
Idealmente, o professor deverá ser capaz de executar cinco formas distintas de “alimentar” um
exercício com bolas, de diferentes posições no campo:
Largar a bola implica deixar cair a bola próxima do jogador. Esta situação pode ser efectuada
pelo treinador, por um aluno ou pelo próprio jogador.
Bater a bola com ressalto é uma situação usualmente utilizada para situações do fundo ou do
meio do campo (linha de serviço). Este lançamento permite ao aluno mais tempo para se
preparar para a execução da pancada.
Por uma questão de simplicidade, podemos dividir estas progressões em dois grupos:
Progressões estáticas (situações analíticas com lançamento de bolas, por ex. cestos);
PROGRESSÕES ESTÁTICAS
Definição
Inicialmente, a bola é colocada à mão pelo treinador ou outro aluno para que o jogador possa
São progressões que não trabalhar a sua técnica numa situação simplificada. O jogador trabalha no desenvolvimento de
promovem muita um movimento eficaz de batimento (habilidades de projecção) mas regra geral não melhora as
movimentação no aluno. habilidades de recepção, fundamentais para jogar ténis.
- Posição de atenção;
- Recuo (backswing);
- Transferência de peso;
- Ponto de contacto;
- Finalização (follow through).
Os jogadores podem iniciar a aprendizagem da execução da acção sem bola utilizando o método
de sombra. Depois progridem aumentando o grau de dificuldade do lançamento da bola:
O lançamento de bola (”alimentação”) pode ser efectuado pelo treinador ou por outro aluno.
Com o tempo, o jogador melhora o suficiente para jogar o jogo formal.
Nas progressões estáticas, o treinador por vezes pode variar as formas de lançar a bola em
Aplicação Prática
O jogador leva a raqueta diferentes fases das pancadas.
atrás, avança e movimenta a
raqueta até ao ponto de Decompor os gestos nas suas diferentes componentes pode ser uma técnica de correcção
contacto, o treinador larga a bastante eficaz.
bola com a mão, o jogador
bate e finaliza.
A vantagem das progressões estáticas reside no facto permitir ao jogador a sensação de uma
“pancada perfeita”. Os alunos aprendem os elementos importantes do gesto técnico e por isso
Aplicação Prática
podem ser os seus próprios treinadores e dos seus colegas.
O jogador leva a raqueta
atrás, o treinador lança a A principal desvantagem deste método está no facto de não estimular suficientemente as
bola por cima da rede, o habilidades de recepção. Estes exercícios podem também, se praticados demasiadas vezes ou
jogador avança, bate e demasiado tempo, tornar-se entediantes. Nas fases iniciais das situações estáticas, os jogadores
finaliza.
não tem grandes hipóteses de jogar ténis, que é a razão principal pela qual eles vêm treinar.
PROGRESSÕES DINÂMICAS
A melhor forma de utilizar progressões dinâmicas com principiantes de tenra idade é o mini-
ténis.
MINI-TÉNIS
O mini-ténis tem por objectivo iniciar crianças muito jovens na prática do ténis de uma forma
Aplicação Prática
Neste tipo de progressões o activa e divertida. Utilizando um campo de menores dimensões e uma raqueta adaptada mais
treinador opta por colocar os manejável combinada com bolas de baixo ressalto (de esponja ou sem pressão), os jovens
jogadores a jogar mini-ténis. jogadores aprendem de uma forma dinâmica por experimentação e descoberta. De facto, as
crianças aprendem a jogar formas adaptadas do ténis desde o início. Rapidamente aprendem
desenvolvendo habilidades de movimentação, que aprendem por imitação do treinador, de
jogadores mais velhos ou até das estrelas do ténis profissional.
Os gestos geralmente não são decompostos por elementos, os alunos são encorajados a
utilizar formas simplificadas do gesto completo desde o início;
À medida que os alunos vão ficando mais velhos, progridem gradualmente para raquetas
maiores e para o campo de dimensões normais, avançando para o jogo formal.
PROGRESSÕES COMBINAÇÕES
Uma forma bastante eficaz de ensinar o ténis a principiantes, para além do mini-ténis (adaptado
para crianças muito jovens) consiste na combinação de progressões estáticas e dinâmicas.
Uma boa referência para a relação ideal entre as situações estáticas e dinâmicas será de um
terço para as primeiras e dois terços para as segundas, privilegiando o método global.
MÉTODO SOMBRA
A capacidade de executar um gesto técnico sem bola é muito importante e pode ser utilizado
em todas as progressões. Se o aluno consegue perceber o movimento sem bola, terá mais
probabilidades de o conseguir com bola.
Da mesma forma, se o aluno consegue executar o movimento sem bola, fica obviamente com
uma imagem e cinestesia dessa acção. Podem comparar essas sensações com as sensações do
batimento (comparando o “modelo sombra” com o modelo real). Isto permite uma auto-
interiorização do ensino.
Existem diversas formas de ensinar os gestos básicos aos alunos. A importância deste ponto
consiste em assegurar que as progressões sugeridas pelo treinador trabalhem as habilidades de
recepção e projecção dos seus jogadores.
SAÚDE 1
Estado de Choque
Lesões várias do ténis
Neste manual abordam-se alguns temas considerados como necessários a esta formação, de
uma forma que se pretende que seja clara e sucinta.
1. ESTADO DE CHOQUE
A Posição Lateral de Segurança deve ser utilizada em toda a pessoa inconsciente para
permitir uma melhor ventilação libertando as vias aéreas superiores.
Imagem
Ilustração de como devemos
proceder para colocar uma
pessoa em posição lateral de
segurança.
HEMORRAGIAS
Definição CLASSIFICAÇÃO:
Hemorragias - Consiste numa
saída de sangue do seu Externa – O sangue sai por uma lesão na pele;
percurso habitual (vasos
Interna Visível – O sangue sai por um orifício natural do corpo;
Interna Invisível – O sangue fica retido no interior do corpo, acumulando-se nos órgãos
ocos e noutras cavidades.
HEMOPTISES
HEMATEMESES
EPISTÁXIS
HEMOPTISE
HEMATEMESE
EPISTÁXIS
Definição
Epistáxis - Saída de sangue Nas situações em que não há suspeita de traumatismo craniano deve-se controlar a
pelo nariz. hemorragia da seguinte forma:
Imagem
Ilustração de um jovem com
uma epistáxis.
Definição
Este tipo de hemorragia pode passar despercebido, mas existem sinais e sintomas da sua
Hemorragia interna invisível existência.
– hemorragia onde o sangue
permanece no interior do Sintomas:
organismo.
2. DESIDRATAÇÃO
Definição Sintomas:
Desidratação - caracteriza
pela baixa concentração de Visão turva, palidez;
água, mas também de sais
Aumento da temperatura do corpo;
minerais e líquidos orgânicos
no corpo, a ponto de impedir Aumento da frequência cardíaca;
que ele realize suas funções Sensação de fraqueza;
normais. Fadiga muscular;
Respiração ofegante;
Diminuição da eliminação do suor;
Sensação de desmaio;
Náuseas e vómitos.
ANTES DA COMPETIÇÃO:
Cerca de duas horas antes do exercício físico, o atleta deve começar a ingerir líquidos até
trinta minutos antes, momento a partir do qual deve parar de beber.
Em média é recomendado cerca de 500 ml de líquido, em pequenas quantidades e em
intervalos de tempo regulares (por exemplo de 15 em 15 minutos), nunca ultrapassando os
valores mencionados no seguinte quadro:
DURANTE A COMPETIÇÃO
Durante o exercício físico deve haver um consumo de cerca de 150 ml de líquidos a cada 15
a 20 minutos para repor as perdas de suor. A bebida a ingerir deve estar ligeiramente fresca.
Em média, em exercícios mais prolongados, são preferíveis as bebidas que contenham cerca
de 4 a 8% de hidratos de carbono e 0,5 a 0,7g de sódio por litro. Em exercícios inferiores a
uma hora e menos intensos pode optar-se apenas por água.
APÓS A COMPETIÇÃO:
Sintomas de hipoglicémia:
Fadiga;
Fome súbita;
Tremores;
Tonturas;
Taquicardia;
Suores;
Pele fria, pálida e húmida;
Visão turva ou dupla;
Cefaleias;
Dormência nos lábios e língua;
Irritabilidade;
Desorientação;
Alteração de comportamento;
Convulsões;
Perda de conhecimento.
Prevenção de hipoglicémia:
Perante uma hipoglicémia ligeira deve-se repor a glicemia ingerindo líquidos, por
exemplo, sumo de frutas, copo de leite ou água com açúcar.
Se o grau de hipoglicémia for mais grave, terá de haver uma intervenção específica,
de um técnico de saúde competente, de acordo com os sintomas detectados,
nomeadamente, administração por via endovenosa de soluções que contenham
dextrose, a fim de evitar desequilíbrios graves no organismo do atleta.
Via Inalatória
Via cutânea
Via ocular
Lavar os olhos com água ou soro fisiológico se possível, do canto interno para
externo, mantendo o olho aberto.
INSOLAÇÃO
Definição
Insolação - é um mal estar
Sintomas:
decorrente da exposição
prolongada ao sol intenso ou
ao calor. Pele vermelha;
Pele quente;
Pele seca;
Pulso forte e irregular;
Agitação;
Ventilação acelerada;
Náuseas ou vómitos;
Cefaleias;
GOLPE DE CALOR
Definição
Sintomas:
Hipertermia - quando um
individuo está exposto a um Pele fria e pálida;
ambiente quente e húmido, Suores frios e viscosos;
(sítios fechados com pouca
ventilação). Pupilas dilatadas;
Pulso fraco e rápido;
Apatia;
Ventilação acelerada;
Náuseas ou vómitos;
Cefaleias;
Cãibras;
Definição Sintomas:
Geladura - é o nome dado à
lesão causada pela exposição Edema;
do corpo, ou parte dele, ao
Insensibilidade;
frio intenso, onde pode
ocorrer o congelamento Pele esbranquiçada;
parcial da pele da região Aparecimento de bolhas;
exposta. Rigidez.
HIPOTERMIA
Definição
Sintomas:
Hipotermia - quando um
indivíduo está num ambiente Descida da temperatura corporal;
extremamente frio, e os A vítima fica sonolenta, até entrar num estado de inconsciência;
mecanismos reguladores da
temperatura interna, não Pele fria e pálida;
conseguem manter a Tremores;
temperatura nos valores Pulso fraco.
aceitáveis para o
funcionamento dos órgãos.
Pode levar à inconsciência. O que deve fazer:
6. FERIDAS
Definição Uma das grandes complicações é o risco de infecção, a outra é, nas feridas profundas, poder
Ferida - lesão provocada na provocar lesão de órgãos internos, tendões, nervos e músculos.
pele que pode originar uma
hemorragia, mais ou menos O que deve fazer:
intensa, dependendo da
profundidade e localização.
Saber se a vítima tem as vacinas actualizadas;
Usar luvas;
Fazer uma lavagem da zona com água e sabão ou solução
germicida;
Imagem
A desinfecção primeiro da zona em volta, depois da ferida
Ilustração de uma ferida a ser
tapada e comprimida com do centro para a periferia;
uma compressa de forma a Colocar um penso de protecção;
estancar o sangue. Em caso de ferida com grande hemorragia, fazer compressão manual;
Em caso de objecto estranho encravado, fixá-lo com compressas para não agravar a
lesão e proceder à evacuação para o hospital.
Definição Classificação:
Queimaduras - São lesões da
pele provocadas por diversos
agentes como: fogo, fricção, 1º Grau – atinge a camada superficial da pele;
produtos químicos, líquidos 2º Grau – atinge camadas mais profundas da pele;
quentes, objectos quentes, 3º Grau – há destruição da pele e atinge os tecidos mais profundos.
etc.
Se a queimadura for nos olhos, lavar abundantemente com água do canto interno para o
externo, manter os olhos abertos, para evitar a aderência das pálpebras. Se for em zonas de
contacto colocar compressa húmida entre as zonas para evitar aderências.
Definição 8. FRACTURA
Fractura - Lesão óssea
consistindo numa solução de As fracturas podem ser:
continuidade completa ou
incompleta com ou sem
deslocamento dos Fechadas, quando não há feridas;
fragmentos. Uma das Abertas, quando há feridas;
principais complicações que Expostas, quando se visualiza o osso.
podem surgir são as
hemorragias.
Sintomas:
Imagem
Ilustração de uma entorse no
tornozelo.
11. EPILEPSIA
Definição
Esta descarga acontece subitamente e é em geral de curta duração (não costuma ultrapassar os
Epilepsia - doença que 15 minutos). O funcionamento cerebral é normal entre as crises.
resulta de uma perturbação A frequência com que aparecem as crises depende de doente para doente.
do funcionamento do
cérebro, devido a uma
As convulsões podem ser:
descarga anormal de um
determinado número de
neurónios cerebrais. Parciais - normalmente provocadas por descargas focais. As características dependem
da localização do foco no cérebro e da sua propagação, ou não, a outros neurónios.
A causa das convulsões é desconhecida, isto é, a pessoa não foi identificada como
portadora de epilepsia ou de outro distúrbio convulsivo;
A pessoa é diabética, traumatizada ou gestante;
A convulsão dura mais de 5 minutos, ou uma segunda convulsão começa depois da
primeira;
A consciência não retorna;
A convulsão ocorreu na água.
A seguinte imagem apresenta o folheto da Liga Portuguesa contra a Epilepsia que explica a
atitude certa perante uma crise convulsiva.
Para encontros de pares, o centro dos postes de pares deverão estar em cada lado do campo a
0,914 m de fora da linha lateral de pares.
Para singulares, se uma rede de singulares for usada, os centros dos postes deverão estar colocados
a 0,914 m para fora do campo de singulares em cada lado. Se uma rede de pares for utilizada para
singulares, então a rede deverá ser sustentada por dois sticks de singulares com uma altura de 1,07
m, os centros desses sticks deverão ser colocados a 0,914 m para fora da linha lateral, em cada lado.
Os postes não deverão ter mais que 15 cm de largura ou 15 cm de diâmetro;
Os sticks de singulares não deverão ter mais de 7,5 cm em largura ou 7,5 cm de diâmetro;
Os postes ou sticks de singulares não deverão ultrapassar o topo da rede em mais de 2,5
cm.
As linhas que delimitam o campo nos fundos e nas laterais são chamadas respectivamente linhas de
base e linhas laterais. As linhas de serviço deverão estar em cada lado da rede e paralelas a esta, a
uma distância de 6,40 m. Os espaços em cada lado da rede entre as linhas de serviço e as linhas
laterais são divididos em duas partes iguais chamadas áreas de serviço pela linha central de serviço.
Cada linha de base deverá ser dividida a meio por uma marca central, com 10 cm de comprimento,
desenhada no interior do court, paralela às linhas laterais.
A linha central de serviço e a marca central de base deverão ter 5 cm;
As outras linhas do campo deverão ter entre 2,5 cm e 5 cm de largura, excepto as linhas de
base que poderão ir até 10 cm de largura.
Todas as medições deverão ser feitas da parte de fora da linha e todas as linhas deverão ter a
mesma cor e contratando claramente com a cor do campo.
Não é permitido publicidade no campo, rede, fitas, faixas, postes ou sticks de singulares excepto o
previsto no ANEXO III.
2. ACESSÓRIOS PERMANENTES
As bolas que estão aprovadas de acordo com as Regras de Ténis, deverão obedecer às
seguintes especificações no ANEXO I.
Regra 2
A International Tennis Federation decidirá se qualquer bola ou protótipo cumpre as especificações
A Bola
acima indicadas ou se é de outra forma aprovada ou não para jogar. Esta decisão pode ser tomada
Aplicação prática da regra
por iniciativa própria, ou por solicitações das partes com interesse na mesma, incluindo qualquer
jogador, fabricante de equipamento, Federações Nacionais ou os seus membros. Estas decisões e
solicitações serão de acordo com os “ Procedimentos de Revisão e Audiência” da International
Tennis Federation.
Os organizadores dos torneios deverão anunciar com antecedência:
Número de bolas em jogo 2, 3, 4 ou 6.
Qual a mudança de bolas no encontro, se houver.
Caso 1: Se uma bola no final de um ponto estiver sem pressão (chocha), deverá o ponto ser
repetido?
Decisão: Se a bola estiver sem pressão (chocha) e não estiver rota, o ponto não deverá ser
repetido.
Nota: Em torneios em que são aplicadas as regras de ténis, as bolas a serem usadas têm que estar
incluídas na lista oficial da ITF de bolas aprovadas divulgada pela Federação Internacional de Ténis.
4. A RAQUETA
Regra 4
A Raqueta As Raquetas que estão aprovadas para uso de acordo com as Regras de Ténis, deverão
Aplicação prática da regra.
obedecer às seguintes especificações no Anexo II.
A Federação Internacional de Ténis decidirá se qualquer raqueta ou protótipo cumpre as
especificações indicadas no Anexo II ou se é de outra forma aprovada, ou não, para jogar. Esta
decisão pode ser tomada por iniciativa própria ou se por solicitação de qualquer das partes com
interesse na mesma, incluindo qualquer jogador, fabricante de equipamento, Federações Nacionais
ou os seus membros. Essas decisões e solicitações serão de acordo com os “Procedimentos de
Revisão e Audiência” da International Tennis Federation.
Caso 1: Pode haver mais de um conjunto de cordas na superfície de batimento de uma raqueta?
Decisão: Não. A regra menciona claramente um conjunto e não conjuntos de cordas cruzadas.
Caso 3: Pode o anti-vibrador ser colocado nas cordas da raqueta? Em caso de afirmativo, onde ele
pode ser colocado?
Regulamento do Ténis 1 - Manual do Curso de Treinadores de Ténis Grau 1 – FPT 94
Caso 4: Durante uma jogada, um jogador parte acidentalmente as cordas da sua raqueta. Poderá
ele continuar a jogar com a raquete nessas condições?
Decisão: Sim. Excepto quando a proibição é especificada pelos organizadores do torneio.
Caso 5: É permitido a um jogador usar mais que uma raqueta em qualquer altura do jogo?
Decisão: Não.
Caso 6: Pode uma bateria que afecte as características de jogo ser incorporada à raquete?
Decisão: Não. Uma bateria é proibida pois é uma fonte de energia, como também energia solar ou
outros aparelhos similares.
Jogo Normal
Regra 5
A Pontuação num jogo Um jogo normal é pontuado da seguinte maneira com a pontuação do servidor a ser chamada
primeiro:
Sem ponto – “Zero”;
1.º ponto – “15”;
2.º ponto – “30”;
3.º ponto – “40”;
4.º ponto – “Jogo”.
Excepto, se ambos os jogadores/par tiverem ganho três pontos, a contagem é “iguais”. O ponto
seguinte ganho por um jogador/par dá a “vantagem” para esse jogador/par. Se o mesmo
jogador/par vence o ponto seguinte, o jogador/par ganha o jogo; se o opositor vence o ponto, a
contagem fica novamente “iguais”. Um jogador/par necessita de ganhar dois pontos consecutivos a
seguir ao “iguais” para ganhar o “Jogo”.
Tie-break
Durante o Tie-break, os pontos são contados “Zero”, “1”, “2”, “3”, etc. O primeiro jogador/par a
ganhar 7 pontos vence o “jogo” e o “Set”, desde que esteja à frente do adversário/os por uma
margem de 2 pontos. Se necessário, o Tie-break deve continuar até esta margem ser atingida.
O jogador a quem cabia servir, deve ser o servidor para o primeiro ponto do jogo do Tie-break. Os
dois pontos seguintes deverão ser servidos pelo adversário (s) (em Pares, o jogador do par opositor
que é suposto calhar a vez de servir). Daí em diante, cada jogador/par deve servir alternadamente
por 2 pontos consecutivos até que o vencedor do Tie-break (em pares, a rotação de serviço deve-se
manter na mesma ordem como durante um Set).
O jogador /par que serviu primeiro no Tie-break deve ser recebedor no primeiro jogo do Set
seguinte. Os métodos alternativos de contagem, aprovados, podem ser encontrados no Anexo IV.
Os métodos adicionais de contagem alternativa aprovados podem ser encontrados na Anexo IV.
8. SERVIDOR E RECEBEDOR
Regra 8 Os jogadores devem se posicionar em lados opostos da rede. O servidor é o jogador que
Servidor e Recebedor põe a bola em jogo para o primeiro ponto. O recebedor é o jogador que está preparado para
Aplicação prática da regra. receber a bola servida pelo servidor.
Caso 1: É permitido ao recebedor colocar-se fora das linhas que limitam o seu campo.
Decisão: Sim. O Recebedor poderá colocar-se em qualquer posição dentro ou fora das linhas no seu
lado da rede.
Regra A escolha de lados e o direito de ser servidor ou recebedor no primeiro jogo do encontro,
A escolha de lados e serviço. será decidido por sorteio antes do início do aquecimento. O jogador/par que ganhe o sorteio tem o
Aplicação prática da regra. direito de escolher:
Ser servidor ou recebedor no primeiro jogo do encontro, neste caso o adversário(s) terá que
escolher o lado do campo para o primeiro jogo do encontro;
Lado do campo para o primeiro jogo do encontro, neste caso o adversário(s) terá que
escolher ser servidor ou recebedor para o primeiro jogo do encontro;
Pedir ao seu adversário(s) que escolha uma das opções acima mencionadas.
Caso 1: Ambos os jogadores/par têm o direito a uma nova escolha se o aquecimento for parado e
saírem do campo?
Decisão: Sim. O resultado do sorteio mantém-se, mas novas escolhas podem ser feitas por ambos
os jogadores/pares.
Regulamento do Ténis 1 - Manual do Curso de Treinadores de Ténis Grau 1 – FPT 96
Regra 10 Os jogadores devem trocar de lado do campo no fim do primeiro jogo, terceiro e a cada
Mudança de lado. subsequente jogo impar de cada Set. Os jogadores também deverão mudar de lado do campo no
final de cada Set, a não ser que o total de números de jogos nesse Set seja par, neste caso que a
troca é feita no fim do primeiro jogo do Set seguinte.
Durante o jogo de Tie-break, os jogadores deverão trocar de lado depois de cada seis pontos.
Regra 13 Se a bola em jogo toca um acessório permanente depois de ter batido dentro do campo, o
Bola toca num acessório jogador que a golpeou ganha o ponto. Se a bola em jogo toca um acessório permanente antes de
permanente ter batido no solo, o jogador que a golpeou perde o ponto.
Regra 14
No final de cada jogo, o recebedor deve tornar-se servidor e o servidor passa a ser
Ordem de Serviço recebedor para o próximo jogo.
Em pares, o par que tem que servir no primeiro jogo de cada Set deve decidir qual o jogador que
serve para esse jogo. Igualmente, antes do inicio do segundo jogo, os seus adversários devem
decidir qual o jogador que serve nesse jogo. O parceiro do jogador que serviu no primeiro jogo deve
servir no terceiro jogo e o parceiro do jogador que serviu no segundo jogo deve servir no quarto
jogo. Esta rotação deverá manter-se até ao final do Set.
Em pares, o par que tem que receber no primeiro jogo de cada Set deve decidir qual o
Regra 15
Ordem de receber em pares
jogador que recebe no primeiro ponto desse jogo. Igualmente, antes do inicio do segundo jogo, os
Aplicação prática da regra. seus adversários devem decidir qual o jogador que recebe no primeiro ponto desse jogo. O jogador
que era o parceiro do recebedor no primeiro ponto do jogo, deverá receber no segundo ponto e
esta rotação deverá manter-se até ao final do jogo e do Set.
16. O SERVIÇO
O servidor deverá, então, projectar a bola com a mão para o ar, em qualquer direcção, e antes que
a ela toque o solo, golpeá-la com sua raquete. O movimento do serviço, deverá ser considerado
como completo no momento em que a raquete bate ou falha a bola. Um jogador que só tenha um
braço poderá utilizar a sua raquete para projectar a bola.
Regra 17 Ao servir num jogo normal, o servidor deve posicionar-se, de modo alternado, atrás de cada
Execução do Serviço metade do campo, começando a servir todos os jogos a servir pelo seu lado direito.
Num jogo de Tie-break, o serviço deverá ser executado de modo alternado, atrás de cada metade
do campo, com o primeiro serviço a ser executado do lado direito do campo.
A bola servida deverá passar sobre a rede e atingir o solo dentro da área de serviço que esteja
diagonalmente oposta, antes do recebedor a devolver.
18. FALTA DE PÉ
Caso 1: Num encontro de singulares, pode o servidor executar o serviço entre a linha lateral de
singulares e a linha lateral de pares?
Decisão: Não.
Caso 1: Depois de lançar a bola para o ar, na preparação do serviço, o servidor decide não golpeá-la
e em vez disso apanha-a. É isto, uma falta?
Decisão: Um jogador, quando lança a bola e depois decide não golpeá-la, pode apanhar a bola com
a mão ou raquete, ou deixar a bola cair.
Caso 2: Ao servir num encontro de singulares, jogada num campo de pares, com postes de pares e
sticks de singulares, a bola bate num stick de singulares e de seguida toca o solo dentro da área
correcta do serviço. É isto, uma falta?
Decisão: Sim.
Regra 20
Se o primeiro serviço for falta, o servidor sem demora deverá servir outra vez, por detrás da
Segundo Serviço mesma metade do campo da qual ele serviu a falta, a menos que o serviço tenha sido executado da
metade errada.
Regra 21
O servidor não deve servir até que o recebedor esteja preparado. Contudo, o recebedor
Quando Servir e Receber deve jogar para o “ritmo razoável” do servidor e deve estar preparado para receber dentro de
tempo razoável no momento que o servidor está preparado.
Um recebedor que tentar devolver o serviço, deverá ser considerado como se estivesse preparado.
Se é demonstrado que o recebedor não está preparado, não pode ser marcada uma falta no serviço.
Regra 22
É um “Let” no serviço, se:
“LET” Durante um serviço A bola servida tocar a rede, cinta ou fita e é de qualquer maneira boa ou, depois de tocar na
rede, cinta ou fita, toca no recebedor ou parceiro do recebedor, ou qualquer coisa que eles
vistam ou carreguem, antes de tocar o solo;
Uma bola é servida quando o recebedor não está preparado.
No caso de um serviço “Let”, esse respectivo serviço não deve contar e o servidor deve servir
novamente, mas um “Let” não anula uma falta anterior.
Regra 23 Em todos os casos quando um “Let” tem que ser ordenado, o ponto completo deverá ser
Quando Servir e Receber repetido, excepto quando um “Let” é chamado num segundo serviço.
Aplicação Prática da Regra
Caso 1: Enquanto a bola está em jogo, outra bola rola para dentro do campo. Um “Let” é chamado.
Previamente o servidor já tinha servido uma falta. O servidor tem agora direito ao primeiro ou
segundo serviço?
Decisão: Primeiro serviço. O ponto completo tem que ser repetido.
Caso 1: Depois do jogador servir um primeiro serviço, a raqueta do servidor escapa da sua mão e
toca a rede antes da bola tocar no solo. É uma falta ou o servidor perde o ponto?
Decisão: O servidor perde o ponto, porque a raqueta toca na rede enquanto a bola está em jogo.
Caso 2: Depois do jogador servir um primeiro serviço, a raquete voa da mão do servidor e toca a
rede após a bola tocar no solo fora do campo. É isto, uma falta, ou o jogador perde o ponto?
Decisão: É uma falta porque a bola estava fora do jogo, quando a raqueta tocou a rede.
Caso 3: Num encontro de pares, o parceiro do recebedor toca na rede antes da bola que tinha sido
servida tocar no solo fora da correcta área de serviço. Qual é a decisão correcta?
Decisão: O par recebedor perde o ponto porque o parceiro do recebedor toca na rede enquanto a
bola estava em jogo.
Caso 4: Um jogador perde o ponto se ultrapassar a linha imaginária da extensão da rede antes ou
depois de bater na bola?
Decisão: O jogador não perde o ponto em qualquer dos casos desde que não toque no campo do
adversário.
Caso 6: Um jogador atira a raqueta contra a bola que está em jogo. Ambas a raqueta e a bola caem
no outro lado da rede no campo do adversário e o adversário(s) é incapaz de alcançar a bola. Qual
dos jogadores ganha o ponto.
Decisão: O jogador que atirou a raqueta perde o ponto.
Caso 7: Uma bola que é servida bate no recebedor ou em pares no parceiro do recebedor antes que
toque no solo. Qual dos jogadores ganha o ponto?
Decisão: O servidor ganha o ponto, excepto se é um “Let” no serviço.
Caso 8: Um jogador posicionado fora do campo bate a bola ou apanha-a antes que ela bata no solo
e diz que ganha o ponto porque a bola ia certamente fora das linhas que delimitam o campo.
Decisão: O jogador perde o ponto, excepto se consegue devolver a bola para o campo do
adversário, neste caso o ponto continua.
Caso 1: Um jogador devolve uma bola em jogo que depois toca num “Stick” de singulares e cai
dentro da área do campo do adversário. Isto é uma boa devolução?
Decisão: Sim. Contudo, se a bola é servida e bate no “stick” de singulares, o serviço é falta.
Caso 2: A bola em jogo atinge uma outra bola parada no campo correcto. Qual é a decisão correcta?
Decisão: O jogo continua. Mas se não é claro que a bola correcta do jogo foi devolvida, um “Let”
deve ser chamado.
Caso 2: Um jogador diz que parou de jogar porque pensou que o seu adversário(s) estava sendo
obstruído. É isto um estorvo.
Decisão: Não, o jogador perde o ponto.
Caso 3:Uma bola em jogo bate num pássaro que voa sobre o campo. É isto, um estorvo?
Decisão: Sim, o ponto tem que ser repetido.
Caso 4: Durante um ponto, uma bola ou outro objecto caído no solo do campo do jogador desde o
início do ponto, estorva o jogador. É isto, um estorvo?
Decisão: Não.
Regra 27 Como princípio, quando um erro em relação às Regras de Ténis é descoberto, todos os
Corrigir Erros pontos previamente jogados mantêm-se. Estes erros quando descobertos deverão ser corrigidos da
seguinte maneira:
Durante um jogo normal ou um jogo de Tie-break, se um jogador servir do lado errado do
campo, deverá ser corrigido imediatamente assim que o erro é descoberto e o servidor
deverá servir do lado correcto do campo de acordo com a pontuação. Uma falta que foi
servida logo antes do erro ter sido descoberto, deverá manter-se;
Durante um jogo normal ou um jogo de Tie-break, se os jogadores estiverem nos lados
errados do campo, o erro deve ser corrigido assim que é detectado e o servidor deverá
servir do lado correcto do campo de acordo com a pontuação;
Se um jogador servir fora de vez, num jogo normal, o jogador que originalmente era
suposto servir, deve servir assim que o erro é descoberto. Contudo, se um jogo tiver sido
completado antes da descoberta do erro, a ordem de serviço deve se manter como
alterada;
Uma falta servida pelo adversário(s) antes do erro ser descoberto não deve ser mantida. Em
pares, se um dos jogadores da mesmo par servir fora de vez, a falta que foi cometida antes
de o erro ser descoberto deverá manter-se;
Se um jogador servir fora de vez durante um jogo de Tie-break e o erro é descoberto depois
de um número de pontos pares terem sido jogados, o erro é corrigido imediatamente. Se o
erro é descoberto depois de um número impar de pontos terem sido jogados, a ordem de
serviço deverá manter-se como alterada;
Regulamento do Ténis 1 - Manual do Curso de Treinadores de Ténis Grau 1 – FPT 102
Regra 28 Para encontros onde árbitros e juiz de linha são designados, os seus deveres e funções
Funções dos Juízes de Campo podem ser encontrados na ANEXO V.
Como principio, o jogo deve ser contínuo desde o início do encontro (quando o primeiro
Regra 29
Jogo Contínuo e Períodos de
serviço do encontro é posto em jogo) até ao término do encontro.
Descanso Entre os pontos, é permitido um máximo de 20 segundos. Quando os jogadores trocam de
lado no final de um jogo, é permitido um máximo de 90 segundos. Contudo, depois do
primeiro jogo de cada Set e durante um jogo Tie-break, o jogo deverá ser contínuo e os
jogadores deverão trocar de lado sem descansar.
No final de cada Set deverá haver uma pausa de 120 segundos.
O tempo máximo permitido começa, desde, o momento em que a bola sai de jogo, no fim
do jogo, até o momento em que a bola é servida para o primeiro ponto do jogo seguinte.
Os organizadores de circuitos profissionais podem pedir uma aprovação à ITF para alargar
os 90 segundos permitidos quando os jogadores trocam de lado no final de um jogo e os
120 segundos permitidos para a pausa de Set.
Se, por razões fora do controle do jogador, roupa, sapatos ou equipamento necessário
(excluindo a raqueta) é estragada ou necessita de ser substituída, pode ser dado ao jogador
30. INSTRUÇÕES
A BOLA
Anexo 1 A bola deverá ter uma superfície exterior uniforme consistindo numa cobertura felpuda e
Aplicação Prática da Regra A deverá ser branca e amarela. Caso tenham costuras deverão ser sem pespontos.
Bola Existe mais de um tipo de bola. As bolas deverão estar de acordo com os valores de peso,
tamanho, ressalto, deformação constantes da tabela de características das bolas aprovadas
pela International Tennis Federation.
Todos os testes de ressaltos, tamanho e deformação serão feitos de acordo com os
regulamentos existentes.
Caso 1: Que tipo de bola deve ser usado em que tipo de superfície de court?
Decisão: 3 diferentes tipos de bolas são aprovados para jogar de acordo com as regras de Ténis,
contudo:
Tipo de Bola 1 (velocidade elevada) é destinado a courts com superfície lenta.
Tipo de Bola 2 (velocidade média) é destinado a courts com superfície média ou rápida.
Tipo de Bola 3 (velocidade reduzida) é destinado a courts com superfície rápida.
ANEXO II
A RAQUETA
PUBLICIDADE
Anexo 3
Publicidade na rede é permitida desde que esteja localizada na parte da rede dentro dos
Aplicação Prática da Regra da 0,914m contados a partir do centro dos postes e seja produzida de maneira a não interferir
Publicidade com a visão dos jogadores ou com as condições do jogo.
Publicidade ou outros materiais promocionais localizados nos topos ou lados do court serão
permitidos desde que não interfiram com a visão dos jogadores ou com as condições do
jogo.
Publicidade ou outros materiais promocionais localizados na superfície do court fora das
linhas é permitida desde que não interfiram com a visão dos jogadores ou com as condições
do jogo.
Apesar dos pontos 1,2,3 qualquer publicidade ou material promocional localizado na rede,
nos topos, nas laterais, ou na superfície do court fora das linhas não pode conter branco ou
amarelo ou outras cores claras que interfiram com a visão dos jogadores ou com as
condições do jogo.
Publicidade ou outros materiais promocionais não são permitidos na superfície do court
dentro das linhas deste.
ANEXO IV
Se ambos os jogadores ou pares tiverem ganho 3 pontos cada a pontuação é “iguais” e será jogado
um ponto decisivo. O recebedor(es) escolherá a metade onde receberá o serviço, do lado direito ou
do lado esquerdo do court. Em pares os jogadores da equipa recebedora não poderão mudar a sua
posição de receber neste ponto decisivo. O jogador/par que ganhar este ponto decisivo ganha o
“Jogo” .
SETS CURTOS
O primeiro jogador/par que ganhar 4 jogos ganha o Set, desde que exista uma diferença de 2 jogos
relativamente ao(s) adversário(s). Se a pontuação atingir 4 jogos iguais deverá ser jogado um “Tie-
break”.
Nota: Quando é usado o Jogo de Tie-break decisivo ou o “Super Tie-break” para substituir o último
Set:
A ordem original do serviço mantém-se (regras 5 e 14);
Em pares, a ordem de servir e receber da equipa pode ser alterada desde que seja no início
de cada Set (regras 14 e 15);
Antes do início do Jogo de “Tie-break” decisivo ou do Super “Tie-break” deverá ser
concedido uma pausa de Set de 120 segundos;
As bolas não devem ser trocadas antes do início do Jogo de Tie-break decisivo ou do “Super
Tie-break”, mesmo que esse fosse o momento da troca de bolas.
ANEXO V
Anexo 5 O juiz árbitro é soberano relativamente a todas as questões de direito e a sua decisão é
Funções dos membros da final.
equipa de arbitragem. Em encontros onde está designado um árbitro de cadeira, este é a autoridade final em todas as
Aplicação de casos práticos questões de facto durante o encontro.
Os jogadores têm o direito a chamarem o juiz árbitro ao court se estiverem em desacordo com a
interpretação das regras de ténis feita pelo árbitro de cadeira.
Em encontros onde são designados juízes de linha e juízes de rede, estes fazem todas as chamadas
(inclusive a chamada da falta de pé) relativas a essas linhas ou rede. O árbitro de cadeira tem o
direito de corrigir um juiz de linha ou um juiz de rede se estiver certo que um erro claro foi
cometido. O árbitro é o responsável por todas as chamadas de todas as linhas (inclusive a falta de
pé) ou rede quando não estão designados juízes de linha ou juízes de rede.
Um juiz de linha que não possa fazer uma chamada deverá assinalá-lo imediatamente ao árbitro de
cadeira que deverá tomar a decisão. Se o juiz de linha não puder fazer uma chamada ou se não
houver juiz de linha, e o árbitro de cadeira não puder tomar uma decisão numa questão de facto, o
ponto deve ser repetido.
Caso 1: O árbitro de cadeira concede o 1.º serviço ao servidor após uma correcção, mas o recebedor
argumenta que deveria ser 2.º serviço uma vez que o servidor já tinha feito uma falta. Deverá o juiz
árbitro ser chamado ao court para tomar uma decisão?
Decisão: Sim. O árbitro toma a 1.ª decisão sobre uma questão de direito (age de acordo com a
aplicação aos factos específicos). No entanto, se o jogador apelar relativamente à decisão do árbitro
de cadeira então o juiz árbitro deverá ser chamado para tomar a decisão final.
Caso 2: A bola foi chamada fora, mas o jogador reclama que a bola foi boa. Poderá o juiz árbitro ser
chamado ao court para tomar uma decisão?
Decisão: Não. O árbitro de cadeira é a autoridade final em questões de facto (age de acordo com o
que na realidade aconteceu durante o incidente especifico).
Caso 3: Um árbitro de cadeira poderá corrigir um juiz de linha no final do ponto se na sua opinião
tiver sido cometido um erro claro durante o ponto?
Decisão: Não. O árbitro de cadeira só pode corrigir o juiz de linha imediatamente após o erro claro
ter sido cometido.
Caso 4: Um juiz de linha chama a bola fora e depois o jogador reclama que a bola foi boa. Pode o
árbitro de cadeira corrigir o juiz de linha?
Decisão: Não. O árbitro de cadeira nunca poderá corrigir por apelo de um jogador.
Caso 5: Um juiz de linha chama a bola fora. O árbitro de cadeira não consegue ver claramente, mas
pensa que a bola foi dentro. Pode o árbitro de cadeira corrigir o juiz de linha?
Decisão: Não. O árbitro só pode corrigir quando tem a certeza que o juiz de linha cometeu um erro
claro.
Caso 6: Poderá um juiz de linha alterar a sua chamada depois de o árbitro de cadeira ter anunciado
o resultado?
Decisão: Sim. Se um juiz de linha se aperceber que cometeu um erro, a correcção deverá ser feita o
mais cedo possível desde que não resulte do protesto de um jogador.
Caso 7: Se um árbitro de cadeira ou juiz de linha chamar a bola fora e depois corrigir a chamada
para boa, qual é a decisão correcta?
Decisão: O árbitro de cadeira tem de decidir se a chamada original “fora” foi um estorvo para algum
dos jogadores. Se tiver sido um estorvo o ponto será repetido. Se não tiver sido um estorvo o
jogador que bateu a bola ganha o ponto.
Caso 8: A bola salta de volta sobre a rede e o jogador correctamente chega sobre a rede para tentar
jogar a bola. O adversário estorva o jogador. Qual é a decisão correcta?
Decisão: O árbitro de cadeira tem de decidir se o estorvo foi deliberado ou não intencional e
Regulamento do Ténis 1 - Manual do Curso de Treinadores de Ténis Grau 1 – FPT 108
Em todos os torneios em que o sistema de revisão electrónica é usado deverão ser seguidos
os seguintes procedimentos em todos os jogos em courts em que este sistema é usado:
Um pedido para uma revisão electrónica de uma chamada ou correcção por um jogador/par
será apenas permitido ou num ponto ganhador ou quando o jogador/par pára a jogada (a
devolução é permitida mas depois o jogador tem que parar imediatamente).
O árbitro de cadeira deverá decidir usar a revisão electrónica quando há dúvidas
relativamente à validade da chamada ou correcção. Contudo o árbitro de cadeira pode
recusar a revisão electrónica se entender que o jogador está a fazer um pedido que não é
razoável ou que este foi feito fora do tempo razoável.
Em pares o jogador que apela tem de fazer o seu apelo de forma que ambos parem ou o
árbitro de cadeira pare a jogada. Se um apelo é feito para o árbitro de cadeira então este
tem de determinar se foi seguido o procedimento correcto para fazer esse apelo. Se não foi
correcto, ou foi tardio, então o árbitro de cadeira pode determinar que a equipa adversária
foi deliberadamente estorvada.
ANEXO VI
Anexo 6
ESQUEMA DO COURT
Esquema do Court
Sugestão para marcação do SUGESTÕES PARA MARCAR UM COURT
court
DESENHO
1 - O Circuito será disputado em três fases, com um mínimo de 19 provas – Mínimo de 1 e máximo de 4 por
Associação Regional (Algarve, Lisboa e Porto podem organizar até 6 provas) + 5 Master’s Inter-regionais + 1
Ponto 1 Master’s Nacional, de modo a promover a competição em todo o país nos escalões de Sub 10, com regras e
Organização e estruturação condições que possam adaptar a competição às capacidades desta faixa etária.
do circuito.
a- 1ª Fase – Circuito Inter-Regional (1 de Jan. a 30 de Set.) – Máximo de 4 provas por cada Associação
(Algarve, Lisboa e Porto podem organizar até 6 provas).
b - 2ª Fase – Master’s Inter-Regional (De 1 Out. a 15 de Nov.). São apurados os 4, semi-finalistas (4M + 4F)
de cada etapa (APENAS ESCALÃO VERDE). Os coordenadores de Zona dispõem de Wild-Cards para acesso
ao Masters Inter-Regional.
c - 3ª Fase – Master’s Nacional (Dezembro) São apurados os 3 primeiros classificados de cada Master’s
Inter-Regional das zonas Norte, Centro e Sul e os vencedores das zonas Açores e Madeira, a realizar
durante o MASTER’s CIMA (APENAS ESCALÃO VERDE). Os coordenadores do PNDT dispõem de 5 WC para
a prova Masculina e 5 WC para a prova Feminina para acesso ao Masters Nacional para quem tenha
participado em pelo menos uma prova da 1ª ou 2ª fase.
2 - A organização das provas Inter-Regionais será atribuída aos Clubes / Associações e será supervisionada “in
loco” pelos Coordenadores de Zona do PNDT. Nos escalões laranja e vermelho a supervisão poderá ser feita
Ponto 2
por coordenadores de circuitos regionais.
Organização das provas inter-
a - 1 ou 2 dias de competição (dependendo do nº de campos e inscritos)
regionais
b - Mínimo de 4 campos disponíveis
4 - As provas são abertas a todos os atletas federados (na zona de jurisdição) que completem até 10 anos no dia
Ponto 4 31 de Dezembro do ano em curso.
Jogadores participantes
Ponto 7
Organização dos escalões do a - Escalão VERDE (Completam até 10 anos a 31 de Dezembro do ano em curso)
circuito Nascidos em 2002, 2003, 2004
g - Os encontros podem ser disputados com ponto de ouro (sistema NO-AD) ou vantagens nos formatos
abaixo descritos, dependendo do nº de inscritos ou disponibilidade de courts;
l- As dúvidas e os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pelo técnico responsável pela
actividade pertencente ao clube.
Em caso de Chuva:
f - Na sua constituição, os grupos serão formados por jogadores de ambos os géneros. Ficará em aberto a
possibilidade da organização realizar 2 provas (masculino e feminino) caso ambos os géneros tenham pelo
menos 8 elementos.
g - Os encontros podem ser disputados com ponto de ouro (sistema NO-AD) ou vantagens nos formatos
abaixo descritos, dependendo do nº de inscritos ou disponibilidade de courts;
j- As dúvidas e os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pelo técnico responsável pela
actividade pertencente ao clube.
Em caso de Chuva:
1ª Fase - Grupos
d - Os encontros podem ser disputados com ponto de ouro (sistema NO-AD) ou vantagens nos formatos
abaixo descritos, dependendo do nº de inscritos ou disponibilidade de courts;
Á melhor de 3 short sets (tiebreak aos 4/4 e super tiebreak na 3ª partida). (aconselhado)
f - A competição engloba ambos os géneros (rapazes e raparigas na mesma competição de singulares apenas
se num dos géneros houver menos de 4 participantes)